Execução da Iniciativa para o Emprego dos Jovens nos Estados-Membros (debate)
Sofia Ribeiro (PPE). – Senhora Presidente, a Iniciativa para o Emprego dos Jovens assenta num tripé constituído pela oferta de emprego, pela formação e pelos estágios. E na minha região, assim como em muitos Estados-Membros, este tripé está desequilibrado, porque nós estamos a investir muito mais na formação e nos estágios do que estamos a investir na oferta de emprego. E, portanto, não estamos a contribuir para o combate à precariedade.
Temos um segundo problema com um dos pés do tripé, que é precisamente o da formação. Os nossos jovens estão a ser atirados para ciclos de formação contínuos, de formação completamente desadequada, de formação que é completamente inconsequente, quando nós temos que garantir o contrário. Nós temos que garantir que os nossos jovens têm um apoio individualizado, em equipas multidisciplinares, constituídas por técnicos, por psicólogos, por sociólogos especializados, para garantirem que a oferta de formação é adequada quer às características do estagiário, quer às necessidades das empresas.
Por último, os estágios não podem mascarar contratos de trabalho nem podem substituir contratos de trabalho. E, portanto, é preciso garantir uma definição adequada do conteúdo funcional e da responsabilidade do estagiário que deve ser acompanhado por um monitor que o apoie e que lhe dê formação. É preciso mais fiscalização, com meios de inspeção adequados. É preciso mais transparência e uma avaliação qualitativa do programa quanto aos resultados.
Para terminar, a Iniciativa para o Emprego dos Jovens tem que ser consequente. Isso implica uma maior mobilidade social e que reduzamos as desigualdades sociais na União Europeia.