Schulz: “Precisamos de um investimento bem orientado para estimular a economia”

A Europa precisa de um pacote de investimento bem direcionado para ultrapassar o fraco crescimento e as altas taxas de desemprego, afirmou o Presidente do Parlamento Europeu aos líderes dos governos no Conselho Europeu de 23 de outubro. Martin Schulz alertou que os níveis de investimento estavam ainda abaixo dos níveis pré-crise. “A nossa economia está a abrandar, um sinal claro ao qual temos que responder”, afirmou.

Martin Schulz © European Union 2014 - European Council
O Presidente do Parlamento Europeu durante a Cimeira © European Union 2014 - European Council

Schulz saudou o pacote de investimento anunciado por Jean-Claude Juncker em julho no valor de 300 mil milhões de euros: “É precisamente esta a mudança política que temos vindo a defender".


Para o Presidente do Parlamento Europeu investir não significa necessariamente contrair dívidas, porque tudo depende da forma como o dinheiro é utilizado. “Precisamos de orientar o investimento para áreas onde possamos estimular a economia e criar empregos a curto-prazo, e salvaguardar o futuro das nossas crianças a longo-prazo. Temos que investir em áreas e projetos com o maior valor acrescentado possível", afirmou.


Martin Schulz aproveitou a oportunidade para felicitar Juncker pela luz verde dada pelo Parlamento Europeu esta semana à nova Comissão Europeia. O novo colégio de comissários entra em funções a 1 de novembro.


Schulz urgiu ainda os líderes dos governos a serem ambiciosos quando debatessem as políticas de clima e energia na cimeira. “Só se falarmos a uma única voz e continuarmos a desempenhar um papel de pioneiro na área das alterações climáticas é que vamos ser capazes de dar um exemplo credível",” alertou.


O Presidente do PE levantou ainda a questão dos cidadãos europeus que aderem aos grupos jihadistas na Síria e no Iraque, sublinhando que é necessária uma estratégia compreensiva para evitar a radicalização e promover uma melhor colaboração entre as autoridades policiais e judiciais e os serviços de informação.


Schulz pediu ainda mais ajuda para os países da África Ocidental afetados pelo surto de Ébola. “Temos que fazer tudo no nosso poder para parar a disseminação desta doença terrível e salvar vidas humanas", concluiu.