PE condena hostilidade em relação aos ciganos e apela a estratégia e fundos para inclusão  

Comunicado de imprensa 
 
 

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O Parlamento Europeu condenou hoje o aumento da hostilidade em relação aos ciganos ("Romafobia") em diversos Estados-Membros da UE e exortou a Comissão a criar uma estratégia europeia global para a inclusão desta comunidade. Actualmente, com uma população estimada em 10 a 12 milhões de pessoas, os ciganos representam uma das maiores minorias étnicas na Europa, presente nos 27 Estados-Membros. Na sua maioria, são cidadãos da UE.

Numa resolução sobre a Segunda Cimeira Europeia sobre os Roma, que se realiza em Córdova, a 8 e 9 de Abril, os eurodeputados expressam a sua preocupação face à discriminação sofrida pela comunidade cigana nos domínios da educação, da habitação, do emprego e da igualdade de acesso aos sistemas de saúde e a outros serviços públicos, bem como o nível surpreendentemente baixo da sua participação na vida política.


O Parlamento Europeu solicita à Comissão que elabore novas propostas em matéria de inclusão social dos Roma e que exorte os Estados­Membros a "despenderem maiores esforços para alcançar resultados visíveis".


Segundo o PE, "as medidas de combate à discriminação são, per se, insuficientes para facilitar a inclusão social dos Roma", sendo necessários esforços concertados a nível da União Europeia, como "um compromisso legislativo claro e dotações orçamentais credíveis".


Os eurodeputados recomendam que o Conselho adopte uma posição comum sobre as políticas de financiamento a título dos Fundos Estruturais e dos Fundos de Pré-Adesão que reflicta o compromisso político europeu para promover a inclusão da comunidade cigana.


O PE defende que a Segunda Cimeira Europeia sobre os Roma "não deveria ter um carácter declarativo, mas centrar-se em compromissos políticos estratégicos que dêem conta de uma vontade política de colmatar o fosso existente entre as comunidades Roma e as populações maioritárias" na Europa.