A crise do Ébola: lições a longo prazo (A8-0281/2015 - Charles Goerens)
Inês Cristina Zuber (GUE/NGL), por escrito. ‒ Este relatório analisa a crise do ébola na Libéria, na Serra Leoa e na Guiné.
Em traços gerais, o relator considera que a magnitude da catástrofe se pode atribuir a vários fatores: a incapacidade política dos países afetados de fazerem soar o alarme, a resposta inadequada da comunidade internacional, os efeitos devastadores do encerramento das fronteiras e das restrições impostas às pessoas, a ineficácia dos mecanismos de vigilância e de alerta, a resposta lenta e pouco adaptada quando o auxílio foi mobilizado, a ausência gritante de liderança por parte da OMS e a ausência de investigação e de desenvolvimento em matéria de medicamentos, diagnósticos e de vacinas.
Como aspetos mais negativos do relatório, podemos salientar o tom pouco crítico em relação à lentidão da resposta internacional, nomeadamente à da UE, e o apelo para que a Comissão Europeia lance uma ampla Parceria Público—Privada, com vista a “reforçar os sistemas nacionais de saúde e a facilitar as transferências de resultados para a população”, abordagem que é contraditória com os objetivos que se propõe lograr.