Carlos Zorrinho (S&D). – Senhor Presidente, o acordo de paz da Colômbia foi complexo e teve um forte empenhamento da União Europeia. No momento em que o cumprimento desse acordo enfrenta cada vez mais riscos, não é apenas o futuro da Colômbia e do seu povo que estão em jogo. Joga-se também a credibilidade do soft power europeu, que tantos contributos positivos tem dado para a promoção da paz e dos direitos humanos no mundo, incomodando os que preferem a manutenção e contextos de conflito e caos para melhor poderem cumprir as suas agendas de distração e de imposição do poder dos mais fortes.

É por isso lamentável o calculismo político manifestado por alguns grupos nesta câmara. Os colombianos são livres de escolherem o presidente que entenderem, mas isso não nos isenta de continuar a apoiá-los na luta pela paz.

Neste contexto, a União Europeia, conhecendo a situação no terreno e os limites à sua capacidade de intervenção, tem um papel essencial na liderança de uma coligação interna e externa para salvaguardar aquilo que foi adquirido.

Este debate reitera um mandato-chave para que a Comissão prossiga o seu esforço pela paz na Colômbia e pela paz no mundo.