A habitação social na União Europeia (breve apresentação)
Inês Cristina Zuber (GUE/NGL). - Senhor Presidente, este relatório espelha evidentemente um problema crescente: o da negação do direito a uma habitação digna, que afeta hoje famílias de cada vez mais diferentes perfis socioeconómicos. Os baixos salários, os despedimentos e a generalização do crédito à habitação como forma preferencial de ter casa levaram hoje ao drama social.
Seria interessante perceber, numa União Europeia em que os Estados-Membros transferem sem nenhum problema a riqueza coletiva para os bancos, se terão agora a mesma vontade para obrigar os bancos a procedimentos de renegociação ou reescalonamento das amortizações da dívida, ou mesmo de perdão parcial ou total das próprias dívidas. A habitação social é, infelizmente, uma necessidade crescente, mas o que seria justo e desejável era que as famílias pudessem viver nas suas casas de forma digna, sem terem que passar pelo drama social e pelo trauma familiar de abandonar o seu lar e a sua casa.