Paulo Rangel (PPE). - Senhor Presidente, queria cumprimentar o Representante do Conselho. Quero cumprimentar também a Comissão. E queria, em primeiro lugar, dizer que não há dúvida, aliás, sempre o defendemos, mas que neste momento se impõe dar neste arranque da nova Comissão uma prioridade absoluta às políticas de crescimento e de criação de emprego. E que, obviamente, isso deve ser tido em conta por todos os países da União Europeia, mas em particular por aqueles que estão na Zona Euro, onde a necessidade de dar este apoio ao crescimento e ao emprego e de fazer, no fundo, desta prioridade uma realidade política prática é efetivamente mais clara na Zona Euro do que noutros países da União Europeia.

Em todo o caso, acho que é fundamental também, em primeiro lugar, não ceder à demagogia que ainda agora aqui foi feita neste plenário, de dizer que tudo o que está para trás está mal feito, de procurar diabolizar, aliás, a própria nova Comissão, que resulta do voto dos eleitores, seja no plano europeu, seja no plano nacional, e há que respeitar o voto dos eleitores, porque é fundamental perceber o seguinte: sem finanças públicas sãs e sem reformas estruturais em muitos dos países da Zona Euro, por mais dinheiro que nós utilizemos para a criação de emprego ou que nós utilizemos para as políticas de crescimento, ele acabará por ser deitado fora porque não vai ser aproveitado, e nós temos a responsabilidade de pensar que também as políticas de crescimento e as políticas de emprego têm de, obviamente, estar em linha com políticas de reforma estrutural e políticas anteriores de finanças públicas sãs.