Quarta-feira, 17 de Novembro de 1999 - Estrasburgo
Edição JO
Ronda do Milénio da OMC
O’Toole (PSE),Relator de parecer da Comissão para a Cultura, a Juventude, a Educação, os Meios de Comunicação e dos Desportos. - (EN) Senhor Presidente, gostaria de agradecer ao senhor deputado Schwaiger a elaboração de um relatório extremamente complexo e, em especial, à senhora deputada Erica Mann pela coordenação de grande parte do trabalho de apresentação das alterações ao relatório.
A Comissão para a Cultura, a Juventude, a Educação, os Meios de Comunicação e dos Desportos é de opinião de que, no que se refere a Seattle, é necessária uma abordagem holística dos serviços audiovisuais. Na Europa, os serviços audiovisuais envolvem as indústrias da cultura e têm também um importante impacto na nossa economia. As nossas indústrias da cultura têm, contudo, sido vistas, como afirmei na semana passada, como uma adenda a muitas das importantes questões comerciais que serão discutidas em Seattle.
No entanto, penso que deveremos enfrentar o problema e reconhecer que as indústrias da cultura deixaram de ser uma adenda a essas negociações. Passarão a ocupar, d facto, uma posição de central, a desempenhar um papel central na economia mundial e, como tal, deverão ser tratadas como um motor da economia e não como uma consequência. Assim sendo, a Comissão para a Cultura, a Juventude, a Educação, os Meios de Comunicação e dos Desportos considera que é particularmente importante que o quadro estrutural em que actualmente operamos seja cuidadosamente analisado.
É fundamental, porém, tendo em conta algumas das incapacidades e deficiências que existem no mercado mundial, que mantenhamos a posição adoptada no Uruguay Round. Isso permitir-nos-á obter uma situação equitativa em todo o mercado mundial, no que se refere às indústrias da cultura. Embora defendendo que é forçoso olhar para o médio e longo prazos e para o impacto que as redes têm agora sobre os diversos sectores, a complexidade destas redes significa também que temos necessidade de procurar novos instrumentos para lidar com a economia mundial, no que respeita às indústria estruturais.