Exército da UE

29.5.2017

Interpelação extensa com pedido de resposta escrita e debate G-000007/2017
à Comissão
Artigo 130.º-B do Regimento
Beatrix von Storch
em nome do Grupo EFDD

O Presidente Juncker apela todos os anos a uma maior integração rumo à criação de um exército europeu. No ano transato, declarou ao jornal Welt am Sonntag que um exército da UE contribuiria para definir uma política externa e de segurança comum e permitiria que a Europa assumisse uma quota de responsabilidade no mundo.

Acrescentou ainda na mesma ocasião que, com o seu próprio exército, a Europa poderia reagir com maior credibilidade em caso de ameaça à paz num Estado-Membro ou num Estado vizinho e que um exército europeu comum veicularia uma mensagem clara à Rússia sobre a nossa determinação de defender os nossos valores europeus.

Será que o Presidente Juncker se está a referir a uma responsabilidade global similar à assumida pelos Estados Unidos, a qual se traduz em intervenções militares dispendiosas e fracassadas na Síria, na Líbia, no Iraque, no Afeganistão, no Paquistão, no Iémen e na Somália?

Quais são exatamente os «valores europeus» praticados por países vizinhos terceiros, como a Líbia, a Turquia e a Ucrânia, que o Presidente Juncker gostaria de defender?

Se um Estado-Membro, ou uma fação num Estado-Membro, constituísse uma ameaça para os valores europeus ou para a paz, será o Presidente Juncker mobilizaria o exército europeu para fazer face a uma tal ameaça? Será que a secessão constitui uma ameaça para os valores europeus?