Parlamento Europeu assinala 70.º aniversário da libertação do campo de concentração de Auschwitz
O presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, assinalou hoje o 70.º aniversário da libertação do campo de concentração e extermínio nazi de Auschwitz-Birkenau, em 27 de janeiro de 1945. Numa declaração feita esta manhã em plenário, Schulz disse que, "setenta anos após a libertação de Auschwitz, os judeus na Europa ainda temem pela sua segurança", relembrando os ataques terroristas em Paris contra o jornal Charlie Hebdo, polícias e um supermercado judaico.
Mais de um milhão de pessoas perderam a vida no campo de concentração de Auschwitz, estabelecido pelos nazis em 1940.
As imagens que marcaram o momento da libertação dos prisioneiros de Auschwitz "chocam o mundo até hoje", disse Martin Schulz, referindo-se às imagens de pessoas com "vidas roubadas" e relembrando aquelas - a maioria - para as quais a chegada dos libertadores já foi demasiado tarde.
"Auschwitz não foi o único local, mas foi o local central de um genocídio organizado, o maior da história humana", afirmou Martin Schulz.
"Temos de lutar todos os dias contra formas de pensamento e ideologias que julgávamos estarem ultrapassadas", acrescentou, referindo-se ao antisemitismo, à xenofobia, ao ódio e à intolerância.
"Setenta anos após a libertação de Auschwitz, os judeus na Europa ainda temem pela sua segurança", disse Schulz, relembrando os atentados em Paris. "É algo que nos deve assustar, e devemos resistir a esse medo. Temos de assegurar que o ódio não se torne contagioso".
"A maneira como lidamos com a história irá determinar o nosso futuro", concluiu.