A situação das pessoas com albinismo no Maláui e outros países africanos
José Inácio Faria (PPE). – Senhor Presidente, caros Colegas, Senhora Comissária, há mais de um ano aprovamos aqui uma resolução sobre as violações dos direitos humanos das pessoas com albinismo em África, nomeadamente no Malawi. Decorrido este tempo assistimos a um alarmante ressurgimento das assassinatos e ataques contra os albinos na África Oriental, no Malawi, na Tanzânia, na África do Sul ou em Moçambique.
Os albinos, incluindo muitas crianças, continuam a pagar um preço terrível pela sua condição. Além de rejeitados pelas suas próprias famílias são vítimas de grupos de criminosos e traficantes, muitas vezes protegidos pela polícia, que vivem da colheita de partes dos seus corpos para alimentar o macabro e muito lucrativo negócio das poções mágicas associados à crença de que possuem poderes mágicos.
Esta Casa não pode deixar de condenar veementemente a violência e a discriminação contra pessoas com albinismo, instando as autoridades destes países a porem termo à impunidade dos seus responsáveis e a apoiarem todas as campanhas que, através de ações de consciencialização das causas deste distúrbio congénito, permitam combater a discriminação, o preconceito e a superstição. Não podemos tolerar a continuação deste verdadeiro apartheid genético.