Resposta da UE a fenómenos meteorológicos extremos e às suas consequências: como proteger as zonas urbanas da Europa e o seu património cultural (debate)
Sandra Pereira (GUE/NGL). – Senhora Presidente, as catástrofes são, como sabemos, profundamente iníquas: quase sempre afetam mais os que menos têm para se proteger, sejam pessoas ou Estados. Se há domínio em que a solidariedade na União Europeia e o princípio de coesão deveriam ter uma expressão visível é no da proteção das populações, da economia e do ambiente face a catástrofes.
A problemática das catástrofes foi já, por diversas vezes, objeto de resoluções deste Parlamento. É necessário dar o seguimento devido às recomendações, passando-as à prática. É o caso da criação de um quadro financeiro apropriado à prevenção de catástrofes que permita, entre outras medidas, a correção de situações indutoras de risco.
Infelizmente, muito pouco foi feito e a Comissão Europeia tem particular responsabilidade neste atraso. Para nós, uma abordagem comunitária sobre a prevenção de catástrofes deverá incluir, como uma preocupação central, a diminuição das disparidades existentes entre regiões e Estados-Membros neste domínio, nomeadamente ajudando a melhorar a prevenção nas regiões e nos Estados-Membros com elevada exposição ao risco e menor capacidade económica.