Importações de gás da UE: novas regras para os gasodutos de países terceiros
Saiba de onde vem o gás da Europa e que alterações as novas regras da UE trazem para gasodutos como o Nord Stream 2.
No dia 4 de abril de 2019 os eurodeputados votaram o alargamento das regras do mercado de gás da UE aos gasodutos provenientes de países terceiros, incluindo o Nord Stream 2, um gasoduto de 1.200 km atualmente em construção através do Mar Báltico, que liga a Rússia e a Alemanha.
As partes desses gasodutos que estão no território dos Estados-Membros (incluindo as águas territoriais) vão ter de cumprir os requisitos atualmente aplicáveis aos gasodutos internos da UE:
- Separação do fornecimento/produção de gás das atividades de transporte, permitindo que outros operadores tenham acesso à capacidade dos gasodutos e regulação transparente das tarifas de trânsito
- Isenções são possíveis, mas apenas se aprovadas pela Comissão Europeu
"Demasiadas vezes o fornecimento de gás tem sido usado como arma política. Não podemos ‘desarmar’ as intenções impuras dos outros, mas podemos armar-nos com total clareza e coerência da legislação existente. É disto que trata a nossa União da Energia e esta alteração da diretiva", considera Jerzy Buzek (PPE, Polónia), presidente da Comissão da Energia.
Consumo de gás e importações
- ¼ do consumo de energia da UE provém do gás natural
- Gás utilizado principalmente para aquecer casas e gerar eletricidade
- Mais de 70% é importado, valor que se espera que aumente
- Muitos Estados-Membros dependem em grande medida das importações de gás
Principais fornecedores e rotas
Dados do terceiro trimestre de 2018:
- A Rússia foi o principal fornecedor (47%), Noruega (34%), Argélia e Líbia (8,6% combinados)
- 89% do gás é importado por gasodutos, o restante por navios como GNL (gás natural liquefeito)
- A principal rota de abastecimento de gás russo foi a Ucrânia (gasoduto da Irmandade e rota dos Balcãs), cobrindo quase metade das importações totais da Rússia, seguida da Bielorrússia (gasoduto Yamal), cobrindo cerca de 20%, e do gasoduto Nord Stream 1 (30%).
Para saber mais
- (Abrir numa nova página) Comunicado de imprensa (em inglês)
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- Opens in a new window Serviço de Estudos do Parlamento Europeu
- (Abrir numa nova página) Comunicado de imprensa do Conselho
- (Abrir numa nova página) Comunicado de imprensa Comissão Europeia