Execução da Estratégia da UE para a Juventude (debate)
Sofia Ribeiro (PPE). – Senhora Presidente, a estratégia para a juventude não pode reduzir-se a um mecanismo de assistencialismo social ineficaz no combate à precariedade. É, portanto, necessário exigir mais resultados.
O primeiro objetivo desta estratégia tem de ser a criação de emprego efetivo para os jovens. Este tem de ser o foco principal, combatendo a precariedade. É necessário exponenciar a implementação de programas—chave da União Europeia, como a Iniciativa para o Emprego dos Jovens, os programas Erasmus ou o Corpo Europeu de Solidariedade, minimizando as assimetrias entre as regiões europeias.
É necessária mais fiscalização contra abusos, em que temos, por exemplo, estágios que estão a encapotar contratos de trabalho. Necessitamos de mecanismos de denúncia à escala europeia, com a colaboração de instâncias locais, que protejam o anonimato dos jovens. É necessária mais monitorização dos efeitos reais destes programas. Os jovens não podem estar a saltar de estágio em estágio, sem nunca terem uma entrada efetiva no mercado de trabalho.
É necessário integrar nesta estratégia os trabalhadores mais experientes, que desempenham um papel importante na formação dos jovens no local de trabalho, numa fase de transição até à sua aposentação, para uma efetiva renovação geracional.
Senhor Comissário, as metas desta estratégia não se coadunam com um corte de 6 % no Fundo Social Europeu, conforme proposto pela Comissão. Esta situação ainda se vai agravar mais no caso dos Estados-Membros e das regiões mais desfavorecidas. É preciso combater esta proposta.