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Relato integral dos debates
Quarta-feira, 19 de Novembro de 2003 - Estrasburgo Edição JO

Resultado da Cimeira UE-Rússia
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  Oostlander (PPE-DE).(NL) Senhor Presidente, no passado, o Parlamento adoptou uma política com duas vertentes face à Rússia, e fê-lo com plena convicção. Isso significa, por um lado, cooperação em todas as áreas onde tal for possível, particularmente aquelas onde ela possa contribuir para uma mudança cultural dentro da Rússia que conduza ao Estado de direito e a relações mais democráticas. No entanto, essa política envolve igualmente crítica, onde isso for necessário. É esse o motivo por que temos de formular as nossas opiniões de forma inequívoca. Assim, essa política abarca não só um, mas ambos os elementos. Quando ouço o Presidente em exercício do Conselho, devo dizer que nós, neste Parlamento, já conseguimos muitas das coisas que ele enumera, e que são agora novamente incluídas na resolução. Por que motivo é que o seu discurso soa agora tão diferente daquilo que recordamos da cimeira? O que mais me surpreende é o facto de V. Exa. ter mencionado especificamente a Moldávia e o calendário para a retirada das tropas. O senhor falou também de Arjan Erkel. Estou-lhe muito grato pelo facto de levantar esta questão e de a trazer aqui hoje. Isso é extremamente importante.

Porém, tanto a imprensa como a sua declaração dão a entender que a Chechénia não mereceu muita atenção. Vossa Excelência deu aqui uma justificação para esse facto. Porém, isso é muito perigoso, visto que o público em geral está interessado nas suas reuniões no contexto da cimeira e quer saber o que consta da agenda, nomeadamente se os ideais e os valores dos nossos cidadãos europeus foram mencionados e se determinaram a sua conduta. É por isso que teria preferido que aquilo que V. Exa. afirmou aqui tivesse sido também incluído na sua declaração. Nesse caso, a nossa reacção teria sido talvez um pouco diferente.

Devo dizer que considero a abordagem do Comissário muito clara. Durante muito tempo, os russos insistiram numa abordagem muito específica e prática, preferindo actos concretos a nobres ideias. Penso que os russos têm razão nesse aspecto, e que nós, ao mesmo tempo que prosseguimos com a nossa política de duas vertentes, podemos abordar assuntos muito específicos, especialmente na área dos contactos entre cientistas. A cooperação com a Rússia nesse domínio nem sempre foi fácil. No entanto, em minha opinião, esta cooperação científica é extremamente importante à luz da mudança cultural na Rússia.

Por isso mesmo, espero que o Conselho prossiga este rumo e que a impressão que foi suscitada por algumas observações pessoais se altere em breve, pois, de contrário, isso irá afectar a imagem da sua Presidência.

 
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