Preparação da reunião do Conselho Europeu de 20 e 21 de outubro de 2016 (debate)
Paulo Rangel (PPE). – Senhor Presidente, eu começaria basicamente por dizer o seguinte: com a circunstância de os Estados Unidos estarem ocupados com as suas eleições presidenciais, a Europa tem responsabilidades acrescidas na crise da Síria e é impensável que o Conselho não trate deste tema, naturalmente, a propósito das migrações, mas essencialmente a propósito da tragédia que está a ocorrer em toda a Síria e em particular em Alepo.
Segundo ponto: é estranho que, especialmente depois do anúncio que fez a Primeira—Ministra britânica - e em particular depois do discurso que ela fez - a Europa não tenha presente neste Conselho a questão do Brexit, não para adiantar negociações, mas para tornar muito claro à Primeira-Ministra que depois do discurso que ela fez e das guidelines que ela deu, a Europa terá de estar totalmente unida com uma intransigência completa quanto àqueles que são os princípios e os valores da União Europeia, designadamente, quanto à liberdade de circulação de pessoas e quanto às quatro liberdades que fazem parte do mercado interno, do mercado único.
Finalmente, creio que é muito importante também dar um sinal forte à Rússia por causa do seu envolvimento da Síria e esse sinal forte que é preciso dar tem de ser um sinal que mostre que aqui neste Parlamento a extrema-esquerda e, em particular a extrema-direita, estão ao lado da Rússia e, por isso, são cúmplices da tragédia que está a ocorrer na Síria.