Preparação da reunião do Conselho Europeu (20-21 de março de 2014) (debate)
Paulo Rangel (PPE). - O primeiro ponto que eu queria sublinhar, e que para nós é decisivo, agora, a propósito do trílogo que hoje tem lugar e em particular o impulso que o Conselho Europeu e que os membros do Conselho Europeu, primeiros-ministros e chefes de Estado podem dar a este dossiê, é a questão da união bancária.
É absolutamente essencial que se tenha aqui uma perspetiva de abertura e de flexibilidade por parte do Conselho para ir ao encontro das posições que tanto o Parlamento como a Comissão Europeia têm defendido e que de resto devo dizer, o Governo português, presidido pelo Primeiro-Ministro Passos Coelho, tem sistematicamente dentro do Conselho Europeu chamado a atenção para a importância de uma verdadeira união bancária e não de uma fragmentação intergovernamental da união bancária.
Não só o Primeiro-Ministro como ainda recentemente a Ministra das Finanças e o Ministro dos Negócios Estrangeiros vieram defender, uma no congresso do PPE e o outro numa cimeira com o Ministro dos Negócios Estrangeiros alemão Steinmeier, a importância da união bancária. É fundamental que as empresas de toda a Europa, nomeadamente de países como a Grécia, como Portugal, como a Irlanda, como o Chipre, como a Espanha, como a Itália e outros, que têm exatamente o mesmo desempenho de empresas do Norte, tenham as mesmas condições de financiamento, não sejam penalizadas pela situação dos seus países. É fundamental que se uma empresa é boa e tem bons números tenha exatamente as mesmas condições de financiamento, esteja situada em Lisboa, ou esteja situada em Berlim, esteja situada em Estocolmo ou esteja situada em Atenas. É absolutamente fundamental e era esta a mensagem que eu queria deixar.