José Inácio Faria (PPE). – Senhor Presidente, Senhor Comissário, antes de mais, quero congratular a Senhora Relatora pelo seu excelente trabalho. Os medicamentos ocupam uma enorme fatia do orçamento da saúde, mas a inovação que salva vidas tem custos. No entanto, não podemos continuar a pagar valores exorbitantes por uma baixa mais-valia terapêutica. Por isso, entendo que a avaliação das tecnologias da saúde tem de ser otimizada para termos um investimento inteligente na nossa saúde.
A decisão informada dos profissionais de saúde, dos doentes e dos financiadores tem de estar alicerçada em argumentos científicos sólidos, a bem da sustentabilidade futura dos sistemas de saúde. A cooperação no campo da ATS tem de extrapolar o medicamento como tecnologia e usar outros comparadores, como cirurgias e dispositivos médicos, e pode ainda ser uma ferramenta útil para avaliar a área de diagnóstico, prevenção, rastreio e programas de promoção de saúde, bem como a utilização de ferramentas de saúde eletrónica.
A abordagem integrada e o valor acrescentado da União são oportunidades imperdíveis no campo das doenças raras, dos tratamentos pediátricos, das terapias avançadas e da medicina de precisão. Com este regulamento, caminharemos para uma medicina cada vez mais baseada na evidência para não termos de pagar mais por falsos avanços e para privilegiar a verdadeira inovação em saúde.