Relatório - A7-0327/2013Relatório
A7-0327/2013

RELATÓRIO sobre a proposta de regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho relativa aos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro

10.10.2013 - (COM(2012)0541 – C7‑0317/2012 – 2012/0267(COD)) - ***I

Comissão do Ambiente, da Saúde Pública e da Segurança Alimentar
Relator: Peter Liese


Processo : 2012/0267(COD)
Ciclo de vida em sessão
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A7-0327/2013

PROJETO DE RESOLUÇÃO LEGISLATIVA DO PARLAMENTO EUROPEU

sobre a proposta de regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho relativa aos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro

(COM(2012)0541 – C7‑0317/2012 – 2012/0267(COD))

(Processo legislativo ordinário: primeira leitura)

O Parlamento Europeu,

–   Tendo em conta a proposta da Comissão ao Parlamento Europeu e ao Conselho (COM(2012)0541),

–   Tendo em conta o artigo 294.º, n.º 2, o artigo 114.º e o artigo 168.º, n.º 4, alínea c), do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, nos termos dos quais a proposta lhe foi apresentada pela Comissão (C7-0317/2012),

–   Tendo em conta o artigo 294.º, n.º 3, do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia,

–   Tendo em conta o parecer do Comité Económico e Social Europeu de 14 de fevereiro de 2013[1],

–   Após consulta ao Comité das Regiões,

–   Tendo em conta o artigo 55.º do seu Regimento,

–   Tendo em conta o relatório da Comissão do Ambiente, da Saúde Pública e da Segurança Alimentar e os pareceres da Comissão do Emprego e dos Assuntos Sociais e a Comissão do Mercado Interno e da Proteção dos Consumidores (A7-0327/2013),

1.  Aprova a posição em primeira leitura que se segue;

2.  Requer à Comissão que lhe submeta de novo a sua proposta, se pretender alterá-la substancialmente ou substituí-la por um outro texto;

3.  Encarrega o seu Presidente de transmitir a posição do Parlamento ao Conselho, à Comissão e aos parlamentos nacionais.

Alteração  1

Proposta de regulamento

Considerando 2

Texto da Comissão

Alteração

(2) O presente regulamento tem por objetivo garantir o funcionamento do mercado interno no que diz respeito aos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro, tendo por base um elevado nível de proteção da saúde humana. Ao mesmo tempo, o presente regulamento define normas elevadas de qualidade e de segurança dos dispositivos para responder às preocupações comuns de segurança relativas a esses produtos. Ambos os objetivos são visados em simultâneo e estão ligados de forma indissociável, não sendo nenhum deles secundário em relação ao outro. No que se refere ao artigo 114.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, o presente regulamento harmoniza as normas relativas à colocação no mercado e à entrada em serviço de dispositivos médicos para diagnóstico in vitro e respetivos acessórios no mercado da União, os quais podem posteriormente beneficiar do princípio da livre circulação de mercadorias. Em relação ao artigo 168.º, n.º 4, alínea c), do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, o presente regulamento estabelece normas elevadas de qualidade e segurança desses dispositivos ao garantir, nomeadamente, a robustez e fiabilidade dos dados produzidos nos estudos de desempenho clínico, assim como a proteção da segurança dos sujeitos que participam em estudos de desempenho clínico.

(2) O presente regulamento tem por objetivo garantir o funcionamento do mercado interno no que diz respeito aos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro, tendo por base um elevado nível de proteção da saúde humana dos doentes, dos utilizadores e dos manipuladores. Ao mesmo tempo, o presente regulamento define normas elevadas de qualidade e de segurança dos dispositivos para responder às preocupações comuns de segurança relativas a esses produtos. Ambos os objetivos são visados em simultâneo e estão ligados de forma indissociável, não sendo nenhum deles secundário em relação ao outro. No que se refere ao artigo 114.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia (TFUE), o presente regulamento harmoniza as normas relativas à colocação no mercado e à entrada em serviço de dispositivos médicos para diagnóstico in vitro e respetivos acessórios no mercado da União, os quais podem posteriormente beneficiar do princípio da livre circulação de mercadorias. Em relação ao artigo 168.º, n.º 4, alínea c), do TFUE, o presente regulamento estabelece normas elevadas de qualidade e segurança desses dispositivos médicos ao garantir, nomeadamente, a robustez e fiabilidade dos dados produzidos nas investigações clínicas, assim como a proteção da segurança dos sujeitos que participam numa investigação clínica.

Alteração  2

Proposta de regulamento

Considerando 3

Texto da Comissão

Alteração

(3) Devem reforçar-se significativamente os elementos fundamentais da abordagem regulamentar em vigor, como a supervisão dos organismos notificados, a classificação de risco, os procedimentos de avaliação da conformidade, as provas clínicas, a vigilância e a fiscalização do mercado, e devem introduzir-se, no intuito de melhorar a saúde e a segurança, disposições que garantam a transparência e a rastreabilidade no tocante aos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro.

(3) Devem reforçar-se significativamente os elementos fundamentais da abordagem regulamentar em vigor, como a supervisão dos organismos notificados, os procedimentos de avaliação da conformidade, as investigações clínicas e a avaliação clínica, a vigilância e a fiscalização do mercado, e devem introduzir-se, no intuito de melhorar a saúde e a segurança dos profissionais de saúde, dos doentes e dos manipuladores, nomeadamente na cadeia de eliminação de resíduos, disposições que garantam a transparência e a rastreabilidade no tocante aos dispositivos.

Alteração  3

Proposta de regulamento

Considerando 5

Texto da Comissão

Alteração

(5) Determinadas características específicas dos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro, nomeadamente em termos de classificação de risco, procedimentos de avaliação da conformidade e provas clínicas, e do setor dos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro tornam necessária a adoção de legislação específica, distinta da legislação relativa a outros dispositivos médicos, ao passo que os aspetos horizontais comuns a ambos os setores devem ser alinhados.

(5) Determinadas características específicas dos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro, nomeadamente em termos de classificação de risco, procedimentos de avaliação da conformidade e provas clínicas, e do setor dos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro tornam necessária a adoção de legislação específica, distinta da legislação relativa a outros dispositivos médicos, ao passo que os aspetos horizontais comuns a ambos os setores devem ser alinhados, sem comprometer a necessidade de inovação na União.

Alteração 4

Proposta de regulamento

Considerando 5-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

(5-A) O elevado número de pequenas e médias empresas (PME) com atividade no setor dos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro deve ser tido em consideração na regulamentação deste setor, evitando ao mesmo tempo a criação de riscos para a saúde e a segurança.

Alteração                  5

Proposta de regulamento

Considerando 7-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

(7-A) Deve ser criado um comité consultivo multidisciplinar sobre dispositivos médicos (CCDM) composto por peritos e representantes das partes interessadas, a fim de prestar aconselhamento científico à Comissão, ao Grupo de Coordenação dos Dispositivos Médicos (GCDM) e aos Estados‑Membros, relativamente a questões relacionadas com tecnologia médica, estatuto regulamentar dos dispositivos e outros aspetos sobre a aplicação do presente regulamento, conforme necessário.

Alteração       6

Proposta de regulamento

Considerando 8

Texto da Comissão

Alteração

(8) Deve ser da responsabilidade dos Estados-Membros decidir, caso a caso, se um produto está ou não abrangido pelo âmbito de aplicação do presente regulamento. Se necessário, a Comissão pode decidir, caso a caso, se um produto está ou não abrangido pela definição de dispositivo médico para diagnóstico in vitro ou de acessório de um dispositivo médico para diagnóstico in vitro.

(8) De modo a garantir uma classificação coerente em todos os Estados­Membros, em especial no que toca aos «casos fronteira», deve ser da responsabilidade da Comissão, após consultar o GCDM e o CCDM, decidir, caso a caso, se um produto ou um grupo de produtos está ou não abrangido pelo âmbito de aplicação do presente regulamento. Os Estados‑Membros devem também dispor da possibilidade de requerer à Comissão que tome uma decisão sobre o estatuto regulamentar adequado de um produto ou de uma categoria ou grupo de produtos.

Alteração  7

Proposta de regulamento

Considerando 9-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

(9-A) Em caso de necessidade médica urgente ou para a qual continue a não existir resposta, como a emergência de agentes patogénicos e doenças raras, uma instituição de saúde deve ter a possibilidade de fabricar, modificar e utilizar dispositivos internamente e, por conseguinte, responder, no âmbito de um quadro flexível e para fins não comerciais, a necessidades específicas que não podem ser satisfeitas por um dispositivo disponível com marcação CE.

Alteração  8

Proposta de regulamento

Considerando 9-B (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

(9-B) Contudo, os dispositivos fabricados por laboratórios fora de instituições de saúde e colocados em serviço sem serem introduzidos no mercado devem ficar sujeitos ao presente regulamento.

Alteração  9

Proposta de regulamento

Considerando 13-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

(13-A) Para garantir uma proteção adequada àqueles que trabalham na proximidade de um equipamento de imagiologia por ressonância magnética (IRM) em funcionamento, cumpre remeter para a Diretiva 2013/35/UE do Parlamento Europeu e do Conselho1.

 

______________

 

1Diretiva 2013/35/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de junho de 2013, relativa às prescrições mínimas de segurança e saúde em matéria de exposição dos trabalhadores aos riscos devidos aos agentes físicos (campos eletromagnéticos) (20.ª diretiva especial na aceção do artigo 16.º, n.º 1, da Diretiva 89/391/CEE) e que revoga a Diretiva 2004/40/CE (JO L 197, 29 de 29.6.2013, p. 1).

Alteração  10

Proposta de regulamento

Considerando 22

Texto da Comissão

Alteração

(22) Importa que a supervisão e o controlo da produção dos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro sejam assegurados dentro da organização do fabricante por uma pessoa que preencha condições mínimas de qualificação.

(22) Importa que a supervisão e o controlo da produção dos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro sejam assegurados dentro da organização do fabricante por uma pessoa que preencha condições mínimas de qualificação. A pessoa responsável pela observância regulamentar poderia também ser responsável pela observância em outros domínios como sejam os processos de fabrico e a avaliação da qualidade. As qualificações exigidas à pessoa responsável pela conformidade regulamentar são definidas sem prejuízo das disposições nacionais em matéria de qualificação profissional, em especial para os fabricantes de dispositivos feitos por medida nos casos em que tais requisitos poderão ser cumpridos através de diferentes sistemas de ensino e de formação profissional a nível nacional.

Alteração  11

Proposta de regulamento

Considerando 25-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

(25-A) Para garantir que os doentes prejudicados sejam ressarcidos de quaisquer danos e dos consequentes tratamentos resultantes da utilização de dispositivos médicos para diagnóstico in vitro defeituosos, que o risco de danos, bem como o risco de insolvência do fabricante, não passem para os doentes prejudicados por dispositivos médicos para diagnóstico in vitro, os fabricantes estão obrigados a fazer um seguro de responsabilidade civil com cobertura mínima suficiente.

Alteração  12

Proposta de regulamento

Considerando 26

Texto da Comissão

Alteração

(26) Regra geral, os dispositivos médicos para diagnóstico in vitro devem ostentar a marcação CE para indicar a sua conformidade com o presente regulamento, por forma a que possam circular livremente na União e sejam postos em serviço de acordo com o fim a que se destinam. Os Estados-Membros não devem criar obstáculos à sua colocação no mercado ou entrada em serviço por motivos relacionados com os requisitos previstos no presente regulamento.

(26) Regra geral, os dispositivos médicos para diagnóstico in vitro devem ostentar a marcação CE para indicar a sua conformidade com o presente regulamento, por forma a que possam circular livremente na União e sejam postos em serviço de acordo com o fim a que se destinam. Os Estados-Membros não devem criar obstáculos à sua colocação no mercado ou entrada em serviço por motivos relacionados com os requisitos previstos no presente regulamento. Contudo, os Estados-Membros deverão poder decidir sobre a restrição de utilização de qualquer tipo específico de dispositivo de diagnóstico in vitro no que se refere a aspetos que não sejam abrangidos pelo presente regulamento.

Justificação

Relacionada com a alteração 13. É política de longa data da União Europeia que a questão relacionada com a permissão, proibição ou permissão dentro de limites éticos sensatos de tecnologia como os testes genéticos pré-implantação está sujeita ao princípio da subsidiariedade. Os Estados-Membros que permitem este tipo de testes devem assegurar a conformidade com as normas do presente regulamento, mas os Estados-Membros que pretendem proibir estes testes de acordo com o debate ético nacional devem continuar a ter esta possibilidade. A redação é retirada de uma disposição semelhante no regulamento relativo às terapias avançadas.

Alteração  13

Proposta de regulamento

Considerando 27

Texto da Comissão

Alteração

(27) A rastreabilidade dos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro através de um sistema de identificação única dos dispositivos (IUD) baseado em orientações internacionais deve melhorar significativamente a efetiva segurança dos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro após a sua comercialização, devido a uma melhor notificação de incidentes, à adoção de ações corretivas de segurança bem direcionadas e a uma melhor monitorização pelas autoridades competentes. Deve também ajudar a reduzir os erros médicos e a lutar contra a contrafação de dispositivos. O recurso ao sistema IUD também contribuirá para a melhoria da política de compras e de gestão de existências dos hospitais.

(27) A rastreabilidade dos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro através de um sistema de identificação única dos dispositivos (IUD) baseado em orientações internacionais deve melhorar significativamente a efetiva segurança dos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro após a sua comercialização, devido a uma melhor notificação de incidentes, à adoção de ações corretivas de segurança bem direcionadas e a uma melhor monitorização pelas autoridades competentes. Deve também ajudar a reduzir os erros médicos e a lutar contra a contrafação de dispositivos. O recurso ao sistema IUD também contribuirá para a melhoria da política de compras e de eliminação de resíduos e de gestão de existências dos hospitais, comerciantes grossistas e farmacêuticos e, se possível, será compatível com outros sistemas de autenticação já aplicados nesses locais.

Justificação

É provável que seja implementado um sistema de autenticação eletrónica de medicamentos nos termos da Diretiva relativa a medicamentos falsificados. Nesse sentido, é importante que os sistemas para medicamentos e dispositivos médicos para diagnóstico in vitro sejam compatíveis. Caso contrário, constituirá um encargo significativo e possivelmente impossível de gerir para os agentes da cadeia de abastecimento que trabalham com ambos os tipos de produtos.

Alteração  14

Proposta de regulamento

Considerando 28

Texto da Comissão

Alteração

(28) A transparência e a informação de qualidade são essenciais para responsabilizar os doentes e os profissionais, permitindo-lhes tomar decisões com conhecimento de causa, proporcionar uma base sólida para a tomada de decisões a nível regulamentar e criar um clima de confiança no sistema legislativo.

(28) A transparência e o acesso adequado à informação, apresentada de forma apropriada para o utilizador previsto, são essenciais para responsabilizar os doentes e os profissionais e todas as outras partes interessadas, permitindo-lhes tomar decisões com conhecimento de causa, proporcionar uma base sólida para a tomada de decisões a nível regulamentar e criar um clima de confiança no sistema legislativo.

Alteração  15

Proposta de regulamento

Considerando 29

Texto da Comissão

Alteração

(29) Um aspeto fundamental é a criação de uma base de dados central constituída por vários sistemas eletrónicos, sendo a IUD uma parte integrante, para coligir e tratar informações relativas aos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro presentes no mercado e aos relevantes operadores económicos, certificados, estudos intervencionais de desempenho clínico e outros estudos de desempenho clínico que implicam riscos para os sujeitos, bem como à vigilância e fiscalização do mercado. Esta base de dados tem por objetivo aumentar a transparência global, racionalizar e facilitar o fluxo de informação entre operadores económicos, organismos notificados ou promotores e os Estados-Membros, bem como entre os Estados-Membros e entre estes e a Comissão, a fim de evitar múltiplos requisitos de notificação e melhorar a coordenação entre os Estados-Membros. No seio de um mercado interno, tal só pode ser garantido com eficácia ao nível da União, pelo que a Comissão deveria continuar a desenvolver e gerir o Banco de Dados Europeu sobre Dispositivos Médicos (Eudamed) criado pela Decisão 2010/227/UE da Comissão, de 19 de abril de 2010, relativa ao Banco de Dados Europeu sobre Dispositivos Médicos (Eudamed).

(29) Um aspeto fundamental é a criação de uma base de dados central constituída por vários sistemas eletrónicos, sendo a IUD uma parte integrante, para coligir e tratar informações relativas aos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro presentes no mercado e aos relevantes operadores económicos, certificados, estudos intervencionais de desempenho clínico e outros estudos de desempenho clínico que implicam riscos para os sujeitos, bem como à vigilância e fiscalização do mercado. Esta base de dados tem por objetivo aumentar a transparência global, através de um melhor acesso à informação por parte do público e dos profissionais de saúde, racionalizar e facilitar o fluxo de informação entre operadores económicos, organismos notificados ou promotores e os Estados­Membros, bem como entre os Estados­Membros e entre estes e a Comissão, a fim de evitar múltiplos requisitos de notificação e melhorar a coordenação entre os Estados­Membros. No seio de um mercado interno, tal só pode ser garantido com eficácia ao nível da União, pelo que a Comissão deveria continuar a desenvolver e gerir o Banco de Dados Europeu sobre Dispositivos Médicos (Eudamed) criado pela Decisão 2010/227/UE da Comissão, de 19 de abril de 2010, relativa ao Banco de Dados Europeu sobre Dispositivos Médicos (Eudamed).

Alteração  16

Proposta de regulamento

Considerando 30

Texto da Comissão

Alteração

(30) Os sistemas eletrónicos do Eudamed relativos aos dispositivos presentes no mercado, aos operadores económicos e aos certificados devem permitir que o público esteja adequadamente informado acerca dos dispositivos no mercado da União. O sistema eletrónico sobre os estudos de desempenho clínico destina-se a ser um instrumento de cooperação entre Estados-Membros e que permita aos promotores apresentar, voluntariamente, um único pedido a vários Estados-Membros e, neste caso, notificar acontecimentos adversos graves. O sistema eletrónico sobre a vigilância deve permitir que os fabricantes notifiquem incidentes graves e outros acontecimentos notificáveis e dar apoio à coordenação da sua avaliação pelas autoridades nacionais competentes. O sistema eletrónico relativo à fiscalização do mercado será uma ferramenta para o intercâmbio de informações entre autoridades competentes.

(30) Os sistemas eletrónicos do Eudamed devem permitir que o público e os profissionais de saúde estejam adequadamente informados acerca dos dispositivos no mercado da União. É essencial haver níveis adequados de acesso para o público e os profissionais de saúde àquelas partes dos sistemas eletrónicos do Eudamed que fornecem informações importantes sobre os dispositivos médicos para diagnóstico in vitro que podem constituir um risco para a saúde pública e para a segurança. Quando esse acesso é restrito, deve ser possível, mediante um pedido fundamentado, revelar informações existentes sobre dispositivos médicos para diagnóstico in vitro, salvo se a restrição de acesso for justificada com base na confidencialidade. O sistema eletrónico sobre os estudos de desempenho clínico destina-se a ser um instrumento de cooperação entre Estados-Membros e que permita aos promotores apresentar, voluntariamente, um único pedido a vários Estados-Membros e, neste caso, notificar acontecimentos adversos graves. O sistema eletrónico sobre a vigilância deve permitir que os fabricantes notifiquem incidentes graves e outros acontecimentos notificáveis e dar apoio à coordenação da sua avaliação pelas autoridades nacionais competentes. O sistema eletrónico relativo à fiscalização do mercado será uma ferramenta para o intercâmbio de informações entre autoridades competentes. Deve ser disponibilizada aos profissionais de saúde e ao público uma análise regular das informações sobre a vigilância e fiscalização do mercado.

Alteração  17

Proposta de regulamento

Considerando 32

Texto da Comissão

Alteração

(32) Relativamente aos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro de alto risco, os fabricantes devem resumir os principais aspetos de segurança e desempenho do dispositivo bem como o resultado da avaliação clínica num documento que deve ser disponibilizado publicamente.

(32) Relativamente aos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro de alto risco, para efeitos de maior transparência, os fabricantes devem elaborar um relatório sobre os aspetos de segurança e desempenho do dispositivo, bem como o resultado da avaliação clínica. Um resumo do relatório de segurança e desempenho deve ser disponibilizado publicamente através do Eudamed.

Alteração  18

Proposta de regulamento

Considerando 32-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

(32-A) De acordo com a política da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) sobre o acesso aos documentos, a Agência emite, a pedido, documentos apresentados como parte dos pedidos de autorização de introdução de medicamentos no mercado, incluindo relatórios sobre ensaios clínicos, assim que o processo de decisão relativo ao medicamento em causa estiver concluído. Devem ser mantidas e reforçadas normas correspondentes em matéria de transparência e de acesso aos documentos relativamente aos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro de alto risco, em especial quando não estejam sujeitos a homologação antes da sua comercialização. Para efeitos do presente regulamento, os dados incluídos em estudos de desempenho clínico não devem geralmente ser considerados sensíveis do ponto de vista comercial, desde que a conformidade do dispositivo com os requisitos aplicáveis tenha sido demonstrada de acordo com o procedimento de avaliação da conformidade atualmente em vigor. Tal não prejudica os direitos de propriedade intelectual em relação à utilização por outros fabricantes de dados de estudos de desempenho clínico pelo fabricante.

Alteração  19

Proposta de regulamento

Considerando 33

 

 

Texto da Comissão

Alteração

(33) O funcionamento adequado dos organismos notificados é crucial para assegurar um elevado nível de saúde e segurança bem como a confiança dos cidadãos no sistema. Por conseguinte, a designação e a monitorização dos organismos notificados pelos EstadosMembros, segundo critérios circunstanciados e rigorosos, devem ser objeto de controlos a nível da União.

(33) O funcionamento adequado dos organismos notificados é crucial para assegurar um elevado nível de proteção da saúde e da segurança bem como a confiança dos cidadãos no sistema. Por conseguinte, a designação e a monitorização dos organismos notificados pelos Estados-Membros, e, se aplicável, a EMA, segundo critérios circunstanciados e rigorosos, devem ser objeto de controlos a nível da União.

Alteração  20

Proposta de regulamento

Considerando 35

Texto da Comissão

Alteração

(35) No que se refere aos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro de alto risco, as autoridades devem ser informadas numa fase precoce acerca dos dispositivos que estão sujeitos a uma avaliação da conformidade e devem ter o direito, por motivos cientificamente válidos, de verificar a avaliação preliminar efetuada pelos organismos notificados, em especial quando se tratar de dispositivos para os quais não existem especificações técnicas comuns, de dispositivos inovadores ou que usam uma tecnologia inovadora, de dispositivos pertencentes a uma categoria com taxas elevadas de incidentes graves, ou de dispositivos em que tenham sido identificadas discrepâncias significativas relativamente a dispositivos substancialmente semelhantes nas avaliações da conformidade efetuadas por organismos notificados diferentes. O procedimento previsto no presente regulamento não obsta a que os fabricantes informem voluntariamente uma autoridade competente da sua intenção de apresentar um pedido de avaliação da conformidade de um dispositivo médico para diagnóstico in vitro de alto risco antes da apresentação do pedido ao organismo notificado.

Suprimido

Alteração  21

Proposta de regulamento

Considerando 35-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

(35-A) O Comité de Avaliação dos Dispositivos Médicos (CADM) deve ser composto por subgrupos de peritos nos principais domínios médicos. Deve ser dirigido por um grupo de coordenação, composto pelos presidentes de cada subgrupo, que deverá assegurar a coordenação geral dos subgrupos e a adequada repartição das tarefas. O grupo de coordenação deverá reunir-se a pedido da Comissão, devendo as suas reuniões ser presididas por um representante da Comissão. A Comissão deve prestar apoio logístico ao Secretariado e às atividades operacionais deste Comité.

Alteração  22

Proposta de regulamento

Considerando 43-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

43-A. A declaração de Helsínquia da Associação Médica Mundial1 estabelece no seu artigo 15.º que «o protocolo de investigação deve ser submetido para análise, comentário, orientação e aprovação a um comité de ética em matéria de investigação antes de se iniciar o estudo». Os estudos intervencionais de desempenho clínico e outros estudos de desempenho clínico que envolvam risco para o sujeito do ensaio serão aprovados apenas após a avaliação e a aprovação por um comité de ética. O Estado-Membro relator e os outros Estados-Membros em causa devem organizar-se de forma a que a autoridade competente em causa seja aprovada por um comité de ética sobre o protocolo do estudo de desempenho clínico.

 

 

1 Declaração de Helsínquia da Associação Médica Mundial - Princípios éticos aplicáveis à investigação médica em seres humanos, aprovada pela 18.ª Assembleia Geral da Associação Médica Mundial, em Helsínquia, na Finlândia, em junho de 1964, com a última redação que lhe foi dada pela 59.ª Assembleia Geral da Associação Médica Mundial em Seul, na Coreia, em outubro de 2008.

 

http://www.wma.net/en/30publications/10policies/b3/index.html.pdf?print-media-type&footer-right=[page]/[toPage]

Justificação

A presente alteração procura clarificar o conceito de aprovação através de um comité de ética. A declaração de Helsínquia é citada no relatório Glennis Willmott sobre ensaios clínicos. Importa clarificar que, de acordo com a declaração, é exigida não só a consideração mas também a aprovação por um comité de ética. Por outro lado, a proposta da Comissão propõe que o promotor negoceie no Estado-Membro declarante com um único interlocutor, sendo que os outros Estados-Membros em causa não devem ser afetados.

Alteração  23

Proposta de regulamento

Considerando 44-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

(44-A) Por razões de transparência, os promotores devem apresentar os resultados de um estudo de desempenho clínico, juntamente com um resumo realizado por um leigo nos prazos previstos pelo regulamento. Deverá ser atribuída competência à Comissão para adotar atos delegados no âmbito da preparação do resumo realizado por um leigo e da comunicação do relatório do estudo de desempenho clínico. A Comissão deve apresentar diretrizes com vista à gestão e à facilitação da partilha de dados não tratados relativos a todos os estudos de desempenho clínico.

Alteração  24

Proposta de regulamento

Considerando 45

Texto da Comissão

Alteração

(45) Os promotores de estudos intervencionais de desempenho clínico, e outros estudos de desempenho clínico que implicam riscos para os sujeitos, a realizar em mais do que um Estado-Membro devem ter a possibilidade de apresentar um único pedido a fim de reduzir os encargos administrativos. Para permitir a partilha de recursos e assegurar a coerência na avaliação dos aspetos ligados à saúde e à segurança do dispositivo para avaliação do desempenho e da conceção científica do estudo de desempenho clínico a realizar em vários Estados-Membros, esse pedido único deve facilitar a coordenação entre Estados-Membros sob a direção de um Estado-Membro coordenador. A avaliação coordenada não deve abranger aspetos de natureza intrinsecamente nacional ou local, nem os aspetos éticos de um estudo de desempenho clínico, como o consentimento esclarecido. Deve caber a cada Estado-Membro a responsabilidade de tomar a decisão final quanto à realização de um estudo de desempenho clínico no seu território.

(45) Os promotores de estudos intervencionais de desempenho clínico, e outros estudos de desempenho clínico que implicam riscos para os sujeitos, a realizar em mais do que um Estado-Membro devem ter a possibilidade de apresentar um único pedido a fim de reduzir os encargos administrativos. Para permitir a partilha de recursos e assegurar a coerência na avaliação dos aspetos ligados à saúde e à segurança do dispositivo para avaliação do desempenho e da conceção científica do estudo de desempenho clínico a realizar em vários Estados-Membros, esse pedido único deve facilitar a coordenação entre Estados-Membros sob a direção de um Estado-Membro coordenador. Deve caber a cada Estado-Membro a responsabilidade de tomar a decisão final quanto à realização de um estudo de desempenho clínico no seu território.

Alteração  25

Proposta de regulamento

Considerando 45-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

(45-A) Devem ser estabelecidas regras rigorosas para pessoas que não estejam em condições de dar o seu consentimento esclarecido, como crianças e pessoas incapacitadas, ao mesmo nível da Diretiva 2001/20/CE do Parlamento Europeu e do Conselho¹.

 

____________

 

¹ Diretiva 2001/20/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 4 de abril de 2001, relativa à aproximação das disposições legislativas, regulamentares e administrativas dos Estados-Membros respeitantes à aplicação de boas práticas clínicas na condução dos ensaios clínicos de medicamentos para uso humano (JO L 121 de 1.5.2001, p. 34).

Alteração  26

Proposta de regulamento

Considerando 48

Texto da Comissão

Alteração

(48) A fim de proteger melhor a saúde e a segurança no tocante aos dispositivos presentes no mercado, o sistema de vigilância dos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro deve tornar-se mais eficaz com a criação de um portal central ao nível da União para a notificação de incidentes graves e de ações corretivas de segurança.

(48) A fim de proteger melhor a saúde e a segurança no tocante aos dispositivos presentes no mercado, o sistema de vigilância dos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro deve tornar-se mais eficaz com a criação de um portal central na Europa e fora da UE para a notificação de incidentes graves e de ações corretivas de segurança dentro e fora da União.

Alteração  27

Proposta de regulamento

Considerando 49

Texto da Comissão

Alteração

(49) Os profissionais de saúde e os doentes devem ser dotados de capacidade para notificar, a nível nacional, suspeitas de incidentes graves, usando formatos harmonizados. Sempre que confirmem a ocorrência de um incidente grave, as autoridades nacionais competentes devem informar os fabricantes e partilhar as informações com as suas homólogas, a fim de minimizar a repetição desses incidentes.

(49) Os Estados­Membros devem tomar todas as medidas necessárias para sensibilizar mais os profissionais de saúde, os utilizadores e os doentes acerca da importância de notificar suspeitas de incidentes. Os profissionais de saúde, os utilizadores e os doentes devem ser dotados de capacidade e de meios para notificar, a nível nacional, tais incidentes, usando formatos harmonizados, e de gozarem do direito ao anonimato, sempre que tal se revele necessário. A fim de minimizar a repetição desses incidentes, e sempre que confirmem a ocorrência de um incidente, as autoridades nacionais competentes devem informar os fabricantes e, se necessário, as suas filiais e subcontratantes, enviar as informações através do respetivo sistema eletrónico no Eudamed.

Alteração  28

Proposta de regulamento

Considerando 53

Texto da Comissão

Alteração

(53) Para garantir a sustentabilidade da monitorização dos organismos notificados e para criar condições de concorrência equitativas entre esses organismos, os Estados-Membros devem cobrar taxas pela designação e monitorização dos mesmos.

(53) Para garantir a sustentabilidade da monitorização dos organismos notificados e para criar condições de concorrência equitativas entre esses organismos, os Estados­Membros deverão cobrar taxas pela designação e monitorização dos mesmos. Estas taxas devem ser comparáveis em todos os Estados‑Membros e devem ser tornadas públicas.

Alteração  29

Proposta de regulamento

Considerando 54

Texto da Comissão

Alteração

(54) Embora o presente regulamento não deva obstar a que os Estados-Membros cobrem uma taxa pelas atividades desenvolvidas a nível nacional, os Estados-Membros devem informar a Comissão e os demais Estados-Membros antes de fixarem o nível e a estrutura das taxas, a fim de garantir a transparência.

(54) Embora o presente regulamento não deva obstar a que os Estados-Membros cobrem uma taxa pelas atividades desenvolvidas a nível nacional, os Estados-Membros devem informar a Comissão e os demais Estados-Membros antes de fixarem o nível e a estrutura comparáveis das taxas, a fim de garantir a transparência.

Alteração  30

Proposta de regulamento

Considerando 54-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

(54-A) Os Estados­Membros devem adotar disposições relativos a taxas normalizadas para os organismos notificados, taxas essas que devem ser comparáveis em todos os Estados­Membros. A Comissão deve apresentar diretrizes para facilitar a comparabilidade destas taxas. Os EstadosMembros devem transmitir as respetivas listas de taxas normalizadas à Comissão e garantir que os organismos notificados registados nos seus territórios disponibilizam ao público as suas listas de taxas normalizadas referentes às atividades de avaliação da conformidade.

Alteração  31

Proposta de regulamento

Considerando 55

Texto da Comissão

Alteração

(55) Em conformidade com as condições e modalidades estabelecidas no artigo 78.º do Regulamento (UE) [referência do futuro regulamento relativo aos dispositivos médicos] relativo aos dispositivos médicos, deve ser criado um comité de peritos, o Grupo de Coordenação dos Dispositivos Médicos (GCDM), composto por pessoas designadas pelos Estados-Membros com base nas suas atividades e conhecimentos no domínio dos dispositivos médicos e dos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro, para desempenhar as tarefas que lhe forem atribuídas pelo presente regulamento e pelo Regulamento (UE) n.º [referência do futuro regulamento relativo aos dispositivos médicos] relativo aos dispositivos médicos, prestar aconselhamento à Comissão e coadjuvar a Comissão e os Estados-Membros na garantia de uma implementação harmonizada do presente regulamento.

(55) Em conformidade com as condições e modalidades estabelecidas no artigo 78.º do Regulamento (UE) [referência do futuro regulamento relativo aos dispositivos médicos] relativo aos dispositivos médicos, deve ser criado um GCDM, composto por pessoas designadas pelos Estados-Membros com base nas suas atividades e conhecimentos no domínio dos dispositivos médicos e dos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro, para desempenhar as tarefas que lhe forem atribuídas pelo presente regulamento e pelo Regulamento (UE) n.º [referência do futuro regulamento relativo aos dispositivos médicos] relativo aos dispositivos médicos, prestar aconselhamento à Comissão e coadjuvar a Comissão e os Estados-Membros na garantia de uma implementação harmonizada do presente regulamento. Antes de entrarem em funções, os membros do GCDM deverão publicar uma declaração de compromisso e uma declaração de interesses, indicando quer a ausência de qualquer interesse que possa ser considerado prejudicial à sua independência, quer a existência de qualquer interesse direto ou indireto que possa ser prejudicial à sua independência. Estas declarações deverão ser verificadas pela Comissão.

Alteração  32

Proposta de regulamento

Considerando 59

Texto da Comissão

Alteração

(59) O presente regulamento respeita os direitos fundamentais e observa os princípios reconhecidos, nomeadamente, na Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia, em especial a dignidade e a integridade do ser humano, a proteção dos dados pessoais, a liberdade das artes e das ciências, a liberdade de empresa e o direito de propriedade. O presente regulamento deve ser aplicado pelos Estados-Membros em conformidade com estes direitos e princípios.

(59) O presente regulamento respeita os direitos fundamentais e observa os princípios reconhecidos, nomeadamente, na Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia, em especial a dignidade e a integridade do ser humano, o princípio do consentimento livre e esclarecido da pessoa em causa, a proteção dos dados pessoais, a liberdade das artes e das ciências, a liberdade de empresa e o direito de propriedade, bem como a Convenção Europeia sobre os Direitos do Homem e a Biomedicina e o Protocolo Adicional a essa Convenção relativamente a Testes Genéticos para Fins Médicos. O presente regulamento deve ser aplicado pelos Estados-Membros em conformidade com estes direitos e princípios.

Justificação

O princípio do consentimento livre e esclarecido é um ponto fundamental no artigo 3.º da Carta e deve ser aqui mencionado.

Alteração  33

Proposta de regulamento

Considerando 59-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

(59-A) Afigura-se importante dispor de normas claras sobre a aplicação de testes ADN. Todavia, importa regulamentar unicamente certos aspetos fundamentais e de deixar aos Estados-Membros a liberdade de adotarem regulamentação mais precisa neste domínio. Os Estados-Membros devem, por exemplo, estipular que todos os dispositivos que forneçam indicações de uma doença genética que surja em idade adulta ou tenha efeitos sobre o planeamento familiar não podem ser utilizados em menores de idade, a menos que existam possibilidades de tratamento preventivo.

Alteração  34

Proposta de regulamento

Considerando 59-B (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

(59-B) O aconselhamento genético deveria ser obrigatório em casos precisos mas não em casos em que um diagnóstico de um doente que já padeça de uma doença seja confirmado por um teste genético ou em que já seja utilizado um teste para seleção terapêutica.

Alteração  35

Proposta de regulamento

Considerando 59-C (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

(59-C) O presente regulamento está em consonância com a Convenção das Nações Unidas, de 13 de dezembro de 2006, sobre os direitos das pessoas com deficiência, ratificada pela União Europeia em 23 dezembro de 2010, mediante a qual os signatários se comprometeram, nomeadamente, a promover, a proteger e a assegurar a fruição plena e equitativa de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais por parte de todas as pessoas com deficiência, e a fomentar o respeito pela dignidade inerente a todos, entre outros, aumentando a consciencialização sobre as aptidões e o contributo das pessoas com deficiência.

Justificação

A União Europeia ratificou a Convenção das Nações Unidas sobre as pessoas portadoras de deficiência. Este aspeto deve ficar refletido no regulamento.

Alteração  36

Proposta de regulamento

Considerando 60

Texto da Comissão

Alteração

(60) Com o objetivo de manter um elevado nível de saúde e segurança, deve ser delegado na Comissão o poder de adotar atos em conformidade com o artigo 290.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia relativamente à adaptação ao progresso técnico dos requisitos gerais de segurança e desempenho, dos elementos a tratar na documentação técnica, do teor mínimo da declaração UE de conformidade e dos certificados emitidos pelos organismos notificados, dos requisitos mínimos a satisfazer pelos organismos notificados, das regras de classificação, dos procedimentos de avaliação da conformidade e da documentação a apresentar para a aprovação dos estudos de desempenho clínico; ao estabelecimento do sistema IUD; às informações a apresentar para o registo dos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro e de determinados operadores económicos; ao nível e à estrutura das taxas relativas à designação e à monitorização dos organismos notificados; às informações relativas a estudos de desempenho clínico que são disponibilizadas publicamente; à adoção de medidas preventivas de proteção da saúde a nível da UE; bem como às tarefas e critérios aplicáveis aos laboratórios de referência da União Europeia e ao nível e estrutura das taxas a pagar pelos pareceres científicos que emitem. É particularmente importante que a Comissão proceda às consultas adequadas durante os trabalhos preparatórios, inclusive ao nível de peritos. A Comissão, ao preparar e redigir atos delegados, deve assegurar a transmissão simultânea, atempada e adequada dos documentos relevantes ao Parlamento Europeu e ao Conselho.

(60) Com o objetivo de manter um elevado nível de saúde e segurança, deve ser delegado na Comissão o poder de adotar atos em conformidade com o artigo 290.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia relativamente aos requisitos mínimos a satisfazer pelos organismos notificados, às regras de classificação e à documentação a apresentar para a aprovação dos estudos de desempenho clínico; ao estabelecimento do sistema IUD; às informações a apresentar para o registo dos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro e de determinados operadores económicos; ao nível e à estrutura das taxas relativas à designação e à monitorização dos organismos notificados; às informações relativas a estudos de desempenho clínico que são disponibilizadas publicamente; à adoção de medidas preventivas de proteção da saúde a nível da UE; bem como às tarefas e critérios aplicáveis aos laboratórios de referência da União Europeia e ao nível e estrutura das taxas a pagar pelos pareceres científicos que emitem. Contudo, os elementos importantes do presente regulamento, como os requisitos gerais de segurança e desempenho, elementos que serão abordados em documentação técnica, o conteúdo mínimo da declaração de conformidade da União, a fim de alterar ou completar os procedimentos de avaliação da conformidade, serão alterados apenas através do processo legislativo ordinário. É particularmente importante que a Comissão proceda às consultas adequadas durante os trabalhos preparatórios, inclusive ao nível de peritos. A Comissão, ao preparar e redigir atos delegados, deve assegurar a transmissão simultânea, atempada e adequada dos documentos relevantes ao Parlamento Europeu e ao Conselho.

Justificação

As partes mencionadas são um elemento fundamental da legislação e, por conseguinte, de acordo com o artigo 290.º do Tratado não podem ser modificadas por um ato delegado.

Alteração  37

Proposta de regulamento

Considerando 64

Texto da Comissão

Alteração

(64) No sentido de permitir que os operadores económicos, os organismos notificados, os Estados-Membros e a Comissão se adaptem às alterações introduzidas pelo presente regulamento, é adequado prever um período transitório suficiente para essa adaptação e para tomar as medidas organizativas necessárias à sua correta aplicação. É de primordial importância que, na data de aplicação, estejam designados organismos notificados em número suficiente de acordo com os novos requisitos, a fim de evitar uma escassez de dispositivos médicos para diagnóstico in vitro no mercado.

(64) No sentido de permitir que os operadores económicos, especialmente as PME, se adaptem às alterações introduzidas pelo presente regulamento e de assegurar a correta aplicação do mesmo, é adequado prever um período transitório suficiente para permitir que sejam tomadas as medidas organizativas necessárias. Contudo, as partes do presente regulamento que dizem respeito aos Estados-Membros devem ser implementadas o mais rapidamente possível. É de primordial importância que estejam designados organismos notificados em número suficiente de acordo com os novos requisitos, o mais rapidamente possível, a fim de evitar uma escassez de dispositivos médicos para diagnóstico in vitro no mercado.

Justificação

Alteração  38

Proposta de regulamento

Considerando 65

Texto da Comissão

Alteração

(65) A fim de assegurar uma transição suave para o registo dos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro, dos operadores económicos relevantes e dos certificados, a obrigação de apresentar as informações pertinentes através dos sistemas eletrónicos criados pelo regulamento ao nível da União só deve tornar-se plenamente efetiva decorridos 18 meses a contar da data de aplicação do presente regulamento. Durante este período transitório, devem permanecer em vigor o artigo 10.º e o artigo 12.º, n.º 1, alíneas a) e b), da Diretiva 98/79/CE. Todavia, a fim de evitar registos múltiplos, os operadores económicos e os organismos notificados que efetuem registos nos sistemas eletrónicos relevantes estabelecidos a nível da União devem ser considerados conformes com os requisitos de registo adotados pelos Estados-Membros nos termos do disposto nessa diretiva.

(65) A fim de assegurar uma transição suave para o registo dos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro, os sistemas eletrónicos criados pelo regulamento ao nível da União devem tornar-se operacionais o mais rapidamente possível. A fim de evitar registos múltiplos, os operadores económicos e os organismos notificados que efetuem registos nos sistemas eletrónicos relevantes estabelecidos a nível da União devem ser considerados conformes com os requisitos de registo adotados pelos Estados-Membros nos termos do disposto nessa diretiva.

Justificação

Os sistemas eletrónicos devem ser implementados o mais rapidamente possível. Os operadores económicos devem poder participar logo que estejam prontos para o fazer.

Alteração  39

Proposta de regulamento

Considerando 67-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

(67-A) É política de longa data da União não interferir com a política nacional, permitindo, proibindo ou limitando a nível nacional tecnologias controversas em termos éticos, como testes genéticos pré-implantação. O presente regulamento não deve interferir com este princípio e a decisão de permitir, proibir ou restringir a utilização deste tipo de tecnologia deve, assim, ser tomada a nível nacional. Se um Estado-Membro permitir a utilização deste tipo de tecnologia, com ou sem restrições, serão aplicáveis as normas dispostas no presente regulamento.

Justificação

É política de longa data da União Europeia que a questão relacionada com a permissão, proibição ou permissão dentro de limites éticos sensatos de tecnologia como os testes genéticos pré-implantação está sujeita ao princípio da subsidiariedade. Os Estados-Membros que permitem este tipo de testes devem assegurar a conformidade com as normas do presente regulamento, mas os Estados-Membros que pretendem proibir estes testes de acordo com o debate ético nacional devem continuar a ter esta possibilidade.

Alteração  40

Proposta de regulamento

Artigo 1 – n.º 6

Texto da Comissão

Alteração

6. O presente regulamento não condiciona as legislações nacionais que exigem que determinados dispositivos só possam ser dispensados mediante prescrição médica.

6. O presente regulamento exige que determinados dispositivos apenas possam ser dispensados mediante prescrição médica, mas não condiciona as legislações nacionais que exigem que outros dispositivos só possam ser dispensados mediante prescrição médica. A publicidade direta junto do consumidor a dispositivos classificados como sujeitos a prescrição pelo presente regulamento é ilegal.

 

Os dispositivos que se seguem só podem ser dispensados mediante prescrição médica:

 

1) Dispositivos da classe D;

 

2) Dispositivos da classe C nas seguintes categorias:

 

(a) Dispositivos para testes genéticos;

 

(b) Testes para seleção terapêutica.

 

São atribuídas competências à Comissão para adotar atos delegados em conformidade com o artigo 85.º, para decidir que outros testes da classe C só podem ser dispensados mediante prescrição médica, após consulta junto das partes interessadas.

Alteração  41

Proposta de regulamento

Artigo 1 – n.º 7-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

7-A. A regulamentação dos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro a nível da União não interfere com a liberdade dos Estados-Membros para decidir sobre a restrição da utilização de qualquer tipo específico de dispositivo para diagnóstico in vitro no que se refere a aspetos não abrangidos pelo presente regulamento.

Justificação

É política de longa data da União Europeia que a questão relacionada com a permissão, proibição ou permissão dentro de limites éticos sensatos de tecnologia como os testes genéticos pré-implantação está sujeita ao princípio da subsidiariedade. Os Estados-Membros que permitem este tipo de testes devem assegurar a conformidade com as normas do presente regulamento, mas os Estados-Membros que pretendem proibir estes testes de acordo com o debate ético nacional devem continuar a ter esta possibilidade. A redação é retirada de uma disposição semelhante no regulamento relativo às terapias avançadas.

Alteração  42

Proposta de regulamento

Artigo 2 – parágrafo 1 – ponto 1

Texto da Comissão

Alteração

(1) «Dispositivo médico», qualquer instrumento, aparelho, equipamento, software, implante, reagente, material ou outro artigo, destinado pelo fabricante a ser utilizado, isolada ou conjuntamente, em seres humanos, para um ou mais dos fins médicos específicos de:

(1) «Dispositivo médico», qualquer instrumento, aparelho, equipamento, software, implante, reagente, material ou outro artigo, destinado pelo fabricante a ser utilizado, isolada ou conjuntamente, em seres humanos, para um ou mais dos fins médicos específicos diretos ou indiretos de:

– diagnóstico, prevenção, monitorização, tratamento ou atenuação de uma doença,

– diagnóstico, prevenção, monitorização, prognóstico, tratamento ou atenuação de uma doença,

– diagnóstico, monitorização, tratamento, atenuação ou compensação de uma lesão ou de uma deficiência,

– diagnóstico, monitorização, tratamento, atenuação ou compensação de uma lesão ou de uma deficiência,

– estudo, substituição ou alteração da anatomia ou de um processo ou estado fisiológico,

– estudo, substituição ou alteração da anatomia ou de um processo ou estado fisiológico,

– controlo ou suporte da conceção,

– controlo ou suporte da conceção,

– desinfeção ou esterilização de qualquer dos produtos supramencionados,

– desinfeção ou esterilização de qualquer dos produtos supramencionados,

 

– obtenção de informação sobre os impactos diretos ou indiretos na saúde,

cujo principal efeito pretendido no corpo humano não seja alcançado por meios farmacológicos, imunológicos ou metabólicos, embora a sua função prevista possa ser apoiada por esses meios.

cujo principal efeito pretendido no corpo humano não seja alcançado por meios farmacológicos, imunológicos ou metabólicos, embora a sua função prevista possa ser apoiada por esses meios.

Justificação

a) No artigo 2.º, n.º 2, a definição de um dispositivo médico para diagnóstico in vitro foi alargada de modo a abranger os ensaios de prognóstico e predisposição. Todavia, a definição de dispositivo médico não foi alargada de forma semelhante. b) Os chamados testes de estilo de vida devem ser abrangidos pelo regulamento, pois podem ter consequências consideráveis na saúde do doente/consumidor. Assim, é importante a existência de um âmbito alargado para proteção dos doentes e dos consumidores na Europa.

Alteração  43

Proposta de regulamento

Artigo 2 – parágrafo 1 – ponto 1 – travessão 1

Texto da Comissão

Alteração

– diagnóstico, prevenção, monitorização, tratamento ou atenuação de uma doença,

– diagnóstico, prevenção, monitorização, previsão, prognóstico, tratamento ou atenuação de uma doença,

Justificação

A previsão e o prognóstico de doenças são funções essenciais dos dispositivos.

Alteração  44

Proposta de regulamento

Artigo 2 – parágrafo 1 – ponto 2 – travessão 2

Texto da Comissão

Alteração

– relativas a anomalias congénitas,

– relativas a incapacidades físicas ou intelectuais congénitas,

Justificação

mo «anomalia congénita» é encarado pelas pessoas com deficiência e respetivos representantes como uma discriminação. Consequentemente, deve ser revogado.

Alteração  45

Proposta de regulamento

Artigo 2 – parágrafo 1 – ponto 2 – parágrafo 2-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

Os dispositivos médicos para diagnóstico in vitro utilizados para testes de ADN ficam sujeitos ao presente regulamento.

Justificação

Os chamados testes de estilo de vida devem ser abrangidos pelo regulamento, pois podem ter consequências consideráveis na saúde do doente/consumidor. Assim, é importante a existência de um âmbito alargado para proteção dos doentes e dos consumidores na Europa.

Alteração  46

Proposta de regulamento

Artigo 2 – parágrafo 1 – ponto 4

Texto da Comissão

Alteração

(4) «Dispositivo de autodiagnóstico», qualquer dispositivo destinado pelo fabricante a ser utilizado por leigos;

(4) «Dispositivo de autodiagnóstico», qualquer dispositivo destinado pelo fabricante a ser utilizado por leigos, incluindo serviços de testes disponibilizados a leigos através de serviços da sociedade de informação;

Justificação

Os dispositivos de autodiagnóstico possuem requisitos específicos de avaliação da conformidade (por exemplo, estudos com utilizadores e instruções, etc., na língua dos utilizadores previstos), que são concebidos para atenuar os riscos específicos desses dispositivos, ou seja, a falta de formação médica/técnica/científica do utilizador leigo. Este tipo específico de risco é idêntico, quer o teste seja adquirido como um kit num estabelecimento comercial ou como um serviço através da internet.

Alteração  47

Proposta de regulamento

Artigo 2 – parágrafo 1 – ponto 6

Texto da Comissão

Alteração

(6) «Teste para seleção terapêutica», um dispositivo destinado especificamente a selecionar doentes com uma condição clínica ou predisposição previamente diagnosticadas como elegíveis para uma terapêutica direcionada;

(6) «Teste para seleção terapêutica», um dispositivo destinado especificamente, e essencial, à seleção de doentes com uma condição clínica ou predisposição previamente diagnosticada como adequada ou não adequada para uma terapêutica direcionada com recurso a um medicamento ou uma série de medicamentos;

Alteração  48

Proposta de regulamento

Artigo 2 – parágrafo 1 – ponto 12-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

(12-A) «Novo dispositivo»:

 

– um dispositivo que incorpora tecnologia (o analito, a tecnologia ou plataforma de ensaio) não anteriormente utilizada em testes, ou;

 

– um dispositivo existente que está a ser utilizado pela primeira vez com uma nova finalidade;

Alteração  49

Proposta de regulamento

Artigo 2 – n.º 1 – ponto 12-B (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

(12-B) «Dispositivo para testes genéticos», um dispositivo médico para diagnóstico in vitro, cuja finalidade consiste em identificar determinada característica genética de uma pessoa, herdada ou adquirida durante o desenvolvimento pré-natal.

Justificação

Outra definição comparada com a alteração 18 no projeto de relatório.

Alteração  50

Proposta de regulamento

Artigo 2 – parágrafo 1 – ponto 15-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

(15-A) «Serviço da sociedade da informação», qualquer serviço prestado normalmente mediante remuneração, à distância, por via eletrónica e mediante pedido individual de um destinatário de serviços;

Justificação

A linguagem relativa às vendas diretas aos consumidores (DTC) através da Internet poderia ser muito mais clarificada reproduzindo, no mínimo, a definição estabelecida da UE de «serviço da sociedade da informação» constante da Diretiva 98/48/CE, em vez de se limitar a mencioná-lo.

Alteração  51

Proposta de regulamento

Artigo 2 – parágrafo 1 – ponto 16 – parágrafo 1

Texto da Comissão

Alteração

(16) «Fabricante», a pessoa singular ou coletiva que fabrique ou renove totalmente um dispositivo ou o faça projetar, fabricar ou renovar totalmente, e o comercialize em seu nome ou sob a sua marca.

(16) «Fabricante», a pessoa singular ou coletiva responsável pela conceção, fabrico, acondicionamento e rotulagem de um dispositivo médico com vista à sua colocação no mercado sob o nome dessa pessoa, independentemente de as referidas operações serem efetuadas por essa pessoa ou por terceiros por conta dessa pessoa. As obrigações decorrentes do presente regulamento impostas aos fabricantes aplicam-se igualmente a pessoas singulares ou coletivas que montem, acondicionem, executem, renovem totalmente ou rotulem um ou vários produtos prefabricados e/ou lhes atribuam uma finalidade na qualidade de dispositivos, com vista à sua colocação no mercado em nome próprio ou com a marca dessa pessoa.

Justificação

a) A definição do termo «fabricante» é menos clara do que na Diretiva DIV existente, porque faltam partes importantes (por exemplo, acondicionamento, rotulagem) na definição atual [98/79/CE, artigo 1.º, alínea f)]. A pessoa singular ou coletiva que rotule um dispositivo médico sob o seu próprio nome é um fabricante (ver legislação atual). b) Um fabricante comercializa produtos sob o próprio nome. A marca por si só não define o fabricante.

Alteração  52

Proposta de regulamento

Artigo 2 – parágrafo 1 – ponto 21

Texto da Comissão

Alteração

(21) «Instituição de saúde», uma organização cujo objetivo principal seja a prestação de cuidados ou tratamentos a doentes ou a promoção da saúde pública;

(21) «Instituição de saúde», uma organização cujo objetivo principal seja a prestação de cuidados ou tratamentos a doentes e que possui capacidade jurídica para estas atividades; laboratórios comerciais que prestam serviços de diagnóstico não devem ser consideradas instituições de saúde;

Justificação

É pouco claro o que poderia incluir-se na categoria de uma organização cuja finalidade principal é «a promoção da saúde pública», uma vez que não surge definida no regulamento. Nesse sentido, para evitar confusão e incertezas, a expressão deve ser suprimida.

Alteração  53

Proposta de regulamento

Artigo 2 – parágrafo 1 – ponto 25

Texto da Comissão

Alteração

(25) «Organismo de avaliação da conformidade», o organismo que efetue atividades de avaliação da conformidade por terceiros, nomeadamente calibração, ensaio, certificação e inspeção;

(25) «Organismo de avaliação da conformidade», o organismo que efetue atividades de avaliação da conformidade por terceiros, nomeadamente ensaio, certificação e inspeção;

Justificação

Os organismos de avaliação de conformidade nunca estão envolvidos na calibração de um dispositivo DIV – os dispositivos DIV devem ser calibrados antes da utilização.

Alteração  54

Proposta de regulamento

Artigo 2 – parágrafo 1 – ponto 28

Texto da Comissão

Alteração

(28) «Provas clínicas», as informações que sustentam a validade científica e o desempenho no que respeita à utilização de um dispositivo prevista pelo fabricante;

(28) «Provas clínicas», os dados, positivos e negativos, que sustentam a avaliação da validade científica e do desempenho no que respeita à utilização de um dispositivo prevista pelo fabricante;

Alteração  55

Proposta de regulamento

Artigo 2 – parágrafo 1 – ponto 30

Texto da Comissão

Alteração

(30) «Desempenho de um dispositivo», a capacidade do dispositivo de alcançar a finalidade declarada pelo fabricante. Abrange o desempenho analítico e, se aplicável, o desempenho clínico que sustentam a finalidade pretendida do dispositivo;

(30) «Desempenho de um dispositivo», a capacidade do dispositivo de alcançar a finalidade declarada pelo fabricante. Abrange a obtenção das capacidades técnicas, o desempenho analítico e, se aplicável, o desempenho clínico que sustentam a finalidade pretendida do dispositivo;

Alteração  56

Proposta de regulamento

Artigo 2 – parágrafo 1 – ponto 35

Texto da Comissão

Alteração

(35) «Avaliação do desempenho», a avaliação e análise de dados com o objetivo de determinar ou verificar o desempenho analítico e, se aplicável, clínico de um dispositivo;

(35) «Avaliação do desempenho», a avaliação e análise de dados com o objetivo de determinar ou verificar que o dispositivo apresenta o desempenho pretendido pelo fabricante, incluindo o desempenho técnico, analítico e, se aplicável, clínico de um dispositivo;

Alteração  57

Proposta de regulamento

Artigo 2 – parágrafo 1 – ponto 37-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

(37-A) "Comité de ética"um organismo independente de um Estado-Membro, constituído por profissionais de saúde e membros não médicos, que inclua pelo menos um doente com muita experiência e conhecimento, ou um representante do mesmo. A sua responsabilidade consiste em proteger os direitos, a segurança, a integridade física e mental, a dignidade e o bem-estar dos sujeitos envolvidos em estudos de desempenho clínico intervencionais e noutros estudos de desempenho clínico que comportem riscos para os sujeitos e em dar uma garantia pública dessa proteção com a máxima transparência. No caso de estudos que envolvam menores, o comité de ética deve incluir, pelo menos, um profissional de saúde com competência em pediatria.

Alteração  58

Proposta de regulamento

Artigo 2 – parágrafo 1 – ponto 43-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

(43-A). «Calibrador», norma de medição utilizada na calibração de um dispositivo;

Justificação

Os calibradores e os materiais de controlo são muito diferentes, não apenas do ponto de vista das suas características e utilização científica, mas também do ponto de vista regulamentar, pois são efetivamente classificados de acordo com regras diferentes. Assim, a definição deve ser dividida em duas definições – uma para calibradores e outra para materiais de controlo.

Alteração  59

Proposta de regulamento

Artigo 2 – parágrafo 1 – ponto 44

Texto da Comissão

Alteração

(44) «Calibradores e materiais de controlo», qualquer substância, material ou artigo destinados pelo fabricante a estabelecer relações de medida ou a verificar as características de desempenho de um dispositivo relativamente à sua finalidade;

(44) «Material de controlo», uma substância, material ou artigo destinado pelo seu fabricante a ser utilizado para verificar as características de desempenho de um dispositivo;

Justificação

Os calibradores e os materiais de controlo são muito diferentes, não apenas do ponto de vista das suas características e utilização científica, mas também do ponto de vista regulamentar, pois são efetivamente classificados de acordo com regras diferentes. Assim, a definição deve ser dividida em duas definições – uma para calibradores e outra para materiais de controlo.

Alteração  60

Proposta de regulamento

Artigo 2 – parágrafo 1 – ponto 45

Texto da Comissão

Alteração

(45) «Promotor», uma pessoa, empresa, instituto ou organismo responsável pela iniciação e gestão de um estudo de desempenho clínico;

(45) «Promotor», uma pessoa, empresa, instituto ou organismo responsável pela iniciação, gestão, realização ou financiamento de um estudo de desempenho clínico;

Justificação

A secção II do Anexo XIII implica mais responsabilidades. De outra forma, se o estudo é habitualmente considerado concluído após a última visita do último sujeito de ensaio, faltaria referência à responsabilidade do promotor no que se refere às tarefas de acompanhamento associadas, por exemplo o arquivo de documentação, a compilação do relatório de investigação clínica e a publicação de resultados. Complementar este parágrafo com uma referência à responsabilidade do promotor pelo financiamento corresponde à definição de acordo com o artigo 2.º, alínea e) da Diretiva 2001/20/CE.

Alteração  61

Proposta de regulamento

Artigo 2 – parágrafo 1 – ponto 47 – travessão 2 – subalínea iii)

Texto da Comissão

Alteração

(iii) hospitalização ou prolongamento da hospitalização,

(iii) hospitalização ou prolongamento da hospitalização do doente,

Justificação

Esta redação coloca o texto em conformidade com a norma ISO 14155:2011 Investigação clínica de dispositivos médicos em seres humanos – Boa prática clínica.

Alteração  62

Proposta de regulamento

Artigo 2 – parágrafo 1 – ponto 48

Texto da Comissão

Alteração

(48) «Defeito num dispositivo», qualquer inadequação na identidade, qualidade, durabilidade, fiabilidade, segurança ou desempenho de um dispositivo para avaliação do desempenho, incluindo o mau funcionamento, os erros de utilização ou a inadequação das informações fornecidas pelo fabricante;

(48) «Defeito num dispositivo», qualquer inadequação na identidade, qualidade, estabilidade, fiabilidade, segurança ou desempenho de um dispositivo para avaliação do desempenho, incluindo o mau funcionamento, os erros de utilização ou a inadequação das informações fornecidas pelo fabricante;

Justificação

O significado do termo «durabilidade» não é totalmente claro e pode conduzir a interpretações incorretas.

Alteração  63

Proposta de regulamento

Artigo 2 – parágrafo 1 – ponto 48-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

(48-A) «Inspeção», a análise oficial, realizada por uma autoridade competente, dos documentos, instalações, registos, sistemas de garantia de qualidade e quaisquer outros elementos que, na opinião dessa autoridade, estejam relacionados com um estudo de desempenho clínico e que podem encontrar-se no centro de estudo, nas instalações do promotor e/ou do organismo de investigação contratado, ou em qualquer outro estabelecimento que a autoridade competente considere necessário inspecionar;

Justificação

Contrariamente à proposta relativa a ensaios clínicos COM/2012/0369 final, o regulamento proposto não contém quaisquer disposições sobre inspeções. A decisão de monitorizar a realização de estudos de desempenho clínico não deve ser deixada ao critério dos Estados-Membros. Isto poderia conduzir à possibilidade de as decisões sobre a monitorização de uma investigação dependerem da existência dos fundos orçamentais necessários. Além disso, isto poderia resultar na realização de estudos de desempenho clínico preferencialmente em estados que podem dispensar a monitorização.

Alteração  64

Proposta de regulamento

Artigo 2 – parágrafo 1 – parágrafo 55

Texto da Comissão

Alteração

(55) «Aviso de segurança», a comunicação enviada pelo fabricante aos utilizadores ou aos clientes em relação a uma ação corretiva de segurança;

(55) «Aviso de segurança», a comunicação enviada pelo fabricante aos utilizadores, manipuladores de resíduos ou aos clientes em relação a uma ação corretiva de segurança no terreno;

Alteração  65

Proposta de regulamento

Artigo 2 – parágrafo 1 – parágrafo 56-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

(56-A) "inspeção sem aviso prévio", uma inspeção efetuada sem ser previamente anunciada;

Alteração  66

Proposta de regulamento

Artigo 3

Texto da Comissão

Alteração

1. A Comissão pode, a pedido de um Estado-Membro ou por sua própria iniciativa, por meio de atos de execução, determinar se um produto específico, ou uma categoria ou grupo de produtos, está ou não abrangido pela definição de dispositivo médico para diagnóstico in vitro ou de acessório de um dispositivo médico para diagnóstico in vitro. Tais atos de execução são adotados em conformidade com o procedimento de exame a que se refere o artigo 84.º, n.º 3.

1. A Comissão pode, por sua própria iniciativa, ou deve, a pedido de um Estado-Membro, por meio de atos de execução, com base nos pareceres do GCDM e do CCDM referidos, respetivamente, nos artigos 76.º e 76.º-A,determinar se um produto específico, ou uma categoria ou grupo de produtos, incluindo produtos "de fronteira", está ou não abrangido pela definição de dispositivo médico para diagnóstico in vitro ou de acessório de um dispositivo médico para diagnóstico in vitro. Tais atos de execução são adotados em conformidade com o procedimento de exame a que se refere o artigo 84.º, n.º 3.

2. A Comissão deve garantir a partilha de conhecimentos especializados entre os Estados-Membros no domínio dos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro, dos dispositivos médicos, dos medicamentos, dos tecidos e células humanos, dos cosméticos, dos biocidas, dos géneros alimentícios e, se necessário, de outros produtos, a fim de determinar o estatuto regulamentar adequado de um produto ou de uma categoria ou grupo de produtos.

 

Alteração  67

Proposta de regulamento

Capítulo II – título

Texto da Comissão

Alteração

Capítulo II

Capítulo VI:

Disponibilização de dispositivos, obrigações dos operadores económicos, marcação CE, livre circulação

Disponibilização e aplicação de dispositivos, obrigações dos operadores económicos, marcação CE, livre circulação

Alteração  68

Proposta de regulamento

Artigo 4 – n.º 3

Texto da Comissão

Alteração

3. A demonstração da conformidade com os requisitos gerais de segurança e desempenho deve basear-se em provas clínicas, em conformidade com o artigo 47.º

3. A demonstração da conformidade com os requisitos gerais de segurança e desempenho deve incluir provas clínicas, em conformidade com o artigo 47.º

Justificação

As provas clínicas não abordam todos os requisitos gerais de segurança e desempenho – a maioria destes requisitos são tratados de outra forma (por exemplo, requisitos sobre segurança química, segurança elétrica, segurança mecânica, segurança radiológica etc., não são determinados através de provas clínicas).

Alteração  69

Proposta de regulamento

Artigo 4 – n.º 5 – parágrafo 1

Texto da Comissão

Alteração

Os requisitos do presente regulamento, à exceção do artigo 59.º, n.º 4, não se aplicam aos dispositivos classificados nas classes A, B e C, em conformidade com as regras previstas no anexo VII, e fabricados e utilizados numa só instituição de saúde, desde que o seu fabrico e utilização ocorram exclusivamente no âmbito do sistema único de gestão da qualidade da instituição de saúde e esta instituição esteja em conformidade com a norma EN ISO 15189 ou qualquer outra norma reconhecida equivalente. Os Estados-Membros podem exigir que as instituições de saúde apresentem à autoridade competente uma lista dos referidos dispositivos que tenham sido fabricados e utilizados no seu território e podem subordinar o fabrico e a utilização dos dispositivos em causa a requisitos de segurança complementares.

Os requisitos do presente regulamento, à exceção do artigo 59.º, n.º 4, não se aplicam aos dispositivos classificados nas classes A, B e C, em conformidade com as regras previstas no anexo VII, e fabricados e utilizados numa só instituição de saúde, desde que o seu fabrico e utilização ocorram exclusivamente no âmbito do sistema único de gestão da qualidade da instituição de saúde e esta instituição esteja acreditada pela norma EN ISO 15189 ou qualquer outra norma reconhecida equivalente. Contudo, os requisitos do presente regulamento deverão continuar a aplicar-se aos laboratórios de patologia clínica ou comercial cujo objetivo principal não seja a prestação de cuidados de saúde (isto é, cuidado e tratamento de doentes) ou a promoção da saúde pública. Os Estados-Membros têm de exigir que as instituições de saúde apresentem à autoridade competente uma lista dos referidos dispositivos que tenham sido fabricados e utilizados no seu território e devem subordinar o fabrico e a utilização dos dispositivos em causa a requisitos de segurança complementares.

Alteração  70

Proposta de regulamento

Artigo 4 – n.º 5 – parágrafo 2

Texto da Comissão

Alteração

Os dispositivos classificados na classe D em conformidade com as regras previstas no anexo VII, mesmo que fabricados e utilizados numa só instituição de saúde, devem cumprir os requisitos do presente regulamento. No entanto, as disposições relativas à marcação CE previstas no artigo 16.º e as obrigações referidas nos artigos 21.º a 25.º não se aplicam a esses dispositivos.

Os dispositivos classificados na classe D em conformidade com as regras previstas no anexo VII, se fabricados e utilizados numa só instituição de saúde, ficam isentos do cumprimento dos requisitos do presente regulamento, com exceção do artigo 59.º, n.º 4, e dos requisitos gerais de segurança e desempenho previstos no anexo I, nos casos em que se verifiquem as seguintes condições:

 

(a) as necessidades específicas do doente ou grupo de doentes recetores não podem ser satisfeitas através de um dispositivo disponível com marcação CE, razão pela qual é necessário modificar um dispositivo com marcação CE ou fabricar um novo dispositivo;

 

(b) A instituição de saúde está acreditada pela norma ISO 15189 em termos do sistema de gestão da qualidade ou por qualquer outra norma reconhecida equivalente;

 

(c) A instituição de saúde faculta à Comissão e à autoridade competente referida no artigo 26.º uma lista desses dispositivos, que deve incluir uma justificação para o seu fabrico, modificação ou utilização. A lista é atualizada regularmente.

 

A Comissão verifica se os dispositivos constantes dessa lista são elegíveis para efeitos de isenção nos termos dos requisitos do presente parágrafo.

 

A informação relativa a dispositivos objeto de isenção é tornada pública.

 

Os Estados-Membros conservam o direito de restringir o fabrico e utilização internos de qualquer tipo específico de dispositivo para diagnóstico in vitro relativamente a aspetos não abrangidos pelo presente regulamento, podendo igualmente subordinar o fabrico e utilização dos dispositivos em causa a requisitos de segurança complementares. Nesses casos, os Estados-Membros informam imediatamente a Comissão e os outros Estados-Membros.

Alteração  71

Proposta de regulamento

Artigo 4 – n.º 6

Texto da Comissão

Alteração

6. A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados em conformidade com o artigo 85.º a fim de alterar ou completar, à luz do progresso técnico e tendo em conta os utilizadores ou doentes previstos, os requisitos gerais de segurança e desempenho estabelecidos no anexo I, incluindo as informações a fornecer pelo fabricante.

Suprimido

Justificação

Os requisitos gerais de segurança e desempenho constituem um elemento fundamental da legislação e, por esse motivo, de acordo com o artigo 290.º do Tratado não podem ser modificados por um ato delegado.

Alteração  72

Proposta de regulamento

Artigo 4-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

Artigo 4.º-A

 

Informação genética, aconselhamento e consentimento esclarecido

 

1. Um dispositivo só pode ser utilizado para fins de teste genético se a instrução for dada por médicos ao abrigo da legislação nacional aplicável, após uma consulta pessoal.

 

2. Um dispositivo pode ser utilizado apenas para fins de teste genético apenas se os direitos, segurança e bem-estar dos sujeitos do ensaio estiverem protegidos e se for esperado que os dados clínicos gerados durante a realização do teste genético sejam fiáveis e sólidos.

 

3. Informação. Antes de utilizar um dispositivo para fins de teste genético, a pessoa referida no n.º 1 deve fornecer ao sujeito em causa informação apropriada sobre a natureza, o significado e as implicações do teste genético.

 

4. Aconselhamento genético. Será obrigatória a realização de aconselhamento genético adequado antes da utilização de um dispositivo para fins de testes preditivos ou pré-natais e após ter sido diagnosticada uma condição genética. Esse aconselhamento deve incluir aspetos médicos, éticos, sociais, psicológicos e jurídicos e tem de ser realizado por médicos qualificados em aconselhamento genético.

 

A forma e a extensão do aconselhamento genético devem ser definidas de acordo com as implicações dos resultados do teste e do respetivo significado para a pessoa ou para os membros da sua família.

 

5. Consentimento. Um dispositivo só pode ser utilizado para fins de teste genético após a pessoa em causa facultar o seu consentimento livre e esclarecido. O consentimento deve ser facultado explicitamente e por escrito. Pode ser revogado em qualquer momento verbalmente ou por escrito.

 

6. Testes a menores e sujeitos incapazes. No caso de menores, deve obter-se o consentimento esclarecido, de acordo com a legislação nacional, dos pais ou do representante legal ou dos próprios menores; o consentimento deve refletir a vontade presumível do menor e poderá ser revogado a qualquer momento, sem detrimento para este último. No caso dos sujeitos incapacitados que não estão em condições de dar o seu consentimento legal esclarecido, deve obter-se o consentimento esclarecido do representante legal; o consentimento deverá refletir a vontade presumível do sujeito incapacitado e poderá ser revogado em qualquer momento, sem detrimento para essa pessoa.

 

7. Um dispositivo só pode ser utilizado para a determinação do sexo no âmbito do diagnóstico pré-natal se a determinação preencher um requisito médico e caso exista um risco de doenças de género hereditárias graves. Em derrogação do artigo 2.º, n.ºs 1 e 2, é aplicável a mesma restrição a produtos que não se destinam a preencher um requisito médico específico.

 

8. As disposições do presente artigo relativas à utilização de dispositivos para fins de testes genéticos não impedirão os Estados-Membros de manter ou introduzir, por motivos de proteção da saúde ou ordem pública, legislação nacional mais restritiva neste domínio.

Alteração  73

Proposta de regulamento

Artigo 5 – n.º 2-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

2-A. Os prestadores de serviços que fornecem técnicas de comunicação à distância são obrigados a disponibilizar imediatamente, a pedido do órgão competente, dados dos sujeitos que efetuam venda por correspondência de dispositivos.

Justificação

Zapisy, które zostały zaproponowane przez Komisję w projektach rozporządzeń nie są wystarczające i tym samym nie zabezpieczają w przedmiotowym zakresie interesów państw członkowskich. Utrzymanie propozycji komisyjnej, która została już ugruntowana w praktyce organów kompetentnych spowoduje, że w internecie będą obecne reklamy wprowadzające w błąd potencjalnego nabywcę wyrobów, gdyż będzie można oferować produkty, dla których nie przeprowadzono procedury oceny zgodności, a dopiero w momencie ich sprzedaży, będzie trzeba zapewnić, że taki wyrób spełnia wymagania. Jest to niepokojące i dlatego należy umożliwić organom kompetentnym, możliwość zdobycia wiedzy, kto zamieszczał takie ogłoszenia w przypadku otrzymania sygnału z rynku, że właśnie wyrób niespełniający wymagań, w tym nawet niebezpieczny dla zdrowia lub życia użytkownika, został w taki sposób sprzedany i aby dostarczyciele usług internetowych udostępniali dane o podmiotach zamieszczających reklamy wyrobów w internecie.

Alteração  74

Proposta de regulamento

Artigo 5 – n.º 2-B (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

2-B. É proibida a colocação no mercado, a entrada em serviço, a distribuição, o fornecimento e a disponibilização de dispositivos cujos nomes, rótulos ou instruções de utilização possam induzir em erro quanto às características e ao funcionamento do dispositivo, através de:

 

a) Atribuírem ao dispositivo de características, funções e funcionamentos de que este não dispõe;

 

b) Criarem a impressão errónea de que o tratamento ou o diagnóstico feito com o dispositivo será bem-sucedido; não informarem sobre o risco esperado ligado com a utilização do dispositivo para alcançar o efeito pretendido ou durante um período superior ao previsto;

 

c) Sugerirem utilizações ou características do dispositivo diferentes das declaradas durante a execução da avaliação da conformidade.

 

Os materiais de promoção, apresentações e informações sobre os dispositivos não podem induzir em erro da forma referida no primeiro parágrafo.

Justificação

Kwestie podnoszone w powyższej poprawce, w ogóle nie znalazły się w propozycjach nowych przepisów. Należy wprowadzić zakaz reklamy wprowadzającej w błąd, co do właściwości i przeznaczenia wyrobów, gdyż wpłynie to pozytywnie na ochronę europejczyków przed nieetycznym postępowaniem, które może doprowadzić nawet do zaniechania właściwego leczenia medycznego przy zastosowaniu wyrobu, który obiecywał dużo, ale w zasadzie nie leczy lub nie udowodniono wskazania zawartego w instrukcjach o dane kliniczne. W obszarze produktów leczniczych regulacja idzie nawet dalej, gdyż każda reklama, powinna być zaopatrzona w stosowne zdanie informujące, że przed skorzystaniem z leku należy skorzystać z konsultacji lekarza lub farmaceuty, jednakże dla wyrobów medycznych wydaje się na razie wystarczające, aby zawrzeć zaproponowane powyżej przepisy.

Alteração  75

Proposta de regulamento

Artigo 7 – n.° 1 e n.° 1-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

1. Quando não existirem normas harmonizadas ou quando as normas harmonizadas relevantes não forem suficientes, a Comissão fica habilitada a adotar especificações técnicas comuns (ETC) no que diz respeito aos requisitos gerais de segurança e desempenho estabelecidos no anexo I, à documentação técnica estabelecida no anexo II ou às provas clínicas e ao acompanhamento pós-comercialização estabelecidos no anexo XII. As ETC devem ser adotadas por meio de atos de execução em conformidade com o procedimento de exame referido no artigo 84.º, n.º 3.

1. Quando não existirem normas harmonizadas ou quando for necessário tratar questões de saúde pública, a Comissão após consultar o GCDM e o CCDM, fica habilitada a adotar especificações técnicas comuns (ETC) no que diz respeito aos requisitos gerais de segurança e desempenho estabelecidos no anexo I, à documentação técnica estabelecida no anexo II ou às provas clínicas e ao acompanhamento pós-comercialização estabelecidos no anexo XII. As ETC devem ser adotadas por meio de atos de execução em conformidade com o procedimento de exame referido no artigo 84.º, n.º 3.

 

1-A. Antes de adotar as ETC referidas no n.º 1, a Comissão deve assegurar que as ETC foram desenvolvidas com o apoio adequado dos intervenientes relevantes e que as especificações são coerentes com o sistema de normalização europeia e internacional. As ETC são coerentes se não entrarem em conflito com as normas europeias, isto é, se abrangerem domínios sem normas harmonizadas, se não estiver prevista a adoção de novas normas europeias por um período razoável de tempo, se as normas existentes não tiverem sido adotadas pelo mercado, se essas normas se tiverem tornado obsoletas ou se tiver demonstrado serem claramente insuficientes com base em dados de vigilância e se não estiver prevista a transposição das especificações técnicas para os produtos de normalização para um período razoável de tempo.

Alteração  76

Proposta de regulamento

Artigo 8 – n.º 2 – parágrafo 2

Texto da Comissão

Alteração

A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados em conformidade com o artigo 85.º a fim de alterar ou completar, à luz do progresso técnico, os elementos da documentação técnica estabelecidos no anexo II.

Suprimido

Justificação

Os requisitos gerais de segurança e desempenho constituem um elemento fundamental da legislação e, por esse motivo, de acordo com o artigo 290.º do Tratado não podem ser modificados por um ato delegado.

Alteração  77

Proposta de regulamento

Artigo 8 – n.º 6 – parágrafo 1

Texto da Comissão

Alteração

Os fabricantes de dispositivos devem instituir e manter atualizado um procedimento sistemático, que seja proporcional à classe de risco e ao tipo de dispositivo, para recolher e analisar a experiência adquirida com os seus dispositivos colocados no mercado ou postos em serviço e para aplicar a ação corretiva necessária, a seguir designado como «plano de vigilância pós-comercialização». O plano de vigilância pós-comercialização deve estabelecer o processo para a recolha, o registo e a investigação de queixas e notificações provenientes dos profissionais de saúde, dos doentes ou dos utilizadores sobre suspeitas de incidentes relacionados com um dispositivo, a manutenção de um registo dos produtos não conformes e das recolhas e retiradas de produtos do mercado, assim como, se se considerar necessário em virtude da natureza do dispositivo, a análise de amostras de dispositivos comercializados. Uma das partes do plano de vigilância pós-comercialização deve ser constituída por um plano de acompanhamento pós-comercialização, em conformidade com a parte B do anexo XII. Sempre que não se considerar pertinente proceder ao acompanhamento pós-comercialização, tal deve ser devidamente justificado e documentado no plano de vigilância pós-comercialização.

Os fabricantes de dispositivos devem instituir e manter atualizado um procedimento sistemático, que seja proporcional à classe de risco e ao tipo de dispositivo, para recolher e analisar a experiência adquirida com os seus dispositivos colocados no mercado ou postos em serviço e para aplicar a ação corretiva necessária, a seguir designado como «plano de vigilância pós-comercialização». O plano de vigilância pós-comercialização deve estabelecer o processo para a recolha, o registo, a comunicação ao sistema eletrónico relativo à vigilância referido no artigo 60.º e a investigação de queixas e notificações provenientes dos profissionais de saúde, dos doentes ou dos utilizadores sobre suspeitas de incidentes relacionados com um dispositivo, a manutenção de um registo dos produtos não conformes e das recolhas e retiradas de produtos do mercado, assim como, se se considerar necessário em virtude da natureza do dispositivo, a análise de amostras de dispositivos comercializados. Uma das partes do plano de vigilância pós-comercialização deve ser constituída por um plano de acompanhamento pós-comercialização, em conformidade com a parte B do anexo XII. Sempre que não se considerar pertinente proceder ao acompanhamento pós-comercialização, tal deve ser devidamente justificado e documentado no plano de vigilância pós-comercialização e ser sujeito à aprovação da autoridade competente.

Alteração  78

Proposta de regulamento

Artigo 8 – n.º 7 – parágrafo 1

Texto da Comissão

Alteração

7. Os fabricantes devem garantir que o dispositivo é acompanhado das informações a fornecer de acordo com o anexo I, secção 17, numa língua oficial da União que seja facilmente compreensível para o utilizador previsível. A ou as línguas das informações a fornecer pelo fabricante podem ser determinadas pela legislação do Estado-Membro onde o dispositivo é disponibilizado ao utilizador.

7. Os fabricantes devem garantir que as informações a fornecer com o dispositivo de acordo com o anexo I, secção 17, sejam redigidas numa língua oficial da União que seja facilmente compreensível para o utilizador previsível. A ou as línguas das informações a fornecer pelo fabricante podem ser determinadas pela legislação do Estado-Membro onde o dispositivo é disponibilizado ao utilizador.

Justificação

Deve ser possível disponibilizar a informação eletronicamente. É necessário especificar que a informação deve ser disponibilizada em línguas oficiais da União e em nenhuma outra língua. Ambas as alterações reduzem o potencial encargo para as PME.

Alteração  79

Proposta de regulamento

Artigo 8 – n.º 7 – parágrafo 2

Texto da Comissão

Alteração

No que diz respeito aos dispositivos de autodiagnóstico ou aos testes a realizar na presença do doente, as informações a fornecer de acordo com o anexo I, secção 17, devem ser facultadas na língua ou línguas do Estado-Membro onde o dispositivo é posto à disposição do utilizador previsível.

No que diz respeito aos dispositivos de autodiagnóstico ou aos testes a realizar na presença do doente, as informações a fornecer de acordo com o anexo I, secção 17, devem ser facilmente inteligíveis e facultadas na língua ou línguas do Estado-Membro onde o dispositivo é posto à disposição do utilizador previsível.

Alteração  80

Proposta de regulamento

Artigo 8 – n.º 8

Texto da Comissão

Alteração

8. Os fabricantes que considerem ou tenham motivos para crer que determinado dispositivo que colocaram no mercado não está conforme ao presente regulamento devem tomar imediatamente a ação corretiva necessária para assegurar a conformidade do dispositivo em questão ou proceder à respetiva retirada ou recolha, se for esse o caso. Devem informar desse facto os distribuidores e, se for esse o caso, o mandatário.

8. Os fabricantes que considerem ou tenham motivos para crer que determinado dispositivo que colocaram no mercado não está conforme ao presente regulamento devem tomar imediatamente a ação corretiva necessária para assegurar a conformidade do dispositivo em questão ou proceder à respetiva retirada ou recolha, se for esse o caso. Devem informar desse facto a autoridade nacional competente, os distribuidores, os importadores e, se for esse o caso, o mandatário.

Alteração  81

Proposta de regulamento

Artigo 8 – n.º 9 – parágrafo 1-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

Se uma autoridade competente considerar, ou tiver razões para acreditar, que um dispositivo causou danos, a autoridade deve assegurar, caso tal não esteja já previsto pela legislação nacional sobre litígios ou processos judiciais, que o utilizador potencialmente lesado, o sucessor do utilizador, a companhia de seguro de saúde do utilizador ou terceiros afetados pelos danos causados ao utilizador também podem solicitar as informações mencionadas no primeiro parágrafo ao fabricante ou ao seu representante autorizado, garantindo simultaneamente o devido respeito pelos direitos de propriedade intelectual.

Justificação

A fim de assegurar que os utilizadores não ficarão sem acesso a informações que demonstram a existência de defeito nos dispositivos médicos in vitro que lesaram os utilizadores, este novo direito a informação restabelece o equilíbrio em benefício dos utilizadores.

Alteração  82

Proposta de regulamento

Artigo 8 – n.º 9 – parágrafo 1-B (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

Caso existam factos que levem a crer que um dispositivo médico in vitro provocou danos, o utilizador potencialmente lesado, o seu sucessor, o seu seguro de saúde obrigatório ou terceiros afetados pelos danos podem igualmente exigir ao fabricante ou ao seu representante autorizado as informações mencionadas na primeira frase.

 

Este direito a informação existe igualmente, sujeito às condições determinadas na primeira frase, perante as autoridades competentes dos Estados‑Membros responsáveis pela supervisão do dispositivo médico relevante, bem como perante qualquer organismo notificado que emitiu um certificado nos termos do artigo 45.º ou esteve de qualquer outro modo envolvido no procedimento de avaliação da conformidade do dispositivo médico em questão.

Alteração  83

Proposta de regulamento

Artigo 8 – n.º 10-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

10-A. Antes de colocarem um dispositivo médico para diagnóstico in vitro no mercado, os fabricantes devem garantir que estão cobertos por um seguro de responsabilidade civil contra o risco de insolvência e quaisquer danos causados aos doentes ou utilizadores que possam ser diretamente imputados a um defeito de fabrico do mesmo dispositivo, com um nível de cobertura proporcional ao risco potencial associado com o dispositivo médico para diagnóstico in vitro produzido, e em conformidade com a Diretiva 85/374/CEE.

Alteração  84

Proposta de regulamento

Artigo 9 – n.º 3 – parágrafo 3 – alínea a)

Texto da Comissão

Alteração

(a) Manter à disposição das autoridades competentes pelo período referido no artigo 8.º, n.º 4, a documentação técnica, a declaração UE de conformidade e, se aplicável, uma cópia do certificado relevante, incluindo qualquer aditamento, emitido de acordo com o artigo 43.º;

(a) Manter à disposição das autoridades competentes pelo período referido no artigo 8.º, n.º 4, o resumo da documentação técnica (RDT) ou mediante pedido a documentação técnica, a declaração UE de conformidade e, se aplicável, uma cópia do certificado relevante, incluindo qualquer aditamento, emitido de acordo com o artigo 43.º.

Justificação

O fabricante mantém disponível a documentação técnica, pois está arquivada em vários locais da empresa. Em alternativa, deve fornecer o resumo da documentação técnica (RDT) (ver também a GHTF: «Summary Technical Documentation for Demonstrating Conformity to the Essential Principles of Safety and Performance of Medical Devices (STED) (Resumo da documentação técnica para demonstrar a conformidade com os princípios fundamentais de segurança e desempenho dos dispositivos médicos (RDT))»).)

Alteração  85

Proposta de regulamento

Artigo 11 – n.º 2 – parágrafo 1 – alínea b)

Texto da Comissão

Alteração

(b) Que o fabricante designou um mandatário de acordo com o artigo 9.º;

(b) Que o fabricante foi identificado e designou um mandatário de acordo com o artigo 9.º;

Justificação

É importante assegurar que o importador identificou o fabricante.

Alteração  86

Proposta de regulamento

Artigo 11 – n.º 2 – parágrafo 1 – alínea e)

Texto da Comissão

Alteração

(e) Que o dispositivo está rotulado de acordo com o disposto no presente regulamento e que vem acompanhado das instruções de utilização necessárias e da declaração de conformidade UE;

(e) Que o dispositivo está rotulado de acordo com o disposto no presente regulamento e que vem acompanhado das instruções de utilização necessárias;

Justificação

A declaração UE de conformidade não deve acompanhar o produto. Esta exigência é desnecessária e não acrescenta qualquer valor.

Alteração  87

Proposta de regulamento

Artigo 11 – n.º 2 – parágrafo 1 – alínea f-A) (nova)

Texto da Comissão

Alteração

 

(f-A) Que o fabricante subscreveu um seguro de responsabilidade civil com cobertura adequada nos termos do artigo 8.º, n.º 10-A, exceto se o próprio importador assegurar uma cobertura suficiente que cumpra os requisitos da presente disposição.

Alteração  88

Proposta de regulamento

Artigo 11 – n.º 7

Texto da Comissão

Alteração

7. Os importadores que considerem ou tenham motivos para crer que determinado dispositivo que colocaram no mercado não está conforme com o presente regulamento devem informar imediatamente o fabricante e o seu mandatário e, se adequado, tomar a ação corretiva necessária para assegurar a conformidade do dispositivo em questão ou proceder à respetiva retirada ou recolha. Se o dispositivo apresentar um risco, os importadores devem também informar imediatamente deste facto as autoridades competentes dos Estados-Membros em que disponibilizaram o dispositivo e, se for caso disso, o organismo notificado que emitiu, para o dispositivo em questão, um certificado de acordo com o artigo 43.º, fornecendo-lhes as informações relevantes, sobretudo no que se refere à não conformidade e à eventual ação corretiva adotada.

7. Os importadores que considerem ou tenham motivos para crer que determinado dispositivo que colocaram no mercado não está conforme com o presente regulamento devem informar imediatamente o fabricante e, se for o caso, o seu mandatário e, se adequado, assegurar que a ação corretiva necessária para assegurar a conformidade do dispositivo em questão ou proceder à respetiva retirada ou recolha é tomada, e implementar essa ação. Se o dispositivo apresentar um risco, os importadores devem também informar imediatamente deste facto as autoridades competentes dos Estados-Membros em que disponibilizaram o dispositivo e, se for caso disso, o organismo notificado que emitiu, para o dispositivo em questão, um certificado de acordo com o artigo 43.º, fornecendo-lhes as informações relevantes, sobretudo no que se refere à não conformidade e à eventual ação corretiva que tenham implementado.

Justificação

Para evitar qualquer diluição da informação e da responsabilidade, o fabricante ou, se for o caso, o seu mandatário, deve ser o único responsável pela tomada de ações corretivas relativamente ao produto. Os importadores não devem tomar quaisquer ações corretivas mas apenas executá-las em conformidade com as decisões dos fabricantes.

Alteração  89

Proposta de regulamento

Artigo 12 – n.º 4

Texto da Comissão

Alteração

4. Os distribuidores que considerem ou tenham motivos para crer que determinado dispositivo que disponibilizaram no mercado não está conforme com o presente regulamento devem informar imediatamente o fabricante e, se aplicável, o seu mandatário e o importador, e assegurar-se de que é tomada a ação corretiva necessária para assegurar a conformidade do dispositivo em questão ou proceder à respetiva retirada ou recolha, se tal for adequado. Se o dispositivo apresentar um risco, os distribuidores devem também informar imediatamente deste facto as autoridades competentes dos Estados-Membros em que disponibilizaram o dispositivo, fornecendo-lhes as informações relevantes, sobretudo no que se refere à não conformidade e à eventual ação corretiva adotada.

4. Os distribuidores que considerem ou tenham motivos para crer que determinado dispositivo que disponibilizaram no mercado não está conforme com o presente regulamento devem informar imediatamente o fabricante e, se aplicável, o seu mandatário e o importador, e assegurar-se de que, dentro dos limites das respetivas atividades, é tomada a ação corretiva necessária para assegurar a conformidade do dispositivo em questão ou proceder à respetiva retirada ou recolha, se tal for adequado. Se o dispositivo apresentar um risco, os distribuidores devem também informar imediatamente deste facto as autoridades competentes dos Estados-Membros em que disponibilizaram o dispositivo, fornecendo-lhes as informações relevantes, sobretudo no que se refere à não conformidade e à eventual ação corretiva adotada.

Justificação

A proposta não faz distinção entre os diferentes papéis e responsabilidades das partes interessadas envolvidas na cadeia de abastecimento dos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro. Todos os distribuidores têm as mesmas obrigações, algumas das quais são inexequíveis na prática. Esta proposta liga a obrigação à atividade exercida pelo distribuidor. A alteração adota a abordagem do artigo 19.º, n.º 2, do Regulamento (CE) n.º 178/2002 relativo à segurança dos géneros alimentícios.

Alteração  90

Proposta de regulamento

Artigo 13.

Texto da Comissão

Alteração

Pessoa responsável pela observância da regulamentação

Pessoa responsável pela observância da regulamentação

1. Os fabricantes devem dispor, na sua organização, de pelo menos uma pessoa qualificada que possua conhecimentos especializados no domínio dos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro. Os conhecimentos especializados devem ser demonstrados mediante uma das seguintes qualificações:

1. Os fabricantes devem dispor, na sua organização, de pelo menos uma pessoa responsável pela observância regulamentar que possua a especialização requerida no domínio dos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro. As competências específicas exigidas devem ser demonstradas mediante uma das seguintes qualificações:

(a) um diploma, certificado ou outro título comprovativo de um ciclo de formação universitária, ou de um ciclo de formação reconhecido como equivalente, em ciências naturais, medicina, farmácia, engenharia ou outra disciplina relevante e pelo menos dois anos de experiência profissional no domínio das questões regulamentares ou dos sistemas de gestão da qualidade relacionados com dispositivos médicos para diagnóstico in vitro;

(a) Um diploma, certificado ou outro título comprovativo de um ciclo de formação universitária, ou de um ciclo de formação reconhecido como equivalente, em direito, em ciências naturais, medicina, farmácia, engenharia ou outra disciplina relevante;

(b) Cinco anos de experiência profissional no domínio das questões regulamentares ou dos sistemas de gestão da qualidade relacionados com dispositivos médicos para diagnóstico in vitro.

(b) Três anos de experiência profissional no domínio das questões regulamentares ou dos sistemas de gestão da qualidade relacionados com dispositivos médicos para diagnóstico in vitro.

2. Compete à pessoa qualificada, no mínimo, garantir:

2. Compete à pessoa responsável pela observância regulamentar, no mínimo, garantir:

(a) Que a conformidade dos dispositivos é adequadamente avaliada antes da libertação dos lotes;

(a) Que a conformidade dos dispositivos é adequadamente avaliada antes da libertação dos lotes;

(b) Que a documentação técnica e a declaração de conformidade são elaboradas e atualizadas;

(b) Que a documentação técnica e a declaração de conformidade são elaboradas e atualizadas;

(c) Que são cumpridas as obrigações de notificação previstas nos artigos 59.º a 64.º;

(c) Que são cumpridas as obrigações de notificação previstas nos artigos 59.º a 64.º;

(d) Que é emitida a declaração referida no anexo XIII, secção 4.1, no caso dos dispositivos para avaliação do desempenho destinados a ser utilizados no contexto de estudos intervencionais de desempenho clínico ou de outros estudos de desempenho clínico que implicam riscos para os sujeitos.

(d) Que é emitida a declaração referida no anexo XIII, secção 4.1, no caso dos dispositivos para avaliação do desempenho destinados a ser utilizados no contexto de estudos intervencionais de desempenho clínico ou de outros estudos de desempenho clínico que implicam riscos para os sujeitos.

 

No caso de várias pessoas partilharem a responsabilidade pela observância regulamentar nos termos dos n.ºs 1 e 2, devem ficar registadas por escrito as funções de cada uma.

3. A pessoa qualificada não pode sofrer impedimentos no âmbito da organização do fabricante no que diz respeito ao devido cumprimento dos seus deveres.

3. A pessoa responsável pela observância regulamentar não pode sofrer impedimentos no âmbito da organização do fabricante no que diz respeito ao devido cumprimento dos seus deveres.

4. Os mandatários devem dispor, na sua organização, de pelo menos uma pessoa qualificada que possua conhecimentos especializados no domínio dos requisitos regulamentares relativos aos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro na União.

Os conhecimentos especializados devem ser demonstrados mediante uma das seguintes qualificações:

4. Os mandatários devem dispor, na sua organização, de pelo menos uma pessoa responsável pela observância regulamentar que possua a especialização requerida no domínio dos requisitos regulamentares relativos aos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro na União. As competências específicas exigidas devem ser demonstradas mediante uma das seguintes qualificações:

(a) um diploma, certificado ou outro título comprovativo de um ciclo de formação universitária, ou de um ciclo de formação reconhecido como equivalente, em direito, ciências naturais, medicina, farmácia, engenharia ou outra disciplina relevante e pelo menos dois anos de experiência profissional no domínio das questões regulamentares ou dos sistemas de gestão da qualidade relacionados com dispositivos médicos para diagnóstico in vitro;

(a) Um diploma, certificado ou outro título comprovativo de um ciclo de formação universitária, ou de um ciclo de formação reconhecido como equivalente, em direito, em ciências naturais, medicina, farmácia, engenharia ou outra disciplina relevante;

(b) Cinco anos de experiência profissional no domínio das questões regulamentares ou dos sistemas de gestão da qualidade relacionados com dispositivos médicos para diagnóstico in vitro.

(b) Três anos de experiência profissional no domínio das questões regulamentares ou dos sistemas de gestão da qualidade relacionados com dispositivos médicos para diagnóstico in vitro.

Alteração  91

Proposta de regulamento

Artigo 14 – n.º 1 – parágrafo 2

Texto da Comissão

Alteração

O primeiro parágrafo não se aplica a quem, não sendo considerado fabricante na aceção do artigo 2.º, ponto 16, efetue a montagem ou a adaptação a um doente específico de um dispositivo já no mercado, em conformidade com a respetiva finalidade.

O primeiro parágrafo não se aplica a quem, não sendo considerado fabricante na aceção do artigo 2.º, ponto 16, efetue a montagem ou a adaptação a um doente específico de um dispositivo já no mercado, em conformidade com a respetiva finalidade ou com um grupo específico e limitado de doentes numa única instituição de saúde.

Justificação

A questão relacionada com os testes a nível interno é muito controversa. A proposta COM prevê apenas uma cobertura muito limitada para testes realizados a nível interno das classes A, B e C, mas uma inclusão plena de testes a nível interno para a classe D. O relator pretende manter a estrutura da proposta no que se refere aos pontos fundamentais, mas em casos específicos os hospitais adaptam os testes de classe D às necessidades dos doentes. Não apenas em casos individuais, mas também sob a forma de orientações, por exemplo para crianças que nasçam prematuras. A adaptação necessária não deve exigir que a instituição de cuidados de saúde realize uma nova avaliação completa da conformidade.

Alteração  92

Proposta de regulamento

Artigo 14 – n.º 4-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

4-A. Os distribuidores ou associados que, em nome do fabricante, exercem uma ou mais atividades referidas no n.º 2, alíneas a) e b), estão isentos do cumprimento dos requisitos adicionais previstos nos n.ºs 3 e 4.

Justificação

Os fabricantes comercializam os seus dispositivos em todos os Estados-Membros através dos seus associados ou dos seus distribuidores, que, por sua vez, exercem igualmente, em nome e sob consulta do fabricante, as atividades a que se refere o artigo 14.º, n.º 2. Os requisitos adicionais sobre uma rotulagem dessas atividades e sobre os procedimentos e notificação ao fabricante e autoridades competentes afiguram-se injustificados e implicam custos consideráveis.

Alteração  93

Proposta de regulamento

Artigo 15 – n.º 4

Texto da Comissão

Alteração

4. A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados em conformidade com o artigo 85.º a fim de alterar ou completar, à luz do progresso técnico, o conteúdo mínimo da declaração UE de conformidade estabelecido no anexo III.

Suprimido

Justificação

Enquanto instrumento principal para demonstrar a conformidade com a legislação, a declaração da conformidade é um elemento fundamental da legislação e, por esse motivo, de acordo com o artigo 290.º do Tratado não pode ser modificada por um ato delegado.

Alteração  94

Proposta de regulamento

Artigo 19 – n.º 1

Texto da Comissão

Alteração

1. Qualquer pessoa singular ou coletiva que disponibilize no mercado um artigo especificamente destinado a substituir uma parte integrante ou um componente idênticos ou semelhantes de um dispositivo que esteja defeituoso ou gasto, a fim de manter ou restabelecer o funcionamento do dispositivo sem alterar significativamente o seu desempenho ou as características de segurança, deve garantir que esse artigo não prejudica a segurança e o desempenho do dispositivo. Devem ser mantidos à disposição das autoridades competentes dos Estados-Membros os devidos elementos comprovativos.

1. Qualquer pessoa singular ou coletiva que disponibilize no mercado um artigo especificamente destinado a substituir uma parte integrante ou um componente idênticos ou semelhantes de um dispositivo que esteja defeituoso ou gasto, a fim de manter ou restabelecer o funcionamento do dispositivo sem alterar o seu desempenho ou as características de segurança, deve garantir que esse artigo não prejudica a segurança e o desempenho do dispositivo. Devem ser mantidos à disposição das autoridades competentes dos Estados-Membros os devidos elementos comprovativos.

Justificação

O termo «significativamente» pode levar a interpretações divergentes dos factos e, devido à sua natureza indeterminada, a uma aplicação incoerente dos requisitos. As alterações no desempenho e nas características de segurança devem levar sempre a uma classificação do artigo como um novo dispositivo médico.

Alteração  95

Proposta de regulamento

Artigo 19 – n.º 2

Texto da Comissão

Alteração

2. Um artigo especificamente destinado a substituir uma parte ou um componente de um dispositivo e que altere significativamente o desempenho ou as características de segurança do dispositivo deve ser considerado como um dispositivo.

2. Um artigo especificamente destinado a substituir uma parte ou um componente de um dispositivo e que altere o desempenho ou as características de segurança do dispositivo deve ser considerado como um dispositivo e cumprir os requisitos estabelecidos no presente regulamento.

Justificação

O termo «significativamente» pode levar a interpretações divergentes dos factos e, devido à sua natureza indeterminada, a uma aplicação incoerente dos requisitos. As alterações no desempenho e nas características de segurança devem levar sempre a uma classificação do artigo como um novo dispositivo médico.

Alteração  96

Proposta de regulamento

Artigo 22 – n.º 2 – alínea e) – subalínea i)

Texto da Comissão

Alteração

(i) aplicar o seu sistema de atribuição de IUD durante o período a determinar aquando da designação, que será pelo menos de três anos a contar da mesma,

(i) aplicar o seu sistema de atribuição de IUD durante o período a determinar aquando da designação, que será pelo menos de cinco anos a contar da mesma,

Justificação

O sistema IUD é um componente essencial do novo sistema legislativo e os fornecedores de IUD devem assegurar um maior grau de permanência para o seu papel.

Alteração  97

Proposta de regulamento

Artigo 22 – ponto 8 – alínea b)

Texto da Comissão

Alteração

(b) O interesse legítimo de proteção de informações comerciais sensíveis;

(b) O interesse legítimo de proteção de informações comerciais sensíveis, na medida em que não prejudique a proteção da saúde pública;

Alteração  98

Proposta de regulamento

Artigo 22 – n.º 8 – alínea e-A) (nova)

Texto da Comissão

Alteração

 

e-A) A compatibilidade com sistemas de identificação de dispositivos médicos que já se encontrem presentes no mercado.

Justificação

A fim de assegurar um bom funcionamento, importa que os sistemas de rastreabilidade sejam compatíveis do ponto de vista técnico.

Alteração  99

Proposta de regulamento

Artigo 22 – n.º 8 – alínea e-B) (nova)

Texto da Comissão

Alteração

 

e-B) A compatibilidade com outros sistemas de rastreabilidade utilizados pelos operadores responsáveis pelos dispositivos médicos.

Alteração  100

Proposta de regulamento

Artigo 23 – n.º 1

Texto da Comissão

Alteração

1. A Comissão deve estabelecer e gerir, em colaboração com os Estados-Membros, um sistema eletrónico destinado a coligir e tratar as informações que forem necessárias e proporcionadas para descrever e identificar o dispositivo, bem como para identificar o fabricante e, se aplicável, o mandatário e o importador. As informações a transmitir pelos operadores económicos são especificadas na parte A do anexo V.

1. A Comissão deve estabelecer e gerir, em colaboração com os Estados-Membros, um sistema eletrónico destinado a coligir e tratar as informações que forem necessárias e proporcionadas para descrever e identificar o dispositivo, bem como para identificar o fabricante e, se aplicável, o mandatário e o importador, assim como para assegurar transparência e uma utilização segura e eficaz disponibilizando aos utilizadores provas atuais relativas à validade clínica e, se for caso disso, à utilidade do dispositivo. As informações a transmitir pelos operadores económicos são especificadas na parte A do anexo V.

Justificação

A função principal do sistema eletrónico criado pela Comissão é assegurar um esclarecimento do público através do acesso a informação relativa à validade clínica e ao desempenho seguro dos dispositivos in vitro.

Alteração  101

Proposta de regulamento

Capítulo 3 – título

Texto da Comissão

Alteração

Capítulo III

Capítulo VII

Identificação e rastreabilidade dos dispositivos, registo de dispositivos e operadores económicos, resumo da segurança e do desempenho, Banco de Dados Europeu sobre Dispositivos Médicos

Identificação e rastreabilidade dos dispositivos, registo de dispositivos e operadores económicos, resumo da segurança e do desempenho, Banco de Dados Europeu sobre Dispositivos Médicos

Alteração  102

Proposta de regulamento

Artigo 24

Texto da Comissão

Alteração

Resumo da segurança e do desempenho

Relatório de segurança e de desempenho clínico

1. No caso dos dispositivos classificados nas classes C e D, à exceção dos dispositivos para avaliação do desempenho, o fabricante deve elaborar um resumo da segurança e do desempenho. Este resumo deve ser redigido de forma clara para o utilizador previsto. O projeto do resumo deve fazer parte da documentação a apresentar ao organismo notificado que participa na avaliação da conformidade de acordo com o disposto no artigo 40.º e deve ser validado por esse organismo.

1. No caso dos dispositivos classificados nas classes C e D, à exceção dos dispositivos para avaliação do desempenho, o fabricante deve elaborar um relatório sobre a segurança e o desempenho clínico do dispositivo com base em todas as informações recolhidas durante o estudo de desempenho clínico. O fabricante também deve elaborar um resumo desse relatório que deve ser redigido de forma compreensível para um leigo na(s) língua(s) oficial(ais) do país em que o dispositivo é disponibilizado no mercado. O projeto de relatório deve fazer parte da documentação a apresentar e a validar pelo organismo notificado e, se aplicável, pelo organismo notificado especial que participa na avaliação da conformidade de acordo com o disposto nos artigos 40.º 43.º-A.

 

1-A. O resumo referido no n.º 1 deve ser disponibilizado ao público através do Eudamed, em conformidade com as disposições previstas no artigo 25.º, n.º 2, alínea b), e no anexo V, parte A, ponto 15.

2. A Comissão pode, por meio de atos de execução, definir a forma e a apresentação dos dados a incluir no resumo da segurança e do desempenho clínico. Estes atos são adotados de acordo com o procedimento consultivo a que se refere o artigo 84.º, n.º 2.

2. A Comissão pode, por meio de atos de execução, definir a forma da apresentação dos dados a incluir no relatório e no resumo referidos no n.º 1. Estes atos são adotados de acordo com o procedimento consultivo a que se refere o artigo 84.º, n.º 2.

Alteração  103

Proposta de regulamento

Artigo 25 – n.º 2 – alíneas f-A e f-B) (novas)

Texto da Comissão

Alteração

 

(f-A) O sistema eletrónico relativo ao registo das filiais e da subcontratação referidos no artigo 28.º-A.

 

(f-B) O sistema eletrónico relativo aos organismos notificados especiais referidos no artigo 41.º-B.

Alteração  104

Proposta de regulamento

Artigo 26 – nº 5

Texto da Comissão

Alteração

5. A autoridade nacional responsável pelos organismos notificados deve garantir a confidencialidade das informações que obtém. No entanto, deve proceder à troca de informações sobre os organismos notificados com os outros Estados-Membros e com a Comissão.

5. A autoridade nacional responsável pelos organismos notificados deve garantir os aspetos confidenciais das informações que obtém. No entanto, deve proceder à troca de informações sobre os organismos notificados com os outros Estados-Membros e com a Comissão.

Alteração  105

Proposta de regulamento

Artigo 26 – n.º 6

Texto da Comissão

Alteração

6. A autoridade nacional responsável pelos organismos notificados deve dispor de recursos humanos com competência técnica em número suficiente para o correto exercício das suas tarefas.

6. A autoridade nacional responsável pelos organismos notificados deve dispor interna e permanentemente de recursos humanos com competência técnica em número suficiente para o correto exercício das suas tarefas. O cumprimento deste requisito deve ser avaliado aquando do exame pelos pares referido no n.º 8.

 

Em especial, os recursos humanos da autoridade nacional responsável por auditar o trabalho dos recursos humanos dos organismos notificados encarregues de realizar verificações relacionadas com os produtos devem ter qualificações comprovadas equivalentes às dos recursos humanos dos organismos notificados, tal como está definido no ponto 3.2.5. do Anexo VI.

 

Da mesma forma, os recursos humanos da autoridade nacional responsável por auditar o trabalho dos recursos humanos dos organismos notificados encarregues de realizar auditorias ao sistema de gestão de qualidade dos fabricantes devem ter qualificações comprovadas equivalentes às dos recursos humanos dos organismos notificados, tal como definido no anexo VI, ponto 3.2.6.

Sem prejuízo do disposto no artigo 31.º, n.º 3, sempre que uma autoridade nacional for responsável pela designação de organismos notificados no domínio de produtos que não sejam dispositivos médicos para diagnóstico in vitro, a autoridade competente para os dispositivos médicos para diagnóstico in vitro deve ser consultada sobre todos os aspetos especificamente relacionados com esses dispositivos.

Sempre que uma autoridade nacional for responsável pela designação de organismos notificados no domínio de produtos que não sejam dispositivos médicos para diagnóstico in vitro, a autoridade competente para os dispositivos médicos para diagnóstico in vitro deve ser consultada sobre todos os aspetos especificamente relacionados com esses dispositivos.

Alteração  106

Proposta de regulamento

Artigo 26 – n.º 7

Texto da Comissão

Alteração

7. Os Estados-Membros devem fornecer à Comissão e aos outros Estados-Membros informações sobre os respetivos procedimentos de avaliação, designação e notificação dos organismos de avaliação da conformidade e de monitorização dos organismos notificados, e sobre qualquer alteração nessa matéria.

7. A responsabilidade final pelos organismos notificados e pela autoridade nacional responsável pelos organismos notificados cabe aos Estados-Membros nos quais se encontram localizados. O Estado-Membro deve certificar-se de que a autoridade nacional designada responsável pelos organismos notificados realiza o seu trabalho relativamente à avaliação, designação e notificação dos organismos de avaliação da conformidade e relativamente ao acompanhamento apropriado dos organismos notificados, e é parcial e objetiva. Os Estados-Membros devem fornecer à Comissão e aos outros EstadosMembros todas as informações que sejam solicitadas sobre os respetivos procedimentos de avaliação, designação e notificação dos organismos de avaliação da conformidade e de monitorização dos organismos notificados, e sobre qualquer alteração nessa matéria. Tais informações devem ser disponibilizadas ao público nos termos do artigo 80.º.

Alteração  107

Proposta de regulamento

Artigo 26 – nº 8

Texto da Comissão

Alteração

8. A autoridade nacional responsável pelos organismos notificados deve ser objeto de um exame pelos pares de dois em dois anos. Esse exame deve incluir uma visita in loco a um organismo de avaliação da conformidade ou a um organismo notificado sob a responsabilidade da autoridade examinada. No caso referido no segundo parágrafo do n.º 6, a autoridade competente para os dispositivos médicos deve participar no exame pelos pares.

8. A autoridade nacional responsável pelos organismos notificados deve ser objeto de um exame pelos pares de dois em dois anos. Esse exame deve incluir uma visita in loco a um organismo de avaliação da conformidade ou a um organismo notificado sob a responsabilidade da autoridade examinada. No caso referido no segundo parágrafo do n.º 6, a autoridade competente para os dispositivos médicos deve participar no exame pelos pares.

Os Estados-Membros devem elaborar o plano anual de exame pelos pares, garantindo uma rotação adequada das autoridades examinadoras e examinadas, e apresentá-lo à Comissão. A Comissão pode participar no exame. O resultado do exame pelos pares deve ser comunicado a todos os Estados-Membros e à Comissão, devendo ser disponibilizado ao público um resumo do mesmo.

Os Estados-Membros devem elaborar o plano anual de exame pelos pares, garantindo uma rotação adequada das autoridades examinadoras e examinadas, e apresentá-lo à Comissão. A Comissão participa no exame. O resultado do exame pelos pares deve ser comunicado a todos os Estados-Membros, devendo ser disponibilizado ao público um resumo do mesmo.

Alteração  108

Proposta de regulamento

Artigo 27 – nº 1

Texto da Comissão

Alteração

1. Os organismos notificados devem satisfazer os requisitos organizativos e gerais, bem como os requisitos em matéria de gestão da qualidade, recursos e processos que sejam necessários para cumprirem as tarefas para as quais são designados em conformidade com o presente regulamento. Os requisitos mínimos a satisfazer pelos organismos notificados são estabelecidos no anexo VI.

1. Os organismos notificados devem satisfazer os requisitos organizativos e gerais, bem como os requisitos em matéria de gestão da qualidade, recursos e processos que sejam necessários para cumprirem as tarefas para as quais são designados em conformidade com o presente regulamento. A este respeito, é crucial dispor interna e permanentemente de recursos humanos administrativos, técnicos e científicos, com conhecimentos médicos, técnicos e, sempre que possível, farmacológicos. Devem ser usados recursos humanos internos e permanentes, mas os organismos notificados podem contratar peritos externos numa base ad hoc e temporária, se e quando seja necessário. Os requisitos mínimos a satisfazer pelos organismos notificados são estabelecidos no anexo VI. Nomeadamente, em conformidade com o ponto 1.2. do anexo VI, o organismo notificado deve estar organizado e funcionar de forma a salvaguardar a independência, a objetividade e a imparcialidade das suas atividades e evitar conflitos de interesse.

 

O organismo notificado deve publicar uma lista dos membros responsáveis pela avaliação da conformidade e certificação de dispositivos médicos. A referida lista deve conter, no mínimo, as qualificações, currículos e declarações de interesses de cada membro do pessoal. A lista deve ser enviada à autoridade nacional responsável pelos organismos notificados, que deve verificar se o pessoal cumpre os requisitos do presente regulamento. A lista deve igualmente ser enviada à Comissão.

Alteração  109

Proposta de regulamento

Artigo 28

Texto da Comissão

Alteração

 

-1. Os organismos notificados devem dispor, a nível interno e em permanência, de recursos humanos competentes e com conhecimentos especializados, tanto nas áreas técnicas associadas à avaliação do desempenho dos dispositivos, como na área médica. Esses recursos devem ter capacidade para avaliar a nível interno a qualidade dos subcontratantes.

 

Também podem ser adjudicados contratos a peritos externos no que toca à avaliação de tecnologias ou dispositivos médicos para diagnóstico in vitro, em particular quando os conhecimentos clínicos especializados são limitados.

1. Sempre que um organismo notificado subcontratar tarefas específicas relacionadas com a avaliação da conformidade ou recorrer a uma filial para tarefas específicas relacionadas com a avaliação da conformidade, deve verificar se o subcontratante ou a filial cumprem os requisitos relevantes estabelecidos no anexo VI e deve informar do facto a autoridade nacional responsável pelos organismos notificados.

1. Sempre que um organismo notificado subcontratar tarefas específicas relacionadas com a avaliação da conformidade ou recorrer a uma filial para tarefas específicas relacionadas com a avaliação da conformidade, deve verificar se o subcontratante ou a filial cumprem os requisitos relevantes estabelecidos no anexo VI e deve informar do facto a autoridade nacional responsável pelos organismos notificados.

2. O organismo notificado assume plena responsabilidade pelas tarefas executadas em seu nome por subcontratantes ou filiais.

2. O organismo notificado assume plena responsabilidade pelas tarefas executadas em seu nome por subcontratantes ou filiais.

 

2-A. Os organismos notificados devem tornar pública a lista de subcontratantes ou de filiais, assim como as funções específicas pelas quais são responsáveis e as declarações de interesses do seu pessoal.

3. As atividades de avaliação da conformidade só podem ser executadas por um subcontratante ou por uma filial com o consentimento da pessoa singular ou coletiva que solicitou a avaliação da conformidade.

3. As atividades de avaliação da conformidade só podem ser executadas por um subcontratante ou por uma filial com o consentimento explícito da pessoa singular ou coletiva que solicitou a avaliação da conformidade.

4. Os organismos notificados devem manter à disposição da autoridade nacional responsável pelos organismos notificados os documentos relevantes no que diz respeito à verificação das qualificações do subcontratante ou da filial e do trabalho efetuado por estes ao abrigo do presente regulamento.

4. Pelo menos uma vez por ano, os organismos notificados devem entregar à autoridade nacional responsável pelos organismos notificados os documentos relevantes no que diz respeito à verificação das qualificações do subcontratante ou da filial e do trabalho efetuado por estes ao abrigo do presente regulamento.

 

4-A. A avaliação anual dos organismos notificados, tal como previsto no artigo 33.º, n.º 3, deve incluir a verificação do desempenho do(s) subcontratante(s) ou da(s) filial (filiais) dos organismos notificados de acordo com os requisitos estabelecidos no anexo VI.

Alteração  110

Proposta de regulamento

Artigo 28-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

Artigo 28.º-A

 

Sistema eletrónico relativo ao registo de subsidiárias e subcontratantes

 

1. A Comissão, em colaboração com os Estados-Membros, deve criar e gerir um sistema eletrónico para recolher e processar informação sobre subcontratantes e filiais, assim como sobre as tarefas específicas pelas quais são responsáveis.

 

2. Antes de poder proceder à subcontratação efetiva, o organismo notificado que pretende subcontratar tarefas específicas relacionadas com a avaliação de conformidade ou que recorre a uma filial para tarefas específicas relacionadas com a avaliação de conformidade deve registar o(s) seu(s) nome(s) juntamente com as suas tarefas específicas.

 

3. No prazo de uma semana após qualquer alteração nas informações referidas no n.º 1, o operador económico em causa deve atualizar os dados no sistema eletrónico.

 

4. Os dados contidos no sistema eletrónico devem estar acessíveis ao público.

Alteração  111

Proposta de regulamento

Artigo 29 – n.º 1

Texto da Comissão

Alteração

1. Os organismos de avaliação da conformidade devem apresentar um pedido de notificação à autoridade nacional responsável pelos organismos notificados do Estado-Membro onde se encontram estabelecidos.

1. Os organismos de avaliação da conformidade devem apresentar um pedido de notificação à autoridade nacional responsável pelos organismos notificados do Estado-Membro onde se encontram estabelecidos.

 

No caso de um organismo de avaliação da conformidade desejar ser notificado relativamente a dispositivos referidos no artigo 41.º-A, n.º 1, deve indicá-lo e apresentar um pedido de notificação À EMA em conformidade com artigo 41.º-A.

Alteração  112

Proposta de regulamento

Artigo 30 – n.º 3

Texto da Comissão

Alteração

3. No prazo de 14 dias a contar do envio referido no n.º 2, a Comissão deve designar uma equipa de avaliação conjunta, constituída por pelo menos dois peritos escolhidos de uma lista de peritos com qualificações no domínio da avaliação de organismos de avaliação da conformidade. A lista deve ser elaborada pela Comissão em cooperação com o GCDM. Pelo menos um dos peritos deve ser um representante da Comissão, que dirigirá a equipa.

3. No prazo de 14 dias a contar do envio referido no n.º 2, a Comissão deve designar uma equipa de avaliação conjunta, constituída por pelo menos três peritos escolhidos de uma lista de peritos com qualificações no domínio da avaliação de organismos de avaliação da conformidade e livre de conflitos de interesses com o organismo de avaliação da conformidade requerente. A lista deve ser elaborada pela Comissão em cooperação com o GCDM. Pelo menos um dos peritos deve ser um representante da Comissão e pelo menos um dos peritos deve ser originário de outro Estado-Membro que não aquele em que está estabelecido o organismo de avaliação da conformidade requerente; O representante da Comissão dirigirá a equipa. No caso de um organismo de avaliação da conformidade ter pedido para ser notificado relativamente a dispositivos referidos no artigo 41.º-A, n.º 1, a EMA deve também fazer parte da equipa de avaliação conjunta.

Alteração  113

Proposta de regulamento

Artigo 30 – n.º 4

Texto da Comissão

Alteração

4. No prazo de 90 dias a contar da designação da equipa de avaliação conjunta, a autoridade nacional responsável pelos organismos notificados e a equipa de avaliação conjunta devem examinar a documentação apresentada com o pedido de acordo com o artigo 29.º e efetuar uma avaliação in loco do organismo de avaliação da conformidade requerente, bem como, quando relevante, de eventuais filiais ou subcontratantes, situados dentro ou fora da União, que participarão no processo de avaliação da conformidade. A avaliação in loco não incidirá sobre os requisitos para os quais o organismo de avaliação da conformidade requerente disponha de um certificado emitido pelo organismo nacional de acreditação, como referido no artigo 29.º, n.º 2, a menos que o representante da Comissão mencionado no n.º 3 do presente artigo solicite essa avaliação in loco.

4. No prazo de 90 dias a contar da designação da equipa de avaliação conjunta, a autoridade nacional responsável pelos organismos notificados e a equipa de avaliação conjunta devem examinar a documentação apresentada com o pedido de acordo com o artigo 29.º e efetuar uma avaliação in loco do organismo de avaliação da conformidade requerente, bem como, quando relevante, de eventuais filiais ou subcontratantes, situados dentro ou fora da União, que participarão no processo de avaliação da conformidade. A avaliação in loco não incidirá sobre os requisitos para os quais o organismo de avaliação da conformidade requerente disponha de um certificado emitido pelo organismo nacional de acreditação, como referido no artigo 29.º, n.º 2, a menos que o representante da Comissão mencionado no n.º 3 do presente artigo solicite essa avaliação in loco.

As constatações relativas ao incumprimento dos requisitos estabelecidos no anexo VI por um organismo devem ser abordadas durante o processo de avaliação e ser debatidas entre a autoridade nacional responsável pelos organismos notificados e a equipa de avaliação conjunta, a fim de se chegar a acordo no que diz respeito à avaliação do pedido. O relatório de avaliação da autoridade nacional responsável deve mencionar os pareceres divergentes.

As constatações relativas ao incumprimento dos requisitos estabelecidos no anexo VI por um organismo de avaliação da conformidade requerente devem ser abordadas durante o processo de avaliação e ser debatidas entre a autoridade nacional responsável pelos organismos notificados e a equipa de avaliação conjunta. A autoridade nacional deve incluir no relatório de avaliação as medidas que o organismo notificado irá tomar para garantir o cumprimento dos requisitos definidos no anexo VI por esse organismo de avaliação da conformidade requerente. Em caso de pareceres divergentes, o relatório de avaliação da autoridade nacional responsável pode ser acompanhado de um parecer separado da equipa de avaliação, no qual devem ser expostas as reservas relativas à notificação.

Alteração  114

Proposta de regulamento

Artigo 30 – n.º 5

Texto da Comissão

Alteração

5. A autoridade nacional responsável pelos organismos notificados deve apresentar o seu relatório de avaliação e o projeto de notificação à Comissão, que deve transmitir imediatamente estes documentos ao GCDM e aos membros da equipa de avaliação conjunta. A pedido da Comissão, a autoridade deve apresentar esses documentos em três línguas oficiais da União, no máximo.

5. A autoridade nacional responsável pelos organismos notificados deve apresentar o seu relatório de avaliação e o projeto de notificação à Comissão, que deve transmitir imediatamente estes documentos ao GCDM e aos membros da equipa de avaliação conjunta. No caso de um parecer separado da equipa de avaliação, também este deve ser apresentado à Comissão para a transmissão ao GCDM. A pedido da Comissão, a autoridade deve apresentar esses documentos em três línguas oficiais da União, no máximo.

Alteração  115

Proposta de regulamento

Artigo 30 – n.º 6

Texto da Comissão

Alteração

6. A equipa de avaliação conjunta deve emitir o seu parecer sobre o relatório de avaliação e o projeto de notificação no prazo de 21 dias a contar da receção desses documentos, devendo a Comissão transmitir imediatamente este parecer ao GCDM. No prazo de 21 dias a contar da receção do parecer da equipa de avaliação conjunta, o GCDM deve emitir uma recomendação sobre o projeto de notificação, a qual deve ser devidamente tomada em consideração pela autoridade nacional relevante ao decidir sobre a designação do organismo notificado.

6. A equipa de avaliação conjunta deve emitir o seu parecer final sobre o relatório de avaliação, o projeto de notificação e, se for caso disso, o parecer separado da equipa de avaliação no prazo de 21 dias a contar da receção desses documentos, devendo a Comissão transmitir imediatamente este parecer ao GCDM. No prazo de 21 dias a contar da receção do parecer da equipa de avaliação conjunta, o GCDM deve emitir uma recomendação sobre o projeto de notificação. A autoridade nacional relevante deve basear a sua decisão sobre a designação do organismo notificado na recomendação do GCDM. Caso a sua decisão seja distinta da recomendação do GCDM, a autoridade nacional relevante deve apresentar, por escrito, ao GCDM todas as justificações necessárias para a sua decisão.

Alteração  116

Proposta de regulamento

Artigo 31 – n.º 2

Texto da Comissão

Alteração

2. Os Estados-Membros apenas podem notificar os organismos de avaliação da conformidade que cumpram os requisitos estabelecidos no anexo VI.

2. Os Estados-Membros apenas devem notificar os organismos de avaliação da conformidade que cumpram os requisitos estabelecidos no anexo VI e para os quais o processo de avaliação das candidaturas foi concluído nos termos do artigo 30.º.

Alteração  117

Proposta de regulamento

Artigo 31 – n.º 3

Texto da Comissão

Alteração

3. Sempre que uma autoridade nacional responsável pelos organismos notificados for responsável pela designação de organismos notificados no domínio de produtos que não sejam dispositivos médicos para diagnóstico in vitro, a autoridade competente para os dispositivos médicos para diagnóstico in vitro deve fornecer, antes da notificação, um parecer positivo sobre a notificação e o seu âmbito.

Suprimido

Alteração  118

Proposta de regulamento

Artigo 31 – n.º 4 – parágrafo 1

Texto da Comissão

Alteração

4. A notificação deve especificar claramente o âmbito da designação, indicando as atividades de avaliação da conformidade, os procedimentos de avaliação da conformidade e o tipo de dispositivos que o organismo notificado está autorizado a avaliar.

4. A notificação deve especificar claramente o âmbito da designação, indicando as atividades de avaliação da conformidade, os procedimentos de avaliação da conformidade, a classe de risco e o tipo de dispositivos que o organismo notificado está autorizado a avaliar.

Alteração  119

Proposta de regulamento

Artigo 31 – n.º 8

Texto da Comissão

Alteração

8. Se um Estado-Membro ou a Comissão levantarem objeções de acordo com o n.º 7, os efeitos da notificação ficam suspensos. Neste caso, a Comissão deve submeter a questão à apreciação do GCDM no prazo de 15 dias a contar do termo do prazo referido no n.º 7. Depois de consultar as partes envolvidas, o GCDM deve emitir o seu parecer no prazo máximo de 28 dias após lhe ter sido apresentada a questão. Se o Estado-Membro notificador não concordar com o parecer do GCDM, pode solicitar o parecer da Comissão.

8. Se um Estado-Membro ou a Comissão levantarem objeções de acordo com o n.º 7, os efeitos da notificação ficam imediatamente suspensos. Neste caso, a Comissão deve submeter a questão à apreciação do GCDM no prazo de 15 dias a contar do termo do prazo referido no n.º 7. Depois de consultar as partes envolvidas, o GCDM deve emitir o seu parecer no prazo máximo de 28 dias após lhe ter sido apresentada a questão. Se o Estado-Membro notificador não concordar com o parecer do GCDM, pode solicitar o parecer da Comissão.

Alteração  120

Proposta de regulamento

Artigo 31 – n.º 9

Texto da Comissão

Alteração

9. Se não forem levantadas objeções nos termos do disposto no n.º 7, ou se o GCDM ou a Comissão, depois de consultados de acordo com o disposto no n.º 8, considerarem que a notificação pode ser aceite, na totalidade ou em parte, a Comissão deve publicar a notificação em conformidade.

9. Se não forem levantadas objeções nos termos do disposto no n.º 7, ou se o GCDM ou a Comissão, depois de consultados de acordo com o disposto no n.º 8, considerarem que a notificação pode ser aceite, na totalidade, a Comissão deve publicar a notificação em conformidade.

 

Paralelamente, a Comissão introduz as informações relativas à notificação do organismo notificado no sistema eletrónico previsto no artigo 25.º, segundo parágrafo. A publicação deve ser acompanhada do relatório de avaliação final da autoridade nacional responsável pelos organismos notificados, do parecer da equipa de avaliação conjunta e da recomendação do GCDM mencionados no do presente artigo.

 

Os pormenores completos da notificação, incluindo a classe e a tipologia dos dispositivos, bem como os anexos, devem ser tornados públicos.

Alteração  121

Proposta de regulamento

Artigo 32 – n.º 2

Texto da Comissão

Alteração

2. A Comissão deve facultar ao público o acesso à lista de organismos notificados ao abrigo do presente regulamento, incluindo os números de identificação que lhes foram atribuídos e as atividades para as quais foram notificados. A Comissão deve assegurar a atualização da lista.

2. A Comissão deve facultar ao público o acesso à lista de organismos notificados ao abrigo do presente regulamento, incluindo os números de identificação que lhes foram atribuídos, as atividades para as quais foram notificados e todos os documentos para o procedimento de notificação referido no artigo 31.º, n.º 5. A Comissão deve assegurar a atualização da lista.

Alteração  122

Proposta de regulamento

Artigo 33

Texto da Comissão

Alteração

1. A autoridade nacional responsável pelos organismos notificados deve monitorizar permanentemente os organismos notificados para garantir o cumprimento constante dos requisitos estabelecidos no anexo VI. Os organismos notificados devem fornecer, a pedido, todas as informações e documentação necessárias para permitir à autoridade verificar o cumprimento desses critérios.

1. A autoridade nacional responsável pelos organismos notificados, e, se for caso disso, a EMA, deve monitorizar permanentemente os organismos notificados para garantir o cumprimento constante dos requisitos estabelecidos no anexo VI. Os organismos notificados devem fornecer, a pedido, todas as informações e documentação necessárias para permitir à autoridade verificar o cumprimento desses critérios.

Os organismos notificados devem informar sem demora a autoridade nacional responsável pelos organismos notificados de quaisquer alterações, em especial relativas ao seu pessoal, instalações, filiais ou subcontratantes, que possam afetar o cumprimento dos requisitos estabelecidos no anexo VI ou a sua capacidade para executar os procedimentos de avaliação da conformidade relativamente aos dispositivos para os quais foram designados.

Os organismos notificados devem informar sem demora, e, o mais tardar, no prazo de 15 dias, a autoridade nacional responsável pelos organismos notificados de quaisquer alterações, em especial relativas ao seu pessoal, instalações, filiais ou subcontratantes, que possam afetar o cumprimento dos requisitos estabelecidos no anexo VI ou a sua capacidade para executar os procedimentos de avaliação da conformidade relativamente aos dispositivos para os quais foram designados.

2. Os organismos notificados devem responder sem demora aos pedidos apresentados pela autoridade do seu ou de outro Estado-Membro ou pela Comissão relativos a avaliações da conformidade que tenham efetuado. A autoridade nacional responsável pelos organismos notificados do Estado-Membro em que o organismo está estabelecido deve assegurar que é dada resposta aos pedidos apresentados por autoridades de qualquer outro Estado-Membro ou pela Comissão, a menos que existam motivos justificados para o não fazer, caso em que ambas as partes podem consultar o GCDM. O organismo notificado ou a respetiva autoridade nacional responsável pelos organismos notificados pode solicitar que as informações transmitidas às autoridades de outro Estado-Membro ou à Comissão sejam tratadas de forma confidencial.

2. Os organismos notificados devem responder sem demora, e, o mais tardar, no prazo de 15 dias, aos pedidos apresentados pela autoridade do seu ou de outro Estado-Membro ou pela Comissão relativos a avaliações da conformidade que tenham efetuado. A autoridade nacional responsável pelos organismos notificados do Estado-Membro em que o organismo está estabelecido deve assegurar que é dada resposta aos pedidos apresentados por autoridades de qualquer outro Estado-Membro ou pela Comissão. Sempre que existam motivos justificados para o não fazer, os organismos notificados devem explicar estas razões por escrito e devem consultar o GCDM, que depois emitirá uma recomendação. A autoridade nacional responsável pelos organismos notificados deve cumprir a recomendação do GCDM.

3. A autoridade nacional responsável pelos organismos notificados deve avaliar pelo menos uma vez por ano se cada organismo notificado sob a sua responsabilidade continua a satisfazer os requisitos estabelecidos no anexo VI. Essa avaliação deve incluir uma visita in loco a cada organismo notificado.

3. A autoridade nacional responsável pelos organismos notificados deve avaliar pelo menos uma vez por ano se cada organismo notificado sob a sua responsabilidade continua a satisfazer os requisitos estabelecidos no anexo VI, incluindo uma avaliação sobre o cumprimento destes requisitos pelo(s) subcontratante(s) e pela(s) filial (filiais). Essa avaliação deve incluir uma inspeção sem aviso prévio através de uma visita in loco a cada organismo notificado e a cada filial e subcontratante dentro ou fora da União, se necessário.

 

A avaliação deve incluir igualmente uma revisão das amostras das avaliações do dossiê de conceção realizadas pelo organismo notificado para determinar o cumprimento constante e a qualidade das avaliações do organismo notificado, em particular a capacidade do organismo notificado para avaliar e verificar as provas científicas.

4. Três anos após a notificação de um organismo notificado, e em seguida de três em três anos, a avaliação destinada a determinar se o organismo notificado continua a satisfazer os requisitos estabelecidos no anexo VI deve ser efetuada pela autoridade nacional responsável pelos organismos notificados do Estado-Membro em que o organismo está estabelecido e por uma equipa de avaliação conjunta designada em conformidade com o procedimento descrito no artigo 30.º, n.ºs 3 e 4. A pedido da Comissão ou de um Estado-Membro, o GCDM pode iniciar o processo de avaliação descrito no presente número a qualquer momento, sempre que haja dúvidas razoáveis quanto ao cumprimento permanente dos requisitos estabelecidos no anexo VI por parte de um organismo notificado.

4. Dois anos após a notificação de um organismo notificado, e em seguida de dois em dois anos, a avaliação destinada a determinar se o organismo notificado e as suas filiais e subcontratantes continuam a satisfazer os requisitos estabelecidos no anexo VI deve ser efetuada pela autoridade nacional responsável pelos organismos notificados do Estado-Membro em que o organismo está estabelecido e por uma equipa de avaliação conjunta designada em conformidade com o procedimento descrito no artigo 30.o, n.ºs 3 e 4. A pedido da Comissão ou de um Estado-Membro, o GCDM pode iniciar o processo de avaliação descrito no presente número a qualquer momento, sempre que haja dúvidas razoáveis quanto ao cumprimento permanente dos requisitos estabelecidos no anexo VI por parte de um organismo notificado ou de uma filial ou subcontratante de um organismo notificado.

 

No caso dos organismos notificados especiais na aceção do artigo 41.º-A, a avaliação referida no presente número deve ser efetuada todos os anos.

 

Os resultados completos da avaliação devem ser publicados.

5. Os Estados-Membros devem apresentar um relatório à Comissão e aos outros Estados-Membros, pelo menos uma vez por ano, sobre as suas atividades de monitorização. Este relatório deve conter um resumo, o qual deve ser disponibilizado ao público.

5. Os Estados-Membros devem apresentar um relatório à Comissão e aos outros Estados-Membros, pelo menos uma vez por ano, sobre as suas atividades de monitorização. Este relatório deve conter um resumo, o qual deve ser disponibilizado ao público.

 

5-A. Anualmente, os organismos notificados enviam um relatório anual de atividades com as informações previstas no anexo VI, ponto 5, à autoridade competente relevante, bem como à Comissão, que o transmite ao GCDM.

Alteração  123

Proposta de regulamento

Artigo 34 – n.º 2

Texto da Comissão

Alteração

2. Sempre que verifique que um organismo notificado deixou de satisfazer os requisitos estabelecidos no anexo VI ou não cumpre as suas obrigações, a autoridade nacional responsável pelos organismos notificados deve suspender, restringir ou retirar, total ou parcialmente, a notificação respetiva, consoante a gravidade do incumprimento desses requisitos ou obrigações. Uma suspensão não pode exceder o período de um ano, renovável uma vez por igual período. Quando o organismo notificado tiver cessado a atividade, a autoridade nacional responsável pelos organismos notificados deve retirar a notificação.

2. Sempre que verifique que um organismo notificado deixou de satisfazer os requisitos estabelecidos no anexo VI ou não cumpre as suas obrigações, a autoridade nacional responsável pelos organismos notificados deve suspender, restringir ou retirar, total ou parcialmente, a notificação respetiva, consoante a gravidade do incumprimento desses requisitos ou obrigações. Aplica-se a suspensão até que o GCDM decida anulá‑la, sendo que essa decisão se deve seguir a uma avaliação por parte de uma equipa de avaliação conjunta designada em conformidade com o procedimento descrito no artigo 30.º, n.º 3. Quando o organismo notificado tiver cessado a atividade, a autoridade nacional responsável pelos organismos notificados deve retirar a notificação.

A autoridade nacional responsável pelos organismos notificados deve informar imediatamente a Comissão e os outros Estados-Membros de qualquer suspensão, restrição ou retirada de uma notificação.

A autoridade nacional responsável pelos organismos notificados deve informar imediatamente e, o mais tardar, no prazo de 10 dias, a Comissão, os outros Estados-Membros, os fabricantes e os profissionais de saúde relevantes de qualquer suspensão, restrição ou retirada de uma notificação.

Alteração  124

Proposta de regulamento

Artigo 34 – n.º 3

Texto da Comissão

Alteração

3. Em caso de restrição, suspensão ou retirada de uma notificação, o Estado-Membro deve tomar as medidas necessárias para que os dossiês do organismo notificado em causa sejam tratados por outro organismo notificado ou mantidos à disposição das autoridades nacionais responsáveis pelos organismos notificados e pela fiscalização do mercado, se estas o solicitarem.

3. Em caso de restrição, suspensão ou retirada de uma notificação, o Estado-Membro deve informar imediatamente a Comissão e tomar as medidas necessárias para que os dossiês do organismo notificado em causa sejam tratados por outro organismo notificado ou mantidos à disposição das autoridades nacionais responsáveis pelos organismos notificados e pela fiscalização do mercado, se estas o solicitarem.

Alteração  125

Proposta de regulamento

Artigo 34 – n.º 4

Texto da Comissão

Alteração

4. A autoridade nacional responsável pelos organismos notificados deve avaliar se os motivos subjacentes à alteração da notificação têm impacto nos certificados emitidos pelo organismo notificado e, no prazo de três meses após ter comunicado as alterações à notificação, deve apresentar à Comissão e aos outros Estados-Membros um relatório sobre as suas conclusões. Sempre que tal for necessário para garantir a segurança dos dispositivos no mercado, a autoridade deve encarregar o organismo notificado de suspender ou retirar, num prazo razoável determinado pela autoridade, quaisquer certificados que tenham sido emitidos indevidamente. Caso o organismo notificado não o fizer no prazo fixado, ou tenha cessado a atividade, a própria autoridade nacional responsável pelos organismos notificados deve suspender ou retirar os certificados emitidos indevidamente.

4. A autoridade nacional responsável pelos organismos notificados deve avaliar se os motivos subjacentes à suspensão, restrição ou retirada da notificação têm impacto nos certificados emitidos pelo organismo notificado e, no prazo de três meses após ter comunicado as alterações à notificação, deve apresentar à Comissão e aos outros Estados-Membros um relatório sobre as suas conclusões. Sempre que tal for necessário para garantir a segurança dos dispositivos no mercado, a autoridade deve encarregar o organismo notificado de suspender ou retirar, num prazo razoável determinado pela autoridade, e o mais tardar 30 dias a contar da data de publicação do relatório, quaisquer certificados que tenham sido emitidos indevidamente. Caso o organismo notificado não o fizer no prazo fixado, ou tenha cessado a atividade, a própria autoridade nacional responsável pelos organismos notificados deve suspender ou retirar os certificados emitidos indevidamente.

 

A fim de verificar se os motivos subjacentes à suspensão, à restrição ou à retirada da notificação têm impacto nos certificados emitidos, a autoridade nacional competente solicitará aos fabricantes em causa que apresentem as provas de conformidade aquando da notificação, dispondo de um prazo máximo de 30 dias para a resposta.

Alteração  126

Proposta de regulamento

Artigo 34 – n.º 5

Texto da Comissão

Alteração

5. Os certificados, à exceção dos emitidos indevidamente, que tenham sido emitidos por um organismo notificado cuja notificação foi objeto de suspensão, restrição ou retirada devem manter a validade nas seguintes circunstâncias:

5. Os certificados, à exceção dos emitidos indevidamente, que tenham sido emitidos por um organismo notificado cuja notificação foi objeto de suspensão, restrição ou retirada devem manter a validade nas seguintes circunstâncias:

(a) Em caso de suspensão da notificação: desde que, no prazo de três meses a contar da suspensão, quer a autoridade nacional competente para os dispositivos médicos para diagnóstico in vitro do Estado-Membro em que está estabelecido o fabricante do dispositivo abrangido pelo certificado, quer outro organismo notificado responsável por dispositivos médicos para diagnóstico in vitro, confirme por escrito que assume as funções do organismo notificado durante o período de suspensão;

(a) Em caso de suspensão da notificação: desde que, no prazo de três meses a contar da suspensão, quer outro organismo notificado responsável por dispositivos médicos para diagnóstico in vitro, confirme por escrito que assume as funções do organismo notificado durante o período de suspensão;

(b) Em caso de restrição ou retirada da notificação: durante um período de três meses a contar da restrição ou retirada. A autoridade competente para os dispositivos médicos para diagnóstico in vitro do Estado-Membro em que está estabelecido o fabricante do dispositivo abrangido pelo certificado pode prorrogar a validade dos certificados por novos períodos de três meses, até ao máximo de 12 meses no total, desde que assuma as funções do organismo notificado durante esse período.

(b) Em caso de restrição ou retirada da notificação: durante um período de três meses a contar da restrição ou retirada. A autoridade competente para os dispositivos médicos para diagnóstico in vitro do Estado-Membro em que está estabelecido o fabricante do dispositivo abrangido pelo certificado pode prorrogar a validade dos certificados por novos períodos de três meses, até ao máximo de 12 meses no total, desde que assuma as funções do organismo notificado durante esse período.

A autoridade ou o organismo notificado que assumirem as funções do organismo notificado ao qual se aplica a alteração da notificação devem informar imediatamente desse facto a Comissão, os outros Estados-Membros e os outros organismos notificados.

A autoridade ou o organismo notificado que assumirem as funções do organismo notificado ao qual se aplica a alteração da notificação devem informar imediatamente, e, o mais tardar, no prazo de 10 dias, desse facto a Comissão, os outros Estados­Membros e os outros organismos notificados.

 

A Comissão introduz imediatamente, e, o mais tardar, no prazo de 10 dias, as informações relativas às alterações introduzidas à notificação do organismo notificado no sistema eletrónico previsto no artigo 25.º, segundo parágrafo.

Alteração  127

Proposta de regulamento

Artigo 35 – n.º 1

Texto da Comissão

Alteração

1. A Comissão deve investigar todos os casos em relação aos quais lhe sejam comunicadas dúvidas quanto ao cumprimento permanente, por parte de um organismo notificado, dos requisitos estabelecidos no anexo VI ou das obrigações que lhe estão cometidas. Pode igualmente iniciar tais investigações por sua própria iniciativa.

1. A Comissão deve investigar todos os casos em relação aos quais lhe sejam comunicadas dúvidas quanto ao cumprimento permanente, por parte de um organismo notificado, dos requisitos estabelecidos no anexo VI ou das obrigações que lhe estão cometidas. Pode igualmente iniciar tais investigações por sua própria iniciativa, incluindo a visita sem aviso prévio ao organismo notificado por uma equipa de avaliação conjunta cuja composição respeite o estipulado no artigo 30º , n.º 3.

Alteração  128

Proposta de regulamento

Artigo 35 – n.º 3 – parágrafo 1

Texto da Comissão

Alteração

3. Sempre que a Comissão verificar que um organismo notificado deixou de cumprir os requisitos que permitiram a sua notificação, deve informar o Estado-Membro notificador desse facto e solicitar-lhe que tome as medidas corretivas necessárias, incluindo, se necessário, a suspensão, restrição ou retirada da notificação.

3. Sempre que a Comissão, após consulta ao GCDM, decidir que um organismo notificado deixou de cumprir os requisitos que permitiram a sua notificação, deve informar o Estado-Membro notificador desse facto e solicitar-lhe que tome as medidas corretivas necessárias, incluindo, se necessário, a suspensão, restrição ou retirada da notificação, em conformidade com o artigo 34.º, n.º 2.

Justificação

A equipa de avaliação conjunta e o GCDM devem controlar efetivamente o trabalho dos organismos notificados. Atribuir ao GCDM a responsabilidade de anular a suspensão de um organismo notificado reforçará a sua supervisão.

Alteração  129

Proposta de regulamento

Artigo 37 – n.º 1

Texto da Comissão

Alteração

A Comissão deve garantir o estabelecimento e o funcionamento de uma coordenação e cooperação adequadas entre os organismos notificados, sob a forma do grupo de coordenação de organismos notificados referido no artigo 39.º do Regulamento (UE) n.º [referência do futuro regulamento relativo aos dispositivos médicos].

A Comissão, após consulta ao GCDM, deve garantir o estabelecimento e o funcionamento de uma coordenação e cooperação adequadas entre os organismos notificados, sob a forma do grupo de coordenação de organismos notificados referido no artigo 39.º do Regulamento (UE) n.º [referência do futuro regulamento relativo aos dispositivos médicos]. O referido grupo deve reunir periodicamente e, no mínimo, duas vezes por ano.

Justificação

O grupo de coordenação deve ser um fórum efetivo para debate e deve permitir uma partilha de experiências entre os organismos notificados, mas também entre estes e as autoridades competentes.

Alteração  130

Proposta de regulamento

Artigo 37 – n.º 2-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

A Comissão ou o GCDM podem solicitar a participação de qualquer organismo notificado.

Justificação

O grupo de coordenação deve ser um fórum efetivo para discussão e deve permitir uma verificação por parte da Comissão e das autoridades competentes. Deve ficar claro que a participação é obrigatória se solicitada pela Comissão ou pelo GCDM.

Alteração  131

Proposta de regulamento

Artigo 37 – n.º 2-B (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

A Comissão pode, através de atos de execução, adotar medidas que estabeleçam as modalidades de funcionamento do grupo de coordenação dos organismos notificados, conforme previsto no presente artigo. Tais atos de execução são adotados em conformidade com o procedimento de exame a que se refere o artigo 84.º, n.º 3.

Justificação

O grupo de coordenação deve ser um fórum efetivo para discussão e deve permitir uma partilha de experiências entre os organismos notificados, mas também entre estes e as autoridades competentes. As modalidades de funcionamento do grupo de coordenação devem ser mais desenvolvidas através de atos de execução.

Alteração  132

Proposta de regulamento

Artigo 38

Texto da Comissão

Alteração

Taxas

Taxas para as atividades das autoridades nacionais

1. Os Estados-Membros em que os organismos estão estabelecidos devem cobrar taxas aos organismos de avaliação da conformidade requerentes e aos organismos notificados. Essas taxas devem cobrir, na totalidade ou em parte, os custos relacionados com as atividades exercidas pelas autoridades nacionais responsáveis pelos organismos notificados em conformidade com o presente regulamento.

1. Os Estados-Membros em que os organismos estão estabelecidos devem cobrar taxas aos organismos de avaliação da conformidade requerentes e aos organismos notificados. Essas taxas devem cobrir, na totalidade ou em parte, os custos relacionados com as atividades exercidas pelas autoridades nacionais responsáveis pelos organismos notificados em conformidade com o presente regulamento.

2. A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados em conformidade com o artigo 85.º a fim de definir a estrutura e o nível das taxas referidas no n.º 1, tendo em conta os objetivos de proteção da segurança e da saúde humana, apoio à inovação e eficácia em termos de custos. Deve prestar-se especial atenção aos interesses dos organismos notificados que tenham apresentado um certificado emitido pelo organismo nacional de acreditação, tal como referido no artigo 29.º, n.º 2, e dos organismos notificados que sejam pequenas e médias empresas na aceção da Recomendação 2003/361/CE da Comissão.

2. A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados em conformidade com o artigo 85.º a fim de definir a estrutura e o nível das taxas referidas no n.º 1, tendo em conta os objetivos de proteção da segurança e da saúde humana, apoio à inovação, eficácia em termos de custos e a necessidade de criar condições de concorrência equitativas em todos os Estados-Membros. Deve prestar-se especial atenção aos interesses dos organismos notificados que tenham apresentado um certificado emitido pelo organismo nacional de acreditação, tal como referido no artigo 29.º, n.º 2, e dos organismos notificados que sejam pequenas e médias empresas na aceção da Recomendação 2003/361/CE da Comissão.

 

Estas taxas devem ser proporcionadas e conformes aos padrões nacionais de vida. O nível das taxas será tornado público.

Alteração  133

Proposta de regulamento

Artigo 38-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

Artigo 38-A

 

Transparência em termos de taxas cobradas pelos organismos notificados pelas atividades de avaliação da conformidade

 

1. Os Estados-Membros devem adotar disposições relativas às taxas normalizadas para os organismos notificados.

 

2. As taxas devem ser comparáveis em todos os Estados-Membros. A Comissão deve apresentar diretrizes para facilitar a comparabilidade dessas taxas no prazo de 24 meses a contar da data de entrada em vigor do presente regulamento.

 

3. Os Estados-Membros devem transmitir as respetivas listas de taxas normalizadas à Comissão.

 

4. A autoridade nacional deve assegurar que os organismos notificados disponibilizam as listas de taxas normalizadas para as atividades de avaliação da conformidade.

Alteração  134

Proposta de regulamento

Capítulo 5 – título

Texto da Comissão

Alteração

Capítulo V

Capítulo III

Classificação e avaliação da conformidade

Avaliação da conformidade

Alteração  135

Proposta de regulamento

Capítulo V – secção 1 – título

Texto da Comissão

Alteração

Secção 1 – Classificação

Capítulo II

 

Classificação dos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro

Alteração  136

Proposta de regulamento

Artigo 39 – n.º 1

Texto da Comissão

Alteração

1. Os dispositivos devem ser integrados nas classes A, B, C e D, atendendo à sua finalidade e aos riscos inerentes. A classificação deve processar-se em conformidade com os critérios de classificação estabelecidos no anexo VII.

1. Os dispositivos devem ser integrados nas classes A, B, C e D, atendendo à sua finalidade, novidade, complexidade e aos riscos inerentes. A classificação deve processar-se em conformidade com os critérios de classificação estabelecidos no anexo VII.

Alteração  137

Proposta de regulamento

Artigo 39 – n.º 2 – parágrafo 2

Texto da Comissão

Alteração

Pelo menos 14 dias antes de tomar qualquer decisão, a autoridade competente deve notificar o GCDM e a Comissão da decisão que pretende tomar.

Pelo menos 14 dias antes de tomar qualquer decisão, a autoridade competente deve notificar o GCDM e a Comissão da decisão que pretende tomar. Essa decisão deve ser disponibilizada ao público no Banco de Dados Europeu.

Justificação

Para facilitar práticas harmonizadas em toda a Europa, esta decisão deve estar acessível.

Alteração  138

Proposta de regulamento

Artigo 39 – n.º 3 – parágrafo 1

Texto da Comissão

Alteração

A Comissão pode, a pedido de um Estado‑Membro, por sua própria iniciativa, por meio de atos de execução, decidir da aplicação dos critérios de classificação estabelecidos no anexo VII a um determinado dispositivo, ou a uma categoria ou grupo de dispositivos, a fim de determinar a sua classificação.

A Comissão pode, por sua própria iniciativa ou a pedido de um Estado‑Membro, por meio de atos de execução, decidir da aplicação dos critérios de classificação estabelecidos no anexo VII a um determinado dispositivo, ou a uma categoria ou grupo de dispositivos, a fim de determinar a sua classificação. Uma tal decisão deve ser tomada, em particular, para resolver decisões divergentes entre Estados-Membros relativas à classificação de dispositivos.

Justificação

A versão atual do artigo 39.º não contém um procedimento claro para casos de avaliação divergente de dispositivos por autoridades competentes distintas. Nesses casos, a Comissão deve decidir acerca da aplicação de uma regra específica relacionada com um dado dispositivo para assegurar uma aplicação uniforme a nível europeu.

Alteração  139

Proposta de regulamento

Artigo 39 – n.º 4 – parte introdutória

Texto da Comissão

Alteração

4. A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados em conformidade com o artigo 85.º, à luz do progresso técnico e das informações que fiquem disponíveis no decurso das atividades de vigilância e fiscalização do mercado descritas nos artigos 59.º a 73.º, a fim de:

4. A Comissão, após consulta das partes interessadas pertinentes, designadamente organizações de profissionais de saúde e associações de fabricantes, fica habilitada a adotar atos delegados em conformidade com o artigo 85.º, à luz do progresso técnico e das informações que fiquem disponíveis no decurso das atividades de vigilância e fiscalização do mercado descritas nos artigos 59.º a 73.º, a fim de:

Alteração  140

Proposta de regulamento

Artigo 40 – n.º 2 – parágrafo 2

Texto da Comissão

Alteração

Além disso, caso tenha sido designado um laboratório de referência de acordo com o artigo 78.º, o organismo notificado que realiza a avaliação da conformidade deve solicitar a esse laboratório de referência que verifique se o dispositivo cumpre as ETC aplicáveis, se disponíveis, ou outras soluções escolhidas pelo fabricante para garantir um nível de segurança e desempenho pelo menos equivalente, como especificado no anexo VIII, secção 5.4, e no anexo IX, secção 3.5.

Além disso, caso tenha sido designado um laboratório de referência de acordo com o artigo 78.º, o organismo notificado que realiza a avaliação da conformidade deve solicitar a esse laboratório de referência que verifique, por meio de testes laboratoriais, se o dispositivo cumpre as ETC aplicáveis, como especificado no anexo VIII, secção 5.4, e no anexo IX, secção 3.5. Os testes laboratoriais realizados por um laboratório de referência devem centrar-se, em particular, na sensibilidade e especificidade analíticas utilizando materiais de referência e sensibilidade e especificidade de diagnóstico utilizando espécimes de uma infeção em fase inicial e estabelecida.

 

Justificação

A experiência com a legislação atual exige a descrição clara de que o envolvimento de laboratórios de referência significa a realização de testes e não de investigação documental.

Alteração  141

Proposta de regulamento

Artigo 40 – n.º 4 – parágrafo 2

Texto da Comissão

Alteração

Além disso, para os dispositivos de autodiagnóstico e os testes a realizar na presença do doente, o fabricante deve satisfazer os requisitos complementares estabelecidos no anexo VIII, secção 6.1.

Além disso, para os dispositivos de autodiagnóstico o fabricante deve satisfazer os requisitos complementares estabelecidos no anexo VIII, secção 6.1.

Justificação

São estabelecidos requisitos para os chamados testes a realizar na presença do doente (estes testes são realizados num ambiente não laboratorial, mas são sempre utilizados por profissionais) no que se refere ao procedimento de avaliação da conformidade e independentemente da classificação de risco do teste. Além disso, é invariavelmente exigido um exame da conceção de acordo com o anexo VIII, n.º 6.1. Esta exigência representa um volume de trabalho e custos adicionais elevados, que são factualmente injustificados, devido à classificação de risco.

Alteração  142

Proposta de regulamento

Artigo 40 – n.º 5 – parágrafo 2 – alínea a)

Texto da Comissão

Alteração

(a) No que respeita aos testes a realizar na presença do doente, aos requisitos referidos no anexo VIII, secção 6.1;

Suprimido

Justificação

Deve haver uma diferença no que refere à avaliação da conformidade e às classes de risco para testes a realizar na presença do doente. Os testes a realizar na presença do doente pertencentes à classe A devem ser tratados no anexo VIII, da mesma forma que todos os demais dispositivos. Assim, as regras de classificação são transferidas para as vias e requisitos de avaliação da conformidade.

Alteração  143

Proposta de regulamento

Artigo 40 – n.º 5 – parágrafo 2 – alínea c)

Texto da Comissão

Alteração

(c) No que respeita aos dispositivos com função de medição, aos aspetos do fabrico relativos à conformidade dos dispositivos com os requisitos metrológicos.

Suprimido

Justificação

Todos os DIV têm por definição um sistema de medição. A maioria dos dispositivos de desempenho e parte das provas clínicas que são exigidas para todos os dispositivos são necessárias para avaliar a função de medição dos DIV. Este texto, que é a declaração geral sobre a função de medição da proposta relativa a dispositivos médicos, não prevê quaisquer salvaguardas adicionais para os DIV.

Alteração  144

Proposta de regulamento

Artigo 40 – n.º 10

Texto da Comissão

Alteração

10. A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados em conformidade com o artigo 85.º, a fim de alterar ou completar os procedimentos de avaliação da conformidade estabelecidos nos anexos VIII a X à luz do progresso técnico e das informações que fiquem disponíveis no decurso da designação ou monitorização dos organismos notificados previstas nos artigos 26.º a 38.º, ou das atividades de vigilância e fiscalização do mercado descritas nos artigos 59.º a 73.º

Suprimido

Justificação

Os procedimentos de avaliação da conformidade constituem um elemento fundamental da legislação e, por esse motivo, de acordo com o artigo 290.º do Tratado não podem ser modificados por um ato delegado.

Alteração  145

Proposta de regulamento

Artigo 41 – n.º 1

Texto da Comissão

Alteração

Intervenção de organismos notificados

Intervenção de organismos notificados no procedimento de avaliação da conformidade

1. Sempre que o procedimento de avaliação da conformidade implicar a intervenção de um organismo notificado, o fabricante pode apresentar um pedido a um organismo notificado da sua escolha, desde que este tenha sido notificado para as atividades de avaliação da conformidade, os procedimentos de avaliação da conformidade e os dispositivos em causa. Não podem ser apresentados paralelamente a mais de um organismo notificado pedidos relativos à mesma atividade de avaliação da conformidade.

1. Sempre que o procedimento de avaliação da conformidade implicar a intervenção de um organismo notificado, o fabricante de dispositivos distintos dos enumerados no artigo 41.º-A, n.º 1, pode apresentar um pedido a um organismo notificado da sua escolha, desde que este tenha sido notificado para as atividades de avaliação da conformidade, os procedimentos de avaliação da conformidade e os dispositivos em causa. Sempre que um fabricante apresentar um pedido a um organismo notificado localizado num Estado-Membro que não seja aquele onde está registado, o fabricante deve informar a sua autoridade nacional responsável pelos organismos notificados do pedido. Não podem ser apresentados paralelamente a mais de um organismo notificado pedidos relativos à mesma atividade de avaliação da conformidade.

Alteração  146

Proposta de regulamento

Artigo 2-A (novo) – título

Texto da Comissão

Alteração

 

Secção 2-A - Disposições adicionais para a avaliação da conformidade de dispositivos de alto risco: intervenção de organismos notificados especiais

Alteração  147

Proposta de regulamento

Artigo 41-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

Artigo 41.º-A

 

Participação de organismos notificados especiais nos procedimentos de avaliação da conformidade de dispositivos de alto risco

 

1. Apenas os organismos notificados especiais (ONE) estão autorizados a efetuar as avaliações de conformidade para os dispositivos de classe D.

 

2. Os organismos notificados especiais requerentes que considerem satisfazer as exigências aplicáveis aos organismos notificados especiais a que se refere o anexo VI, ponto 3.6., devem apresentar o respetivo pedido à EMA.

 

3. O pedido é acompanhado da taxa a pagar à EMA para cobrir os custos decorrentes da análise do pedido.

 

4. A EMA deve selecionar os organismos notificados especiais entre os candidatos, em conformidade com as exigências enunciadas no anexo VI, e adota o seu parecer sobre a autorização para realizar avaliações de conformidade dos dispositivos referidos no n.º 1 num prazo de 90 dias, transmitindo-o subsequentemente à Comissão.

 

5. A Comissão deve publicar a notificação em conformidade, bem como os nomes dos organismos notificados especiais.

 

6. Esta notificação é válida a partir do dia seguinte ao da sua publicação na base de dados de organismos notificados estabelecida e gerida pela Comissão. A notificação publicada deve determinar o âmbito da atividade lícita do organismo notificado especial.

 

Esta notificação deve ser válida por cinco anos e sujeita a renovação de cinco em cinco anos, na sequência de um novo pedido da EMA.

 

7. O fabricante de dispositivos especificado no n.º 1 pode enviar o pedido a um organismo notificado especial da sua escolha cujo nome figura no sistema eletrónico do artigo 41.º-B.

 

8. Não podem ser apresentados paralelamente a mais de um organismo notificado especial pedidos relativos à mesma atividade de avaliação da conformidade.

 

9. O organismo notificado especial deve notificar a EMA e a Comissão dos pedidos de avaliação da conformidade para os dispositivos especificados no n.º 1.

 

10. O artigo 41.º, n.ºs 2, 3 e 4 aplicam-se a organismos notificados especiais.

Alteração  148

Proposta de regulamento

Artigo 41-B (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

Artigo 41.º-B

 

Sistema eletrónico relativo a organismos notificados especiais

 

1. A Comissão deve, em colaboração com a Agência, definir e atualizar regularmente um sistema eletrónico de registo para:

 

- o registo dos pedidos e das autorizações concedidas para realizar avaliações de conformidade enquanto organismos notificados especiais nos termos da presente secção, bem como para coligir e processar informação em nome dos organismos notificados especiais;

 

- a troca de informações com autoridades nacionais;

 

- e para a publicação de relatórios de avaliação.

 

2. As informações coligidas e processadas no sistema eletrónico relacionadas com os organismos notificados especiais devem ser introduzidas no sistema de registo eletrónico de registos pela EMA.

 

3. As informações coligidas e processadas no sistema eletrónico relacionadas com os organismos notificados especiais devem estar acessíveis ao público.

Alteração  149

Proposta de regulamento

Artigo 41-C (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

Artigo 41.º-C

 

Rede de organismos notificados especiais

 

1. A EMA estabelece, organiza, coordena e gere a rede de organismos notificados especiais.

 

2. A rede tem os seguintes objetivos:

 

(a) contribuir para tirar pleno partido das possibilidades de cooperação europeia a nível de cuidados de saúde altamente especializados no domínio dos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro;

 

(b) contribuir para a concentração de conhecimentos especializados sobre os dispositivos médicos para diagnóstico in vitro;

 

(c) incentivar a elaboração de parâmetros de referência em matéria de avaliações de conformidade e contribuir para a elaboração e divulgação de boas práticas, no âmbito da rede e no exterior;

 

(d) contribuir para a identificação de peritos em domínios inovadores;

 

(e) desenvolver e atualizar regras em matéria de conflito de interesses; e

 

(f) encontrar soluções comuns para problemas similares em relação ao desenvolvimento de processos de avaliação da conformidade para tecnologias inovadoras.

 

3. A rede é convidada a reunir-se, se for caso disso, a pedido de pelo menos dois dos seus membros ou da EMA. Reúne-se, no mínimo, duas vezes por ano.

Alteração  150

Proposta de regulamento

Artigo 42

Texto da Comissão

Alteração

Artigo 42.º

Suprimido

Mecanismo de verificação de determinadas avaliações da conformidade

 

As medidas tomadas nos termos do presente número podem justificar-se unicamente com base num ou vários dos seguintes critérios:

 

1. Os organismos notificados devem notificar a Comissão dos pedidos de avaliação da conformidade de dispositivos classificados na classe D, à exceção dos pedidos relativos ao aditamento ou à renovação de certificados existentes. A notificação deve ser acompanhada do projeto de instruções de utilização referido no anexo I, secção 17.3, e do projeto de resumo da segurança e do desempenho referido no artigo 24.º. Na sua notificação, o organismo notificado deve indicar a data prevista para a conclusão da avaliação da conformidade. A Comissão deve transmitir imediatamente a notificação e os documentos que a acompanham ao GCDM.

 

2. No prazo de 28 dias a contar da receção da informação referida no n.º 1, o GCDM pode pedir ao organismo notificado que apresente um resumo da avaliação da conformidade preliminar antes de emitir um certificado. Por sugestão de qualquer dos seus membros ou da Comissão, o GCDM deve tomar uma decisão quando à apresentação do referido pedido de acordo com o procedimento previsto no artigo 78.º, n.º 4, do Regulamento (UE) n.º [referência do futuro regulamento relativo aos dispositivos médicos]. No seu pedido, o GCDM deve indicar o motivo sanitário cientificamente válido que levou à escolha do dossiê específico relativamente ao qual se solicitou a apresentação de um resumo da avaliação da conformidade preliminar. Ao selecionar um dossiê específico para esse fim, deve tomar-se devidamente em conta o princípio da igualdade de tratamento.

 

No prazo de cinco dias a contar da receção do pedido do GCDM o organismo notificado deve informar do mesmo o fabricante.

 

3. O GCDM pode apresentar observações sobre o resumo da avaliação da conformidade preliminar o mais tardar 60 dias após a apresentação desse resumo. No decurso desse período, e o mais tardar 30 dias após a apresentação, o GCDM pode solicitar informações complementares que sejam necessárias, por razões cientificamente válidas, para a análise da avaliação da conformidade preliminar feita pelo organismo notificado. Esse pedido pode incluir a apresentação de amostras ou a realização de uma visita às instalações do fabricante. O prazo para a apresentação de observações referido na primeira frase ficará suspenso até à transmissão das informações complementares solicitadas. Eventuais pedidos subsequentes de informações complementares por parte do GCDM não suspenderão o período de apresentação de observações.

 

4. O organismo notificado deve tomar devidamente em consideração todas as observações recebidas ao abrigo do disposto no n.º 3. O referido organismo deve transmitir à Comissão uma explicação do modo como tais observações foram tidas em conta, incluindo uma justificação sempre que quaisquer observações não tenham sido seguidas, e comunicar a sua decisão final sobre a avaliação da conformidade em questão. A Comissão deve transmitir imediatamente esta informação ao GCDM.

 

5. Sempre que for considerado necessário para a proteção da segurança dos doentes e da saúde pública, a Comissão pode determinar, por meio de atos de execução, categorias ou grupos de dispositivos específicos, exceto os dispositivos classificados na classe D, aos quais o disposto nos n.ºs 1 a 4 se deve aplicar durante um período de tempo pré-definido. Tais atos de execução são adotados em conformidade com o procedimento de exame a que se refere o artigo 84.º, n.º 3.

 

As medidas tomadas nos termos do presente número podem justificar-se unicamente com base num ou vários dos seguintes critérios:

 

(a) A novidade do dispositivo ou da tecnologia em que se baseia e o seu impacto significativo em termos clínicos ou de saúde pública;

 

(b) Uma alteração desfavorável do perfil de risco-benefício de uma categoria ou grupo de dispositivos específicos devido a preocupações sanitárias cientificamente válidas respeitantes aos componentes ou material de origem, ou ainda ao impacto na saúde em caso de falha;

 

(c) Um aumento da taxa de incidentes graves comunicados em conformidade com o artigo 59.º em relação a uma categoria ou um grupo de dispositivos específicos;

 

(d) Discrepâncias significativas nas avaliações da conformidade efetuadas por organismos notificados diferentes em relação a dispositivos substancialmente semelhantes;

 

(e) Preocupações de saúde pública relativas a uma categoria ou um grupo de dispositivos específicos ou à tecnologia em que se baseiam.

 

6. A Comissão deve facultar ao público um resumo das observações apresentadas de acordo com o disposto no n.º 3 e o resultado do procedimento de avaliação da conformidade. Não pode divulgar dados pessoais nem informações comerciais confidenciais.

 

7. A Comissão deve criar as infraestruturas técnicas para o intercâmbio de dados por meios eletrónicos entre os organismos notificados e o GCDM para efeitos do disposto no presente artigo.

 

8. A Comissão pode adotar, por meio de atos de execução, as modalidades e os elementos processuais relativos à apresentação e à análise do resumo da avaliação da conformidade preliminar de acordo com o disposto nos n.ºs 2 e 3. Tais atos de execução são adotados em conformidade com o procedimento de exame a que se refere o artigo 84.º, n.º 3.

 

Alteração  151

Proposta de regulamento

Artigo 42-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

Artigo 42.º-A

 

Procedimento caso a caso de avaliação da conformidade de certos dispositivos de alto risco

 

1. Os organismos notificados especiais devem notificar a Comissão dos pedidos de avaliação da conformidade de dispositivos de classe D, à exceção dos pedidos relativos à renovação de certificados existentes. A notificação deve ser acompanhada do projeto de instruções de utilização referido no anexo I, secção 17.3, e do projeto de resumo da segurança e do desempenho clínico referido no artigo 24.º. Na sua notificação, o organismo notificado especial deve indicar a data prevista para a conclusão da avaliação da conformidade. A Comissão deve transmitir imediatamente esta notificação e os documentos que a acompanham ao Grupo de Coordenação (GC) do Comité de Avaliação dos Dispositivos Médicos (CADM) referido no artigo 76.º-A. O GC deve transmitir imediatamente a notificação e os documentos que a acompanham aos subgrupos relevantes.

 

2. No prazo de vinte dias a contar da receção das informações referidas no n.º 1, o GC pode, por proposta de pelo menos três dos membros dos subgrupos do CADM ou da Comissão, decidir requerer ao organismo notificado especial que apresente os seguintes documentos antes da emissão de um certificado:

 

- o resumo da avaliação preliminar da conformidade;

 

- o relatório relativo às provas clínicas e o relatório relativo ao estudo do desempenho clínico referido no anexo XII;

 

- os dados obtidos do acompanhamento pós-comercialização referido no anexo XII; e

 

- qualquer informação relativa à comercialização do dispositivo em países terceiros, ou à sua não comercialização, e, se for caso disso, os resultados da avaliação levada a efeito pelas autoridades competentes nestes países.

 

Os membros dos subgrupos relevantes do CADM decidem da oportunidade de apresentar um tal pedido casuístico, nomeadamente em função dos seguintes critérios:

 

(a) A novidade do dispositivo ou da tecnologia em que se baseia e o seu impacto significativo em termos clínicos ou de saúde pública;

 

(b) Uma alteração desfavorável do perfil de risco-benefício de uma categoria ou grupo de dispositivos específicos devido a preocupações sanitárias cientificamente válidas respeitantes aos componentes ou material de origem, ou ainda ao impacto na saúde em caso de falha;

 

(c) Um aumento da taxa de incidentes graves comunicados em conformidade com o artigo 61.º em relação a uma categoria ou um grupo de dispositivos específicos;

 

(d) Discrepâncias significativas nas avaliações da conformidade efetuadas por organismos notificados especiais diferentes em relação a dispositivos substancialmente semelhantes.

 

A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados em conformidade com o artigo 89.º, a fim de alterar ou completar estes critérios, à luz do progresso técnico e das informações que fiquem disponíveis.

 

No seu pedido, o CADM deve indicar o motivo sanitário cientificamente válido que levou à escolha do dossiê específico.

 

Na ausência de pedido do CADM no prazo de 20 dias a contar da receção da informação referida no n.º 1, o organismo notificado especial procede de acordo com o procedimento de avaliação da conformidade.

 

3. Após ter consultado os subgrupos relevantes, o CADM emite um parecer sobre os documentos referidos no n.º 2, o mais tardar 60 dias após a sua apresentação. No decurso desse período, e o mais tardar 30 dias após a apresentação, o CADM pode solicitar informações complementares que sejam necessárias, por razões cientificamente válidas, para a análise da avaliação da conformidade preliminar feita pelo organismo notificado especial. Esse pedido pode incluir a apresentação de amostras ou a realização de uma visita às instalações do fabricante. O prazo para a apresentação de observações referido na primeira frase do presente número ficará suspenso até à transmissão das informações complementares solicitadas. Eventuais pedidos subsequentes de informações complementares por parte do CADM não suspenderão o período de apresentação de observações.

 

4. No seu parecer, o CADM pode recomendar modificações dos documentos referidos no n.º 2.

 

5. O CADM informa a Comissão, o organismo notificado especial e o fabricante do seu parecer no prazo de cinco dias subsequentes à respetiva adoção.

 

6. No prazo de 15 dias a contar da receção do parecer referido no n.º 5, o organismo notificado especial indica se concorda ou não com o parecer do CADM. Nesse caso, deve comunicar por escrito ao CADM que deseja requerer uma reapreciação do parecer. Nesse caso, o organismo notificado especial deve apresentar ao CADM a fundamentação pormenorizada do requerimento no prazo de 30 dias a contar da data de receção do parecer. O CADM deve transmitir imediatamente esta informação à Comissão.

 

No prazo de 30 dias a contar da receção das razões para o pedido, o CADM deve reanalisar o seu parecer. As razões que fundamentam as conclusões são anexadas ao parecer definitivo.

 

7. No prazo de 15 dias a contar da sua aprovação, o CADM transmite o seu parecer definitivo à Comissão, ao organismo notificado especial e ao fabricante.

 

8. No prazo de 15 dias a contar da receção do parecer referido no n.º 6, em caso de acordo do organismo notificado especial, ou do parecer definitivo referido no n.º 7, a Comissão deve elaborar, com base no parecer, um projeto da decisão a tomar relativamente ao pedido analisado de avaliação da conformidade. Este projeto de decisão inclui ou fazer referência ao parecer referido nos n.ºs 6 e 7, respetivamente. No caso de o projeto de decisão não ser conforme ao parecer da CADM, a Comissão fundamentará pormenorizadamente num anexo os motivos das divergências.

 

O projeto de decisão é enviado aos Estados­-Membros, ao organismo notificado especial e ao fabricante.

 

A Comissão toma uma decisão final nos termos do artigo 84.º, n.º 3, no prazo de 15 dias a contar da conclusão do procedimento de exame aí estabelecido.

 

9. Sempre que for considerado necessário para a proteção da segurança dos doentes e da saúde pública, a Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, em conformidade com o artigo 85.º, a determinar categorias ou grupos de dispositivos específicos, exceto os dispositivos referidos no n.º 1, aos quais o disposto nos n.ºs 1 a 8 se deve aplicar durante um período de tempo pré-definido.

 

As medidas tomadas nos termos do presente número podem justificar-se unicamente com base nos critérios referidos no n.º 2:

 

10. A Comissão deve facultar ao público um resumo dos pareceres referidos nos n.ºs 6 e 7. Não pode divulgar dados pessoais nem informações comerciais confidenciais.

 

11. A Comissão deve criar as infraestruturas técnicas para o intercâmbio de dados por meios eletrónicos entre organismos notificados especiais e o CADM e entre o CADM e ela própria para efeitos do disposto no presente artigo.

 

12. A Comissão pode adotar, por meio de atos de execução, as modalidades e os elementos processuais relativos à apresentação e à análise da documentação transmitida em conformidade com o presente artigo. Tais atos de execução são adotados em conformidade com o procedimento de exame a que se refere o artigo 84.º, n.º 3.

13. Os organismos notificados especiais devem notificar a Comissão dos pedidos de avaliação da conformidade de dispositivos de classe D, à exceção dos pedidos relativos à renovação de certificados existentes. A notificação deve ser acompanhada do projeto de instruções de utilização referido no anexo I, secção 17.3, e do projeto de resumo da segurança e do desempenho clínico referido no artigo 24.º. Na sua notificação, o organismo notificado especial deve indicar a data prevista para a conclusão da avaliação da conformidade. A Comissão deve transmitir imediatamente esta notificação e os documentos que a acompanham ao Grupo de Coordenação (GC) do Comité de Avaliação dos Dispositivos Médicos (CADM) referido no artigo 76.º-A. O GC deve transmitir imediatamente a notificação e os documentos que a acompanham aos subgrupos relevantes.

Alteração  152

Proposta de regulamento

Artigo 44 – n.º 1 – parte introdutória

Texto da Comissão

Alteração

1. Caso um fabricante rescinda o seu contrato com um organismo notificado e celebre um contrato com outro organismo notificado para a avaliação da conformidade do mesmo dispositivo, as modalidades da mudança de organismo notificado devem ser definidas claramente num acordo entre o fabricante, o antigo organismo notificado e o novo organismo notificado. O acordo deve abordar pelo menos os seguintes aspetos:

1. Quando um fabricante decide rescindir o seu contrato com um organismo notificado e celebrar um contrato com outro organismo notificado para a avaliação da conformidade do mesmo dispositivo, deve informar a autoridade nacional responsável pelos organismos notificados dessa alteração. As modalidades da mudança de organismo notificado devem ser definidas claramente num acordo entre o fabricante, o antigo organismo notificado e o novo organismo notificado. O acordo deve abordar pelo menos os seguintes aspetos:

Alteração  153

Proposta de regulamento

Capítulo 6 – título

Texto da Comissão

Alteração

Capítulo VI

Capítulo V

Provas clínicas

Provas clínicas

Alteração  154

Proposta de regulamento

Artigo 47 – n.º 1

Texto da Comissão

Alteração

1. A demonstração da conformidade com os requisitos gerais de segurança e desempenho estabelecidos no anexo I, nas condições normais de utilização do dispositivo, deve basear-se em provas clínicas.

1. A demonstração da conformidade com os requisitos gerais de segurança e desempenho estabelecidos no anexo I, nas condições normais de utilização do dispositivo, deve basear-se em provas clínicas, ou em dados de segurança adicionais para requisitos gerais de segurança e desempenho não abrangidos por provas clínicas.

Justificação

Existem vários requisitos gerais de segurança e desempenho que não são abrangidos por provas clínicas, como os pertencentes à segurança química, mecânica e elétrica. Assim, as provas clínicas devem sempre ser tidas em consideração ao demonstrar a conformidade com os requisitos gerais de segurança e desempenho, mas outras considerações são também importantes.

Alteração  155

Proposta de regulamento

Artigo 47 – n.º 3-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

3-A. Caso o fabricante alegue e/ou descreva uma utilização clínica, faz parte dos requisitos fazer prova dessa mesma utilização.

Justificação

Nem todos os dispositivos médicos para diagnóstico em vitro requerem expressamente um estudo de desempenho clínico. Tal situação seria igualmente desproporcionada, mas, em conformidade com a legislação da UE em outros domínios, por exemplo, nas alegações de saúde, sempre que um fabricante alegue um benefício clínico, deve, portanto, apresentar prova desse mesmo benefício.

Alteração  156

Proposta de regulamento

Artigo 47 – n.º 4 – parágrafo 2 (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

A isenção de demonstração da conformidade com os requisitos gerais de segurança e desempenho com base em dados clínicos nos termos do primeiro parágrafo está sujeita à aprovação prévia da autoridade competente.

Alteração  157

Proposta de regulamento

Artigo 47 – n.º 5

Texto da Comissão

Alteração

5. Os dados relativos à validade científica e ao desempenho analítico, bem como, se aplicável, os dados relativos ao desempenho clínico, devem ser resumidos como parte do relatório de provas clínicas referido no anexo XII, parte A, secção 3. O relatório de provas clínicas deve ser incluído ou referenciado na íntegra na documentação técnica referida no anexo II relativa ao dispositivo em causa.

5. Os dados relativos à validade científica e ao desempenho analítico, bem como, se aplicável, os dados relativos ao desempenho clínico, devem ser resumidos como parte do relatório de provas clínicas referido no anexo XII, parte A, secção 3. O relatório de provas clínicas deve ser incluído na documentação técnica referida no anexo II relativa ao dispositivo em causa.

Alteração  158

Proposta de regulamento

Artigo 48 – n.º 1 – alínea a)

Texto da Comissão

Alteração

(a) Verificar se, em condições normais de utilização, os dispositivos foram concebidos, fabricados e embalados por forma a poderem desempenhar uma ou mais das funções específicas de um dispositivo médico para diagnóstico in vitro previstas no artigo 2.º, ponto 2, e atingem os níveis de desempenho previstos, especificados pelo fabricante;

(a) Verificar se, em condições normais de utilização, os dispositivos foram concebidos, fabricados e embalados por forma a poderem desempenhar uma ou mais das funções específicas de um dispositivo médico para diagnóstico in vitro previstas no artigo 2.º, ponto 2, e atingem os níveis de desempenho previstos, especificados pelo fabricante ou promotor;

Justificação

Do ponto de vista da proteção do doente, é irrelevante se um estudo de desempenho clínico é realizado sob a responsabilidade de um fabricante e visando constituir a base de uma futura marcação CE, ou se um estudo será realizado para fins especificamente científicos, não comerciais. Os estudos de desempenho clínico que sejam geridos ou da responsabilidade de uma pessoa ou organização diferentes do possível fabricante também devem estar sujeitos às disposições do regulamento.

Alteração  159

Proposta de regulamento

Artigo 48 – n.º 1 – alínea b)

Texto da Comissão

Alteração

(b) Verificar se os dispositivos atingem os benefícios esperados para o doente, especificados pelo fabricante;

(b) Verificar a segurança clínica e a eficácia do dispositivo, incluindo os benefícios esperados para o doente, quando utilizado para alcançar o efeito pretendido, junto da população alvo e em conformidade com as instruções de utilização;

Alteração  160

Proposta de regulamento

Artigo 48 – n.º 4

Texto da Comissão

Alteração

4. Todos os estudos de desempenho clínico devem ser concebidos e realizados de modo a assegurar a proteção dos direitos, da segurança e do bem-estar dos sujeitos que participam nesses estudos e a garantir a fiabilidade e robustez dos dados clínicos neles produzidos.

4. Todos os estudos de desempenho clínico devem ser concebidos e realizados de modo a assegurar a proteção dos direitos, da segurança e do bem-estar dos sujeitos que participam nesses estudos e a garantir a fiabilidade e robustez dos dados clínicos neles produzidos. Esses estudos não deverão ser realizados se os riscos associados à investigação não forem clinicamente justificáveis no que se refere aos possíveis benefícios do dispositivo.

Justificação

A alteração proposta tem em consideração que a inovação na medicina não pode ser reduzida ao fornecimento de novos desenvolvimentos tecnológicos. Além das provas de benefício terapêutico, deve apresentar uma relação risco-benefício aceitável.

Alteração  161

Proposta de regulamento

Artigo 48 – n.º 6

Texto da Comissão

Alteração

6. No caso de estudos intervencionais de desempenho clínico, como definidos no artigo 2.º, ponto 37, e de outros estudos de desempenho clínico cuja realização, incluindo a colheita de amostras, implique procedimentos invasivos ou outros riscos para os sujeitos que neles participam, são aplicáveis os requisitos fixados nos artigos 49.º a 58.º e no anexo XIII, além das obrigações estabelecidas no presente artigo.

6. No caso de estudos intervencionais de desempenho clínico, como definidos no artigo 2.º, ponto 37, e de outros estudos de desempenho clínico cuja realização, incluindo a colheita de amostras, implique procedimentos invasivos ou outros riscos para os sujeitos que neles participam, são aplicáveis os requisitos fixados nos artigos 49.º a 58.º e no anexo XIII, além das obrigações estabelecidas no presente artigo. A Comissão tem o poder de adotar atos delegados nos termos do artigo 85.º relativamente ao fornecimento de uma lista com riscos negligenciáveis, que permite a realização de uma derrogação do artigo relevante.

Justificação

Nem todos os riscos justificam verdadeiramente as regras bastante rigorosas para estudos intervencionais de desempenho clínico, por exemplo existem procedimentos de colheita da amostra, como a colheita de suor, que acarretam riscos, por exemplo irritação da pele, mas não constituem de forma alguma um risco significativo. É necessário especificar o que se considera ser um risco negligenciável sob esta perspetiva.

Alteração  162

Proposta de regulamento

Artigo 49 – n.º 2 – parágrafo 1

Texto da Comissão

Alteração

2. O promotor de um estudo de desempenho clínico deve apresentar um pedido ao Estado-Membro ou Estados-Membros nos quais o estudo será realizado, acompanhado da documentação referida no anexo XIII. No prazo de seis dias a contar da receção do pedido, o Estado-Membro em causa deve notificar ao promotor se o estudo de desempenho clínico é abrangido pelo âmbito de aplicação do presente regulamento e se o pedido está completo.

2. O promotor de um estudo de desempenho clínico deve apresentar um pedido ao Estado-Membro ou Estados-Membros nos quais o estudo será realizado, acompanhado da documentação referida no anexo XIII. No prazo de 14 dias a contar da receção do pedido, o Estado-Membro em causa deve notificar ao promotor se a investigação clínica é abrangida pelo âmbito de aplicação do presente regulamento e se o pedido está completo.

 

Caso esteja em causa mais do que um Estado-Membro, se houver um desentendimento entre o Estado-Membro e o Estado-Membro coordenador sobre se o estudo de desempenho clínico deve ser aprovado, por razões que não sejam intrinsecamente nacionais, locais ou éticas, os Estados-Membros em causa devem tentar chegar a acordo relativamente a uma conclusão. Caso não se chegue a uma conclusão, a Comissão toma uma decisão após consulta dos Estados-Membros em causa e, caso seja necessário, depois de se aconselhar junto do GCDM.

 

No caso de os Estados-Membros em causa colocarem objeções ao estudo de desempenho clínico por razões intrinsecamente nacionais, locais ou de natureza ética, o estudo de desempenho clínico não deve ter lugar nos Estados‑Membros em causa.

Justificação

O prazo proposto no n.º 2 não tem em consideração que os fins de semana e feriados nacionais podem significar que não haverá tempo para a análise da aplicação pela autoridade competente e que, por este motivo, a participação de um comité de ética, que por sua vez pode considerar determinada documentação como fundamental, é de facto excluída. Assim, é necessário prolongar os prazos indicados no segundo e no terceiro parágrafos.

Alteração  163

Proposta de regulamento

Artigo 49 – n.º 3 – parágrafo 1

Texto da Comissão

Alteração

Se o Estado-Membro considerar que o estudo de desempenho clínico não é abrangido pelo âmbito de aplicação do presente regulamento ou que o pedido não está completo, deve informar o promotor desse facto e estabelecer um prazo máximo de seis dias para que o promotor apresente as suas observações ou complete o pedido.

Se o Estado-Membro considerar que o estudo de desempenho clínico não é abrangido pelo âmbito de aplicação do presente regulamento ou que o pedido não está completo, deve informar o promotor desse facto e estabelecer um prazo máximo de dez dias para que o promotor apresente as suas observações ou complete o pedido.

Alteração  164

Proposta de regulamento

Artigo 49 – n.º 3 – parágrafo 3

Texto da Comissão

Alteração

Se o Estado-Membro não notificar o promotor de acordo com o previsto no n.º 2 no prazo de três dias a contar da receção das observações ou do pedido completo, considera-se que o estudo de desempenho clínico é abrangido pelo âmbito de aplicação do presente regulamento e que o pedido está completo.

Se o Estado-Membro não notificar o promotor de acordo com o previsto no n.º 2 no prazo de sete dias a contar da receção das observações ou do pedido completo, considera-se que o estudo de desempenho clínico é abrangido pelo âmbito de aplicação do presente regulamento e que o pedido está completo.

Justificação

O prazo proposto no n.º 2 não tem em consideração que os fins de semana e feriados nacionais podem significar que não haverá tempo para a análise da aplicação pela autoridade competente e que, por este motivo, a participação de um comité de ética, que por sua vez pode considerar determinada documentação como fundamental, é de facto excluída. Por este motivo, é necessário prolongar os prazos indicados no segundo e no terceiro parágrafos.

Alteração  165

Proposta de regulamento

Artigo 49 – n.º 5 – alínea c)

Texto da Comissão

Alteração

c) Após o termo do prazo de 35 dias a contar da data de validação referida no n.º 4, salvo se o Estado-Membro em causa notificar o promotor, dentro desse prazo, da sua recusa com base em motivos de saúde pública, de segurança dos doentes ou de ordem pública.

c) Após o termo do prazo de 60 dias a contar da data de validação referida no n.º 4, salvo se o Estado-Membro em causa notificar o promotor, dentro desse prazo, da sua recusa com base em motivos de saúde pública, de segurança dos doentes ou de ordem pública.

Justificação

A adaptação do prazo é necessária para facilitar uma avaliação eficaz do estudo de desempenho clínico. Em particular, no caso dos estudos de desempenho clínico realizados em vários Estados-Membros, deve restar tempo suficiente para uma avaliação coordenada em conformidade com o artigo 56.º. Uma vez que o projeto de regulamento não fornece qualquer prazo de avaliação específico para estudos multinacionais de desempenho clínico, o prazo geral de avaliação neste regulamento deve ser ajustado de forma adequada.

Alteração  166

Proposta de regulamento

Artigo 49 – n.º 5-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

5-A. Os Estados-Membros devem assegurar a suspensão, cancelamento ou interrupção temporária de um estudo de desempenho clínico caso, perante factos novos, este já não fosse aprovado pela autoridade competente ou já não recebesse o parecer favorável do comité de ética.

Justificação

O artigo 54.º prevê um intercâmbio de informação entre os Estados-Membros caso um dos Estados-Membros solicite a suspensão, cancelamento ou interrupção temporária de uma investigação clínica. Contudo, a proposta de regulamento não regulamenta as circunstâncias em que um Estado-Membro pode tomar essa decisão. Isto verificar-se-á somente caso exista informação nova que possa impedir a aprovação.

Alteração  167

Proposta de regulamento

Artigo 49 – n.ºs 6-A a 6-E (novos)

Texto da Comissão

Alteração

 

6-A. Todas as etapas do estudo de desempenho clínico, desde a primeira consideração da necessidade e justificação do estudo até à publicação dos resultados, devem ser efetuadas em conformidade com princípios éticos reconhecidos, como os estabelecidos na Declaração de Helsínquia da Associação Médica Mundial sobre «Princípios éticos aplicáveis à investigação médica em seres humanos», aprovada pela 18.ª Assembleia Geral da Associação Médica Mundial, em Helsínquia, na Finlândia, em 1964, com a última redação que lhe foi dada pela 59.ª Assembleia Geral da Associação Médica Mundial em Seul, em 2008.

 

6-B. O Estado-Membro em causa só deve conceder autorização para a realização de um estudo de desempenho clínico ao abrigo do presente artigo após análise e aprovação por um comité de ética independente, nos termos da Declaração de Helsínquia da Associação Médica Mundial.

 

6-C. A análise do comité de ética deve abranger, em particular, a justificação médica do estudo, o consentimento dos sujeitos que participam no estudo de desempenho clínico no seguimento do fornecimento de todas as informações acerca do estudo de desempenho clínico, bem como a adequação dos investigadores e das instalações de investigação.

 

O comité de ética deve deliberar de acordo com as leis e os regulamentos dos Estados-Membros em que o estudo for realizado e cumprir todas as normas e padrões internacionais relevantes. Além disso, agirá de forma eficiente, de forma a permitir que o Estado-Membro em causa se conforme com os prazos processuais estabelecidos no presente capítulo.

 

O comité de ética deverá ser constituído por um número adequado de membros, que conjuntamente detenham as qualificações e a experiência relevantes para avaliar os aspetos científicos, médicos e éticos da investigação clínica em análise.

 

Os membros do comité de ética que avaliam o pedido de estudo de desempenho clínico são independentes do promotor, da instituição do centro do estudo de desempenho e dos investigadores envolvidos e estão livres de qualquer outra influência indevida. Os nomes, qualificações e declarações de interesses das pessoas que avaliam o pedido devem ser disponibilizados ao público.

 

6-D. Os Estados-Membros devem tomar as medidas necessárias para criar comités de ética no domínio dos estudos de desempenho clínico quando estes não existam, bem como facilitar o seu trabalho.

 

6-E. A Comissão facilita a cooperação dos comités de ética e a partilha das melhores práticas em questões de ética, incluindo os procedimentos e os princípios da análise ética.

 

A Comissão deve elaborar diretrizes em relação à participação de doentes nos comités de ética, baseando-se nas boas práticas existentes.

Alteração  168

Proposta de regulamento

Artigo 49-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

Artigo 49.º-A

 

Supervisão pelos Estados-Membros

 

1. Os Estados-Membros devem designar inspetores para supervisionar a conformidade com o presente regulamento e devem assegurar que os inspetores têm as qualificações e a formação adequadas.

 

2. As inspeções devem ser realizadas sob a responsabilidade do Estado-Membro em que a inspeção é realizada.

 

3. Quando um Estado-Membro pretende efetuar uma inspeção a um ou vários estudos intervencionais de desempenho clínico realizados em mais de um Estado-Membro, deve notificar da sua intenção os outros Estados-Membros em causa, a Comissão e a EMA, através do portal da União, e informá-los das suas conclusões após a inspeção.

 

4. O CGDM deverá coordenar a cooperação em inspeções entre Estados-Membros e em inspeções realizadas por Estados‑Membros em países terceiros.

 

5. Após uma inspeção, o Estado-Membro sob cuja responsabilidade esta foi realizada deve elaborar um relatório de inspeção. Esse Estado-Membro deve facultar o relatório de inspeção ao promotor do ensaio clínico e deve transmiti-lo, através do portal da União, à base de dados da União. Ao disponibilizar o relatório da inspeção ao promotor, o Estado-Membro em causa deve assegurar a proteção da confidencialidade.

 

6. A Comissão deverá especificar os pormenores para a elaboração dos procedimentos da inspeção por meio de atos de execução em conformidade com o artigo 85.º.

Justificação

Contrariamente à proposta de regulamento da Comissão relativa a ensaios clínicos de medicamentos para uso humano (COM/2012/0369 final), o regulamento proposto não contém quaisquer disposições sobre inspeções. A decisão de monitorizar a realização de investigações clínicas não deve ser deixada ao critério dos Estados-Membros. Isto poderia conduzir à possibilidade de as decisões sobre a monitorização de uma investigação dependerem da existência dos meios orçamentais apropriados. Tal poderia resultar na realização de investigações clínicas preferencialmente em Estados que podem dispensar a monitorização. A formulação concreta da proposta baseia-se nos artigos 75.º e 76.º da proposta de regulamento da Comissão relativa a ensaios clínicos de medicamentos para uso humano (COM/2012/0369 final).

Alteração  169

Proposta de regulamento

Artigo 50 – n.º 1 – alínea g-A) (nova)

Texto da Comissão

Alteração

 

g-A) A metodologia a utilizar, o número de sujeitos envolvidos e o resultado pretendido do estudo.

Alteração  170

Proposta de regulamento

Artigo 51

Texto da Comissão

Alteração

1. A Comissão deve estabelecer e gerir, em colaboração com os Estados-Membros, um sistema eletrónico relativo aos estudos intervencionais de desempenho clínico e outros estudos de desempenho clínico que implicam riscos para os sujeitos que neles participam, destinado a criar o número único de identificação desses estudos referido no artigo 49.º, n.º 1, e a coligir e tratar as seguintes informações:

1. A Comissão deve estabelecer e gerir, em colaboração com os Estados-Membros, um sistema eletrónico relativo aos estudos intervencionais de desempenho clínico e outros estudos de desempenho clínico que implicam riscos para os sujeitos que neles participam, destinado a criar o número único de identificação desses estudos referido no artigo 49.º, n.º 1, e a coligir e tratar as seguintes informações:

(a) Registo dos estudos de desempenho clínico em conformidade com o artigo 50.º;

(a) Registo dos estudos de desempenho clínico em conformidade com o artigo 50.º;

(b) Intercâmbio de informações entre os Estados-Membros e entre estes e a Comissão em conformidade com o artigo 54.º;

(b) Intercâmbio de informações entre os Estados-Membros e entre estes e a Comissão em conformidade com o artigo 54.º;

(c) Informações relacionadas com estudos de desempenho clínico realizados em mais de um Estado-Membro, caso seja apresentado um pedido único em conformidade com o artigo 56.º;

(c) Informações relacionadas com estudos de desempenho clínico realizados em mais de um Estado-Membro, caso seja apresentado um pedido único em conformidade com o artigo 56.º;

(d) Notificações de acontecimentos adversos graves e de defeitos dos dispositivos referidas no artigo 57.º, n.º 2, caso seja apresentado um pedido único em conformidade com o artigo 56.º.

(d) Notificações de acontecimentos adversos graves e de defeitos dos dispositivos referidas no artigo 57.º, n.º 2, caso seja apresentado um pedido único em conformidade com o artigo 56.º.

 

(d-A) Relatório do estudo de desempenho clínico e o resumo apresentado pelo promotor em conformidade com o artigo 55.º, n.º 3.

2. Ao estabelecer o sistema eletrónico referido no n.º 1, a Comissão deve assegurar a sua interoperabilidade com a base de dados da UE para os ensaios clínicos de medicamentos para uso humano criada em conformidade com o artigo […] do Regulamento (UE) n.º [referência do futuro regulamento relativo aos ensaios clínicos]. À exceção das informações referidas no artigo 50.º, as informações coligidas e tratadas no sistema eletrónico devem estar acessíveis unicamente aos Estados-Membros e à Comissão.

2. Ao estabelecer o sistema eletrónico referido no n.º 1, a Comissão deve assegurar a sua interoperabilidade com a base de dados da UE para os ensaios clínicos de medicamentos para uso humano criada em conformidade com o artigo […] do Regulamento (UE) n.º [referência do futuro regulamento relativo aos ensaios clínicos]. À exceção das informações referidas no artigo 50.º e no artigo 51.º, alíneas d) e d‑A), as informações coligidas e tratadas no sistema eletrónico devem estar acessíveis unicamente aos Estados-Membros e à Comissão. A Comissão também deve garantir que os profissionais de saúde tenham acesso ao sistema eletrónico.

 

As informações referidas no artigo 51.º, alíneas d) e d-A), devem estar acessíveis ao público em conformidade com o artigo 50.º, n.ºs 3 e 4.

 

2-A. Mediante um pedido fundamentado, todas as informações acerca de um dispositivo médico para diagnóstico in vitro específico disponíveis no sistema eletrónico devem ser disponibilizadas à parte que as solicita, salvo quando a confidencialidade de todas ou de parte das informações for justificada com base no disposto no artigo 50.º, n.º 3.

3. A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados em conformidade com o artigo 85.º a fim de determinar que outras informações relativas a estudos de desempenho clínico coligidas e tratadas no sistema eletrónico devem estar acessíveis publicamente a fim de permitir a interoperabilidade com a base de dados da UE para ensaios clínicos de medicamentos para uso humano criada pelo Regulamento (UE) n.º [referência do futuro regulamento relativo aos ensaios clínicos]. É aplicável o disposto no artigo 50.º, n.ºs 3 e 4.

3. A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados em conformidade com o artigo 85.º a fim de determinar que outras informações relativas a estudos de desempenho clínico coligidas e tratadas no sistema eletrónico devem estar acessíveis publicamente a fim de permitir a interoperabilidade com a base de dados da UE para ensaios clínicos de medicamentos para uso humano criada pelo Regulamento (UE) n.º [referência do futuro regulamento relativo aos ensaios clínicos]. É aplicável o disposto no artigo 50.º, n.ºs 3 e 4.

Alteração  171

Proposta de regulamento

Artigo 54 – n.º 1

Texto da Comissão

Alteração

1. Sempre que um Estado-Membro tenha recusado, suspenso ou posto termo a um estudo de desempenho clínico, tenha solicitado uma alteração substancial ou interrupção temporária de um estudo de desempenho clínico, ou tenha sido notificado pelo promotor da conclusão antecipada de um estudo de desempenho clínico por razões de segurança, esse Estado-Membro deve comunicar a sua decisão e os respetivos motivos a todos os Estados-Membros e à Comissão através do sistema eletrónico referido no artigo 51.º

1. Sempre que um Estado-Membro tenha recusado, suspenso ou posto termo a um estudo de desempenho clínico, tenha solicitado uma alteração substancial ou interrupção temporária de um estudo de desempenho clínico, ou tenha sido notificado pelo promotor da conclusão antecipada de um estudo de desempenho clínico por razões de segurança ou de eficácia, esse Estado-Membro deve comunicar esses factos e a sua decisão e os motivos na base dessa decisão a todos os Estados-Membros e à Comissão através do sistema eletrónico referido no artigo 51.º.

Alteração  172

Proposta de regulamento

Artigo 55 – n.º 1

Texto da Comissão

Alteração

1. Se o promotor tiver interrompido temporariamente um estudo de desempenho clínico por razões de segurança, deve informar os Estados-Membros em causa no prazo de 15 dias a contar da interrupção temporária.

1. Se o promotor tiver interrompido temporariamente um estudo de desempenho clínico por razões de segurança ou de eficácia, deve informar os Estados-Membros em causa no prazo de 15 dias a contar da interrupção temporária.

Alteração  173

Proposta de regulamento

Artigo 55 – n.º 2 – parágrafo 1

Texto da Comissão

Alteração

O promotor deve notificar cada Estado‑Membro em causa da conclusão de um estudo de desempenho clínico no que se refere a esse Estado-Membro, com a devida justificação em caso de conclusão antecipada. Essa notificação deve ser feita no prazo de 15 dias a contar da conclusão do estudo de desempenho clínico no que se refere a esse Estado-Membro.

O promotor deve notificar cada Estado‑Membro em causa da conclusão de um estudo de desempenho clínico no que se refere a esse Estado-Membro, com a devida justificação em caso de conclusão antecipada, de modo a que todos os Estados-Membros possam informar os promotores que realizam estudos de desempenho clínico semelhantes ao mesmo tempo dentro da União dos resultados desse estudo de desempenho clínico. Essa notificação deve ser feita no prazo de 15 dias a contar da conclusão do estudo de desempenho clínico no que se refere a esse Estado‑Membro.

Alteração  174

Proposta de regulamento

Artigo 55 – n.º 2 – parágrafo 2

Texto da Comissão

Alteração

Se o estudo for efetuado em mais de um Estado-Membro, o promotor deve notificar todos os Estados-Membros em causa da conclusão total do estudo de desempenho clínico. Essa notificação deve ser feita no prazo de 15 dias a contar da conclusão total do estudo de desempenho clínico.

Se o estudo for efetuado em mais de um Estado-Membro, o promotor deve notificar todos os Estados-Membros em causa da conclusão total do estudo de desempenho clínico. Devem igualmente ser apresentadas informações sobre as razões para a conclusão antecipada do estudo de desempenho clínico a todos os Estados-Membros, de modo a que todos os Estados-Membros possam informar os promotores que realizam estudos de desempenho clínico semelhantes ao mesmo tempo na União dos resultados desse estudo de desempenho clínico. Essa notificação deve ser feita no prazo de 15 dias a contar da conclusão total do estudo de desempenho clínico.

Alteração  175

Proposta de regulamento

Artigo 55 – n.ºs 3 e 3-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

3. No prazo de um ano a contar da conclusão do estudo de desempenho clínico, o promotor deve apresentar aos Estados-Membros em causa um resumo dos resultados do estudo sob a forma de um relatório do estudo de desempenho clínico, como referido no anexo XII, parte A, secção 2.3.3. Quando, por motivos científicos, não for possível apresentar o relatório do estudo de desempenho clínico no prazo de um ano, esse relatório deve ser apresentado assim que estiver disponível. Nesse caso, o protocolo do estudo de desempenho clínico referido no anexo XII, parte A, secção 2.3.2, deve especificar em que momento os resultados do estudo serão apresentados, juntamente com uma explicação.

3. Independentemente do resultado do estudo de desempenho clínico, no prazo de um ano a contar da conclusão do estudo de desempenho clínico ou da sua conclusão antecipada, o promotor deve apresentar aos Estados-Membros em causa um resumo dos resultados do estudo sob a forma de um relatório do estudo de desempenho clínico, como referido no anexo XII, parte A, secção 2.3.3. Será acompanhado por um resumo elaborado em termos facilmente compreensíveis para um leigo. Tanto o relatório como o resumo serão apresentados pelo promotor por via do sistema eletrónico referido no artigo 51.º.

 

Quando, por motivos científicos justificados, não for possível apresentar o relatório do estudo de desempenho clínico no prazo de um ano, esse relatório deve ser apresentado assim que estiver disponível. Nesse caso, o protocolo do estudo de desempenho clínico referido no anexo XII, parte A, secção 2.3.2, deve especificar em que momento os resultados do estudo serão apresentados, juntamente com uma justificação.

 

3-A. A Comissão tem poderes para adotar atos delegados, em conformidade com o artigo 85.º, com vista a definir o conteúdo e a estrutura do resumo realizado por um leigo.

 

A Comissão tem poderes para adotar atos delegados, em conformidade com o artigo 85.º, com vista a determinar as regras de transmissão do relatório de estudo de desempenho clínico.

 

Para os casos em que o promotor decida partilhar dados não tratados numa base voluntária, a Comissão deve elaborar diretrizes sobre a formatação e a partilha desses dados.

Alteração  176

Proposta de regulamento

Artigo 56 – n.º 2

Texto da Comissão

Alteração

2. No pedido único, o promotor deve propor um dos Estados-Membros em causa como Estado-Membro coordenador. Se esse Estado-Membro não quiser desempenhar essa função, deve, no prazo de seis dias a contar da apresentação do pedido único, chegar a acordo com outro Estado-Membro em causa para que seja este o Estado-Membro coordenador. Se nenhum outro Estado-Membro aceitar ser Estado-Membro coordenador, o Estado‑Membro coordenador será o Estado-Membro que tiver sido proposto pelo promotor. Se a função de Estado‑Membro coordenador for assumida por um Estado-Membro diferente do proposto pelo promotor, o prazo referido no artigo 49.º, n.º 2, começa a contar no dia seguinte ao da aceitação.

2. Os Estados-Membros em causa devem acordar, no prazo de seis dias a contar da apresentação do pedido único, que Estado‑Membro será o Estado-Membro coordenador. Os Estados-Membros e a Comissão devem chegar a acordo, no âmbito das atribuições do Grupo de Coordenação dos Dispositivos Médicos, relativamente a regras claras para a nomeação do Estado-Membro coordenador.

Justificação

A solução proposta pelo texto da Comissão permite que os promotores escolham as autoridades competentes que aplicam normas menos exigentes, as que possuem menos recursos ou estão sobrecarregadas com um elevado número de pedidos, o que agrava a aprovação tácita proposta de investigações clínicas. O GCDM já proposto pode criar um quadro para decidir o Estado-Membro coordenador, em consonância com as suas tarefas descritas no artigo 80.º.

Alteração  177

Proposta de regulamento

Artigo 56 – n.º 5

Texto da Comissão

Alteração

5. Para efeitos do disposto no artigo 55.º, n.º 3, o promotor deve apresentar o relatório do estudo de desempenho clínico aos Estados-Membros em causa através do sistema eletrónico referido no artigo 51.º

Suprimido

Alteração  178

Proposta de regulamento

Artigo 57 – n.º 2 – parágrafo 1 – alínea a)

Texto da Comissão

Alteração

a) Um acontecimento adverso grave que tenha uma relação causal com o dispositivo para avaliação do desempenho, o comparador ou o procedimento do estudo ou em que tal relação causal seja razoavelmente possível;

a) Qualquer acontecimento adverso que tenha uma relação causal com o dispositivo para avaliação do desempenho, o comparador ou o procedimento do estudo ou em que tal relação causal seja razoavelmente possível;

Alteração  179

Proposta de regulamento

Capítulo VII – título

Texto da Comissão

Alteração

Capítulo VII

Capítulo VIII

Vigilância e fiscalização do mercado

Vigilância e fiscalização do mercado

Alteração  180

Proposta de regulamento

Artigo 59

Texto da Comissão

Alteração

1. Os fabricantes de dispositivos, à exceção de dispositivos para avaliação do desempenho, devem notificar através do sistema eletrónico referido no artigo 60.º o seguinte:

1. Os fabricantes de dispositivos, à exceção de dispositivos para avaliação do desempenho, devem notificar através do sistema eletrónico referido no artigo 60.º o seguinte:

a) Qualquer incidente grave relativo a dispositivos disponibilizados no mercado da União;

a) Qualquer incidente, incluindo a data e local da ocorrência, com indicação da sua gravidade na aceção do artigo 2.º, relativo a dispositivos disponibilizados no mercado da União; quando disponíveis, o fabricante deve incluir informações acerca do doente ou utilizador e do profissional de saúde envolvido no incidente;

b) Qualquer ação corretiva de segurança relativa a dispositivos disponibilizados no mercado da União, incluindo qualquer ação corretiva de segurança realizada num país terceiro em relação a um dispositivo que também é disponibilizado legalmente no mercado da União, se o motivo que está na base da ação corretiva de segurança não se limitar ao dispositivo disponibilizado no país terceiro.

b) Qualquer ação corretiva de segurança relativa a dispositivos disponibilizados no mercado da União, incluindo qualquer ação corretiva de segurança realizada num país terceiro em relação a um dispositivo que também é disponibilizado legalmente no mercado da União, se o motivo que está na base da ação corretiva de segurança não se limitar ao dispositivo disponibilizado no país terceiro.

Os fabricantes devem proceder à notificação referida no primeiro parágrafo sem demora, e o mais tardar no prazo de 15 dias depois de terem tomado conhecimento do acontecimento e da relação causal com o seu dispositivo, ou da possibilidade razoável de existência dessa relação causal. O prazo da notificação deve ter em conta a gravidade do incidente. Quando seja necessário para assegurar uma notificação atempada, o fabricante pode apresentar um relatório inicial incompleto, seguido de um relatório completo.

Os fabricantes devem proceder à notificação referida no primeiro parágrafo sem demora, e o mais tardar no prazo de 15 dias depois de terem tomado conhecimento do acontecimento e da relação causal com o seu dispositivo, ou da possibilidade razoável de existência dessa relação causal. O prazo da notificação deve ter em conta a gravidade do incidente. Quando seja necessário para assegurar uma notificação atempada, o fabricante pode apresentar um relatório inicial incompleto, seguido de um relatório completo.

2. No caso de incidentes graves semelhantes que ocorram com o mesmo dispositivo ou tipo de dispositivos e cujas causas de raiz tenham sido identificadas ou em relação aos quais tenham sido aplicadas ações corretivas de segurança, os fabricantes podem fornecer relatórios sumários periódicos em vez de relatórios individuais dos incidentes, na condição de as autoridades competentes referidas no artigo 60.º, n.º 5, alíneas a), b) e c), terem chegado a acordo com o fabricante quanto ao formato, conteúdo e frequência do relatório sumário periódico.

2. No caso de incidentes semelhantes que ocorram com o mesmo dispositivo ou tipo de dispositivos e cujas causas de raiz tenham sido identificadas ou em relação aos quais tenham sido aplicadas ações corretivas de segurança, os fabricantes podem fornecer relatórios sumários periódicos em vez de relatórios individuais dos incidentes, na condição de as autoridades competentes referidas no artigo 60.º, n.º 5, alíneas a), b) e c), terem chegado a acordo com o fabricante quanto ao formato, conteúdo e frequência do relatório sumário periódico.

3. Os Estados-Membros devem tomar todas as medidas adequadas para incentivar os profissionais de saúde, os utilizadores e os doentes a notificar às autoridades competentes os casos de suspeita de incidentes graves referidos na alínea a) do n.º 1.

3. Os Estados­Membros devem tomar todas as medidas adequadas, incluindo campanhas de informação orientadas, para dar meios e incentivar os profissionais de saúde, incluindo os médicos e farmacêuticos, os utilizadores e os doentes a notificar às autoridades competentes os casos de suspeita de incidentes graves referidos na alínea a) do n.º 1. Devem comunicar essas medidas à Comissão.

Os Estados-Membros devem registar essas notificações centralmente a nível nacional. Sempre que uma autoridade competente de um Estado-Membro receba notificações dessa natureza, deve tomar as medidas necessárias para assegurar que o fabricante do dispositivo em causa é informado do incidente. O fabricante deve assegurar o acompanhamento adequado.

As autoridades competentes dos Estados­Membros devem registar essas notificações centralmente a nível nacional. Sempre que uma autoridade competente de um Estado-Membro receba notificações dessa natureza, deve informar sem demora o fabricante do dispositivo em causa. O fabricante deve assegurar o acompanhamento adequado.

 

A autoridade competente de um Estado‑Membro deve notificar os relatórios referidos no primeiro parágrafo no sistema eletrónico referido no artigo 60.º sem demora, salvo se o mesmo incidente já tiver sido notificado pelo fabricante.

Os Estados-Membros devem coordenar entre si o desenvolvimento de formulários estruturados normalizados, baseados na Internet, para a notificação de incidentes graves pelos profissionais de saúde, utilizadores e doentes.

A Comissão, em cooperação com os Estados-Membros e em consulta com os parceiros relevantes, devem desenvolver formulários normalizados para a notificação eletrónica e não eletrónica de incidentes pelos profissionais de saúde, utilizadores e doentes.

4. As instituições de saúde que fabricam e utilizam dispositivos referidos no artigo 4.º, n.º 4, devem notificar quaisquer incidentes graves e ações corretivas de segurança referidos no n.º 1 à autoridade competente do Estado-Membro em que a instituição está situada.

4. As instituições de saúde que fabricam e utilizam dispositivos referidos no artigo 4.º, n.º 4, devem notificar imediatamente quaisquer incidentes e ações corretivas de segurança referidos no n.º 1 à autoridade competente do Estado-Membro em que a instituição está situada.

Alteração  181

Proposta de regulamento

Artigo 60

Texto da Comissão

Alteração

1. A Comissão deve estabelecer e gerir, em colaboração com os Estados-Membros, um sistema eletrónico destinado a coligir e tratar as seguintes informações:

1. A Comissão deve estabelecer e gerir, em colaboração com os Estados-Membros, um sistema eletrónico destinado a coligir e tratar as seguintes informações:

a) As notificações, pelos fabricantes, de incidentes graves e ações corretivas de segurança referidas no artigo 59.º, n.º 1;

a) As notificações, pelos fabricantes, de incidentes e ações corretivas de segurança referidas no artigo 59.º, n.º 1;

b) Os relatórios sumários periódicos a apresentar pelos fabricantes, referidos no artigo 59.º, n.º 2;

b) Os relatórios sumários periódicos a apresentar pelos fabricantes, referidos no artigo 59.º, n.º 2;

c) As notificações de incidentes graves pelas autoridades competentes referidas no artigo 61.º, n.º 1, segundo parágrafo;

(c) As notificações de incidentes pelas autoridades competentes referidas no artigo 61.º, n.º 1, segundo parágrafo;

d) Os relatórios de tendências a apresentar pelos fabricantes referidos no artigo 62.º;

d) Os relatórios de tendências a apresentar pelos fabricantes referidos no artigo 62.º;

e) Os avisos de segurança emitidos pelos fabricantes referidos no artigo 61.º, n.º 4;

e) Os avisos de segurança emitidos pelos fabricantes referidos no artigo 61.º, n.º 4;

f) As informações objeto de intercâmbio entre as autoridades competentes dos Estados-Membros e entre essas autoridades e a Comissão em conformidade com o artigo 61.º, n.ºs 3 e 6.

f) As informações objeto de intercâmbio entre as autoridades competentes dos Estados-Membros e entre essas autoridades e a Comissão em conformidade com o artigo 61.º, n.ºs 3 e 6;

 

f-A) A notificação, pelas autoridades competentes, de incidentes graves e as ações corretivas de segurança no terreno tomadas dentro das instituições de saúde que envolvam dispositivos tal como referidos no artigo 4.º, n.º 4.

2. As informações coligidas e tratadas no sistema eletrónico devem estar acessíveis às autoridades competentes dos Estados‑Membros, à Comissão e aos organismos notificados.

2. As informações coligidas e tratadas no sistema eletrónico devem estar acessíveis às autoridades competentes dos Estados‑Membros, à Comissão, aos organismos notificados, a profissionais de saúde e ao fabricante, caso se refiram ao seu próprio produto.

3. A Comissão deve assegurar que os profissionais de saúde e o público dispõem de acesso ao sistema eletrónico aos níveis adequados.

3. A Comissão deve assegurar que o público dispõe de acesso ao sistema eletrónico ao nível adequado. Em caso de pedido de informações acerca de um dispositivo médico para diagnóstico in vitro específico, estas são disponibilizadas sem demora e no prazo máximo de 15 dias.

4. Com base em acordos entre a Comissão e autoridades competentes de países terceiros ou organizações internacionais, a Comissão pode facultar o acesso à base de dados a essas autoridades ou organizações internacionais, ao nível adequado. Esses acordos devem basear-se no princípio da reciprocidade e incluir medidas de confidencialidade e proteção de dados equivalentes às aplicáveis na União.

4. Com base em acordos entre a Comissão e autoridades competentes de países terceiros ou organizações internacionais, a Comissão pode facultar o acesso à base de dados a essas autoridades ou organizações internacionais, ao nível adequado. Esses acordos devem basear-se no princípio da reciprocidade e incluir medidas de confidencialidade e proteção de dados equivalentes às aplicáveis na União.

5. As notificações de incidentes graves e ações corretivas de segurança referidas no artigo 59.º, n.º 1, alíneas a) e b), os relatórios sumários periódicos referidos no artigo 59.º, n.º 2, as notificações de incidentes graves referidas no artigo 61.º, n.º 1, segundo parágrafo, e os relatórios de tendências referidos no artigo 62.º devem ser transmitidos automaticamente, após receção, através do sistema eletrónico às autoridades competentes dos seguintes Estados-Membros:

5. As notificações de incidentes e ações corretivas de segurança referidas no artigo 59.º, n.º 1, alíneas a) e b), os relatórios sumários periódicos referidos no artigo 59.º, n.º 2, as notificações de incidentes graves referidas no artigo 61.º, n.º 1, segundo parágrafo, e os relatórios de tendências referidos no artigo 62.º devem ser transmitidos automaticamente, após receção, através do sistema eletrónico às autoridades competentes dos seguintes Estados-Membros:

a) O Estado-Membro onde ocorreu o incidente;

a) O Estado-Membro onde ocorreu o incidente;

b) O Estado-Membro onde está a ser ou vai ser aplicada a ação corretiva de segurança;

b) O Estado-Membro onde está a ser ou vai ser aplicada a ação corretiva de segurança;

c) O Estado-Membro onde o fabricante tem a sua sede social;

c) O Estado-Membro onde o fabricante tem a sua sede social;

d) Se aplicável, o Estado-Membro onde está estabelecido o organismo notificado que emitiu um certificado em conformidade com o artigo 43.º para o dispositivo em causa.

d) Se aplicável, o Estado-Membro onde está estabelecido o organismo notificado que emitiu um certificado em conformidade com o artigo 43.º para o dispositivo em causa.

 

5-A. As notificações e informações referidas no artigo 60.º, n.º 5, também devem ser transmitidas automaticamente para o dispositivo em questão, através do sistema eletrónico, ao organismo notificado que emitiu o certificado em conformidade com o artigo 43.º.

Alteração  182

Proposta de regulamento

Artigo 61 – n.º 1 – parágrafo 1

Texto da Comissão

Alteração

1. Os Estados-Membros devem tomar as medidas necessárias para assegurar que todas as informações relativas a um incidente grave ocorrido no seu território ou a uma ação corretiva de segurança realizada ou prevista no seu território, que cheguem ao seu conhecimento em conformidade com o artigo 59.º, são avaliadas de modo centralizado, a nível nacional, pela respetiva autoridade competente, se possível juntamente com o fabricante.

1. Os Estados-Membros devem tomar as medidas necessárias para assegurar que todas as informações relativas a um incidente grave ocorrido no seu território ou a uma ação corretiva de segurança realizada ou prevista no seu território, que cheguem ao seu conhecimento em conformidade com o artigo 59.º, são avaliadas de modo centralizado, a nível nacional, pela respetiva autoridade competente, se possível juntamente com o fabricante. A autoridade competente deve ter em conta as opiniões das partes interessadas pertinentes, nomeadamente organizações de doentes e de profissionais de saúde, bem como de associações de fabricantes.

Alteração  183

Proposta de regulamento

Artigo 61 – n.º 1 – parágrafo 2

Texto da Comissão

Alteração

No caso de notificações recebidas em conformidade com o artigo 59.º, n.º 3, se a autoridade competente verificar que as notificações se referem a um incidente grave, deve comunicá-las sem demora através do sistema eletrónico referido no artigo 60.º, salvo se o fabricante já tiver comunicado o mesmo incidente.

Suprimido

Alteração  184

Proposta de regulamento

Artigo 61 – n.º 2

Texto da Comissão

Alteração

2. As autoridades nacionais competentes devem efetuar uma avaliação do risco no que diz respeito aos incidentes graves ou ações corretivas de segurança comunicados, com base em critérios como a causalidade, a detetabilidade e a probabilidade de recorrência do problema, a frequência de utilização do dispositivo, a probabilidade de ocorrência de danos e a gravidade dos danos, os benefícios clínicos do dispositivo, os utilizadores previstos ou potenciais e a população afetada. Devem igualmente avaliar a adequação da ação corretiva de segurança prevista ou realizada pelo fabricante e a eventual necessidade e natureza de qualquer outra ação corretiva. Devem ainda monitorizar a investigação do incidente pelo fabricante.

2. As autoridades nacionais competentes devem efetuar uma avaliação do risco no que diz respeito aos incidentes graves ou ações corretivas de segurança comunicados, com base em critérios como a causalidade, a detetabilidade e a probabilidade de recorrência do problema, a frequência de utilização do dispositivo, a probabilidade de ocorrência de danos e a gravidade dos danos, os benefícios clínicos do dispositivo, os utilizadores previstos ou potenciais e a população afetada. Devem igualmente avaliar a adequação da ação corretiva de segurança prevista ou realizada pelo fabricante e a eventual necessidade e natureza de qualquer outra ação corretiva. Devem ainda monitorizar a investigação do incidente grave pelo fabricante.

Justificação

Para evitar falsas perceções, «incidente» deve ser referido como «incidentes graves» ao longo do artigo 61.º em «Análise de incidentes graves e de ações corretivas de segurança»

Alteração  185

Proposta de regulamento

Artigo 65 – n.ºs 1, 1-A a 1-E (novos) e n.º 2

Texto da Comissão

Alteração

1. As autoridades competentes devem realizar inspeções adequadas das características e do desempenho dos produtos, incluindo, se for o caso, o exame da documentação e inspeções físicas e laboratoriais com base em amostras adequadas. Ao fazê-lo, devem ter em conta os princípios estabelecidos de avaliação e gestão dos riscos, os dados de vigilância e as reclamações. As autoridades competentes podem exigir aos operadores económicos a apresentação de documentação e informação necessárias para o exercício das suas funções e, sempre que necessário e justificado, o acesso às instalações dos operadores económicos em causa e recolha das amostras de dispositivos que sejam necessárias. Caso considerem necessário, podem destruir ou inutilizar por outro meio os dispositivos que apresentem um risco grave.

1. As autoridades competentes devem realizar inspeções adequadas das características e do desempenho dos produtos, incluindo, se for o caso, o exame da documentação e inspeções físicas e laboratoriais com base em amostras adequadas. Ao fazê-lo, devem ter em conta os princípios estabelecidos de avaliação e gestão dos riscos, os dados de vigilância e as reclamações. As autoridades competentes podem exigir aos operadores económicos a apresentação de documentação e informação necessárias para o exercício das suas funções e o acesso e inspeção das instalações dos operadores económicos em causa e recolha das amostras de dispositivos que sejam necessárias para análise num laboratório oficial. Caso considerem necessário, podem destruir ou inutilizar por outro meio os dispositivos que apresentem um risco.

 

1-A. As autoridades competentes devem designar inspetores, que devem estar habilitados a realizar as inspeções referidas no n.º 1. As inspeções devem ser realizadas pelos inspetores do Estado‑Membro em que o operador económico se encontra. Esses inspetores podem ser assistidos por peritos nomeados pelas autoridades competentes.

 

1-B. Podem igualmente ser efetuadas inspeções sem aviso prévio. A organização e a realização de tais inspeções devem sempre respeitar o princípio de proporcionalidade, especialmente tendo em conta o perigo potencial de um produto específico.

 

1-C. Após cada uma das inspeções referidas no n.º 1, a autoridade competente deve apresentar um relatório sobre o cumprimento, por parte do operador económico inspecionado, dos requisitos legais e técnicos aplicáveis em conformidade com o presente regulamento, e sobre as eventuais medidas corretivas necessárias.

 

1-D. A autoridade competente que realizou a inspeção deve comunicar o conteúdo desse relatório ao operador económico. Antes de adotar o relatório, a autoridade competente deve dar ao operador económico inspecionado a oportunidade de apresentar observações. O relatório de inspeção definitivo mencionado no n.º 1-B é introduzido no sistema eletrónico previsto no artigo 66.º

 

1-E. Sem prejuízo de quaisquer acordos internacionais celebrados entre a União e os países terceiros, as inspeções referidas no n.º 1 também podem ocorrer nas instalações de um operador económico localizado num país terceiro, se o dispositivo se destinar a ser disponibilizado no mercado da União.

2. Os Estados-Membros devem examinar e avaliar periodicamente a realização das suas atividades de fiscalização. Estes exames e avaliações devem ser efetuados pelo menos quadrienalmente, e os seus resultados devem ser transmitidos aos demais Estados-Membros e à Comissão. O Estado-Membro em causa deve tornar público um resumo dos resultados.

2. Os Estados-Membros devem elaborar planos estratégicos de vigilância para as suas atividades de vigilância planeadas, bem como prever os recursos humanos e materiais necessários à execução dessas atividades. Os Estados-Membros devem examinar e avaliar periodicamente a realização dos seus planos de fiscalização. Estes exames e avaliações devem ser efetuados pelo menos de dois em dois anos, e os seus resultados devem ser transmitidos aos demais Estados-Membros e à Comissão. A Comissão pode emitir recomendações de adaptações dos planos de vigilância. Os Estados-Membros devem tornar público um resumo dos resultados, bem como as recomendações da Comissão.

Alteração  186

Proposta de regulamento

Artigo 66 – n.º 2

Texto da Comissão

Alteração

2. As informações mencionadas no n.º 1 devem ser transmitidas imediatamente através do sistema eletrónico a todas as autoridades competentes em causa e estar acessíveis aos Estados-Membros e à Comissão.

2. As informações mencionadas no n.º 1 devem ser transmitidas imediatamente através do sistema eletrónico a todas as autoridades competentes em causa e estar acessíveis aos Estados-Membros, à Comissão, à Agência e aos profissionais de saúde. A Comissão também deve assegurar que o público dispõe de acesso ao sistema eletrónico ao nível adequado. Em particular, deve assegurar que, em caso de pedido de informações acerca de um dispositivo médico para diagnóstico in vitro específico, estas são disponibilizadas sem demora e no prazo de 15 dias. Em consulta com o Grupo de Coordenação dos Dispositivos Médicos, a Comissão deve, de 6 em 6 meses, disponibilizar uma síntese destas informações ao público e aos profissionais de saúde. Estas informações devem estar acessíveis através do Banco de Dados Europeu referido no artigo 25.º.

Justificação

Os profissionais de saúde e o público irão beneficiar de uma análise das informações sobre a vigilância e fiscalização do mercado. Na medida em que estas informações necessitarão de um tratamento cuidadoso, o GCDM é o fórum adequado para as fornecer ao Banco de Dados Europeu.

Alteração  187

Proposta de regulamento

Capítulo VIII – título

Texto da Comissão

Alteração

Capítulo VIII

Capítulo IX

Cooperação entre Estados-Membros, Grupo de Coordenação dos Dispositivos Médicos, laboratórios de referência da UE, registos de dispositivos

Cooperação entre Estados­Membros, Grupo de Coordenação dos Dispositivos Médicos, Comité Consultivo dos Dispositivos Médicos, laboratórios de referência da UE, registos de dispositivos

Alteração  188

Proposta de regulamento

Artigo 76-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

Comité Consultivo dos Dispositivos Médicos

 

O Comité Consultivo dos Dispositivos Médicos (CCDM) instituído de acordo com as condições e modalidades definidas no artigo 78.º-A do Regulamento (UE) n.º+ deve levar a cabo, com o apoio da Comissão, as atribuições que lhe são cometidas pelo presente regulamento.

 

_____________

 

+JO: data e referência a inserir

Alteração  189

Proposta de regulamento

Artigo 76-B (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

Artigo 76.º-B

 

Comité de Avaliação dos Dispositivos Médicos

 

O Comité de Avaliação dos Dispositivos Médicos (CADM) instituído de acordo com as condições e modalidades definidas no artigo 78.º-B do Regulamento (UE) n.º+ deve levar a cabo, com o apoio da Comissão, as atribuições que lhe são cometidas pelo presente regulamento.

 

______________

 

+JO: data e referência a inserir

Alteração  190

Proposta de regulamento

Artigo 77

Texto da Comissão

Alteração

O GCDM desempenhará as seguintes tarefas:

O GCDM desempenhará as seguintes tarefas:

a) Contribuir para a avaliação dos organismos de avaliação da conformidade e dos organismos notificados requerentes, nos termos do disposto no capítulo IV;

a) Contribuir para a avaliação dos organismos de avaliação da conformidade e dos organismos notificados requerentes, nos termos do disposto no capítulo IV;

 

a-A) Estabelecer e documentar princípios de alto nível de competência e qualificação e procedimentos de seleção e autorização de pessoas envolvidas em atividades de avaliação da conformidade (conhecimentos, experiência e outras qualificações exigidas), bem como a formação exigida (inicial e contínua). Os critérios de qualificação devem abordar as várias funções no âmbito do processo de avaliação da conformidade, bem como os dispositivos, tecnologias e domínios abrangidos pelo âmbito da designação.

 

a-B) Analisar e aprovar os critérios das autoridades competentes dos Estados-Membros, nos termos da alínea a-A);

 

a-C) Supervisionar o grupo de coordenação de organismos notificados, tal como especificado no artigo 37.º;

 

a-D) Apoiar a Comissão no fornecimento de uma síntese dos dados em matéria de vigilância e das atividades de fiscalização do mercado, incluindo eventuais medidas preventivas de proteção da saúde tomadas, numa base semestral. Estas informações devem estar acessíveis através do Banco de Dados Europeu referido no artigo 25.º.

b) Contribuir para a verificação de determinadas avaliações da conformidade nos termos do artigo 42.º;

 

c) Contribuir para o desenvolvimento de orientações destinadas a assegurar a execução eficaz e harmonizada do presente regulamento, em especial no que diz respeito à designação e monitorização de organismos notificados, à aplicação dos requisitos gerais de segurança e desempenho e à realização da avaliação clínica pelos fabricantes e da avaliação pelos organismos notificados;

c) Contribuir para o desenvolvimento de orientações destinadas a assegurar a execução eficaz e harmonizada do presente regulamento, em especial no que diz respeito à designação e monitorização de organismos notificados, à aplicação dos requisitos gerais de segurança e desempenho e à realização da avaliação clínica pelos fabricantes e da avaliação pelos organismos notificados;

d) Coadjuvar as autoridades competentes dos Estados-Membros no âmbito das respetivas atividades de coordenação no domínio dos estudos de desempenho clínico, da vigilância e da fiscalização do mercado;

d) Coadjuvar as autoridades competentes dos Estados-Membros no âmbito das respetivas atividades de coordenação no domínio dos estudos de desempenho clínico, da vigilância e da fiscalização do mercado;

e) Prestar aconselhamento e coadjuvar a Comissão, a seu pedido, no âmbito da avaliação de quaisquer questões relacionadas com a execução do presente regulamento;

e) Prestar aconselhamento e coadjuvar a Comissão, a seu pedido, no âmbito da avaliação de quaisquer questões relacionadas com a execução do presente regulamento;

f) Contribuir para a existência de práticas administrativas harmonizadas no que respeita aos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro nos Estados-Membros.

f) Contribuir para a existência de práticas administrativas harmonizadas no que respeita aos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro nos Estados-Membros.

Alteração  191

Proposta de regulamento

Artigo 78 – n.º 2 – alínea b)

Texto da Comissão

Alteração

b) Efetuar ensaios adequados em amostras de dispositivos ou lotes de dispositivos fabricados classificados na classe D, como previsto no anexo VIII, secção 5.7, e no anexo X, secção 5.1;

b) Efetuar ensaios laboratoriais adequados em amostras de dispositivos fabricados classificados na classe D, mediante pedido das autoridades competentes em amostras colhidas durante atividades de fiscalização do mercado nos termos do artigo 65.º e dos organismos notificados em amostras colhidas durante inspeções sem aviso prévio nos termos do anexo VIII, secção 4.4;

Justificação

Esclarecimento de que têm de ser ensaios laboratoriais e não apenas um «ensaio documental». Os ensaios por lotes em amostras escolhidas pelo fabricante não têm, de acordo com a avaliação de impacto, valor prático na garantia da segurança do doente. O controlo através do ensaio efetivo de amostras no mercado, fora das instalações do fabricante, seria rentável e não exigiria recursos adicionais. Esta passagem do controlo por lotes para o controlo pós-comercialização não anunciado permitirá melhor detetar produtos fraudulentos, contrafeitos e defeituosos, assim como assegurar um sistema rentável de controlo.

Alteração  192

Proposta de regulamento

Artigo 78 – n.º 2 – alínea d)

Texto da Comissão

Alteração

d) Prestar aconselhamento científico no que diz respeito ao estado da técnica em relação a dispositivos específicos, ou a uma categoria ou grupo de dispositivos;

d) Prestar aconselhamento científico e assistência técnica no que diz respeito à definição do estado da técnica em relação a dispositivos específicos, ou a uma categoria ou grupo de dispositivos;

Justificação

Redação melhorada e definição mais clara das tarefas dos laboratórios de referência.

Alteração  193

Proposta de regulamento

Artigo 78 – n.º 2 – alínea f)

Texto da Comissão

Alteração

f) Contribuir para o desenvolvimento de métodos de ensaio e análise adequados a aplicar no âmbito dos procedimentos de avaliação da conformidade e da fiscalização do mercado;

f) Contribuir para o desenvolvimento de métodos de ensaio e análise adequados a aplicar no âmbito dos procedimentos de avaliação da conformidade, em particular na verificação dos lotes dos dispositivos de classe D e na fiscalização do mercado;

Justificação

A tarefa dos laboratórios de referência responsáveis também pela verificação dos lotes dos DIV de classe D tem de ser descrita no artigo 78.º.

Alteração  194

Proposta de regulamento

Artigo 78 – n.º 2 – alínea i)

Texto da Comissão

Alteração

i) Contribuir para o desenvolvimento de normas a nível internacional;

i) Contribuir para o desenvolvimento de especificações técnicas comuns (ETC), bem como de normas internacionais;

Justificação

Os laboratórios de referência terão o conhecimento, a experiência e as competências técnicas necessárias para contribuir para o desenvolvimento de ETC. Melhoria da redação.

Alteração  195

Proposta de regulamento

Artigo 78 – n.º 3 – alínea a)

Texto da Comissão

Alteração

a) Dispor de pessoal devidamente qualificado e com conhecimentos e experiência adequados no domínio dos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro para os quais são designados;

a) Dispor de pessoal devidamente qualificado e com conhecimentos e experiência adequados no domínio dos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro para os quais são designados; os conhecimentos e a experiência apropriados devem basear-se em:

 

i) Experiência na avaliação de DIV de alto risco e na realização dos testes laboratoriais relevantes;

 

ii) Conhecimentos profundos dos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro e das tecnologias relevantes;

 

iii) Experiência laboratorial comprovada numa das seguintes áreas: laboratório de testes ou calibragem, autoridade ou instituição de supervisão, laboratório nacional de referência para dispositivos da classe D, controlo de qualidade de dispositivos médicos para diagnóstico in vitro, desenvolvimento de materiais de referência para DIV, calibragem de dispositivos médicos para diagnóstico; laboratórios ou bancos de sangue que avaliem e utilizem experimentalmente DIV de alto risco ou, se aplicável, que os fabriquem internamente;

 

iv) Conhecimento e experiência de testes de produtos ou lotes, verificações de qualidade, conceção, fabrico e utilização de DIV;

 

v) Conhecimento dos riscos de saúde enfrentados pelos doentes, pelos seus parceiros e pelos recetores de doações/preparações de sangue/órgãos/tecidos associados à utilização e, em particular, ao mau funcionamento de DIV de alto risco;

 

vi) Conhecimento do presente regulamento e das leis, regras e orientações aplicáveis, conhecimento das especificações técnicas comuns (ETC), das normas harmonizadas aplicáveis e dos documentos de orientação relevantes;

 

vii) Participação em regimes de avaliação da qualidade externa e interna relevantes organizados por organizações internacionais ou nacionais.

Justificação

Os requisitos relativos aos laboratórios de referência têm de ser claramente descritos.

Alteração  196

Proposta de regulamento

Artigo 78 – n.º 5

Texto da Comissão

Alteração

5. Sempre que os organismos notificados ou os Estados-Membros solicitem apoio científico ou técnico ou um parecer científico a um laboratório de referência da UE, pode ser-lhes exigido o pagamento de taxas destinadas a cobrir, total ou parcialmente, os custos suportados pelo laboratório para executar a tarefa solicitada, de acordo com um conjunto de condições pré-definidas e transparentes.

5. Sempre que os organismos notificados ou os Estados-Membros solicitem apoio científico ou técnico ou um parecer científico a um laboratório de referência da UE, ser-lhes-á exigido o pagamento de taxas destinadas a cobrir totalmente os custos suportados pelo laboratório para executar a tarefa solicitada, de acordo com um conjunto de condições predefinidas e transparentes.

Justificação

As taxas devem cobrir totalmente os custos, a fim de evitar a distorção da concorrência entre os laboratórios de referência.

Alteração  197

Proposta de regulamento

Artigo 79

Texto da Comissão

Alteração

A Comissão e os Estados-Membros devem tomar todas as medidas adequadas para incentivar o estabelecimento de registos de tipos específicos de dispositivos tendo em vista recolher informações sobre a experiência pós-comercialização relacionada com a utilização desses dispositivos. Devem criar-se sistematicamente registos para as classes C e D. Tais registos devem contribuir para a avaliação independente da segurança e do desempenho a longo prazo dos dispositivos.

A Comissão e os Estados­Membros devem tomar todas as medidas adequadas para assegurar o estabelecimento de registos de dispositivos para diagnóstico in vitro tendo em vista recolher informações sobre a experiência pós-comercialização relacionada com a utilização desses dispositivos. Os registos dos dispositivos das classes C e D são estabelecidos de forma sistemática. Devem criar-se sistematicamente registos para as classes C e D. Tais registos devem contribuir para a avaliação independente da segurança e do desempenho a longo prazo dos dispositivos.

Alteração  198

Proposta de regulamento

Artigo 82

Texto da Comissão

Alteração

O presente regulamento não obsta a que os Estados-Membros cobrem taxas pelas atividades nele previstas, desde que o nível das taxas seja estabelecido de modo transparente e com base em princípios de recuperação de custos. Os Estados-Membros devem informar a Comissão e os outros Estados-Membros do nível e da estrutura das taxas pelo menos três meses antes da sua adoção.

O presente regulamento não obsta a que os Estados-Membros cobrem taxas pelas atividades nele previstas, desde que o nível das taxas seja comparável e estabelecido de modo transparente e com base em princípios de recuperação de custos. Os Estados-Membros devem informar a Comissão e os outros Estados-Membros do nível e da estrutura das taxas pelo menos três meses antes da sua adoção.

Alteração  199

Proposta de regulamento

Artigo 83

Texto da Comissão

Alteração

Os Estados-Membros devem estabelecer o regime de sanções aplicável às violações do disposto no presente regulamento e tomar todas as medidas necessárias para garantir a sua aplicação. As sanções previstas devem ser eficazes, proporcionadas e dissuasoras. Os Estados‑Membros devem notificar esse regime à Comissão até [3 meses antes da data de aplicação do presente regulamento] e qualquer alteração posterior do mesmo no mais breve prazo possível.

Os Estados-Membros devem estabelecer o regime de sanções aplicável às violações do disposto no presente regulamento e tomar todas as medidas necessárias para garantir a sua aplicação. As sanções previstas devem ser eficazes, proporcionadas e dissuasoras. O caráter dissuasivo da sanção deve ser estabelecido em função do lucro obtido como consequência da infração cometida. Os Estados-Membros devem notificar esse regime à Comissão até [3 meses antes da data de aplicação do presente regulamento] e qualquer alteração posterior do mesmo no mais breve prazo possível.

Justificação

Com a finalidade de dissuadir condutas fraudulentas e garantir a sua eficácia, a sanção deve ser claramente superior ao lucro obtido pelo fabricante como consequência da infração ou da fraude cometida.

Alteração  200

Proposta de regulamento

Capítulo IX – título

Texto da Comissão

Alteração

Capítulo IX

Capítulo X

Confidencialidade, proteção de dados, financiamento, sanções

Confidencialidade, proteção de dados, financiamento, sanções

Alteração  201

Proposta de regulamento

Capítulo X – título

Texto da Comissão

Alteração

Capítulo X

Capítulo XI

Disposições finais

Disposições finais

Alteração  202

Proposta de regulamento

Artigo 90 – n.º 2

Texto da Comissão

Alteração

2. É aplicável a partir de [cinco anos a contar da sua entrada em vigor].

2. É aplicável a partir de [três anos a contar da sua entrada em vigor].

3. Em derrogação do n.º 2, aplica-se o seguinte:

3. Em derrogação do n.º 2, aplica-se o seguinte:

a) O artigo 23.º, n.ºs 2 e 3, e o artigo 43.º, n.º 4, são aplicáveis a partir de [18 meses a contar da data de aplicação referida no n.º 2];

a) O artigo 23.º, n.º 1, é aplicável a partir de [30 meses a contar da entrada em vigor].

b) Os artigos 26.º a 38.º são aplicáveis a partir de [seis meses a contar da entrada em vigor]. No entanto, antes de [data de aplicação referida no n.º 2], as obrigações dos organismos notificados decorrentes do disposto nos artigos 26.º a 38.º são aplicáveis unicamente aos organismos que apresentem um pedido de notificação em conformidade com o artigo 29.º do presente regulamento.

b) Os artigos 26.º a 38.º são aplicáveis a partir de [seis meses a contar da entrada em vigor]. No entanto, antes de [data de aplicação referida no n.º 2], as obrigações dos organismos notificados decorrentes do disposto nos artigos 26.º a 38.º são aplicáveis unicamente aos organismos que apresentem um pedido de notificação em conformidade com o artigo 29.º do presente regulamento.

 

b-A) O artigo 74.º aplica-se a partir de …* );

 

_____________________________

 

* JO: data a inserir: seis meses após a data de entrada em vigor do presente regulamento.

 

b-B) Os artigos 75.º a 77.º são aplicáveis a partir de …*;

 

___________________________

 

* JO: data a inserir: 12 meses após a data de entrada em vigor do presente regulamento.

 

b-C) Os artigos 59.º a 64.º aplicam-se a partir de ...*;

 

___________________________

 

* JO: data a inserir: 24 meses após a data de entrada em vigor do presente regulamento.

 

b-D) O artigo 78.º aplica-se a partir de …*.

 

__________________________

 

* JO: data a inserir: 24 meses após a entrada em vigor do presente regulamento.

 

3-A. Os atos de execução referidos no artigo 31.º, n.º 4, no artigo 40.º, n.º 9, no artigo 42.º, n.º 2, no artigo 46.º, n.º 2 e nos artigos 58.º e 64.º devem ser adotados no prazo de …*

 

____________________________

 

* JO: data a inserir: 12 meses após a data de entrada em vigor do presente regulamento.

Alteração  203

Proposta de regulamento

Anexo I – parte II – subponto 6.1 – alínea b)

Texto da Comissão

Alteração

b) O desempenho clínico, como sensibilidade de diagnóstico, especificidade de diagnóstico, valor preditivo positivo e negativo, razão de verosimilhança, valores esperados em populações normais ou afetadas.

b) O desempenho clínico, incluindo medidas de validade clínica, como sensibilidade de diagnóstico, especificidade de diagnóstico, valor preditivo positivo e negativo, razão de verosimilhança, valores esperados em populações normais ou afetadas; e, se for o caso, medidas de utilidade clínica. No caso dos testes para seleção terapêutica, são necessárias provas da utilidade clínica do dispositivo para o efeito pretendido (seleção dos doentes com uma condição clínica ou predisposição previamente diagnosticadas como elegíveis para uma terapêutica direcionada). No caso de um teste para seleção terapêutica, o fabricante deve fornecer provas clínicas relacionadas com o impacto de um teste positivo ou negativo sobre (1) cuidados ao doente e (2) resultados de saúde, quando utilizado conforme indicado para a intervenção terapêutica declarada.

Alteração  204

Proposta de regulamento

Anexo I – parte II – ponto 16

Texto da Comissão

Alteração

16. Proteção contra os riscos colocados por dispositivos que, por intenção do fabricante, se destinam a autodiagnóstico ou a testes a realizar na presença dos doentes

16. Proteção contra os riscos colocados por dispositivos que, por intenção do fabricante, se destinam a autodiagnóstico

16.1 Os dispositivos que se destinam a autodiagnóstico ou a testes a realizar na presença dos doentes devem ser concebidos e fabricados por forma a terem um desempenho adequado à sua finalidade, tendo em conta as competências e os meios à disposição dos utilizadores previstos, bem como os efeitos resultantes das diferenças razoavelmente previsíveis da sua destreza e ambiente. As informações e instruções fornecidas pelo fabricante devem ser fáceis de compreender e de aplicar pelos utilizadores previstos.

16.1 Os dispositivos que se destinam a autodiagnóstico devem ser concebidos e fabricados por forma a terem um desempenho adequado à sua finalidade, tendo em conta as competências e os meios à disposição dos utilizadores previstos, bem como os efeitos resultantes das diferenças razoavelmente previsíveis da sua destreza e ambiente. As informações e instruções fornecidas pelo fabricante devem ser fáceis de compreender e de aplicar pelos utilizadores previstos.

16.2. Os dispositivos que se destinam a autodiagnóstico ou a testes a realizar na presença dos doentes devem ser concebidos e fabricados por forma a:

16.2. Os dispositivos que se destinam a autodiagnóstico devem ser concebidos e fabricados por forma a:

– garantir que o dispositivo é de fácil utilização pelos utilizadores previstos, em todas as fases do procedimento, e

– garantir que o dispositivo é de fácil utilização pelos utilizadores previstos, em todas as fases do procedimento, e

– reduzir tanto quanto possível o risco de os utilizadores previstos cometerem erros no manuseamento do dispositivo e, se for o caso, da amostra, bem como na interpretação dos resultados.

– reduzir tanto quanto possível o risco de os utilizadores previstos cometerem erros no manuseamento do dispositivo e, se for o caso, da amostra, bem como na interpretação dos resultados.

16.3. Os dispositivos que se destinam a autodiagnóstico ou a testes a realizar na presença dos doentes devem ser concebidos e fabricados por forma a que o utilizador previsto possa:

16.3. Os dispositivos que se destinam a autodiagnóstico devem ser concebidos e fabricados por forma a que o utilizador previsto possa:

– verificar, quando da utilização, se o dispositivo tem o desempenho pretendido pelo fabricante, e

– verificar, quando da utilização, se o dispositivo tem o desempenho pretendido pelo fabricante, e

– ser avisado se o dispositivo não der resultados válidos.

– ser avisado se o dispositivo não der resultados válidos.

Justificação

A Comissão comparou dispositivos destinados a autodiagnóstico com dispositivos destinados a utilização por profissionais. Isto é inapropriado, uma vez que não se estabelece qualquer diferença entre pessoas qualificadas e leigos. O texto da Comissão acrescentaria encargos desnecessários, especialmente às PME.

Alteração  205

Proposta de regulamento

Anexo I – parte II – ponto 16-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

16.-A. Os dispositivos destinados a autodiagnóstico ajudam os consumidores a aceder a informações sobre a sua saúde. Contudo, a ausência de aconselhamento adequado relativo à utilização dos dispositivos de autodiagnóstico – como a amostragem, a leitura e a interpretação dos resultados – pode levar a acontecimentos traumáticos e lesar os utilizadores. Por conseguinte, os Estados‑Membros devem assegurar o aconselhamento adequado levado a cabo por pessoas admitidas na profissão médica ao abrigo da legislação nacional aplicável antes da utilização de dispositivos de autodiagnóstico fabricados para diagnosticar doenças crónicas e transmissíveis.

Justificação

A amostragem, a leitura e a interpretação dos resultados são procedimentos que permitem um manuseamento incorreto e manobras defeituosas quando são realizados por pessoas leigas. O autodiagnóstico apenas tem sentido se fizer parte da gestão coerente e multidisciplinar de uma condição médica. Sem aconselhamento adequado por um médico, algumas pessoas podem considerar que as informações disponibilizadas pelos dispositivos de autodiagnóstico são exatas. O aconselhamento adequado também pode ajudar a reduzir possíveis riscos de abuso, por exemplo pressão ou coerção por um parceiro ou empregador.

Alteração  206

Proposta de regulamento

Anexo I – parte III – ponto 17.1 – parte introdutória

Texto da Comissão

Alteração

Cada dispositivo deve ser acompanhado das informações necessárias para identificar do dispositivo e do seu fabricante e comunicar as informações relacionadas com a segurança e o desempenho aos utilizadores, quer profissionais quer leigos, ou a terceiros, consoante o caso. Essas informações podem constar do próprio dispositivo, da embalagem ou das instruções de utilização, atendendo aos seguintes aspetos:

Cada dispositivo deve ser acompanhado das informações necessárias para identificar do dispositivo e do seu fabricante e comunicar as informações relacionadas com a segurança e o desempenho aos utilizadores, quer profissionais quer leigos, ou a terceiros, consoante o caso. Essas informações podem constar do próprio dispositivo, da embalagem ou das instruções de utilização e devem ser disponibilizadas no sítio Web do fabricante, atendendo aos seguintes aspetos:

Justificação

A atual definição de rótulo não inclui testes desenvolvidos em laboratório. Os destinatários dos resultados gerados por esses dispositivos devem ter o mesmo acesso a informação contida no rótulo que os utilizadores de outros dispositivos DIV.

Alteração  207

Proposta de regulamento

Anexo I – parte III – ponto 17.1 – alínea vi)

Texto da Comissão

Alteração

vi) Os riscos residuais que devem ser comunicados aos utilizadores e/ou terceiros devem ser incluídos como limitações, contraindicações, precauções ou avisos nas informações fornecidas pelo fabricante;

vi) Os riscos residuais que devem ser comunicados aos utilizadores e/ou terceiros devem ser incluídos como limitações, precauções ou avisos nas informações fornecidas pelo fabricante;

Justificação

Não existem quaisquer contraindicações para os DIV, apenas limitações. Um dispositivo médico para diagnóstico in vitro pode, ainda assim, ser aplicado, mas devem ter-se em consideração as limitações (por exemplo ao determinar um estado de imunidade, deve ter-se em consideração se foram administradas vacinas recentemente, mas independentemente do estado, o teste DIV pode ser realizado sem qualquer risco, o resultado tem de ser interpretado tendo em conta esta limitação.).

Alteração  208

Proposta de regulamento

Anexo I – parte III – subponto 17.2 – alínea xv)

Texto da Comissão

Alteração

xv) Se o dispositivo for para uso único, indicação desse facto. A indicação do fabricante sobre o uso único deve ser uniforme em toda a União,

Suprimido

Justificação

Quase todos os dispositivos médicos para diagnóstico in vitro são descartáveis, o que é óbvio para todas as pessoas que os utilizam. Praticamente não funcionam caso se tente utilizar o dispositivo pela segunda vez. Um rótulo é superficial e apenas confundiria os doentes e outros utilizadores. Ver justificação da alteração 17.

Alteração  209

Proposta de regulamento

Anexo I – parte III – subponto 17.3.1 – alínea ii) – parte introdutória

Texto da Comissão

Alteração

ii) A finalidade pretendida do dispositivo:

ii) A finalidade pretendida do dispositivo, que pode incluir:

Justificação

Os pontos listados não são exaustivos e nem sempre são aplicáveis a todos os produtos. Harmonizado com a redação da alínea c), ponto 1.1 do anexo II.

Alteração  210

Proposta de regulamento

Anexo I – parte III – subponto 17.3.1 – alínea ii) – travessão 2

Texto da Comissão

Alteração

– a sua função (p. ex.: rastreio, monitorização, diagnóstico ou auxílio ao diagnóstico),

– a sua função (p. ex. rastreio, monitorização, diagnóstico ou auxílio ao diagnóstico, prognóstico, testes para seleção terapêutica),

Alteração  211

Proposta de regulamento

Anexo I – parte III – subponto 17.3.1 – alínea ii) – travessão 7-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

– No caso de testes para seleção terapêutica, a população-alvo relevante e as instruções de utilização com a(s) terapêutica(s) associada(s).

Alteração  212

Proposta de regulamento

Anexo I – parte III – subponto 17.3.2 – alínea i-A) (nova)

Texto da Comissão

Alteração

 

i-A) As instruções de utilização devem ser compreensíveis por parte de leigos, e revistas pelos representantes das partes interessadas, nomeadamente organizações de doentes e de profissionais de saúde, bem como associações de fabricantes.

Alteração  213

Proposta de regulamento

Anexo II – subponto 1.1 – alínea c) - subalínea ii)

Texto da Comissão

Alteração

ii) a sua função (p. ex. rastreio, monitorização, diagnóstico ou auxílio ao diagnóstico),

ii) a sua função (p. ex. rastreio, monitorização, diagnóstico ou auxílio ao diagnóstico, prognóstico, testes para seleção terapêutica),

Alteração  214

Proposta de regulamento

Anexo II – subponto 1.1 – alínea c) – subalínea viii-A (nova)

Texto da Comissão

Alteração

 

viii-A) no caso de testes para seleção terapêutica, a população-alvo relevante e as instruções de utilização com a(s) terapêutica(s) associada(s).

Alteração  215

Proposta de regulamento

Anexo II – subponto 6.2 – parágrafo 2

Texto da Comissão

Alteração

O relatório das provas clínicas referido na secção 3 do anexo XII deve ser incluído e/ou referenciado na íntegra na documentação técnica.

O relatório das provas clínicas referido na secção 3 do anexo XII deve ser incluído e referenciado na íntegra na documentação técnica.

Justificação

O relatório do estudo das provas clínicas deve ser incluído na íntegra na documentação técnica.

Alteração  216

Proposta de regulamento

Anexo V – parte A – ponto 15

Texto da Comissão

Alteração

15. no caso de dispositivos classificados nas classes C ou D, o resumo da segurança e do desempenho clínico,

15. no caso de dispositivos classificados nas classes C ou D, o resumo da segurança e do desempenho clínico, bem como todo o conjunto de dados coligidos no decorrer do estudo clínico e do acompanhamento clínico pós-comercialização,

Alteração  217

Proposta de regulamento

Anexo V – parte A – ponto 18-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

18.-A. A documentação técnica integral e o relatório de desempenho clínico.

Alteração  218

Proposta de regulamento

Anexo VI - subpontos 1.1 e 1.1.4 e 1.2 a 1.6

Texto da Comissão

Alteração

1.1. Estatuto jurídico e estrutura organizativa

1.1. Estatuto jurídico e estrutura organizativa

1.1.4. A estrutura organizativa, a distribuição de responsabilidades e o funcionamento dos organismos notificados devem ser tais que garantam a confiança no seu desempenho e nos resultados das atividades realizadas em matéria de avaliação da conformidade.

1.1.4. A estrutura organizativa, a distribuição de responsabilidades e o funcionamento dos organismos notificados devem ser tais que garantam a confiança no seu desempenho e nos resultados das atividades realizadas em matéria de avaliação da conformidade.

Devem ser claramente documentadas a estrutura organizativa e as funções, responsabilidades e autoridade dos seus quadros superiores e de outros membros do pessoal suscetíveis de influenciar o desempenho e os resultados das atividades de avaliação da conformidade.

Devem ser claramente documentadas a estrutura organizativa e as funções, responsabilidades e autoridade dos seus quadros superiores e de outros membros do pessoal suscetíveis de influenciar o desempenho e os resultados das atividades de avaliação da conformidade. Estas informações devem ser disponibilizadas ao público.

1.2. Independência e imparcialidade

1.2. Independência e imparcialidade

1.2.1. Os organismos notificados devem ser organismos terceiros independentes do fabricante do produto relativamente ao qual realizam as suas atividades de avaliação da conformidade. Os organismos notificados devem também ser independentes de quaisquer operadores económicos com interesses no produto, bem como de quaisquer concorrentes do fabricante.

1.2.1. Os organismos notificados devem ser organismos terceiros independentes do fabricante do produto relativamente ao qual realizam as suas atividades de avaliação da conformidade. Os organismos notificados devem também ser independentes de quaisquer operadores económicos com interesses no produto, bem como de quaisquer concorrentes do fabricante. Tal não impede que o organismo notificado efetue atividades de avaliação da conformidade para diferentes operadores económicos que produzem produtos diferentes ou análogos.

1.2.2. Os organismos notificados devem estar organizados e funcionar de modo a garantir a independência, objetividade e imparcialidade das suas atividades. Os organismos notificados devem ter implementado procedimentos que garantam, de forma eficaz, a identificação, investigação e resolução de qualquer caso em que possa surgir um conflito de interesses, incluindo a participação em serviços de consultadoria no domínio dos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro antes de as pessoas em causa começarem a trabalhar para os organismos notificados.

1.2.2. Os organismos notificados devem estar organizados e funcionar de modo a garantir a independência, objetividade e imparcialidade das suas atividades. Os organismos notificados devem ter implementado procedimentos que garantam, de forma eficaz, a identificação, investigação e resolução de qualquer caso em que possa surgir um conflito de interesses, incluindo a participação em serviços de consultadoria no domínio dos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro antes de as pessoas em causa começarem a trabalhar para os organismos notificados.

1.2.3. Os organismos notificados, os seus quadros superiores e os membros do pessoal responsáveis pela execução das tarefas de avaliação da conformidade não podem:

1.2.3. Os organismos notificados, os seus quadros superiores e os membros do pessoal responsáveis pela execução das tarefas de avaliação da conformidade não podem:

– ser o responsável pela conceção, o fabricante, o fornecedor, o instalador, o comprador, o proprietário, o utilizador ou o responsável pela manutenção dos produtos, nem o mandatário de qualquer dessas partes. Tal não obsta à compra e ao uso de produtos avaliados que sejam necessários às atividades dos organismos notificados (por exemplo, equipamento de medição), ou à realização da avaliação da conformidade, nem a utilização dos produtos para fins pessoais,

– ser o responsável pela conceção, o fabricante, o fornecedor, o instalador, o comprador, o proprietário, o utilizador ou o responsável pela manutenção dos produtos, nem o mandatário de qualquer dessas partes. Tal não obsta à compra e ao uso de produtos avaliados que sejam necessários às atividades dos organismos notificados (por exemplo, equipamento de medição), ou à realização da avaliação da conformidade, nem a utilização dos produtos para fins pessoais,

– intervir diretamente na conceção, fabrico ou construção, comercialização, instalação, utilização ou manutenção dos produtos que avaliam, nem ser mandatários das partes envolvidas nessas atividades. Não podem exercer qualquer atividade que possa entrar em conflito com a independência da sua apreciação ou com a integridade no desempenho das atividades de avaliação da conformidade para as quais são notificados,

– intervir diretamente na conceção, fabrico ou construção, comercialização, instalação, utilização ou manutenção dos produtos que avaliam, nem ser mandatários das partes envolvidas nessas atividades. Não podem exercer qualquer atividade que possa entrar em conflito com a independência da sua apreciação ou com a integridade no desempenho das atividades de avaliação da conformidade para as quais são notificados,

– propor ou fornecer serviços que possam pôr em causa a confiança na sua independência, imparcialidade ou objetividade. Não podem, em especial, propor ou fornecer serviços de consultadoria ao fabricante, ao seu mandatário, a um fornecedor ou a um concorrente comercial no que respeita à conceção, construção, comercialização ou manutenção dos produtos ou processos sob avaliação. Tal não obsta à realização de atividades de formação geral em matéria de regulamentação aplicável aos dispositivos médicos ou normas com eles relacionadas que não sejam específicas dos clientes.

– propor ou fornecer serviços que possam pôr em causa a confiança na sua independência, imparcialidade ou objetividade. Não podem, em especial, propor ou fornecer serviços de consultadoria ao fabricante, ao seu mandatário, a um fornecedor ou a um concorrente comercial no que respeita à conceção, construção, comercialização ou manutenção dos produtos ou processos sob avaliação. Tal não obsta à realização de atividades de formação geral em matéria de regulamentação aplicável aos dispositivos médicos ou normas com eles relacionadas que não sejam específicas dos clientes.

 

O organismo notificado deve colocar à disposição do público as declarações de interesses dos seus quadros superiores e dos membros do pessoal responsáveis pela execução das tarefas de avaliação da conformidade. A autoridade nacional deve verificar a conformidade do organismo notificado com o disposto no presente ponto e apresenta um relatório à Comissão, duas vezes por ano, com toda a transparência.

1.2.4. Deve ser garantida a imparcialidade dos organismos notificados, dos seus quadros superiores e dos membros do pessoal de avaliação. A remuneração dos quadros superiores e dos membros do pessoal de avaliação dos organismos notificados não deve depender dos resultados da avaliação.

1.2.4. Deve ser garantida a imparcialidade dos organismos notificados, dos seus quadros superiores, dos membros do pessoal de avaliação e dos subcontratantes. A remuneração dos quadros superiores, dos membros do pessoal de avaliação e dos subcontratantes dos organismos notificados não deve depender dos resultados da avaliação.

1.2.5. Se os organismos notificados forem propriedade de uma entidade ou instituição públicas, devem ser garantidas e documentadas a independência e a ausência de quaisquer conflitos de interesses entre, por um lado, a autoridade nacional responsável pelos organismos notificados e/ou autoridade competente e, por outro, os organismos notificados.

1.2.5. Se os organismos notificados forem propriedade de uma entidade ou instituição públicas, devem ser garantidas e documentadas a independência e a ausência de quaisquer conflitos de interesses entre, por um lado, a autoridade nacional responsável pelos organismos notificados e/ou autoridade competente e, por outro, os organismos notificados.

1.2.6. Os organismos notificados devem assegurar que as atividades das suas filiais ou subcontratados, ou de qualquer outro organismo associado, não afetam a sua independência e imparcialidade ou a objetividade das suas atividades de avaliação da conformidade e devem documentar esse facto.

1.2.6. Os organismos notificados devem assegurar que as atividades das suas filiais ou subcontratados, ou de qualquer outro organismo associado, não afetam a sua independência e imparcialidade ou a objetividade das suas atividades de avaliação da conformidade e devem documentar esse facto. O organismo notificado deve apresentar provas à autoridade nacional acerca do cumprimento do presente ponto.

1.2.7. Os organismos notificados devem funcionar em conformidade com um conjunto de modalidades e condições coerentes, justas e razoáveis, tendo em conta os interesses das pequenas e médias empresas na aceção da Recomendação 2003/361/CE da Comissão.

1.2.7. Os organismos notificados devem funcionar em conformidade com um conjunto de modalidades e condições coerentes, justas e razoáveis, tendo em conta os interesses das pequenas e médias empresas na aceção da Recomendação 2003/361/CE da Comissão.

1.2.8. Os requisitos da presente secção em nada obstam ao intercâmbio de informações técnicas e orientações regulamentares entre os organismos notificados e um fabricante que procure obter uma avaliação de conformidade.

1.2.8. Os requisitos da presente secção em nada obstam ao intercâmbio de informações técnicas e orientações regulamentares entre os organismos notificados e um fabricante que procure obter uma avaliação de conformidade.

1.3. Confidencialidade

1.3. Confidencialidade

Os membros do pessoal dos organismos notificados estão sujeitos a segredo profissional no que se refere a todas as informações obtidas no exercício das suas tarefas no âmbito do presente regulamento, exceto em relação às autoridades nacionais responsáveis pelos organismos notificados, autoridades competentes ou Comissão. Os direitos de propriedade devem ser protegidos. Para o efeito, os organismos notificados devem ter implementado procedimentos documentados.

Os membros do pessoal dos organismos notificados estão sujeitos a segredo profissional no que se refere a todas as informações obtidas no exercício das suas tarefas no âmbito do presente regulamento, somente em casos justificados e exceto em relação às autoridades nacionais responsáveis pelos organismos notificados, autoridades competentes ou Comissão. Os direitos de propriedade devem ser protegidos. Para o efeito, os organismos notificados devem ter implementado procedimentos documentados.

 

Quando são solicitados informações e dados ao organismo notificado pelo público ou pelos profissionais de saúde e o pedido é indeferido, o organismo notificado deve justificar por que razão não aceitou o pedido e tornar públicas as razões pelas quais essas informações não podem ser fornecidas.

1.4. Responsabilidade

1.4. Responsabilidade

Os organismos notificados devem subscrever um seguro de responsabilidade civil adequado que corresponda às atividades de avaliação da conformidade para as quais foram notificados, incluindo a eventual suspensão, restrição ou retirada de certificados, e ao âmbito geográfico das suas atividades, a menos que essa responsabilidade seja assumida pelo Estado em conformidade com a legislação nacional ou que o Estado-Membro seja diretamente responsável pela avaliação da conformidade.

Os organismos notificados devem subscrever um seguro de responsabilidade civil adequado que corresponda às atividades de avaliação da conformidade para as quais foram notificados, incluindo a eventual suspensão, restrição ou retirada de certificados, e ao âmbito geográfico das suas atividades, a menos que essa responsabilidade seja assumida pelo Estado em conformidade com a legislação nacional ou que o Estado-Membro seja diretamente responsável pela avaliação da conformidade.

1.5. Requisitos financeiros

1.5. Requisitos financeiros

Os organismos notificados devem dispor dos recursos financeiros necessários à realização das suas atividades de avaliação da conformidade e das atividades empresariais com elas relacionadas. Devem documentar e fornecer provas da sua capacidade financeira e viabilidade económica sustentável, tendo em conta circunstâncias específicas durante a fase inicial de arranque.

Os organismos notificados, incluindo as suas filiais, devem dispor dos recursos financeiros necessários à realização das suas atividades de avaliação da conformidade e das atividades empresariais com elas relacionadas. Devem documentar e fornecer provas da sua capacidade financeira e viabilidade económica sustentável, tendo em conta circunstâncias específicas durante a fase inicial de arranque.

1.6. Participação em atividades de coordenação

1.6. Participação em atividades de coordenação

1.6.1. Os organismos notificados devem participar ou garantir que os membros do pessoal encarregados da avaliação estão informados das atividades de normalização relevantes e das atividades do Grupo de Coordenação dos Organismos Notificados e que os membros do pessoal encarregados da avaliação e da tomada de decisões estão informados de toda a legislação, orientações e documentos de boas práticas relevantes adotados no âmbito do presente regulamento.

1.6.1. Os organismos notificados devem participar ou garantir que os membros do pessoal encarregados da avaliação, incluindo os subcontratantes, estão informados e munidos de formação sobre as atividades de normalização relevantes e das atividades do Grupo de Coordenação dos Organismos Notificados e que os membros do pessoal encarregados da avaliação e da tomada de decisões estão informados de toda a legislação, normas, orientações e documentos de boas práticas relevantes adotados no âmbito do presente regulamento. O organismo notificado deve manter um registo das ações que leva a cabo para informar os recursos humanos.

1.6.2. Os organismos notificados devem cumprir um código de conduta, que vise nomeadamente práticas empresariais éticas para organismos notificados no domínio dos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro, aceite pelas autoridades nacionais responsáveis pelos organismos modificados. O código de conduta deve prever um mecanismo de monitorização e verificação da sua aplicação por parte dos organismos notificados.

1.6.2. Os organismos notificados devem cumprir um código de conduta, que vise nomeadamente práticas empresariais éticas para organismos notificados no domínio dos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro, aceite pelas autoridades nacionais responsáveis pelos organismos modificados. O código de conduta deve prever um mecanismo de monitorização e verificação da sua aplicação por parte dos organismos notificados.

Alteração  219

Proposta de regulamento

Anexo VI – ponto 2

Texto da Comissão

Alteração

2. REQUISITOS DE GESTÃO DA QUALIDADE

2. REQUISITOS DE GESTÃO DA QUALIDADE

2.1. Os organismos notificados devem estabelecer, documentar, aplicar, manter e fazer funcionar um sistema de gestão da qualidade que se adeque à natureza, domínio e escala das suas atividades de avaliação da conformidade e seja capaz de apoiar e demonstrar a consecução coerente dos requisitos do presente regulamento.

2.1. Os organismos notificados devem estabelecer, documentar, aplicar, manter e fazer funcionar um sistema de gestão da qualidade que se adeque à natureza, domínio e escala das suas atividades de avaliação da conformidade e seja capaz de apoiar e demonstrar a consecução coerente dos requisitos do presente regulamento.

2.2. O sistema de gestão da qualidade dos organismos notificados deve tratar, pelo menos, os seguintes aspetos:

2.2. O sistema de gestão da qualidade dos organismos notificados e dos seus subcontratantes deve tratar, pelo menos, os seguintes aspetos:

– políticas para atribuição de atividades e responsabilidades aos membros do pessoal,

– políticas para atribuição de atividades e responsabilidades aos membros do pessoal,

– processo de tomada de decisões em conformidade com as tarefas, responsabilidades e papel dos quadros superiores e outros membros do pessoal dos organismos notificados,

– processo de tomada de decisões em conformidade com as tarefas, responsabilidades e papel dos quadros superiores e outros membros do pessoal dos organismos notificados,

– controlo de documentos,

– controlo de documentos,

– controlo dos registos,

– controlo dos registos,

– análise da gestão,

– análise da gestão,

– auditorias internas,

– auditorias internas,

– ações corretivas e preventivas,

– ações corretivas e preventivas,

– reclamações e recursos.

– reclamações e recursos;

 

– formação contínua,

Alteração  220

Proposta de regulamento

Anexo VI – subponto 3.1.1

Texto da Comissão

Alteração

3.1.1. Os organismos de notificação devem ter capacidade para executar todas as tarefas que lhes forem atribuídas pelo presente regulamento com a maior integridade profissional e a competência técnica exigida no domínio específico, quer as referidas tarefas sejam executadas por eles próprios, quer em seu nome e sob responsabilidade sua.

3.1.1. Os organismos notificados e os seus subcontratantes devem ter capacidade para executar todas as tarefas que lhes forem atribuídas pelo presente regulamento com a maior integridade profissional e a competência técnica exigida no domínio específico, quer as referidas tarefas sejam executadas por eles próprios, quer em seu nome e sob responsabilidade sua. Em conformidade com o artigo 35.º, este requisito deve ser controlado com vista a garantir que apresenta a qualidade exigida.

Devem nomeadamente dispor do pessoal necessário e possuir ou ter acesso a todo o equipamento e instalações necessários para desempenhar corretamente as tarefas técnicas e administrativas decorrentes das atividades de avaliação da conformidade relativamente às quais foram notificados.

Devem nomeadamente dispor do pessoal necessário e possuir ou ter acesso a todo o equipamento e instalações necessários para desempenhar corretamente as tarefas técnicas, científicas e administrativas decorrentes das atividades de avaliação da conformidade relativamente às quais foram notificados.

Isso implica que a organização disponha de pessoal científico suficiente, com a experiência e os conhecimentos necessários para avaliar a funcionalidade médica e o desempenho dos dispositivos para os quais foi notificada, tendo em conta os requisitos do presente regulamento e, em especial, os constantes do anexo I.

Isso implica que a organização disponha de forma permanente de pessoal científico suficiente, com a experiência, a formação universitária e os conhecimentos necessários para avaliar a funcionalidade médica e o desempenho dos dispositivos para os quais foi notificada, tendo em conta os requisitos do presente regulamento e, em especial, os constantes do anexo I.

 

Deve recorrer-se ao pessoal interno permanente. Contudo, nos termos do artigo 30.º, os organismos notificados podem contratar especialistas externos numa base ad hoc e temporária, desde que possam publicar a lista desses peritos, bem como as declarações de interesses e as funções específicas que lhes incumbe executar.

 

Os organismos notificados devem realizar inspeções pelo menos anuais sem aviso prévio na totalidade das instalações de produção dos dispositivos médicos para os quais tem competência.

 

Os organismos notificados responsáveis pela execução das tarefas de avaliação devem notificar os outros Estados-Membros sobre os resultados das inspeções anuais realizadas. Estes resultados são registados num relatório.

 

Além disso, deve apresentar um ponto da situação das inspeções anuais realizadas junto da autoridade nacional responsável em questão.

3.1.2. Em todas as circunstâncias e para cada procedimento de avaliação da conformidade e cada tipo ou categoria de produtos para os quais tenham sido notificados, os organismos notificados devem ter na sua organização o pessoal administrativo, técnico e científico necessário, com conhecimentos técnicos e experiência suficiente e adequada, relacionada com dispositivos médicos para diagnóstico in vitro e as correspondentes tecnologias, para executar as tarefas de avaliação da conformidade, incluindo a avaliação de dados clínicos.

3.1.2. Em todas as circunstâncias e para cada procedimento de avaliação da conformidade e cada tipo ou categoria de produtos para os quais tenham sido notificados, os organismos de notificação devem ter na sua organização o pessoal administrativo, técnico e científico necessário, com conhecimentos médicos, técnicos e, se necessário, conhecimentos farmacológicos e experiência suficiente e adequada, relacionada com dispositivos médicos e as correspondentes tecnologias, para executar as tarefas de avaliação da conformidade, incluindo a avaliação de dados clínicos ou a aferição de uma avaliação efetuada por um subcontratante.

3.1.3. Os organismos notificados devem documentar claramente a dimensão e os limites dos deveres, responsabilidades e autoridade do pessoal envolvido nas atividades de avaliação da conformidade e disso informar o pessoal em questão.

3.1.3. Os organismos notificados devem documentar claramente a dimensão e os limites dos deveres, responsabilidades e autoridade do pessoal, incluindo quaisquer subcontratantes, filiais e peritos externos, envolvido nas atividades de avaliação da conformidade e disso informar o pessoal em questão.

 

3.1.3.-A. O organismo notificado deve disponibilizar a lista dos seus recursos humanos associados a atividades de avaliação da conformidade e dos respetivos conhecimentos especializados à Comissão e, mediante pedido, a outras partes. Essa lista deve ser mantida atualizada.

Alteração  221

Proposta de regulamento

Anexo VI – subponto 3.2.1

Texto da Comissão

Alteração

3.2.1. Os organismos notificados devem estabelecer e documentar critérios de qualificação e procedimentos de seleção e autorização de pessoas envolvidas em atividades de avaliação da conformidade (conhecimentos, experiência e outras competências exigidas), bem como a formação requerida (formação inicial e contínua). Os critérios de qualificação devem abranger as diversas funções incluídas no processo de avaliação da conformidade (por exemplo, auditoria, avaliação/ensaios dos produtos, análise do dossiê de conceção, tomada de decisões), bem como os dispositivos, tecnologias e domínios (por exemplo, biocompatibilidade, esterilização, tecidos e células de origem humana e animal, avaliação clínica) abrangidos pelo âmbito da designação.

3.2.1. O GCDM deve estabelecer e documentar os princípios de um elevado nível de competência e critérios de qualificação e procedimentos de seleção e autorização de pessoas envolvidas em atividades de avaliação da conformidade (conhecimentos, experiência e outras competências exigidas), bem como a formação requerida (formação inicial e contínua). Os critérios de qualificação devem abranger as diversas funções incluídas no processo de avaliação da conformidade (por exemplo, auditoria, avaliação/ensaios dos produtos, análise do dossiê de conceção, tomada de decisões), bem como os dispositivos, tecnologias e domínios (por exemplo, biocompatibilidade, esterilização, tecidos e células de origem humana e animal, avaliação clínica, gestão de riscos) abrangidos pelo âmbito da designação.

3.2.2. Os critérios de qualificação devem referir-se ao âmbito da designação dos organismos notificados, em conformidade com a descrição do âmbito utilizada pelos Estados-Membros para a notificação referida no artigo 31.º, dando pormenores suficientes para a qualificação requerida dentro das subdivisões da descrição do âmbito.

3.2.2. Os critérios de qualificação devem referir-se ao âmbito da designação dos organismos notificados, em conformidade com a descrição do âmbito utilizada pelos Estados-Membros para a notificação referida no artigo 31.º, dando pormenores suficientes para a qualificação requerida dentro das subdivisões da descrição do âmbito.

Devem definir-se critérios de qualificação específicos para a avaliação dos aspetos de biocompatibilidade, a avaliação clínica e os diferentes tipos de processos de esterilização.

Devem definir-se critérios de qualificação específicos para a avaliação dos aspetos de biocompatibilidade, a segurança, a avaliação clínica e os diferentes tipos de processos de esterilização.

3.2.3. Os membros do pessoal responsáveis por autorizar outros membros do pessoal a desempenhar atividades específicas de avaliação da conformidade e os membros do pessoal com responsabilidade global pela análise final e a tomada de decisões em matéria de certificação devem pertencer ao quadro dos próprios organismos notificados e não ser subcontratados. Estes membros do pessoal, no seu conjunto, devem possuir conhecimentos e experiência comprovados nos seguintes domínios:

3.2.3. Os membros do pessoal responsáveis por autorizar outros membros do pessoal a desempenhar atividades específicas de avaliação da conformidade e os membros do pessoal com responsabilidade global pela análise final e a tomada de decisões em matéria de certificação devem pertencer ao quadro dos próprios organismos notificados e não ser subcontratados. Estes membros do pessoal, no seu conjunto, devem possuir conhecimentos e experiência comprovados nos seguintes domínios:

– legislação da União em matéria de dispositivos médicos para diagnóstico in vitro e documentos de orientação relevantes,

– legislação da União em matéria de dispositivos médicos para diagnóstico in vitro e documentos de orientação relevantes,

– procedimentos de avaliação da conformidade nos termos do presente regulamento,

– procedimentos de avaliação da conformidade nos termos do presente regulamento,

– base ampla de tecnologias relativas a dispositivos médicos para diagnóstico in vitro, indústria de dispositivos médicos para diagnóstico in vitro e conceção e fabrico de dispositivos médicos para diagnóstico in vitro,

– base ampla de tecnologias relativas a dispositivos médicos para diagnóstico in vitro, indústria de dispositivos médicos para diagnóstico in vitro e conceção e fabrico de dispositivos médicos para diagnóstico in vitro,

– sistema de gestão da qualidade do organismo notificado e procedimentos conexos,

– sistema de gestão da qualidade do organismo notificado e procedimentos conexos,

– tipos de qualificações (conhecimentos, experiência e outras competências) exigidas para levar a cabo as avaliações da conformidade de dispositivos médicos para diagnóstico in vitro, bem como os critérios de qualificação pertinentes,

– tipos de qualificações (conhecimentos, experiência e outras competências) exigidas para levar a cabo as avaliações da conformidade de dispositivos médicos para diagnóstico in vitro, bem como os critérios de qualificação pertinentes,

– formação relevante para os membros do pessoal envolvidos nas atividades de avaliação da conformidade de dispositivos médicos para diagnóstico in vitro,

– formação relevante para os membros do pessoal envolvidos nas atividades de avaliação da conformidade de dispositivos médicos para diagnóstico in vitro,

– aptidão para redigir certificados, registos e relatórios que provem que as avaliações da conformidade foram corretamente efetuadas.

– aptidão para redigir certificados, registos e relatórios que provem que as avaliações da conformidade foram corretamente efetuadas;

 

– pelo menos, três anos de experiência adequada em matéria de avaliações da conformidade dentro do organismo notificado,

 

– experiência/antiguidade adequados em avaliações da conformidade nos termos do presente regulamento ou da legislação anteriormente aplicável durante um período mínimo de 3 anos num organismo notificado. O pessoal do organismo notificado envolvido nas decisões de certificação não pode ter participado numa avaliação da conformidade para a qual seja necessário tomar uma decisão de certificação.

3.2.4. Os organismos notificados devem dispor de especialistas clínicos. Estes membros do pessoal devem ser constantemente integrados no processo de tomada de decisões dos organismos notificados, a fim de:

3.2.4. Peritos clínicos: os organismos notificados devem dispor de especialistas em conceção de investigações clínicas, estatísticas médicas, gestão clínica de doentes, boa prática clínica em matéria de investigações clínicas. Deve recorrer-se ao pessoal interno permanente. Contudo, nos termos do artigo 28.º, os organismos notificados podem contratar especialistas externos numa base ad hoc e temporária, desde que possam publicar a lista desses peritos, bem como as funções específicas que lhes incumbe executar. Estes membros do pessoal devem ser constantemente integrados no processo de tomada de decisões dos organismos notificados, a fim de:

– identificar os momentos em que é necessária a participação de especialistas na apreciação da avaliação clínica efetuada pelo fabricante e identificar corretamente os especialistas qualificados,

– identificar os momentos em que é necessária a participação de especialistas na apreciação dos planos de investigação clínica e da avaliação clínica efetuada pelo fabricante e identificar corretamente os especialistas qualificados,

– formar adequadamente os especialistas clínicos externos em matéria de requisitos relevantes do presente regulamento, atos delegados e/ou atos de execução, normas harmonizadas, ETC e documentos de orientação, bem como garantir que os especialistas clínicos externos estão plenamente conscientes do contexto e das implicações das suas avaliações e do aconselhamento proporcionado,

– formar adequadamente os especialistas clínicos externos em matéria de requisitos relevantes do presente regulamento, atos delegados e/ou atos de execução, normas harmonizadas, ETC e documentos de orientação, bem como garantir que os especialistas clínicos externos estão plenamente conscientes do contexto e das implicações das suas avaliações e do aconselhamento proporcionado,

– estar aptos a discutir com o fabricante e os especialistas clínicos externos os dados clínicos contidos na avaliação clínica do fabricante e de orientar adequadamente os especialistas clínicos externos na apreciação da avaliação clínica,

– estar aptos a discutir com o fabricante e os especialistas clínicos externos a lógica da conceção do estudo planeado, os planos de investigação clínica e a seleção da intervenção de controlo e a orientar adequadamente os especialistas clínicos externos na apreciação da avaliação clínica,

– estar aptos a pôr cientificamente em causa os dados clínicos apresentados e os resultados da apreciação efetuada pelos especialistas clínicos externos da avaliação clínica do fabricante,

– estar aptos a pôr cientificamente em causa os planos de investigação clínica e os dados clínicos apresentados e os resultados da apreciação efetuada pelos especialistas clínicos externos da avaliação clínica do fabricante,

– estar aptos a determinar a comparabilidade e a coerência das avaliações clínicas efetuadas pelos especialistas clínicos,

– estar aptos a determinar a comparabilidade e a coerência das avaliações clínicas efetuadas pelos especialistas clínicos,

– estar aptos a fazer juízos clínicos objetivos da apreciação da avaliação clínica do fabricante e a formular recomendações aos decisores dos organismos notificados.

– estar aptos a fazer juízos clínicos objetivos da apreciação da avaliação clínica do fabricante e a formular recomendações aos decisores dos organismos notificados;

 

– assegurar independência e objetividade e divulgar potenciais conflitos de interesse.

3.2.5. Os membros do pessoal responsáveis por proceder à análise do produto (por exemplo, análise do dossiê de conceção, análise da documentação técnica ou exame de tipo, incluindo aspetos como a avaliação clínica, esterilização, validação do software) devem ter as qualificações comprovadas a seguir referidas:

3.2.5. Avaliadores de produtos: Os membros do pessoal responsáveis por proceder a análises do produto (por exemplo, análise do dossiê de conceção, análise da documentação técnica ou exame de tipo, incluindo aspetos como a avaliação clínica, segurança biológica, esterilização, validação do software) devem ter as qualificações especializadas que devem incluir:

– conclusão efetiva de um curso universitário ou de uma escola técnica superior ou qualificação equivalente em estudos relevantes, por exemplo, medicina, ciências naturais ou engenharia,

– conclusão efetiva de um curso universitário ou de uma escola técnica superior ou qualificação equivalente em estudos relevantes, por exemplo, medicina, ciências naturais ou engenharia,

– quatro anos de experiência profissional no domínio dos produtos para cuidados de saúde ou setores conexos (por exemplo, experiência na indústria, auditoria, cuidados de saúde, investigação), embora dois anos dessa experiência devam ser na conceção, fabrico, ensaios ou uso do dispositivo ou tecnologia a avaliar ou relacionada com os aspetos científicos a avaliar,

– quatro anos de experiência profissional no domínio dos produtos para cuidados de saúde ou setores conexos (por exemplo, experiência na indústria, auditoria, cuidados de saúde, investigação), embora dois anos dessa experiência devam ser na conceção, fabrico, ensaios ou uso do dispositivo (conforme definido no âmbito de um grupo genérico de dispositivos) ou tecnologia a avaliar ou relacionada com os aspetos científicos a avaliar,

– conhecimentos adequados dos requisitos gerais de segurança e desempenho constantes do anexo I, bem como dos atos delegados e/ou atos de execução, normas harmonizadas, ETC e documentos de orientação,

– conhecimentos adequados dos requisitos gerais de segurança e desempenho constantes do anexo I, bem como dos atos delegados e/ou atos de execução, normas harmonizadas, ETC e documentos de orientação,

 

– qualificação baseada em domínios técnicos ou científicos (por exemplo a esterilização, biocompatibilidade, tecidos de origem animal, tecidos de origem humana, software, avaliação clínica, segurança funcional, segurança elétrica, embalagem);

– conhecimentos e experiência adequados no domínio da gestão dos riscos e das normas e documentos de orientação relacionados aplicáveis aos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro,

– conhecimentos e experiência adequados no domínio da gestão dos riscos e das normas e documentos de orientação relacionados aplicáveis aos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro,

 

 

 

– experiência e conhecimentos adequados em matéria de avaliação clínica.

3.2.6. O pessoal responsável pela execução das auditorias ao sistema de gestão da qualidade do fabricante deve ter as qualificações comprovadas a seguir referidas:

3.2.6. Auditores: O pessoal responsável pela execução das auditorias ao sistema de garantia da qualidade do fabricante deve ter as qualificações especializadas que devem incluir:

– conclusão efetiva de um curso universitário ou de uma escola técnica superior ou qualificação equivalente em estudos relevantes, por exemplo, medicina, ciências naturais ou engenharia,

– conclusão efetiva de um curso universitário ou de uma escola técnica superior ou qualificação equivalente em estudos relevantes, por exemplo, medicina, ciências naturais ou engenharia,

– quatro anos de experiência profissional no domínio dos produtos para cuidados de saúde ou setores conexos (por exemplo, experiência na indústria, auditoria, cuidados de saúde, investigação), embora dois anos dessa experiência devam ser na área da gestão da qualidade,

– quatro anos de experiência profissional no domínio dos produtos para cuidados de saúde ou setores conexos (por exemplo, experiência na indústria, auditoria, cuidados de saúde, investigação), embora dois anos dessa experiência devam ser na área da gestão da qualidade,

 

- conhecimento adequado das tecnologias, tais como as definidas pelos códigos do IAF e da EAC, ou equivalentes;

Alteração  222

Proposta de regulamento

Anexo VI – ponto 3.4

Texto da Comissão

Alteração

3.4. Subcontratantes e especialistas externos

3.4. Subcontratantes e especialistas externos

3.4.1. Sem prejuízo das limitações decorrentes da secção 3.2, os organismos notificados podem subcontratar partes claramente definidas das atividades de avaliação da conformidade. Não é permitida a subcontratação da auditoria dos sistemas de gestão da qualidade ou das análises relacionadas com o produto no seu todo.

3.4.1. Sem prejuízo das limitações decorrentes da secção 3.2, os organismos notificados podem subcontratar partes claramente definidas das atividades de avaliação da conformidade a entidades públicas, em particular quando os conhecimentos clínicos especializados são limitados. Não é permitida a subcontratação da auditoria dos sistemas de gestão da qualidade ou das análises relacionadas com o produto no seu todo.

3.4.2. Quando um organismo notificado subcontratar atividades de avaliação da conformidade a uma organização ou a um indivíduo, deve ter uma política que descreva as condições em que a subcontratação se pode efetuar. Qualquer subcontratação ou consulta de especialistas externos deve ser corretamente documentada e ser submetida a um acordo escrito que cubra, nomeadamente, a confidencialidade e os conflitos de interesses.

3.4.2. Quando um organismo notificado subcontratar atividades de avaliação da conformidade a uma organização ou a um indivíduo, deve ter uma política que descreva as condições em que a subcontratação se pode efetuar. Qualquer subcontratação ou consulta de especialistas externos deve ser corretamente documentada, estar disponível publicamente e ser submetida a um acordo escrito que cubra, nomeadamente, a confidencialidade e os conflitos de interesses.

3.4.3. Quando se recorrer a subcontratantes ou especialistas externos no contexto da avaliação da conformidade, em especial no que respeite a dispositivos médicos ou tecnologias novos, invasivos e implantáveis, o organismo notificado deve dispor de competências próprias adequadas em cada área de produto para cuja avaliação da conformidade foi designado responsável, a fim de verificar a adequação e a validade dos pareceres dos especialistas e tomar uma decisão quanto à certificação.

3.4.3. Quando se recorrer a subcontratantes ou especialistas externos no contexto da avaliação da conformidade, em especial no que respeite a dispositivos médicos ou tecnologias novos, invasivos e implantáveis, o organismo notificado deve dispor de competências próprias adequadas em cada área de produto, cada tratamento ou especialidade médica para cuja avaliação da conformidade foi designado responsável, a fim de verificar a adequação e a validade dos pareceres dos especialistas e tomar uma decisão quanto à certificação.

3.4.4. O organismo notificado deve estabelecer procedimentos para avaliar e monitorizar a competência de todos os subcontratantes e especialistas externos a que recorrer.

3.4.4. O organismo notificado deve estabelecer procedimentos para avaliar e monitorizar a competência de todos os subcontratantes e especialistas externos a que recorrer.

 

3.4.4.-A. A política e os procedimentos referidos nos pontos 3.4.2 e 3.4.4 devem ser comunicados à autoridade nacional antes de ocorrer qualquer subcontratação.

Alteração  223

Proposta de regulamento

Anexo VI – subponto 3.5.2

Texto da Comissão

Alteração

3.5.2. Deve analisar a competência do seu pessoal e identificar as necessidades de formação a fim de manter o nível exigido de qualificações e conhecimentos.

3.5.2. Deve analisar a competência do seu pessoal e identificar as necessidades de formação, bem como assegurar que as medidas necessárias são tomadas em conformidade, a fim de manter o nível exigido de qualificações e conhecimentos.

Alteração  224

Proposta de regulamento

Anexo VI – subponto 3.5-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

3.5.-A Requisitos adicionais para os organismos notificados especiais

 

3.5.-A.1. Peritos clínicos para os organismos notificados especiais

 

Os organismos notificados devem dispor de especialistas em conceção de investigações clínicas, estatísticas médicas, gestão clínica de doentes, boa prática clínica em matéria de investigações clínicas e farmacologia. Deve recorrer-se ao pessoal interno permanente. Contudo, nos termos do artigo 30.º, os organismos notificados podem contratar especialistas externos numa base ad hoc e temporária, desde que possam publicar a lista desses peritos, bem como as funções específicas que lhes incumbe executar. Esses membros do pessoal devem ser constantemente integrados no processo de tomada de decisões dos organismos notificados, a fim de:

 

– identificar os momentos em que é necessária a participação de especialistas na apreciação dos planos de investigação clínica e da avaliação clínica efetuada pelo fabricante e identificar corretamente os especialistas qualificados,

 

– formar adequadamente os especialistas clínicos externos em matéria de requisitos relevantes do presente regulamento, atos delegados e/ou atos de execução, normas harmonizadas, ETC e documentos de orientação, bem como garantir que os especialistas clínicos externos estão plenamente conscientes do contexto e das implicações das suas avaliações e do aconselhamento proporcionado,

 

– estar aptos a discutir com o fabricante e os especialistas clínicos externos a lógica da conceção do estudo planeado, os planos de investigação clínica e a seleção da intervenção de controlo e a orientar adequadamente os especialistas clínicos externos na apreciação da avaliação clínica,

 

– estar aptos a pôr cientificamente em causa os planos de investigação clínica e os dados clínicos apresentados e os resultados da apreciação efetuada pelos especialistas clínicos externos da avaliação clínica do fabricante,

 

– estar aptos a determinar a comparabilidade e a coerência das avaliações clínicas efetuadas pelos especialistas clínicos,

 

– estar aptos a fazer juízos clínicos objetivos da apreciação da avaliação clínica do fabricante e a formular recomendações aos decisores dos organismos notificados,

 

- ter informações que possibilitem a compreensão das substâncias ativas,

 

- assegurar independência e objetividade e divulgar potenciais conflitos de interesse.

Alteração  225

Proposta de regulamento

Anexo VI – subponto 3.5.-A.2. (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

3.5.-A.2. Especialistas de produto para os organismos notificados especiais

 

Os membros do pessoal responsáveis por proceder a análises do produto (por exemplo, análise do dossiê de conceção, análise da documentação técnica ou exame de tipo) em relação a dispositivos a que refere o artigo 41.º-A (novo) devem ter as qualificações de especialista de produto comprovadas a seguir referidas:

 

-Preencher os requisitos aplicáveis a Avaliadores de Produtos;

 

- Possuir um título de nível universitário avançado num ambiente pertinente para os dispositivos médicos ou, alternativamente, dispor de seis anos de experiência relevante no setor dos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro ou setores conexos;

 

- Ser capaz de identificar os principais riscos dos produtos nas categorias dos especialistas de produtos sem referência prévia às especificações ou análises de risco do fabricante;

 

- Ser capaz de avaliar os requisitos essenciais quando não existam normas harmonizadas nem normas nacionais estabelecidas;

 

- A experiência profissional deve ser obtida na primeira categoria de produtos em que se baseia a sua qualificação, relevante para a categoria de produtos de designação do organismo notificado, oferecer conhecimentos suficientes e experiência para uma análise aprofundada da conceção, dos testes de validação e de verificação e da utilização clínica, com uma boa compreensão da conceção, fabrico, ensaios, uso clínico e riscos associados a esse dispositivo;

 

- A experiência profissional em falta para outras categorias de produtos diretamente relacionados com a primeira categoria de produtos poderá ser substituída por programas internos específicos de formação para os produtos;

 

- No caso de especialistas de produto com qualificações em tecnologias específicas como sejam a esterilização, os tecidos e as células de origem humana e animal, produtos de combinação, deve ser obtida experiência profissional no domínio tecnológico específico pertinente para o âmbito de designação do organismo notificado.

 

Para cada categoria designada de produtos, o organismo notificado especial deve dispor de um mínimo de dois especialistas de produto, um dos quais deverá ser interno, para analisar os dispositivos referidos no artigo 41.º-A, n.º 1. Estarão disponíveis especialistas de produto internos para esses dispositivos nos domínios tecnológicos designados (por exemplo, produtos de combinação, esterilização, tecidos e células de origem humana e animal) cobertos pelo âmbito da notificação.

Alteração  226

Proposta de regulamento

Anexo VI – subponto 3.5.-A.3. (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

3.5.-A.3. Formação para especialistas de produto

 

Os especialistas de produto recebem uma formação de 36 horas no mínimo que incide sobre dispositivos médicos para diagnóstico in vitro, regulamentos relativos a dispositivos médicos para diagnóstico in vitro e princípios de avaliação e certificação, incluindo formação sobre a verificação do produto fabricado.

 

O organismo notificado velará por que os especialistas de produto sejam qualificados e obtenham a formação adequada nos procedimentos pertinentes do sistema de gestão da qualidade do organismo notificado e sigam um plano de formação que contemple um número suficiente de análises da conceção realizadas sob supervisão e com revisão pelos pares antes de efetuar uma análise plenamente independente.

 

Para cada categoria de produto para a qual é requerida qualificação, o organismo notificado deve comprovar que possui os conhecimentos apropriados, a categoria de produtos. Para a primeira categoria de produtos devem ser realizados pelo menos cinco dossiês de conceção (sendo pelo menos dois deles primeiros pedidos ou alargamentos importantes da certificação). Para a qualificação subsequente em categorias adicionais de produtos, devem ser demonstrados conhecimentos e experiência adequados em relação ao produto.

Alteração  227

Proposta de regulamento

Anexo VI – ponto 3.5-A.4. (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

3.5.-A.4. Atualização da qualificação de especialistas de produto

 

As qualificações dos especialistas de produto devem ser revistas anualmente; devem ser apresentadas provas, como média móvel num período de quatro anos, de um mínimo de quatro análises do dossiê de conceção, independentemente do número de categorias de produtos em relação às quais se possua qualificação. As análises de alterações importantes à conceção aprovada (e não análises totais da conceção) representam 50%, o mesmo sucedendo com as análises supervisionadas.

 

O especialista será regularmente chamado a demonstrar conhecimentos atualizados do produto, bem como experiência de análise em cada categoria de produto em relação à qual existe qualificação. Cumpre demonstrar a realização de formação anual em relação à mais recente evolução dos regulamentos, às normas harmonizadas, aos documentos de orientação pertinentes, à avaliação clínica, à avaliação do desempenho e aos requisitos ETC.

 

Se os requisitos de renovação não forem satisfeitos, a qualificação será suspensa. Subsequentemente, a primeira análise do dossiê de conceção seguinte será realizada sob supervisão, sendo a requalificação confirmada com base no resultado dessa análise.

Alteração  228

Proposta de regulamento

Anexo VI – subponto 4.1

Texto da Comissão

Alteração

4.1. O processo de decisão do organismo notificado deve ser claramente documentado, incluindo o processo de emissão, suspensão, restabelecimento, retirada ou recusa dos certificados de avaliação da conformidade, sua modificação ou restrição e a emissão de aditamentos.

4.1. O processo de decisão do organismo notificado deve ser transparente e claramente documentado, e a sua conclusão deve estar disponível publicamente, incluindo a emissão, suspensão, restabelecimento, retirada ou recusa dos certificados de avaliação da conformidade, sua modificação ou restrição e a emissão de aditamentos.

4.2. O organismo notificado deve ter implementado um processo documentado para a realização dos procedimentos de avaliação da conformidade para os quais foi designado, tendo em conta as respetivas especificidades, incluindo consultas legalmente exigidas, respeitantes às diferentes categorias de dispositivos abrangidas pelo âmbito da notificação, garantindo transparência e a capacidade de reproduzir esses procedimentos.

4.2. O organismo notificado deve ter implementado um processo documentado para a realização dos procedimentos de avaliação da conformidade para os quais foi designado, tendo em conta as respetivas especificidades, incluindo consultas legalmente exigidas, respeitantes às diferentes categorias de dispositivos abrangidas pelo âmbito da notificação, garantindo transparência e a capacidade de reproduzir esses procedimentos.

4.3. O organismo notificado deve ter implementado procedimentos documentados que abranjam pelo menos os seguintes elementos:

4.3. O organismo notificado deve ter implementado procedimentos documentados que estejam publicamente disponíveis e que abranjam pelo menos os seguintes elementos:

– o pedido de avaliação da conformidade apresentado por um fabricante ou um mandatário,

– o pedido de avaliação da conformidade apresentado por um fabricante ou um mandatário,

– o tratamento do pedido, incluindo a verificação da completude da documentação, a qualificação do produto como dispositivo e a sua classificação,

– o tratamento do pedido, incluindo a verificação da completude da documentação, a qualificação do produto como dispositivo e a sua classificação, assim como o prazo recomendado para a avaliação de conformidade,

– a língua do pedido, da correspondência e da documentação a apresentar,

– a língua do pedido, da correspondência e da documentação a apresentar,

– os termos do acordo com o fabricante ou mandatário,

– os termos do acordo com o fabricante ou mandatário,

– as taxas a cobrar pelas atividades de avaliação da conformidade,

– as taxas a cobrar pelas atividades de avaliação da conformidade,

– a avaliação das alterações relevantes a submeter a aprovação prévia,

– a avaliação das alterações relevantes a submeter a aprovação prévia,

– a planificação da vigilância,

– a planificação da vigilância,

– a renovação de certificados.

– a renovação de certificados.

Alteração  229

Proposta de regulamento

Anexo VI – ponto 4-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

4-A. Duração recomendada das avaliações de conformidade realizadas pelos organismos notificados

 

4.1. Os organismos notificados devem indicar a duração da auditoria para as fases 1 e 2 das auditorias iniciais e das auditorias de fiscalização para cada requerente e cliente certificado.

 

4.2. A duração da auditoria deve basear-se nomeadamente no número efetivo de membros do pessoal da organização, na complexidade dos processos na organização, na natureza e características dos dispositivos médicos abrangidos pela auditoria e nas diferentes tecnologias empreendidas para fabricar e verificar os dispositivos médicos. A duração da auditoria pode ser adaptada com base em quaisquer fatores importantes que se apliquem exclusivamente à organização a auditar. O organismo notificado deve garantir que qualquer variação a nível da duração da auditoria não compromete a eficácia das auditorias.

 

4.3. A duração de qualquer auditoria no local programada não deve ser inferior a um auditor/dia.

 

4.4. A certificação de várias instalações abrangidas por um sistema de garantia da qualidade não deve basear-se num sistema de amostragem.

Alteração  230

Proposta de regulamento

Anexo VII – subponto 1.1

Texto da Comissão

Alteração

1.1. A aplicação das regras de classificação rege-se pela finalidade dos dispositivos.

1.1. A aplicação das regras de classificação rege-se pela finalidade, novidade, complexidade e risco inerente dos dispositivos.

Alteração  231

Proposta de regulamento

Anexo VII – subponto 2.3 – alínea c)

Texto da Comissão

Alteração

c) Detetar a presença de um agente infeccioso, se houver um risco significativo de um resultado erróneo causar a morte ou uma deficiência grave no indivíduo ou feto a testar ou nos descendentes do indivíduo;

c) Detetar a presença de um agente infeccioso, se houver um risco significativo de um resultado erróneo causar a morte ou uma deficiência grave no indivíduo, feto ou embrião a testar ou nos descendentes do indivíduo;

Justificação

Existem testes não apenas para fetos, mas também para embriões, ou seja antes do terceiro mês. Devem ser abrangidos pelo regulamento e devem ser tratados no âmbito da classe C, pois estão associados a testes de baixa qualidade os mesmos riscos existentes no caso dos fetos.

Alteração  232

Proposta de regulamento

Anexo VII – subponto 2.3 – alínea f) – subalínea ii)

Texto da Comissão

Alteração

ii) dispositivos a usar como testes para avaliar a fase das doenças, ou

ii) dispositivos a usar como testes para avaliar a fase das doenças ou para prognóstico, ou

Justificação

O prognóstico de doença é uma aplicação cada vez mais comum no setor do diagnóstico molecular, exemplificado por testes como o «Mammaprint» da Agendia e o «Oncotype Dx» da Genomic Health, ambos utilizados para dar pontuações de prognóstico da probabilidade de recorrência do cancro da mama após cirurgia. Uma vez que o prognóstico é uma forma de seleção de doentes, acreditamos que estes dispositivos devem ser incluídos explicitamente na Regra n.º 3.

Alteração  233

Proposta de regulamento

Anexo VII – subponto 2.3 – alínea j)

Texto da Comissão

Alteração

j) Rastrear doenças congénitas no feto.

j) Rastrear doenças congénitas no feto ou embrião.

Justificação

Os testes para diagnóstico pré-natal e testes genéticos pré-implantação existem também para embriões, ou seja antes do terceiro mês. Devem ser abrangidos pelo regulamento e devem ser tratados no âmbito da classe C, pois estão associados a testes de baixa qualidade os mesmos riscos existentes no caso dos fetos.

Alteração  234

Proposta de regulamento

Artigo VII – subponto 2.3 – alínea j-A) (nova)

Texto da Comissão

Alteração

 

j-A) Os DIV para deteção e identificação de anticorpos dirigidos aos eritrócitos, às plaquetas ou aos leucócitos.

Alteração  235

Proposta de regulamento

Anexo VIII – subponto 3.2 – alínea d) – travessão 2

Texto da Comissão

Alteração

– os processos de identificação do produto, elaborados e atualizados com base em desenhos, especificações ou outros documentos pertinentes no decurso de todas as fases do fabrico;

– os processos de identificação e rastreabilidade do produto, elaborados e atualizados com base em desenhos, especificações ou outros documentos pertinentes no decurso de todas as fases do fabrico;

Justificação

A rastreabilidade do produto e das suas partes ou componentes no processo de desenvolvimento e de produção é uma parte integrante do funcionamento do sistema de garantia de qualidade e, portanto, da sua avaliação.

Alteração  236

Proposta de regulamento

Anexo VIII – subponto 4.4 – parágrafo 1

Texto da Comissão

Alteração

O organismo notificado deve efetuar visitas de inspeção aleatórias não anunciadas às instalações do fabricante e, se for caso disso, às dos fornecedores e/ou subcontratantes do fabricante, que podem ser combinadas com a avaliação periódica de vigilância referida na secção 4.3. ou realizadas em complemento desta avaliação de vigilância. O organismo notificado estabelece um plano para as visitas de inspeção não anunciadas, que não deve ser divulgado ao fabricante.

O organismo notificado deve efetuar visitas de inspeção aleatórias não anunciadas, para cada fabricante e grupo genérico de dispositivos, aos locais de fabrico relevantes e, se for caso disso, às dos fornecedores e/ou subcontratantes do fabricante. O organismo notificado estabelece um plano para as visitas de inspeção não anunciadas, que não deve ser divulgado ao fabricante. Aquando dessas inspeções, o organismo notificado deve efetuar ou mandar efetuar ensaios de verificação do bom funcionamento do sistema de gestão da qualidade. Deve fornecer ao fabricante um relatório da inspeção com um relatório dos ensaios. O organismo notificado deve realizar as visitas de inspeção no mínimo de três em três anos.

Alteração  237

Proposta de regulamento

Anexo VIII – subponto 5.3

Texto da Comissão

Alteração

5.3. O organismo notificado deve examinar o pedido recorrendo a pessoal que disponha de conhecimentos e experiência comprovados na tecnologia em causa. O organismo notificado pode exigir que o pedido seja completado por ensaios ou elementos de prova suplementares que permitam avaliar a conformidade com os requisitos do presente regulamento. O organismo notificado deve realizar ensaios físicos e laboratoriais adequados ao dispositivo ou solicitar ao fabricante que realize esses ensaios.

5.3. O organismo notificado deve examinar o pedido recorrendo a pessoal que disponha de conhecimentos e experiência comprovados na tecnologia em causa. O organismo notificado deve assegurar que o pedido do fabricante descreve adequadamente a conceção, o fabrico e o desempenho do dispositivo, permitindo avaliar se o produto está em conformidade com os requisitos estabelecidos no presente regulamento. O organismo notificado deve apresentar observações a respeito da conformidade do seguinte:

 

- descrição genérica do produto,

 

- especificações de conceção, incluindo uma descrição das soluções adotadas para satisfazer os requisitos essenciais,

 

- procedimentos sistemáticos utilizados no processo de conceção e técnicas utilizadas para controlar, monitorizar e verificar a conceção do dispositivo.

 

O organismo notificado pode exigir que o pedido seja completado por ensaios ou elementos de prova suplementares que permitam avaliar a conformidade com os requisitos do presente regulamento. O organismo notificado deve realizar ensaios físicos e laboratoriais adequados ao dispositivo ou solicitar ao fabricante que realize esses ensaios.

Justificação

Os requisitos em matéria de avaliação da conformidade com base no exame do dossier de conceção devem ser concretizados e alterados, sobrepondo-se aos requisitos existentes a respeito da avaliação da aplicação pelo fabricante descritos no código de conduta voluntário dos organismos notificados.

Alteração  238

Proposta de regulamento

Anexo VIII – subponto 5.7

Texto da Comissão

Alteração

5.7. A fim de verificar a conformidade dos dispositivos fabricados classificados na classe D, o fabricante deve realizar ensaios aos dispositivos fabricados ou a cada lote de dispositivos. Após a conclusão das verificações e dos ensaios, o fabricante deve enviar os respetivos relatórios sem demora ao organismo notificado. Além disso, o fabricante deve pôr à disposição do organismo notificado as amostras dos dispositivos fabricados ou dos lotes de dispositivos de acordo com as condições e modalidades previamente estabelecidas, as quais devem prever que o organismo notificado ou o fabricante enviem, com regularidade, amostras dos dispositivos fabricados ou lotes de dispositivos para um laboratório de referência, caso este tenha sido designado de acordo com o artigo 78.º, para efeitos da realização de ensaios adequados. O laboratório de referência deve informar o organismo notificado das suas conclusões.

5.7. A fim de verificar a conformidade dos dispositivos fabricados classificados na classe D, o fabricante deve realizar ensaios aos dispositivos fabricados ou a cada lote de dispositivos. Após a conclusão das verificações e dos ensaios, o fabricante deve enviar os respetivos relatórios sem demora ao organismo notificado. Além disso, o fabricante deve pôr à disposição do organismo notificado as amostras dos dispositivos fabricados ou dos lotes de dispositivos de acordo com as condições e modalidades previamente estabelecidas, as quais devem prever que o organismo notificado ou o fabricante enviem amostras dos dispositivos fabricados ou lotes de dispositivos para um laboratório de referência, caso este tenha sido designado de acordo com o artigo 78.º, para efeitos da realização de ensaios adequados. O laboratório de referência deve informar o organismo notificado das suas conclusões.

Justificação

Não deve ser feito regularmente, mas para cada um dos casos.

Alteração  239

Proposta de regulamento

Anexo VIII – subponto 6.1 – título

Texto da Comissão

Alteração

6.1. Exame da conceção dos dispositivos de autodiagnóstico e dos testes a realizar na presença do doente classificados nas classes A, B ou C

6.1 Exame da conceção dos dispositivos de autodiagnóstico classificados nas classes A, B ou C e dos testes a realizar na presença do doente classificados na classe C

Justificação

Deve haver uma diferença no que refere à avaliação da conformidade e às classes de risco para testes a realizar na presença do doente. Os dispositivos para testes a realizar na presença do doente pertencentes à classe B devem ser tratados no anexo VIII, da mesma forma que todos os demais dispositivos. Assim, as regras de classificação são transferidas para as vias e requisitos de avaliação da conformidade.

Alteração  240

Proposta de regulamento

Anexo VIII – subponto 6.1 – alínea a)

Texto da Comissão

Alteração

a) O fabricante de dispositivos de autodiagnóstico e de testes a realizar na presença do doente classificados nas classes A, B ou C deve apresentar um pedido de exame da conceção ao organismo notificado referido na secção 3.1.

a) O fabricante de dispositivos de autodiagnóstico classificados nas classes A, B ou C e de testes a realizar na presença do doente classificados na classe C deve apresentar um pedido de exame da conceção ao organismo notificado referido na secção 3.1.

Justificação

Deve haver uma diferença no que refere à avaliação da conformidade e às classes de risco para testes a realizar na presença do doente. Os dispositivos para testes a realizar na presença do doente pertencentes à classe B devem ser tratados no anexo VIII, da mesma forma que todos os demais dispositivos. Assim, as regras de classificação são transferidas para as vias e requisitos de avaliação da conformidade.

Alteração  241

Proposta de regulamento

Anexo VIII – subponto ponto 6.2 – alínea e)

Texto da Comissão

Alteração

e) Ao tomar a sua decisão, o organismo notificado deve tomar em devida consideração, se for caso disso, o parecer da autoridade competente em matéria de medicamentos ou da EMA. A sua decisão final deve ser transmitida à respetiva autoridade competente em matéria de medicamentos ou à EMA. O certificado de exame UE de conceção deve ser emitido em conformidade com a alínea d) da secção 6.1.

e) Ao tomar a sua decisão, o organismo notificado deve tomar em devida consideração, se for caso disso, o parecer da autoridade competente em matéria de medicamentos ou da EMA relativamente à adequabilidade científica do teste para seleção terapêutica. Caso o organismo notificado se desvie dessa posição, deve justificar a sua decisão à respetiva autoridade competente em matéria de medicamentos ou à EMA. Caso não se chegue a acordo, o organismo notificado deve informar disso o GCDM. O certificado de exame UE de conceção deve ser emitido em conformidade com a alínea d) da secção 6.1.

Justificação

A proposta indica que o organismo notificado deve ter em «devida consideração» o parecer expresso pela EMA. Esta situação deixa ampla margem para interpretação e, embora o organismo notificado não seja obrigado a seguir o parecer da EMA, parece bastante improvável que o ignore. Por conseguinte, necessitamos de uma definição do que acontece caso as avaliações da EMA e do organismo notificado sejam contraditórias.

Alteração  242

Proposta de regulamento

Anexo IX – subponto 3.5

Texto da Comissão

Alteração

3.5. no caso dos dispositivos classificados na classe D, solicitar a um laboratório de referência, caso este tenha sido designado de acordo com o artigo 78.º, uma verificação da conformidade do dispositivo com as ETC ou com outras soluções escolhidas pelo fabricante para garantir um nível de segurança e desempenho pelo menos equivalente. O laboratório de referência deve emitir um parecer científico no prazo de 30 dias. O parecer científico do laboratório de referência e quaisquer eventuais atualizações devem ser incluídos na documentação do organismo notificado relativa ao dispositivo. Ao tomar a sua decisão, o organismo notificado deve ter devidamente em conta as observações expressas no parecer. O organismo notificado não pode emitir o certificado se o parecer científico for desfavorável;

3.5. No caso dos dispositivos classificados na classe D ou no caso dos testes de seleção terapêutica, solicitar a um laboratório de referência, caso este tenha sido designado de acordo com o artigo 78.º, uma verificação da conformidade do dispositivo com as ETC ou com outras soluções escolhidas pelo fabricante para garantir um nível de segurança e desempenho pelo menos equivalente. O laboratório de referência deve emitir um parecer científico no prazo de 30 dias. O parecer científico do laboratório de referência e quaisquer eventuais atualizações devem ser incluídos na documentação do organismo notificado relativa ao dispositivo. Ao tomar a sua decisão, o organismo notificado deve ter devidamente em conta as observações expressas no parecer. O organismo notificado não pode emitir o certificado se o parecer científico for desfavorável;

Justificação

This shifts the consultation process to the development of Common Technical Specifications for companion diagnostics, setting up minimal performance requirements for those tests; these requirements would also be available to the users ensuring a better transparency of the system. In addition, the consultation of EMA or competent authorities for medicinal products would not be appropriate in regard to the performance of the IVD tests to be used together with the personalized medicine. None of them have the necessary competences and mandate regarding the assessment of the safety and performance of those tests.

Alteração  243

Proposta de regulamento

Anexo IX – subponto 3.6

Texto da Comissão

Alteração

3.6. no caso dos testes para seleção terapêutica destinados a avaliar a elegibilidade do doente para o tratamento com um medicamento específico, pedir a uma das autoridades competentes designadas pelo Estados-Membros nos termos da Diretiva 2001/83/CE (a seguir designada «autoridade competente em matéria de medicamentos»), ou à Agência Europeia de Medicamentos (a seguir designada «EMA») um parecer quanto à adequação do dispositivo relativamente ao medicamento em questão, com base no projeto de resumo da segurança e do desempenho e no projeto de instruções de utilização. Se o medicamento for abrangido exclusivamente pelo âmbito de aplicação do anexo do Regulamento (CE) n.º 726/2004, o organismo notificado deve pedir um parecer à EMA. A autoridade competente em matéria de medicamentos, ou a Agência Europeia de Medicamentos, deve emitir o seu parecer, se for caso disso, no prazo de 60 dias após a receção da documentação válida. Este período de 60 dias pode ser prorrogado uma única vez por um novo período de 60 dias, por motivos cientificamente válidos. O parecer da autoridade competente em matéria de medicamentos ou da EMA e quaisquer eventuais atualizações devem ser incluídos na documentação do organismo notificado relativa ao dispositivo. Ao tomar a sua decisão, o organismo notificado deve tomar em devida consideração, se for caso disso, o parecer da autoridade competente em matéria de medicamentos ou da EMA. A sua decisão final deve ser transmitida à respetiva autoridade competente em matéria de medicamentos ou à EMA.

Suprimido

Justificação

This shifts the consultation process to the development of Common Technical Specifications for companion diagnostics, setting up minimal performance requirements for those tests; these requirements would also be available to the users ensuring a better transparency of the system. In addition, the consultation of EMA or competent authorities for medicinal products would not be appropriate in regard to the performance of the IVD tests to be used together with the personalized medicine. None of them have the necessary competences and mandate regarding the assessment of the safety and performance of those tests.

Alteração  244

Proposta de regulamento

Anexo IX – subponto 5.4

Texto da Comissão

Alteração

5.4. Caso as alterações afetem os testes para seleção terapêutica aprovados pelo certificado de exame UE de tipo no que diz respeito à sua adequação relativamente ao medicamento em questão, o organismo notificado pede um parecer à autoridade competente em matéria de medicamentos que interveio na consulta inicial ou à EMA. A autoridade competente em matéria de medicamentos, ou a EMA, deve emitir o seu parecer, se for caso disso, no prazo de 30 dias após a receção da documentação válida relativa às alterações. A aprovação de quaisquer alterações ao tipo aprovado deve revestir a forma de um aditamento ao certificado inicial de exame UE de tipo.

Suprimido

Justificação

This shifts the consultation process to the development of Common Technical Specifications for companion diagnostics, setting up minimal performance requirements for those tests; these requirements would also be available to the users ensuring a better transparency of the system. In addition, the consultation of EMA or competent authorities for medicinal products would not be appropriate in regard to the performance of the IVD tests to be used together with the personalized medicine. None of them have the necessary competences and mandate regarding the assessment of the safety and performance of those tests.

Alteração  245

Proposta de regulamento

Anexo X – subponto 5.1

Texto da Comissão

Alteração

5.1. No caso dos dispositivos classificados na classe D, o fabricante deve realizar ensaios aos dispositivos fabricados ou a cada lote de dispositivos. Após a conclusão das verificações e dos ensaios, o fabricante deve enviar os respetivos relatórios sem demora ao organismo notificado. Além disso, o fabricante deve pôr à disposição do organismo notificado as amostras dos dispositivos fabricados ou dos lotes de dispositivos de acordo com as condições e modalidades previamente estabelecidas, as quais devem prever que o organismo notificado ou o fabricante enviem, com regularidade, amostras dos dispositivos fabricados ou lotes de dispositivos para um laboratório de referência, caso este tenha sido designado de acordo com o artigo 78.º, para efeitos da realização de ensaios adequados. O laboratório de referência deve informar o organismo notificado das suas conclusões.

5.1. No caso dos dispositivos classificados na classe D, o fabricante deve realizar ensaios aos dispositivos fabricados ou a cada lote de dispositivos. Após a conclusão das verificações e dos ensaios, o fabricante deve enviar os respetivos relatórios sem demora ao organismo notificado. Além disso, o fabricante deve pôr à disposição do organismo notificado as amostras dos dispositivos fabricados ou dos lotes de dispositivos de acordo com as condições e modalidades previamente estabelecidas, as quais devem prever que o organismo notificado ou o fabricante enviem amostras dos dispositivos fabricados ou lotes de dispositivos para um laboratório de referência, caso este tenha sido designado de acordo com o artigo 78.º, para efeitos da realização de ensaios laboratoriais adequados. O laboratório de referência deve informar o organismo notificado das suas conclusões.

Justificação

Esclarecimento de que têm de ser ensaios laboratoriais e não apenas um «ensaio documental».

Alteração  246

Proposta de regulamento

Anexo XII – parte A – subponto 1.2.1.4

Texto da Comissão

Alteração

1.2.1.4 Os dados de desempenho analítico devem ser resumidos como parte do relatório de provas clínicas.

1.2.1.4 Todo o conjunto de dados de desempenho analítico deve acompanhar o relatório de provas clínicas e pode ser resumido como parte do mesmo.

Justificação

Para uma análise adequada; o conjunto de dados já existe e não constitui qualquer encargo adicional.

Alteração  247

Proposta de regulamento

Anexo XII – parte A – subponto 1.2.2.5

Texto da Comissão

Alteração

1.2.1.4. Os dados de desempenho clínico devem ser resumidos como parte do relatório de provas clínicas.

1.2.1.4. Todo o conjunto de dados de desempenho clínico deve acompanhar o relatório de provas clínicas e pode ser resumido como parte do mesmo.

Justificação

Para uma análise adequada; o conjunto de dados já existe e não constitui qualquer encargo adicional.

Alteração  248

Proposta de regulamento

Anexo XII – parte A – subponto 1.2.2.6 – travessão 2

Texto da Comissão

Alteração

– para os dispositivos classificados na classe C de acordo com as regras fixadas no anexo VII, o relatório do estudo de desempenho clínico deve incluir o método de análise dos dados, as conclusões do estudo e os detalhes relevantes do protocolo do estudo,

– para os dispositivos classificados na classe C de acordo com as regras fixadas no anexo VII, o relatório do estudo de desempenho clínico deve incluir o método de análise dos dados, as conclusões do estudo e os detalhes relevantes do protocolo do estudo, bem como todo o conjunto de dados,

Alteração  249

Proposta de regulamento

Anexo XII – parte A – subponto 1.2.2.6 – travessão 3

Texto da Comissão

Alteração

– para os dispositivos classificados na classe D de acordo com as regras fixadas no anexo VII, o relatório do estudo de desempenho clínico deve incluir o método de análise dos dados, as conclusões do estudo, os detalhes relevantes do protocolo do estudo e os dados individuais obtidos.

– para os dispositivos classificados na classe D de acordo com as regras fixadas no anexo VII, o relatório do estudo de desempenho clínico deve incluir o método de análise dos dados, as conclusões do estudo, os detalhes relevantes do protocolo do estudo e todo o conjunto de dados.

Alteração  250

Proposta de regulamento

Anexo XII – parte A – subponto 2.2 – parágrafo 1

Texto da Comissão

Alteração

Todas as etapas do estudo de desempenho clínico, desde a primeira consideração da necessidade e justificação do estudo até à publicação dos resultados, devem ser efetuadas em conformidade com princípios éticos reconhecidos, por exemplo os estabelecidos na Declaração de Helsínquia da Associação Médica Mundial sobre «Princípios éticos aplicáveis à investigação médica em seres humanos», aprovada pela 18.ª Assembleia Geral da Associação Médica Mundial, em Helsínquia, na Finlândia, em 1964, com a última redação que lhe foi dada pela 59.ª Assembleia Geral da Associação Médica Mundial em Seul, na Coreia, em 2008.

Todas as etapas do estudo de desempenho clínico, desde a primeira consideração da necessidade e justificação do estudo até à publicação dos resultados, devem ser efetuadas em conformidade com princípios éticos reconhecidos, por exemplo os estabelecidos na Declaração de Helsínquia da Associação Médica Mundial sobre «Princípios éticos aplicáveis à investigação médica em seres humanos», aprovada pela 18.ª Assembleia Geral da Associação Médica Mundial, em Helsínquia, na Finlândia, em 1964, com a última redação que lhe foi dada pela 59.ª Assembleia Geral da Associação Médica Mundial em Seul, na Coreia, em 2008. Deve ser garantida a conformidade com os princípios supracitados após um exame efetuado pelo comité de ética competente.

Alteração  251

Proposta de regulamento

Anexo XII – parte A – subponto 2.3.3 – parágrafo 1

Texto da Comissão

Alteração

Um «relatório do estudo de desempenho clínico», assinado por um médico ou outra pessoa autorizada responsável, deve incluir informações documentadas sobre o protocolo do estudo de desempenho clínico, os resultados e as conclusões desse estudo, incluindo as constatações desfavoráveis. Os resultados e as conclusões devem ser transparentes, isentos de enviesamento e clinicamente relevantes. O relatório deve conter informações suficientes para que um terceiro independente o possa compreender sem recorrer a outros documentos. Deve incluir igualmente, quando adequado, as alterações ou desvios ao protocolo, bem como as exclusões de dados, com a devida fundamentação.

Um «relatório do estudo de desempenho clínico», assinado por um médico ou outra pessoa autorizada responsável, deve incluir informações documentadas sobre o protocolo do estudo de desempenho clínico, os resultados e as conclusões desse estudo, incluindo as constatações desfavoráveis. Os resultados e as conclusões devem ser transparentes, isentos de enviesamento e clinicamente relevantes. O relatório deve conter informações suficientes para que um terceiro independente o possa compreender sem recorrer a outros documentos. Deve incluir igualmente, quando adequado, as alterações ou desvios ao protocolo, bem como as exclusões de dados, com a devida fundamentação. O relatório deve ser acompanhado pelo relatório de provas clínicas, conforme referido no ponto 3.1, e estar acessível por via do sistema eletrónico referido no artigo 51.º.

Alteração  252

Proposta de regulamento

Anexo XII – parte A – subponto 3.3

Texto da Comissão

Alteração

3.3 As provas clínicas e a respetiva documentação devem ser atualizadas ao longo do ciclo de vida do dispositivo em questão com dados obtidos a partir da aplicação do plano de vigilância pós-comercialização do fabricante referido no artigo 8.º, n.º 5, que deve incluir um plano de acompanhamento pós-comercialização do dispositivo em conformidade com a parte B do presente anexo.

3.3 Os dados relativos às provas clínicas e a respetiva documentação devem ser atualizados ao longo do ciclo de vida do dispositivo em questão com dados obtidos a partir da aplicação do plano de vigilância pós-comercialização do fabricante referido no artigo 8.º, n.º 5, que deve incluir um plano de acompanhamento pós-comercialização do dispositivo em conformidade com a parte B do presente anexo. Os dados das provas clínicas e suas atualizações subsequentes decorrentes de um acompanhamento pós-comercialização devem estar acessíveis por via dos sistemas eletrónicos referidos nos artigos 51.º e 60.º.

Alteração  253

Proposta de regulamento

Anexo XII I – parte I-A (nova) – ponto 1 (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

1-A. Menores e sujeitos incapazes

 

1. Sujeito incapazes

 

No caso de sujeitos incapazes que não tenham dado, nem recusado dar, o seu consentimento esclarecido antes do início da sua incapacidade, apenas podem ser realizados estudos intervencionais de desempenho clínico ou outros estudos de desempenho clínico que envolvam riscos para os sujeitos dos estudos se, para além das condições gerais, estiverem reunidas todas as condições seguintes:

 

-Tiver sido obtido o consentimento esclarecido do representante legal; o consentimento deve refletir a vontade presumível do sujeito e pode ser revogado a qualquer momento, sem prejuízo para este último;

 

- O sujeito incapaz recebeu do investigador ou do seu representante, em conformidade com a legislação do Estado‑Membro em causa, informações adequadas, em função da sua capacidade de compreensão, sobre o estudo e os respetivos riscos e benefícios;

 

- O investigador toma em conta o desejo explícito de um sujeito incapaz que possa formar uma opinião e avaliar essas informações de se recusar a participar ou de ser retirado do estudo de desempenho clínico a qualquer momento, mesmo que não seja apresentado um motivo e sem que seja imputado ao sujeito participante ou ao seu representante legal qualquer responsabilidade ou prejuízo;

 

- Não são concedidos quaisquer incentivos nem benefícios financeiros além de uma compensação pela participação no estudo de desempenho clínico;

 

- A investigação é essencial para validar dados obtidos num estudo de desempenho clínico realizado com pessoas capazes de dar o seu consentimento esclarecido ou através de outros métodos de investigação;

 

- A investigação está diretamente relacionada com uma situação clínica que afete a pessoa em causa;

 

- O estudo de desempenho clínico foi concebido para minimizar a dor, o desconforto, o medo e qualquer outro risco previsível relacionado com a doença e a respetiva fase de desenvolvimento e tanto o limiar do risco como o grau de sofrimento são objeto de uma definição específica e de uma observação permanente;

 

- A investigação é necessária para promover a saúde da população visada pelo estudo de desempenho clínico, não podendo, em vez disso, ser realizada em sujeitos capazes.

 

- Há motivos para esperar que a participação no estudo de desempenho clínico comporte para o sujeito incapaz benefícios que superem os riscos ou implique apenas um risco mínimo;

 

- O protocolo tiver sido aprovado por um comité de ética dotado de competência específica relativamente ao domínio da doença e da população em causa ou após o respetivo aconselhamento em questões clínicas, éticas e psicossociais ligadas à doença e à população em causa;

 

O sujeito do ensaio deve, na medida do possível, tomar parte no procedimento de consentimento.

Alteração  254

Proposta de regulamento

Anexo XII I – parte I-A (nova) – ponto 2 (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

2. Menores

 

Um estudo intervencional de desempenho clínico e outros estudos de desempenho clínico que comportem riscos para o menor apenas podem ser realizados se, para além das condições gerais, estiverem reunidas todas as condições seguintes:

 

- Foi obtido o consentimento esclarecido por escrito do ou dos representantes legais, o qual deve refletir a vontade presumível do menor;

 

- Foi obtido o consentimento esclarecido e expresso do menor, no caso de o mesmo ter capacidade para dar esse consentimento ao abrigo do direito nacional;

 

- O menor recebeu, por parte de um médico (o investigador ou um membro da equipa do estudo) dotado de formação ou experiência de trabalho com crianças, todas as informações relevantes, adaptadas à sua idade e maturidade, relativas ao estudo e aos respetivos riscos e benefícios;

 

- Sem prejuízo do disposto no segundo travessão, o investigador toma devidamente em conta o desejo explícito do menor, quando este for capaz de formar uma opinião e de avaliar essas informações, de se recusar a participar ou de ser retirado do estudo de desempenho clínico a qualquer momento;

 

- Não são dados quaisquer incentivos ou benefícios financeiros para além do pagamento pela participação no estudo de desempenho clínico;

 

- A investigação tem uma relação direta com o quadro clínico do menor em causa ou, pela sua natureza, apenas pode ser realizada em menores;

 

- O estudo de desempenho clínico foi concebido para minimizar a dor, o desconforto, o medo e qualquer outro risco previsível relacionado com a doença e a respetiva fase de desenvolvimento e tanto o limiar do risco como o grau de sofrimento são objeto de uma definição específica e de uma observação permanente;

 

- Há motivos para esperar que o estudo possa comportar benefícios diretos para a categoria de doentes visada pelo estudo de desempenho clínico;

 

- Forem respeitadas as orientações científicas pertinentes da Agência;

 

- O interesse dos doentes deve prevalecer sempre sobre os interesses da ciência e da sociedade;

 

- O estudo de desempenho clínico não reproduz outros estudos baseados na mesma hipótese e a tecnologia utilizada é adequada à idade;

 

- O protocolo tiver sido aprovado por um comité de ética dotado de competência em matéria de pediatria ou após consulta sobre as questões clínicas, éticas e psicossociais da pediatria.

 

O menor deve tomar parte no procedimento de consentimento de modo adaptado à sua idade e maturidade. Os menores capazes de dar o seu consentimento, de acordo com a legislação nacional, devem também dar o seu consentimento esclarecido e expresso para participarem no estudo.

 

Sempre que, no quadro do estudo de desempenho clínico, o menor atinja a maioridade em conformidade com a legislação do Estado-Membro em causa, deve obter-se especificamente o seu consentimento esclarecido para a continuação do estudo.

  • [1]               JO C 133 de 9.5.2013, p. 52.

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

· O que são dispositivos médicos de DIV?

Os dispositivos médicos de DIV são dispositivos médicos destinados a utilização fora do corpo humano (in vitro), que podem ser utilizados em laboratório ou próximo do doente, por exemplo ao lado da cama. Abrangem uma grande diversidade de testes, como o autoteste para a medição do nível de açúcar no sangue, testes de VIH e testes de ADN.

· Por que motivo é importante melhorar o regulamento relativo a dispositivos médicos de DIV?

Muitas pessoas consideram o regulamento relativo a dispositivos médicos de DIV a «irmã mais nova» do regulamento relativo aos dispositivos médicos. Na audição realizada a 26 de fevereiro, um dos especialistas, Sine Jensen do Danish Consumer Council (Conselho Dinamarquês dos Consumidores) afirmou que os dispositivos médicos de DIV não são a «irmã mais nova», mas sim os «pais» dos dispositivos médicos e talvez os pais de todas as terapêuticas, incluindo produtos farmacêuticos e cirurgia. Sem um diagnóstico adequado, não é possível o tratamento adequado nem a prevenção de doenças. Infelizmente, a diretiva em vigor não impede a comercialização dos dispositivos médicos de DIV de baixa qualidade. No passado, registaram-se casos em que um teste de VIH de baixa qualidade foi comercializado no mercado europeu com uma marcação CE. Um instituto científico já tinha determinado, antes de os organismos notificados aprovarem a marcação CE, que estes testes facultavam muito mais resultados negativos falsos do que os demais testes de VIH disponíveis, o que significa que os testes informavam que não existia vírus, quando na verdade existia. No entanto, este produto esteve à disposição dos doentes na UE durante vários anos. Caso se realize uma transfusão de sangue com base num resultado negativo falso de VIH, isto representa um risco mortal para os recetores da transfusão de sangue. Todas as pessoas infetadas com o VIH que recebem um resultado negativo falso podem colocar os seus parceiros em risco. De certa forma, os testes de VIH com mau desempenho são mais perigosos para a saúde das pessoas do que implantes mamários ou próteses da anca de baixa qualidade. Foram comunicados casos semelhantes relativamente à hepatite C, que ainda é uma doença mortal e para a qual não existe tratamento adequado. Foi relatado que um especialista em testes de ADN enviou a mesma amostra para quatro laboratórios diferentes e recebeu quatro resultados diferentes.

 

· Por que motivo a UE deve regulamentar estas matérias?

Os dispositivos médicos de DIV são produtos que podem circular livremente no mercado comum. Não existem fronteiras nacionais para estes produtos no mercado europeu. É por este motivo que a União Europeia tem a obrigação de assegurar o maior nível possível de segurança. A proposta tem como fundamento os artigos 114.º e 168.º do Tratado. O artigo 114.º solicita um grau elevado de proteção da saúde humana. O artigo 168.º, n.º 4, alínea c) faculta ainda uma base jurídica adicional específica.

· Melhorias importantes para solucionar as insuficiências atuais

A Comissão inclui melhorias importantes para solucionar as insuficiências atuais do sistema para dispositivos médicos de DIV semelhantes às existentes para outros dispositivos médicos. Os organismos notificados serão consideravelmente melhorados e a supervisão dos Estados-Membros aos organismos notificados será reforçada. De extrema importância é o facto de o sistema de vigilância e fiscalização do mercado ser reforçado. As visitas de inspeção não anunciadas às empresas serão obrigatórias. Além disso, a Comissão propõe introduzir uma rede de laboratórios de referência europeus que desempenha um papel importante no controlo de dispositivos médicos de risco elevado. O relator saúda vivamente estas propostas que, na sua opinião, melhorarão substancialmente a segurança para os doentes.

· Aspetos comuns da proposta para um regulamento relativo a dispositivos médicos e a dispositivos médicos para diagnóstico in vitro

Existem vários aspetos nos quais a Comissão Europeia propõe regulamentar os dispositivos médicos de DIV da mesma forma que outros dispositivos médicos. Assim, uma grande parte da proposta da Comissão é idêntica. Estas partes devem ser avaliadas em conjunto por ambos os relatores e respetivos relatores-sombra. Este aspeto abrange, por exemplo, o papel, a estrutura e os melhoramentos necessários dos organismos notificados, o sistema de fiscalização, a avaliação conjunta, a verificação, identificação e rastreabilidade e o papel do Grupo de Coordenação dos Dispositivos Médicos, ou GCDM).

O relator considera que a estrutura fundamental da proposta da Comissão é apropriada. Não irá propor um sistema de avaliação prévia à comercialização por uma autoridade do Estado-Membro, mas propõe que se continue a trabalhar no melhoramento do sistema dos organismos notificados. Evidentemente, o relator está disponível para debate e melhoramentos do texto.

· Estudos de desempenho clínico

A proposta contém um capítulo relativo a estudos de desempenho clínico. Este está relacionado com o regulamento proposto relativo a ensaios clínicos e com a proposta relativa a dispositivos médicos. A proposta relativa a ensaios clínicos está sujeita a várias críticas e foram apresentadas muitas alterações à Comissão ENVI. A parte respetiva do regulamento relativo a DIV deve ser adotada para solucionar as preocupações apresentadas no debate sobre o regulamento relativo a ensaios clínicos.

Especialmente quando um estudo de desempenho clínico está associado a um risco significativo para os sujeitos do ensaio, por exemplo caso a colheita da amostra seja efetuada por punção lombar, é necessário estabelecer a melhor proteção possível.

O relator introduz três principais melhoramentos da proposta da Comissão, que também são apresentados por vários colegas no processo de proposta de regulamento relativo a ensaios clínicos:

1.        O estudo de desempenho clínico deve ser avaliado de forma positiva por um comité de ética antes de ser iniciado.

2.        A proteção de menores e de outras pessoas que não sejam capazes de dar o seu consentimento esclarecido deve ser especificada da mesma forma que na diretiva relativa a ensaios clínicos em 2001

3.        Os prazos devem ser moderadamente prolongados para conceder ao comité de ética e às autoridades o tempo necessário para avaliar a proposta.

Tornar a proposta aceitável para as PME

No domínio dos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro, muitas das empresas que disponibilizam estes dispositivos são PME. É este o motivo pelo qual o regulamento deve ter em conta a capacidade das PME para suportar os encargos. Obviamente, isto não comprometerá a saúde e a segurança.

São apresentadas alterações para ter em consideração a capacidade e as necessidades das PME. Por exemplo, deve ser possível fornecer alguma da informação solicitada eletronicamente e deve ser especificado que a informação de acompanhamento do produto deve ser fornecida numa língua oficial da União e em nenhuma outra língua. Ambas as alterações reduzem o potencial encargo para as PME. A tradução das declarações de conformidade para todas as línguas oficiais da União onde o dispositivo é disponibilizado representa um esforço administrativo desproporcionado e, por esse motivo, dispendioso, que não se justifica. Tal como atualmente, a disponibilização numa das línguas da União será suficiente.

Classificação

É proposto um sistema de classificação completamente novo (A-D) (A=dispositivo de risco reduzido – D=dispositivo de risco elevado). A maioria das partes interessadas considera-o apropriado e baseia-se em consenso internacional.

O relator apoia esta proposta.

Realização de testes a nível interno

Na diretiva em vigor todos os testes a nível interno, ou seja os testes realizados numa única instituição de cuidados de saúde, por exemplo num hospital, encontram-se isentos dos requisitos. A Comissão propôs manter isto em princípio para as classes de risco A, B e C, mas incluí-los plenamente quando os testes se enquadram na classe D. Isto deve ser ligeiramente adaptado no que se refere às necessidades dos médicos e doentes numa única instituição de saúde sem alterar drasticamente o conceito da Comissão Europeia.

Testes para seleção terapêutica

Os testes para seleção terapêutica são testes de ADN que fornecem informação sobre a probabilidade de uma terapia específica resultar num doente específico. A imensa oportunidade da medicina personalizada e estratificada deve ser tratada de forma adequada pelo regulamento. A proposta da Comissão constitui uma base sólida, mas deve ser mais clarificada. O relator propôs clarificar que os testes para seleção terapêutica não estão sujeitos a qualquer derrogação interna.

Autodiagnóstico e testes a realizar na presença do doente

Os testes que não são realizados por profissionais de saúde, mas por doentes, devem ser ainda mais cautelosamente regulamentados, pois os profissionais de saúde podem incluir outros elementos do seu diagnóstico, ao passo que os leigos podem basear a sua decisão somente no teste. Foi alvo de críticas o facto de a Comissão regulamentar da mesma forma o autodiagnóstico e os testes a realizar na presença do doente por profissionais de saúde. Convém alterar esta situação.

Âmbito de aplicação

O âmbito necessita de maior clarificação. Nos termos da proposta da Comissão, os chamados testes nutrigenéticos e os testes de estilo de vida não são abrangidos. Mas estes testes podem ter, no mínimo indiretamente, consequências bastante graves na saúde das pessoas. Se, por exemplo, um teste afirmar ajudar um doente a perder peso e o doente precisar desesperadamente de perder peso por motivos de saúde, é uma grave ameaça para a saúde se o teste não for realmente de qualidade elevada e não fornecer os resultados reivindicados.

Período de transição

A Comissão propôs um período de transição muito longo, cinco anos após a adoção. Este período pode ser necessário para partes do regulamento, pois inclui muitos elementos completamente novos que não são de implementação simples, especialmente para as PME. Por outro lado, existe uma necessidade urgente de melhorar o sistema e alguns elementos da proposta devem ser introduzidos com bastante mais celeridade. Isto é aplicável definitivamente às partes dirigidas apenas à Comissão e aos Estados‑Membros. Estes estão bastante mais preparados para implementar o regulamento do que, por exemplo, as PME.

Alterações técnicas

É necessário um número significativo de alterações técnicas para refletir as preocupações das pessoas envolvidas no setor. Em alguns casos, a vontade de ter a mesma redação do regulamento MDD conduz a uma redação inapropriada para os DIV.

Não-discriminação para pessoas com deficiência

A União Europeia ratificou a Convenção das Nações Unidas contra a discriminação das pessoas com deficiência. Essa ratificação deve refletir-se no texto. Por exemplo, na definição, a redação «anomalia congénita» pode ser considerada uma discriminação das pessoas com deficiência e deve ser alterada.

Ato delegado versus codecisão

A Comissão prevê alterar muitos elementos da proposta por atos delegados. Isto aplica-se também a partes fundamentais do regulamento, por exemplo:

· os requisitos gerais de segurança e desempenho,

· os elementos a abordar na documentação técnica,

· a declaração UE de conformidade,

· a alteração ou complementação dos procedimentos de avaliação da conformidade.

Estas partes fundamentais devem ser as únicas alteradas em codecisão.

Consentimento esclarecido

A proposta da Comissão centra-se bastante na qualidade do produto. Especialistas e muitas organizações internacionais, como o Conselho da Europa, a OCDE e a Sociedade Europeia de Genética Humana formularam reiteradamente a sua posição de que, em muitos casos, mais importante do que a qualidade do produto é o quadro em que o produto é aplicado. Especialmente no caso dos testes de ADN é extremamente importante respeitar o princípio do consentimento esclarecido. Isto também foi solicitado várias vezes pelo Parlamento Europeu. Um parecer jurídico conclui que é possível e apropriado introduzir a redação respetiva na proposta.[1] Assim, o relator propõe alterações nesta matéria. É consensual que a União Europeia não deve pretender limitar o acesso dos doentes aos testes de ADN, mas que deve ser sempre facultado aconselhamento genético apropriado sobre as consequências, antes da realização do teste. Para respeitar o princípio da subsidiariedade, devem ser os Estados-Membros a regulamentar os pormenores e os Estados-Membros devem ter a possibilidade de ir mais longe do que o exigido pelo regulamento. Pode dizer-se até que é obrigatório incluir o consentimento esclarecido na proposta, visto ser um elemento fundamental da Carta dos Direitos Fundamentais (artigo 3.º) e a Carta dos Direitos Fundamentais é juridicamente vinculativa para a União Europeia nos domínios em que atua.

  • [1]           Centrum für Europarecht an der Universität Passau: «Options for Action of the European Union in the Area of Human Genetics and Reproductive Medicine in the Light of the Proposal for a Regulation on In Vitro Diagnostic Medical Devices (Opções de ação da União Europeia no domínio da genética humana e da medicina reprodutiva sob a perspetiva da proposta para um regulamento relativo aos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro

PARECERDA COMISSÃO DO EMPREGO E DOS ASSUNTOS SOCIAIS (20.6.2013)

dirigido à Comissão do Ambiente, da Saúde Pública e da Segurança Alimentar

sobre a proposta de Regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho relativa aos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro
(COM(2012)0541 – C7‑0317/2012 – 2012/0267(COD))

Relatora de parecer: Edite Estrela

JUSTIFICAÇÃO SUCINTA

Em 26 de setembro de 2012, a Comissão adotou um pacote sobre a inovação no domínio da saúde, constituído por uma Comunicação sobre dispositivos médicos e dispositivos médicos para diagnóstico in vitro seguros, eficazes e inovadores a bem dos doentes, consumidores e profissionais de saúde, uma proposta de Regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho relativa aos dispositivos médicos, bem como uma proposta de Regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho relativa aos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro. Estas propostas visam atualizar a legislação europeia em vigor à luz do progresso tecnológico e científico, assim como abordar preocupações recentemente expressas sobre alguns aspetos da segurança do paciente.

A proposta de Regulamento relativa aos dispositivos médicos, que irá substituir a Diretiva 90/385/CEE relativa à aproximação das legislações dos Estados­Membros respeitantes aos dispositivos medicinais implantáveis ativos e a Diretiva 93/42/CEE relativa aos dispositivos médicos, pretende regulamentar as normas de segurança, qualidade e eficiência dos dispositivos médicos que são colocados no mercado na União Europeia.

De acordo com a legislação proposta, as centenas de milhares de diversos tipos de dispositivos médicos atualmente disponíveis no mercado na União Europeia, que vão dos pensos rápidos e das seringas, passando por cateteres e dispositivos de recolha de sangue, até aos implantes sofisticados e às tecnologias de suporte de vida, têm de ser seguros, não só para os pacientes, mas também para os profissionais de saúde que os utilizam ou manipulam, sem esquecer os leigos que entram em contacto com os dispositivos mencionados.

Tal como enunciado no considerando 71 da proposta, o regulamento visa garantir normas elevadas de qualidade e de segurança dos dispositivos médicos, proporcionando, assim, um nível elevado de proteção da saúde e da segurança de doentes, utilizadores e outras pessoas. O termo «utilizador» é definido na presente proposta como «um profissional de saúde ou um leigo que utilize um dispositivo» e o regulamento reconhece que os utilizadores são determinantes para garantir a segurança dos doentes. Embora os dispositivos médicos sejam utilizados principalmente em meio hospitalar por profissionais de saúde, também são usados noutro tipo de contextos, designadamente em estabelecimentos de cuidados continuados, nas residências dos doentes e em estabelecimentos prisionais. Expostos a riscos estão os trabalhadores do setor da saúde que manuseiam os produtos, os trabalhadores auxiliares, mormente os que trabalham nas lavandarias, nas limpezas e os que recolhem os resíduos, bem como os pacientes e o público em geral. Como tal, dispositivos médicos seguros contribuem diretamente para as condições de trabalho e têm de garantir um ambiente de trabalho o mais seguro possível.

A referência a «saúde e segurança» é considerada ao longo do regulamento como um objetivo geral. Nesta linha, a proposta inclui, no Anexo I, os requisitos gerais de segurança e desempenho para os dispositivos médicos. O ponto 8 do Anexo I afirma explicitamente que os «dispositivos e os processos de fabrico devem ser concebidos por forma a eliminar ou reduzir, tanto quanto possível, o risco de infeção para doentes, utilizadores e, se for o caso, para terceiros». O ponto 11 do mesmo Anexo também salienta que os dispositivos têm de evitar o risco de lesão de doentes, utilizadores e terceiros.

A relação entre dispositivos médicos seguros e de elevada qualidade e o objetivo geral de garantir a saúde e a segurança dos utilizadores, pacientes e terceiros permite sinergias entre o regulamento proposto e a legislação comunitária aplicável em matéria de saúde e segurança no trabalho. O regulamento em apreço deve, por conseguinte, conter referências explícitas a legislação que estabeleça níveis elevados de segurança para os utilizadores e os pacientes no contexto dos cuidados de saúde e ter em conta as características relativas à conceção e ao desempenho dos dispositivos médicos referidas nas diretivas pertinentes da UE em matéria de saúde e segurança no trabalho. Este é claramente o caso da Diretiva 2010/32/UE que executa o Acordo-Quadro relativo à prevenção de ferimentos provocados por objetos cortantes nos setores hospitalar e da saúde, que visa melhorar a saúde e a segurança no trabalho na sequência de um acordo-quadro celebrado entre os parceiros sociais a nível da UE e que reconhece a necessidade de facultar dispositivos médicos que incorporem mecanismos de proteção concebidos para a segurança, de molde a limitar o risco de lesões e de infeções provocadas por material médico cortante. Assim, é inteiramente lógico que uma tal disposição seja reconhecida nos requisitos gerais de segurança e desempenho dos dispositivos do Regulamento relativo aos dispositivos médicos.

Não é só o pessoal médico de primeira linha, como os enfermeiros e os médicos, que está exposto ao risco; também o estão os cuidadores em contexto ambulatório e nos estabelecimentos alternativos de prestação de cuidados médicos, os técnicos de laboratório, bem como os trabalhadores auxiliares, designadamente os que se ocupam da limpeza, os que trabalham nas lavandarias, os agentes penitenciários, etc.

As instituições de saúde têm de garantir que os seus funcionários recebem a formação necessária para o uso correto dos dispositivos médicos, dos instrumentos e das práticas que contribuem para reduzir os ferimentos com seringas, a transmissão de infeções associadas e outros efeitos adversos, de forma a garantir a utilização segura das novas tecnologias médicas e das técnicas cirúrgicas.

Todos os profissionais de saúde devem beneficiar de uma proteção adequada através de vacinação, profilaxia pós-exposição, exames diagnósticos de rotina, fornecimento de equipamento de proteção pessoal e da utilização de tecnologia médica que reduza a exposição às infeções transmitidas por via hematológica.

As propostas apresentadas no presente projeto de parecer têm em conta o trabalho anterior da Comissão do Emprego e dos Assuntos Sociais, bem como as suas resoluções adotadas para garantir a segurança dos trabalhadores no setor dos cuidados de saúde, nomeadamente:

•          a Resolução do Parlamento Europeu sobre a avaliação intercalar da estratégia europeia para a saúde e a segurança no trabalho 2007-2012 aprovada em 15 de dezembro de 2011;

•          a Resolução do Parlamento Europeu sobre a proposta de diretiva do Conselho que executa o Acordo-Quadro relativo à prevenção de ferimentos provocados por objetos cortantes e perfurantes nos setores hospitalar e da saúde celebrado pela HOSPEEM e pela EPSU aprovada em 11 de fevereiro de 2010;

•          a Resolução do Parlamento Europeu sobre a estratégia comunitária 2007-2012 para a saúde e a segurança no trabalho aprovada em 15 de janeiro de 2008;

•          a Resolução do Parlamento Europeu que contém recomendações à Comissão sobre a proteção dos trabalhadores europeus do setor da saúde contra infeções transmitidas por via sanguínea na sequência de ferimentos com seringas aprovada em 6 de julho de 2006.

ALTERAÇÕES

A Comissão do Emprego e dos Assuntos Sociais insta a Comissão do Ambiente, da Saúde Pública e da Segurança Alimentar, competente quanto à matéria de fundo, a incorporar as seguintes alterações no seu relatório:

Alteração  1

Proposta de regulamento

Considerando 2

Texto da Comissão

Alteração

(2) O presente regulamento tem por objetivo garantir o funcionamento do mercado interno no que diz respeito aos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro, tendo por base um elevado nível de proteção da saúde humana. Ao mesmo tempo, o presente regulamento define normas elevadas de qualidade e de segurança dos dispositivos para responder às preocupações comuns de segurança relativas a esses produtos. Ambos os objetivos são visados em simultâneo e estão ligados de forma indissociável, não sendo nenhum deles secundário em relação ao outro. No que se refere ao artigo 114.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, o presente regulamento harmoniza as normas relativas à colocação no mercado e à entrada em serviço de dispositivos médicos para diagnóstico in vitro e respetivos acessórios no mercado da União, os quais podem posteriormente beneficiar do princípio da livre circulação de mercadorias. Em relação ao artigo 168.º, n.º 4, alínea c), do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, o presente regulamento estabelece normas elevadas de qualidade e segurança desses dispositivos ao garantir, nomeadamente, a robustez e fiabilidade dos dados produzidos nos estudos de desempenho clínico, assim como a proteção da segurança dos sujeitos que participam em estudos de desempenho clínico.

(2) O presente regulamento tem por objetivo garantir o funcionamento do mercado interno no que diz respeito aos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro, tendo por base um elevado nível de proteção da saúde humana dos doentes, dos utilizadores e dos manipuladores. Ao mesmo tempo, o presente regulamento define normas elevadas de qualidade e de segurança dos dispositivos para responder às preocupações comuns de segurança relativas a esses produtos. Ambos os objetivos são visados em simultâneo e estão ligados de forma indissociável, não sendo nenhum deles secundário em relação ao outro. No que se refere ao artigo 114.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, o presente regulamento harmoniza as normas relativas à colocação no mercado e à entrada em serviço de dispositivos médicos para diagnóstico in vitro e respetivos acessórios no mercado da União, os quais podem posteriormente beneficiar do princípio da livre circulação de mercadorias. Em relação ao artigo 168.º, n.º 4, alínea c), do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, o presente regulamento estabelece normas elevadas de qualidade e segurança desses dispositivos ao garantir, nomeadamente, a robustez e fiabilidade dos dados produzidos nos estudos de desempenho clínico, assim como a proteção da segurança dos sujeitos que participam em estudos de desempenho clínico.

Alteração  2

Proposta de regulamento

Considerando 3

Texto da Comissão

Alteração

(3) Devem reforçar-se significativamente os elementos fundamentais da abordagem regulamentar em vigor, como a supervisão dos organismos notificados, a classificação de risco, os procedimentos de avaliação da conformidade, as provas clínicas, a vigilância e a fiscalização do mercado, e devem introduzir-se, no intuito de melhorar a saúde e a segurança, disposições que garantam a transparência e a rastreabilidade no tocante aos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro.

(3) Devem reforçar-se significativamente os elementos fundamentais da abordagem regulamentar em vigor, como a supervisão dos organismos notificados, a classificação de risco, os procedimentos de avaliação da conformidade, as provas clínicas, a vigilância e a fiscalização do mercado, e devem introduzir-se, no intuito de melhorar a saúde e a segurança dos profissionais de saúde, dos doentes, dos utilizadores e dos manipuladores, nomeadamente na cadeia de eliminação de resíduos, disposições que garantam a transparência e a rastreabilidade no tocante aos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro.

Alteração  3

Proposta de regulamento

Considerando 13-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

(13-A) Para garantir uma proteção adequada àqueles que trabalham na proximidade de um equipamento de imagiologia por ressonância magnética (IRM) em funcionamento, cumpre remeter para a Diretiva 2013/35/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de junho de 2013, relativa às prescrições mínimas de segurança e saúde em matéria de exposição dos trabalhadores aos riscos devidos aos agentes físicos (campos eletromagnéticos) (20.ª Diretiva especial, na aceção do artigo 16 º , n.º 1, da Diretiva 89/391/CEE)1.

 

______________

 

1 JO L ..., ..., p. ... (ainda não publicada em JO).

Alteração  4

Proposta de regulamento

Considerando 27

Texto da Comissão

Alteração

(27) A rastreabilidade dos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro através de um sistema de identificação única dos dispositivos (IUD) baseado em orientações internacionais deve melhorar significativamente a efetiva segurança dos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro após a sua comercialização, devido a uma melhor notificação de incidentes, à adoção de ações corretivas de segurança bem direcionadas e a uma melhor monitorização pelas autoridades competentes. Deve também ajudar a reduzir os erros médicos e a lutar contra a contrafação de dispositivos. O recurso ao sistema IUD também contribuirá para a melhoria da política de compras e de gestão de existências dos hospitais.

(27) A rastreabilidade dos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro através de um sistema de identificação única dos dispositivos (IUD) baseado em orientações internacionais deve melhorar significativamente a efetiva segurança dos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro após a sua comercialização, devido a uma melhor notificação de incidentes, à adoção de ações corretivas de segurança bem direcionadas e a uma melhor monitorização pelas autoridades competentes. Deve também ajudar a reduzir os erros médicos e a lutar contra a contrafação de dispositivos. O recurso ao sistema IUD também contribuirá para a melhoria da política de compras, de eliminação dos resíduos e de gestão de existências dos hospitais.

Alteração  5

Proposta de regulamento

Considerando 28

Texto da Comissão

Alteração

(28) A transparência e a informação de qualidade são essenciais para responsabilizar os doentes e os profissionais, permitindo-lhes tomar decisões com conhecimento de causa, proporcionar uma base sólida para a tomada de decisões a nível regulamentar e criar um clima de confiança no sistema legislativo.

(28) A transparência e a informação de qualidade são essenciais para responsabilizar os doentes e os profissionais, bem como qualquer outra pessoa envolvida, permitindo-lhes tomar decisões com conhecimento de causa, proporcionar uma base sólida para a tomada de decisões a nível regulamentar e criar um clima de confiança no sistema legislativo.

Alteração  6

Proposta de regulamento

Considerando 29

Texto da Comissão

Alteração

(29) Um aspeto fundamental é a criação de uma base de dados central constituída por vários sistemas eletrónicos, sendo a IUD uma parte integrante, para coligir e tratar informações relativas aos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro presentes no mercado e aos relevantes operadores económicos, certificados, estudos intervencionais de desempenho clínico e outros estudos de desempenho clínico que implicam riscos para os sujeitos, bem como à vigilância e fiscalização do mercado. Esta base de dados tem por objetivo aumentar a transparência global, racionalizar e facilitar o fluxo de informação entre operadores económicos, organismos notificados ou promotores e os Estados­Membros, bem como entre os Estados­Membros e entre estes e a Comissão, a fim de evitar múltiplos requisitos de notificação e melhorar a coordenação entre os Estados­Membros. No seio de um mercado interno, tal só pode ser garantido com eficácia ao nível da União, pelo que a Comissão deveria continuar a desenvolver e gerir o Banco de Dados Europeu sobre Dispositivos Médicos (Eudamed) criado pela Decisão 2010/227/UE da Comissão, de 19 de abril de 2010, relativa ao Banco de Dados Europeu sobre Dispositivos Médicos (Eudamed).

(29) Um aspeto fundamental é a criação de uma base de dados central constituída por vários sistemas eletrónicos, sendo a IUD uma parte integrante, para coligir e tratar informações relativas aos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro presentes no mercado e aos relevantes operadores económicos, certificados, estudos intervencionais de desempenho clínico e outros estudos de desempenho clínico que implicam riscos para os sujeitos, bem como à vigilância e fiscalização do mercado. Esta base de dados tem por objetivo aumentar a transparência global, racionalizar e facilitar o fluxo de informação entre operadores económicos, organismos notificados ou promotores e os Estados­Membros, bem como entre os Estados­Membros e entre estes e a Comissão, a fim de evitar múltiplos requisitos de notificação e melhorar a coordenação entre os Estados­Membros. Esta base de dados facilitará, de igual modo, a rastreabilidade do equipamento médico doado ou exportado para fora da União. No seio de um mercado interno, tal só pode ser garantido com eficácia ao nível da União, pelo que a Comissão deveria continuar a desenvolver e gerir o Banco de Dados Europeu sobre Dispositivos Médicos (Eudamed) criado pela Decisão 2010/227/UE da Comissão, de 19 de abril de 2010, relativa ao Banco de Dados Europeu sobre Dispositivos Médicos (Eudamed).

Alteração  7

Proposta de regulamento

Considerando 48

Texto da Comissão

Alteração

(48) A fim de proteger melhor a saúde e a segurança no tocante aos dispositivos presentes no mercado, o sistema de vigilância dos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro deve tornar-se mais eficaz com a criação de um portal central ao nível da União para a notificação de incidentes graves e de ações corretivas de segurança.

(48) A fim de proteger melhor a saúde e a segurança no tocante aos dispositivos presentes no mercado, o sistema de vigilância dos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro deve tornar-se mais eficaz com a criação de um portal central na Europa e fora da UE para a notificação de incidentes graves e de ações corretivas de segurança dentro e fora da União.

Alteração  8

Proposta de regulamento

Considerando 49

Texto da Comissão

Alteração

(49) Os profissionais de saúde e os doentes devem ser dotados de capacidade para notificar, a nível nacional, suspeitas de incidentes graves, usando formatos harmonizados. Sempre que confirmem a ocorrência de um incidente grave, as autoridades nacionais competentes devem informar os fabricantes e partilhar as informações com as suas homólogas, a fim de minimizar a repetição desses incidentes.

(49) Os profissionais de saúde e os doentes devem ser dotados de capacidade para notificar, a nível nacional, suspeitas de incidentes graves que afetam a segurança dos doentes, dos profissionais de saúde ou de outras pessoas, usando formatos harmonizados. Sempre que confirmem a ocorrência de um incidente grave, as autoridades nacionais competentes devem informar os fabricantes e partilhar as informações com as suas homólogas, a fim de minimizar a repetição desses incidentes.

Alteração  9

Proposta de regulamento

Artigo 2 parágrafo 1 – ponto 55

Texto da Comissão

Alteração

(55) «Aviso de segurança», a comunicação enviada pelo fabricante aos utilizadores ou aos clientes em relação a uma ação corretiva de segurança no terreno;

(55) «Aviso de segurança», a comunicação enviada pelo fabricante aos utilizadores, manipuladores de resíduos ou aos clientes em relação a uma ação corretiva de segurança no terreno;

Alteração  10

Proposta de regulamento

Artigo 39 – n.º 4 – parte introdutória

Texto da Comissão

Alteração

4. A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados em conformidade com o artigo 85.º, à luz do progresso técnico e das informações que fiquem disponíveis no decurso das atividades de vigilância e fiscalização do mercado descritas nos artigos 59.º a 73.º, a fim de:

4. A Comissão, após consulta das partes interessadas pertinentes, designadamente organizações de profissionais de saúde e associações de fabricantes, fica habilitada a adotar atos delegados em conformidade com o artigo 85.º, à luz do progresso técnico e das informações que fiquem disponíveis no decurso das atividades de vigilância e fiscalização do mercado descritas nos artigos 59.º a 73.º, a fim de:

Alteração  11

Proposta de regulamento

Artigo 42 – n.º 6-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

6-A. Durante o processo de verificação, são tidas em conta as opiniões das partes interessadas pertinentes, nomeadamente organizações de doentes ou de profissionais de saúde e associações de fabricantes.

Alteração  12

Proposta de regulamento

Artigo 49 – n.º 6 – parágrafo 2-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

Deve ser realizada uma avaliação ética. A Comissão deve facilitar a coordenação entre as partes interessadas, bem como o intercâmbio de boas práticas e o desenvolvimento das normas de qualidade para a avaliação ética em toda a União.

Alteração  13

Proposta de regulamento

Artigo 59 – n.º 3 – parágrafo 2

Texto da Comissão

Alteração

Os Estados­Membros devem coordenar entre si o desenvolvimento de formulários estruturados normalizados, baseados na Internet, para a notificação de incidentes graves pelos profissionais de saúde, utilizadores e doentes.

Os Estados­Membros devem coordenar entre si o desenvolvimento de formulários estruturados normalizados, baseados na Internet, para a notificação de incidentes graves pelos profissionais de saúde, utilizadores e doentes. Os Estados­Membros devem, no entanto, manter outros formatos para comunicar às autoridades nacionais competentes suspeitas de incidentes graves.

Alteração  14

Proposta de regulamento

Artigo 61 – n.º 1 – parágrafo 1

Texto da Comissão

Alteração

1. Os Estados­Membros devem tomar as medidas necessárias para assegurar que todas as informações relativas a um incidente grave ocorrido no seu território ou a uma ação corretiva de segurança realizada ou prevista no seu território, que cheguem ao seu conhecimento em conformidade com o artigo 59.º, são avaliadas de modo centralizado, a nível nacional, pela respetiva autoridade competente, se possível juntamente com o fabricante.

1. Os Estados­Membros devem tomar as medidas necessárias para assegurar que todas as informações relativas a um incidente grave ocorrido no seu território ou a uma ação corretiva de segurança realizada ou prevista no seu território, que cheguem ao seu conhecimento em conformidade com o artigo 59.º, são avaliadas de modo centralizado, a nível nacional, pela respetiva autoridade competente, se possível juntamente com o fabricante. A autoridade competente deve ter em conta as opiniões das partes interessadas pertinentes, nomeadamente organizações de doentes e de profissionais de saúde, bem como de associações de fabricantes.

Alteração  15

Proposta de regulamento

Anexo I – Parte III – ponto 17 – ponto 17.3 – ponto 17.3.2 – alínea i-A) (nova)

Texto da Comissão

Alteração

 

(i-A) As instruções de utilização devem ser acessíveis a todos, incluindo leigos, e revistas pelos representantes das partes interessadas, nomeadamente organizações de doentes e de profissionais de saúde, bem como associações de fabricantes.

PROCESSO

Título

Dispositivos médicos para diagnóstico in vitro

Referências

COM(2012)0541 – C7-0317/2012 – 2012/0267(COD)

Comissão competente quanto ao fundo

       Data de comunicação em sessão

ENVI

22.10.2012

 

 

 

Parecer emitido por

       Data de comunicação em sessão

EMPL

22.11.2012

Relator(a) de parecer

       Data de designação

Edite Estrela

21.11.2012

Exame em comissão

23.4.2013

29.5.2013

 

 

Data de aprovação

20.6.2013

 

 

 

Resultado da votação final

+:

–:

0:

44

1

0

Deputados presentes no momento da votação final

Regina Bastos, Edit Bauer, Heinz K. Becker, Jean-Luc Bennahmias, Phil Bennion, Pervenche Berès, Philippe Boulland, Milan Cabrnoch, David Casa, Alejandro Cercas, Ole Christensen, Derek Roland Clark, Marije Cornelissen, Emer Costello, Frédéric Daerden, Karima Delli, Sari Essayah, Richard Falbr, Thomas Händel, Marian Harkin, Nadja Hirsch, Stephen Hughes, Danuta Jazłowiecka, Martin Kastler, Ádám Kósa, Jean Lambert, Verónica Lope Fontagné, Olle Ludvigsson, Thomas Mann, Elisabeth Morin-Chartier, Csaba Őry, Licia Ronzulli, Elisabeth Schroedter, Joanna Katarzyna Skrzydlewska, Jutta Steinruck, Traian Ungureanu, Inês Cristina Zuber

Suplente(s) presente(s) no momento da votação final

Sergio Gutiérrez Prieto, Richard Howitt, Jelko Kacin, Ria Oomen-Ruijten, Birgit Sippel

Suplente(s) (nº 2 do art. 187º) presente(s) no momento da votação final

Jorgo Chatzimarkakis, Ricardo Cortés Lastra, Jürgen Klute

PARECERDA COMISSÃO DO MERCADO INTERNO E DA PROTEÇÃO DOS CONSUMIDORES (20.6.2013)

dirigido à Comissão do Ambiente, da Saúde Pública e da Segurança Alimentar

sobre a proposta de regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho relativa aos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro
(COM(2012)0541 – C7‑0317/12 – 2012/0267(COD))

Relatora de parecer: Nora Berra

JUSTIFICAÇÃO SUCINTA

Em complemento aos aspetos horizontais comuns à legislação relativa aos dispositivos médicos, o presente regulamento apresenta vários progressos específicos a respeito da introdução de uma classificação baseada no risco, da generalização da avaliação da conformidade por um órgão notificado e da introdução de obrigações em termos de provas clínicas, as quais a relatora subscreve inteiramente.

Dadas as numerosas semelhanças entre os dois regulamentos, a maior parte das alterações propostas são idênticas às propostas para o projeto de regulamento relativo aos dispositivos médicos. Contudo, o «desempenho» e a segurança dos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro não podem ser avaliados segundo os mesmos critérios que os dispositivos médicos. Por exemplo, certas alterações aplicáveis aos dispositivos médicos não se adaptam nem são pertinentes no que diz respeito ao presente regulamento.

A relatora propõe algumas alterações específicas relativas aos seguintes pontos:

Isenção «in house»

A Diretiva 98/79/CE relativa aos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro, atualmente em vigor, permite aos estabelecimentos de saúde desenvolverem os seus próprios dispositivos médicos para diagnóstico in vitro, desde que estes sejam de utilização interna, os chamados «test in house», sem serem submetidos às regras de conformidade da legislação em vigor, independentemente da natureza do dispositivo. A nova proposta de regulamento restringe o campo desta isenção às classes A, B e C, pelo que os testes de classe D (despistagem do VIH, por exemplo) desenvolvidos «in house» deverão, de agora em diante, estar em conformidade com o futuro regulamento. Dada a sensibilidade dos dispositivos em causa, a relatora apoia esta abordagem e subscreve igualmente a possibilidade de derrogação dos procedimentos de avaliação da conformidade por motivos de saúde pública prevista no artigo 45.º. A relatora considera, não obstante, ser necessário esclarecer quais os tipos de estabelecimentos de saúde que devem beneficiar desta derrogação.

Inclusão dos testes genéticos «preditivos»

A relatora apoia a proposta da Comissão de incluir, no presente regulamento, os chamados testes genéticos «preditivos», que fornecem informações sobre a predisposição para uma determinada afeção ou doença. Convém, contudo, introduzir uma definição de testes genéticos, assim como acrescentar algumas especificações, com vista a garantir que todos os tipos de teste genético sejam incluídos.

A relatora reconhece que cabe aos Estados‑Membros escolher quais as respostas que pretendem dar às questões de ordem ética que a utilização de alguns testes levanta.

Considera, por outro lado, que existem vias de convergência possíveis no que diz respeito ao enquadramento da disponibilização de certos dispositivos e de dispositivos de autodiagnóstico (consentimento, prescrição) e convida os Estados‑Membros a aprofundá-las.

ALTERAÇÕES

A Comissão do Mercado Interno e da Proteção dos Consumidores insta a Comissão do Ambiente, da Saúde Pública e da Segurança Alimentar, competente quanto à matéria de fundo, a incorporar as seguintes alterações no seu relatório:

Alteração  1

Proposta de regulamento

Considerando 8

Texto da Comissão

Alteração

(8) Deve ser da responsabilidade dos Estados-Membros decidir, caso a caso, se um produto está ou não abrangido pelo âmbito de aplicação do presente regulamento. Se necessário, a Comissão pode decidir, caso a caso, se um produto está ou não abrangido pela definição de dispositivo médico para diagnóstico in vitro ou de acessório de um dispositivo médico para diagnóstico in vitro.

(8) Deve ser da responsabilidade dos Estados-Membros decidir, caso a caso, se um produto está ou não abrangido pelo âmbito de aplicação do presente regulamento. Se necessário, a Comissão pode decidir, caso a caso, por exemplo, se as decisões tomadas a nível nacional em relação a um mesmo produto variam consoante o Estado-Membro, se um produto está ou não abrangido pela definição de dispositivo médico para diagnóstico in vitro ou de acessório de um dispositivo médico para diagnóstico in vitro.

Justificação

Tem de ser coerente em relação às disposições do artigo 3.º, n.º 1.

Alteração  2

Proposta de regulamento

Considerando 25-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

(25-A) Para assegurar que o risco de danos e o risco de insolvência do fabricante não são transferidos para os doentes lesados pelos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro e que os pagadores são responsáveis pelos custos decorrentes do tratamento, os fabricantes devem subscrever um seguro de responsabilidade civil com uma cobertura mínima adequada.

Justificação

Nos termos da Diretiva 85/374/CEE relativa à responsabilidade decorrente dos produtos defeituosos, ainda não existe obrigação de subscrever cobertura de seguro em caso de danos. Deste modo, o risco de danos e o risco de insolvência do fabricante são injustamente transferidos para os doentes lesados pelos dispositivos defeituosos e os pagadores são responsáveis pelos custos decorrentes do tratamento. Em conformidade com as normas já em vigor no domínio dos produtos médicos, os fabricantes de dispositivos também devem ser obrigados a subscrever seguros de responsabilidade civil com importâncias mínimas de cobertura adequadas.

Alteração  3

Proposta de regulamento

Considerando 27

Texto da Comissão

Alteração

(27) A rastreabilidade dos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro através de um sistema de identificação única dos dispositivos (IUD) baseado em orientações internacionais deve melhorar significativamente a efetiva segurança dos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro após a sua comercialização, devido a uma melhor notificação de incidentes, à adoção de ações corretivas de segurança bem direcionadas e a uma melhor monitorização pelas autoridades competentes. Deve também ajudar a reduzir os erros médicos e a lutar contra a contrafação de dispositivos. O recurso ao sistema IUD também contribuirá para a melhoria da política de compras e de gestão de existências dos hospitais.

(27) A rastreabilidade dos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro através de um sistema de identificação única dos dispositivos (IUD) baseado em orientações internacionais deve melhorar significativamente a efetiva segurança dos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro após a sua comercialização, devido a uma melhor notificação de incidentes, à adoção de ações corretivas de segurança bem direcionadas e a uma melhor monitorização pelas autoridades competentes. Deve também ajudar a reduzir os erros médicos e a lutar contra a contrafação de dispositivos. O recurso ao sistema IUD também contribuirá para a melhoria da política de compras e de gestão de existências dos hospitais e deverá ser compatível, tanto quanto possível, com os outros sistemas de autenticação já em aplicação nesses ambientes;

Alteração  4

Proposta de regulamento

Considerando 32

Texto da Comissão

Alteração

(32) Relativamente aos dispositivos médicos para diagnóstico in vitro de alto risco, os fabricantes devem resumir os principais aspetos de segurança e desempenho do dispositivo bem como o resultado da avaliação clínica num documento que deve ser disponibilizado publicamente.

(32) Relativamente aos dispositivos médicos para diagnóstico da classe C e D, os fabricantes devem resumir os principais aspetos de segurança e desempenho do dispositivo bem como o resultado da avaliação clínica num documento que deve ser disponibilizado publicamente.

Justificação

Para evitar ambiguidades com a redação do artigo 24.º.

Alteração  5

Proposta de regulamento

Artigo 2 – n.º 1 – travessão 1

Texto da Comissão

Alteração

- diagnóstico, prevenção, monitorização, tratamento ou atenuação de uma doença,

- diagnóstico, prevenção, previsão, monitorização, tratamento ou atenuação de uma doença,

Justificação

Convém esclarecer que os testes destinados a prever doenças são DIV (diagnóstico in vitro) e são abrangidos pelo âmbito de aplicação do regulamento DIV. Isto aplica-se quer aos testes sejam altamente preditivos (por exemplo, um teste genético para a doença de Huntington), quer aos testes que apenas forneçam informação acerca de aumentos modestos no risco de doença (como no caso dos testes genéticos de suscetibilidade para muitas doenças comuns).

Alteração  6

Proposta de regulamento

Artigo 2 – n.° 1 – parágrafo 1 – ponto 3

Texto da Comissão

Alteração

(3) «Acessório de um dispositivo médico para diagnóstico in vitro», um artigo que, embora não sendo um dispositivo médico para diagnóstico in vitro, esteja destinado pelo seu fabricante a ser utilizado em conjunto com um ou vários dispositivos médicos para diagnóstico in vitro específicos, por forma a permitir ou coadjuvar especificamente a utilização dos dispositivos de acordo com a sua finalidade;

(3) «Acessório de um dispositivo médico para diagnóstico in vitro», um artigo que, embora não sendo um dispositivo médico para diagnóstico in vitro, esteja destinado pelo seu fabricante a ser utilizado em conjunto com um ou vários dispositivos médicos para diagnóstico in vitro específicos, por forma a permitir especificamente a utilização dos dispositivos de acordo com a sua finalidade ou a coadjuvação da funcionalidade médica dos dispositivos tendo em conta a sua finalidade;

Justificação

A tecnologia de consumo de interesse geral é cada vez mais utilizada em contextos de cuidados de saúde. Um produto de consumo genérico pode coadjuvar um dispositivo médico na sua funcionalidade, mas não pode afetar a segurança e o desempenho do próprio dispositivo.

Alteração  7

Proposta de regulamento

Artigo 2 – ponto 3-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

3-A. «Teste genético», um teste realizado para fins de saúde, que envolve a análise de amostras biológicas de origem humana e visa especificamente identificar as características genéticas de uma pessoa, hereditárias ou adquiridas durante uma fase precoce do desenvolvimento pré-natal;

Justificação

Uma vez que o presente regulamento contém normas relativas aos dispositivos para diagnóstico in vitro para efeitos de testes genéticos, o termo «teste genético» deve ser definido.

Alteração  8

Proposta de regulamento

Artigo 2 – n.° 1 – parágrafo 1 – ponto 6

Texto da Comissão

Alteração

(6) «Teste para seleção terapêutica», um dispositivo destinado especificamente a selecionar doentes com uma condição clínica ou predisposição previamente diagnosticadas como elegíveis para uma terapêutica direcionada;

(6) «Teste para seleção terapêutica», um dispositivo destinado especificamente, e essencial, à seleção de doentes com uma condição clínica ou predisposição previamente diagnosticada como adequada ou não adequada para uma terapêutica direcionada com recurso a um medicamento ou uma série de medicamentos;

Alteração  9

Proposta de regulamento

Artigo 2 – ponto 8-B (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

(8-B) «Dispositivo de uso múltiplo», um dispositivo reutilizável e que deverá ser acompanhado de informações sobre o processo apropriado de reutilização, nomeadamente limpeza, desinfeção, embalagem e, se necessário, método de esterilização do dispositivo a reesterilizar, assim como eventuais restrições ao número de reutilizações;

Justificação

Para uma maior clareza e ao contrário do dispositivo «previsto para uso único», os dispositivos que se tenha demonstrado serem reutilizáveis devem ser definidos como dispositivos «de uso múltiplo».

Alteração  10

Proposta de regulamento

Artigo 2 – ponto 15-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

(15-A) «Serviço da sociedade da informação», qualquer serviço prestado normalmente mediante remuneração, à distância, por via eletrónica e mediante pedido individual de um destinatário de serviços;

Justificação

A linguagem relativa às vendas diretas aos consumidores (DTC) através da Internet poderia ser muito mais clarificada reproduzindo, no mínimo, a definição estabelecida da UE de «serviço da sociedade da informação» constante da Diretiva 98/48/CE, em vez de se limitar a mencioná-lo.

Alteração  11

Proposta de regulamento

Artigo 2 – n.° 1 – parágrafo 1 – ponto 21

Texto da Comissão

Alteração

(21) «Instituição de saúde», uma organização cujo objetivo principal seja a prestação de cuidados ou tratamentos a doentes ou a promoção da saúde pública;

(21) «Instituição de saúde», uma organização cujo objetivo principal seja a prestação de cuidados ou tratamentos a doentes ou a promoção da saúde pública, exceto laboratórios que prestem serviços clínicos comerciais;

Alteração  12

Proposta de regulamento

Artigo 2 – n.° 1 – parágrafo 1 – ponto 28

Texto da Comissão

Alteração

(28) «Provas clínicas», as informações que sustentam a validade científica e o desempenho no que respeita à utilização de um dispositivo prevista pelo fabricante;

(28) «Provas clínicas», os dados, positivos e negativos, que sustentam a avaliação da validade científica e do desempenho no que respeita à utilização de um dispositivo prevista pelo fabricante;

Alteração  13

Proposta de regulamento

Artigo 2 – n.° 1 – parágrafo 1 – ponto 30

Texto da Comissão

Alteração

(30) «Desempenho de um dispositivo», a capacidade do dispositivo de alcançar a finalidade declarada pelo fabricante. Abrange o desempenho analítico e, se aplicável, o desempenho clínico que sustentam a finalidade pretendida do dispositivo;

(30) «Desempenho de um dispositivo», a capacidade do dispositivo de alcançar a finalidade declarada pelo fabricante. Abrange a obtenção das capacidades técnicas, do desempenho analítico e, se aplicável, do desempenho clínico que sustentam a finalidade pretendida do dispositivo;

Alteração  14

Proposta de regulamento

Artigo 2 – n.° 1 – parágrafo 1 – ponto 35

Texto da Comissão

Alteração

(35) «Avaliação do desempenho», a avaliação e análise de dados com o objetivo de determinar ou verificar o desempenho analítico e, se aplicável, clínico de um dispositivo;

(35) «Avaliação do desempenho», a avaliação e análise de dados com o objetivo de determinar ou verificar que o dispositivo apresenta o desempenho pretendido pelo fabricante, incluindo o desempenho técnico, analítico e, se aplicável, clínico de um dispositivo;

Alteração  15

Proposta de regulamento

Artigo 2 – n.° 1 – parágrafo 1 – ponto 45

Texto da Comissão

Alteração

(45) «Promotor», uma pessoa, empresa, instituto ou organismo responsável pela iniciação e gestão de um estudo de desempenho clínico;

(45) «Promotor», uma pessoa, empresa, instituto ou organismo responsável pela iniciação, gestão ou financiamento de um estudo de desempenho clínico;

Alteração  16

Proposta de regulamento

Artigo 3 – n.º 1

Texto da Comissão

Alteração

1. A Comissão pode, a pedido de um Estado-Membro ou por sua própria iniciativa, por meio de atos de execução, determinar se um produto específico, ou uma categoria ou grupo de produtos, está ou não abrangido pela definição de dispositivo médico para diagnóstico in vitro ou de acessório de um dispositivo médico para diagnóstico in vitro. Esses atos de execução devem ser adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 84.º, n.º 3.

1. A Comissão pode, por sua própria iniciativa ou a pedido de um Estado-Membro, por meio de atos de execução, determinar se um produto específico, ou uma categoria ou grupo de produtos, está ou não abrangido pela definição de dispositivo médico para diagnóstico in vitro ou de acessório de um dispositivo médico para diagnóstico in vitro. Esses atos de execução devem ser adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 84.º, n.º 3.

Alteração  17

Proposta de regulamento

Artigo 4 – n.º 5 – parágrafo 1

Texto da Comissão

Alteração

5. Os requisitos do presente regulamento, à exceção do artigo 59.º, n.º 4, não se aplicam aos dispositivos classificados nas classes A, B e C, em conformidade com as regras previstas no anexo VII, e fabricados e utilizados numa só instituição de saúde, desde que o seu fabrico e utilização ocorram exclusivamente no âmbito do sistema único de gestão da qualidade da instituição de saúde e esta instituição esteja em conformidade com a norma EN ISO 15189 ou qualquer outra norma reconhecida equivalente. Os Estados-Membros podem exigir que as instituições de saúde apresentem à autoridade competente uma lista dos referidos dispositivos que tenham sido fabricados e utilizados no seu território e podem subordinar o fabrico e a utilização dos dispositivos em causa a requisitos de segurança complementares.

5. Os requisitos do presente regulamento, à exceção do artigo 59.º, n.º 4, não se aplicam aos dispositivos classificados nas classes A, B e C, em conformidade com as regras previstas no anexo VII, e fabricados e utilizados numa só instituição de saúde, desde que o seu fabrico e utilização ocorram exclusivamente no âmbito do sistema único de gestão da qualidade da instituição de saúde e esta instituição esteja em conformidade com a norma EN ISO 15189 ou uma norma reconhecida equivalente. Contudo, os requisitos do presente regulamento deverão continuar a aplicar-se aos laboratórios de patologia clínica ou comercial cujo objetivo principal não seja a prestação de cuidados de saúde (isto é, cuidado e tratamento de doentes) ou a promoção da saúde pública. Os Estados-Membros podem exigir que as instituições de saúde apresentem à autoridade competente uma lista dos referidos dispositivos que tenham sido fabricados e utilizados no seu território e podem subordinar o fabrico e a utilização dos dispositivos em causa a requisitos de segurança complementares.

Justificação

Deve ser claro que a isenção apenas abrange as instituições que façam parte do sistema de saúde público.

Alteração  18

Proposta de regulamento

Artigo 4 – n.º 5 – parágrafo 2

Texto da Comissão

Alteração

Os dispositivos classificados na classe D em conformidade com as regras previstas no anexo VII, mesmo que fabricados e utilizados numa instituição de saúde, devem cumprir os requisitos do presente regulamento. No entanto, as disposições relativas à marcação CE previstas no artigo 16.º e as obrigações referidas nos artigos 21 a 25.º não se aplicam a esses dispositivos.

Em derrogação do primeiro parágrafo, os dispositivos classificados na classe D podem ser fabricados e utilizados numa única instituição de saúde sem a observância de todos os requisitos do presente regulamento, desde que cumpram as condições definidas no primeiro parágrafo, os requisitos essenciais apresentados no anexo I, as normas harmonizadas aplicáveis referidas no artigo 6.º e as especificações técnicas comuns aplicáveis referidas no artigo 7. Esta derrogação aplica-se apenas se e durante o período em que esses dispositivos não estiverem disponíveis no mercado com a marcação CE.

Alteração  19

Proposta de regulamento

Artigo 7 – n.º 1

Texto da Comissão

Alteração

1. Quando não existirem normas harmonizadas ou quando as normas harmonizadas relevantes não forem suficientes, a Comissão fica habilitada a adotar especificações técnicas comuns (ETC) no que diz respeito aos requisitos gerais de segurança e desempenho estabelecidos no anexo I, à documentação técnica estabelecida no anexo II ou às provas clínicas e ao acompanhamento pós-comercialização estabelecidos no anexo XII. As ETC devem ser adotadas por meio de atos de execução em conformidade com o procedimento de exame referido no artigo 84.º, n.º 3.

1. A Comissão fica habilitada a adotar especificações técnicas comuns (ETC) no que diz respeito aos requisitos gerais de segurança e desempenho estabelecidos no anexo I, à documentação técnica estabelecida no anexo II ou às provas clínicas e ao acompanhamento pós-comercialização estabelecidos no anexo XII. As ETC devem ser adotadas por meio de atos de execução em conformidade com o procedimento de exame referido no artigo 84.º, n.º 3.

Justificação

Esta alteração visa assegurar a coerência com o recente regulamento sobre normalização europeia e, em particular, garantir a melhor utilização possível do leque completo de especificações técnicas relevantes. Ver também a alteração que introduz, a esse respeito, um novo parágrafo 1-A (novo).

Alteração  20

Proposta de regulamento

Artigo 7 – n.º 1 – parágrafo 1-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

Ao adotar as ETC mencionadas no n.º 1, a Comissão não deve comprometer a coerência do sistema de normalização europeu. As ETC são coerentes se não entrarem em conflito com as normas europeias, isto é, se abrangerem domínios sem normas harmonizadas, se não estiver prevista a adoção de novas normas europeias por um período razoável de tempo, se as normas existentes não tiverem sido adotadas pelo mercado, se essas normas se tiverem tornado obsoletas ou se tiver demonstrado serem claramente insuficientes com base em dados de vigilância e se não estiver prevista a transposição das especificações técnicas para os produtos de normalização para um período razoável de tempo.

Justificação

Esta alteração visa assegurar a coerência com o recente regulamento sobre normalização europeia e, em particular, garantir a melhor utilização possível do leque completo de especificações técnicas relevantes.

Alteração  21

Proposta de regulamento

Artigo 7 – n.º 1 – parágrafo 1-B (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

A Comissão deve adotar as ETC mencionados no n.º 1 após consulta do GCDM, que deve incluir também um representante do organismo europeu de normalização.

Alteração  22

Proposta de regulamento

Artigo 8 – n.º 6 – parágrafo 1

Texto da Comissão

Alteração

Os fabricantes de dispositivos devem instituir e manter atualizado um procedimento sistemático, que seja proporcional à classe de risco e ao tipo de dispositivo, para recolher e analisar a experiência adquirida com os seus dispositivos colocados no mercado ou postos em serviço e para aplicar a ação corretiva necessária, a seguir designado como «plano de vigilância pós-comercialização». O plano de vigilância pós-comercialização deve estabelecer o processo para a recolha, o registo e a investigação de queixas e notificações provenientes dos profissionais de saúde, dos doentes ou dos utilizadores sobre suspeitas de incidentes relacionados com um dispositivo, a manutenção de um registo dos produtos não conformes e das recolhas e retiradas de produtos do mercado, assim como, se se considerar necessário em virtude da natureza do dispositivo, a análise de amostras de dispositivos comercializados. Uma das partes do plano de vigilância pós-comercialização deve ser constituída por um plano de acompanhamento pós-comercialização, em conformidade com a parte B do anexo XII. Sempre que não se considerar pertinente proceder ao acompanhamento pós-comercialização, tal deve ser devidamente justificado e documentado no plano de vigilância pós-comercialização.

Os fabricantes de dispositivos devem instituir e manter atualizado um procedimento sistemático, que seja proporcional à classe de risco e ao tipo de dispositivo, para recolher e analisar a experiência adquirida com os seus dispositivos colocados no mercado ou postos em serviço e para aplicar a ação corretiva necessária, a seguir designado como «plano de vigilância pós-comercialização». O plano de vigilância pós-comercialização deve estabelecer o processo para a recolha, o registo, a comunicação ao sistema eletrónico relativo à vigilância referido no artigo 60.º e a investigação de queixas e notificações provenientes dos profissionais de saúde, dos doentes ou dos utilizadores sobre suspeitas de incidentes relacionados com um dispositivo, a manutenção de um registo dos produtos não conformes e das recolhas e retiradas de produtos do mercado, assim como, se se considerar necessário em virtude da natureza do dispositivo, a análise de amostras de dispositivos comercializados. Uma das partes do plano de vigilância pós-comercialização deve ser constituída por um plano de acompanhamento pós-comercialização, em conformidade com a parte B do anexo XII. Sempre que não se considerar pertinente proceder ao acompanhamento pós-comercialização, tal deve ser devidamente justificado e documentado no plano de vigilância pós-comercialização e ser sujeito à aprovação da autoridade competente.

Alteração  23

Proposta de regulamento

Artigo 8 – n.º 7 – parágrafo 1

Texto da Comissão

Alteração

Os fabricantes devem garantir que o dispositivo é acompanhado das informações a fornecer de acordo com o anexo I, secção 17, numa língua oficial da União que seja facilmente compreensível para o utilizador previsível. A ou as línguas das informações a fornecer pelo fabricante podem ser determinadas pela legislação do Estado-Membro onde o dispositivo é disponibilizado ao utilizador.

Os fabricantes devem garantir que o dispositivo é acompanhado das instruções e informações de segurança a fornecer de acordo com o anexo I, secção 17, numa língua que seja facilmente compreensível para o utilizador previsível, de acordo com o que o Estado-Membro em questão decidir.

Justificação

Os doentes e os utilizadores têm de receber as informações na sua própria língua.

Alteração  24

Proposta de regulamento

Artigo 8 – n.º 7 – parágrafo 2

Texto da Comissão

Alteração

No que diz respeito aos dispositivos de autodiagnóstico ou aos testes a realizar na presença do doente, as informações a fornecer de acordo com o anexo I, secção 17, devem ser facultadas na língua ou línguas do Estado-Membro onde o dispositivo é posto à disposição do utilizador previsível.

No que diz respeito aos dispositivos de autodiagnóstico ou aos testes a realizar na presença do doente, as informações a fornecer de acordo com o anexo I, secção 17, devem ser facilmente inteligíveis e facultadas na língua ou línguas do Estado-Membro onde o dispositivo é posto à disposição do utilizador previsível.

Alteração  25

Proposta de regulamento

Artigo 8 – n.º 8

Texto da Comissão

Alteração

8. Os fabricantes que considerem ou tenham motivos para crer que determinado dispositivo que colocaram no mercado não está conforme ao presente regulamento devem tomar imediatamente a ação corretiva necessária para assegurar a conformidade do dispositivo em questão ou proceder à respetiva retirada ou recolha, se for esse o caso. Devem informar desse facto os distribuidores e, se for esse o caso, o mandatário.

8. Os fabricantes que considerem ou tenham motivos para crer que determinado dispositivo que colocaram no mercado não está conforme ao presente regulamento devem tomar imediatamente a ação corretiva necessária para assegurar a conformidade do dispositivo em questão ou proceder à respetiva retirada ou recolha, se for esse o caso. Devem informar desse facto a autoridade nacional competente, os distribuidores e, se for esse o caso, o mandatário.

Alteração  26

Proposta de regulamento

Artigo 8 – n.º 9

Texto da Comissão

Alteração

9. Em resposta a um pedido fundamentado de uma autoridade competente, os fabricantes devem facultar toda a informação e a documentação necessárias, numa língua oficial da União facilmente compreendida por essa autoridade, para demonstrar a conformidade do dispositivo. Devem ainda cooperar com a referida autoridade, a pedido desta, em qualquer ação corretiva de eliminação dos riscos decorrentes de dispositivos que tenham colocado no mercado ou em serviço.

9. Em resposta a um pedido fundamentado de uma autoridade competente, os fabricantes devem facultar toda a informação e a documentação necessárias, numa língua oficial da União facilmente compreendida por essa autoridade, para demonstrar a conformidade do dispositivo. Devem ainda cooperar com a referida autoridade, a pedido desta, em qualquer ação corretiva de eliminação dos riscos decorrentes de dispositivos que tenham colocado no mercado ou em serviço. Se uma autoridade competente considerar, ou tiver razões para acreditar, que um dispositivo causou danos, a autoridade deve assegurar que o utilizador potencialmente lesado, o sucessor do utilizador, a companhia de seguro de saúde do utilizador ou terceiros afetados pelos danos causados ao utilizador também podem solicitar ao fabricante as informações mencionadas no primeiro parágrafo.

Justificação

No passado, os utilizadores lesados e os seguros de saúde obrigatórios que pagavam os custos do tratamento abstiveram-se, muitas vezes, de abrir processos judiciais por danos causados, uma vez que não era claro se o dispositivo era defeituoso e estava na origem dos danos. O reforço do direito à informação elimina o risco de falta de informação relevante.

Alteração  27

Proposta de regulamento

Artigo 8 – n.º 10 – parágrafo 1-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

Os fabricantes devem ter um seguro de responsabilidade adequado que cubra quaisquer danos que possam ser causados pelos seus dispositivos aos doentes ou aos utilizadores em caso de morte ou lesão causada ao utilizador ou em caso de morte ou lesões causadas a vários utilizadores resultantes da utilização do mesmo dispositivo.

Justificação

Nos termos da Diretiva 85/374/CEE relativa à responsabilidade decorrente dos produtos defeituosos, ainda não existe obrigação de subscrever cobertura de seguro em caso de danos. Deste modo, o risco de danos e o risco de insolvência do fabricante são injustamente transferidos para os doentes lesados pelos dispositivos defeituosos e os pagadores são responsáveis pelos custos decorrentes do tratamento. Em conformidade com as normas já em vigor no domínio dos produtos médicos, os fabricantes de dispositivos também devem ser obrigados a subscrever seguros de responsabilidade civil com importâncias mínimas de cobertura adequadas.

Alteração  28

Proposta de regulamento

Artigo 11 – parágrafo 2 – alínea b)

Texto da Comissão

Alteração

(b) Que o fabricante designou um mandatário de acordo com o artigo 9.º;

(b) Que o fabricante foi identificado e designou um mandatário de acordo com o artigo 9.º;

Justificação

É importante assegurar que o importador identifica o fabricante.

Alteração  29

Proposta de regulamento

Artigo 11 – n.º 2 – alínea f-A) (nova)

Texto da Comissão

Alteração

 

(f-A) Que o fabricante subscreveu um seguro de responsabilidade adequado nos termos do primeiro parágrafo do artigo 8.º, n.º 10, exceto se o próprio importador puder assegurar uma cobertura suficiente que corresponda aos mesmos requisitos.

Justificação

O importador deve certificar-se de que o fabricante cumpre as suas obrigações em matéria de seguro.

Alteração  30

Proposta de regulamento

Artigo 11 – n.º 7

Texto da Comissão

Alteração

7. Os importadores que considerem ou tenham motivos para crer que determinado dispositivo que colocaram no mercado não está conforme com o presente regulamento devem informar imediatamente o fabricante e o seu mandatário e, se adequado, tomar a ação corretiva necessária para assegurar a conformidade do dispositivo em questão ou proceder à respetiva retirada ou recolha. Se o dispositivo apresentar um risco, os importadores devem também informar imediatamente deste facto as autoridades competentes dos Estados-Membros em que disponibilizaram o dispositivo e, se for caso disso, o organismo notificado que emitiu, para o dispositivo em questão, um certificado de acordo com o artigo 43.º, fornecendo-lhes as informações relevantes, sobretudo no que se refere à não conformidade e à eventual ação corretiva adotada.

7. Os importadores que considerem ou tenham motivos para crer que determinado dispositivo que colocaram no mercado não está conforme com o presente regulamento devem informar imediatamente o fabricante e, quando aplicável, o seu mandatário e, se adequado, garantir que é tomada a ação corretiva necessária para assegurar a conformidade do dispositivo em questão ou proceder à respetiva retirada ou recolha e executar essa ação. Se o dispositivo apresentar um risco, os importadores devem também informar imediatamente deste facto as autoridades competentes dos Estados-Membros em que disponibilizaram o dispositivo e, se for caso disso, o organismo notificado que emitiu, para o dispositivo em questão, um certificado de acordo com o artigo 43.º, fornecendo-lhes as informações relevantes, sobretudo no que se refere à não conformidade e à eventual ação corretiva executada.

Justificação

Para evitar diluições em matéria de informação e responsabilidade, o fabricante ou, se for apropriado, o seu mandatário deve ser o único responsável pela tomada de ações corretivas em relação ao produto. Os importadores não devem tomar quaisquer ações corretivas mas apenas executá-las em conformidade com as decisões dos fabricantes.

Alteração  31

Proposta de regulamento

Artigo 19 – n.º 1

Texto da Comissão

Alteração

1. Qualquer pessoa singular ou coletiva que disponibilize no mercado um artigo especificamente destinado a substituir uma parte integrante ou um componente idênticos ou semelhantes de um dispositivo que esteja defeituoso ou gasto, a fim de manter ou restabelecer o funcionamento do dispositivo sem alterar significativamente o seu desempenho ou as características de segurança, deve garantir que esse artigo não prejudica a segurança e o desempenho do dispositivo. Devem ser mantidos à disposição das autoridades competentes dos Estados-Membros os devidos elementos comprovativos.

1. Qualquer pessoa singular ou coletiva que disponibilize no mercado um artigo especificamente destinado a substituir uma parte integrante ou um componente idênticos ou semelhantes de um dispositivo que esteja defeituoso ou gasto, a fim de manter ou restabelecer o funcionamento do dispositivo sem alterar o seu desempenho ou as características de segurança, deve garantir que esse artigo não prejudica a segurança e o desempenho do dispositivo. Devem ser mantidos à disposição das autoridades competentes dos Estados-Membros os devidos elementos comprovativos.

Justificação

O termo «significativamente» pode levar a interpretações divergentes dos factos e, devido à sua natureza indeterminada, a uma aplicação incoerente dos requisitos. As alterações ao desempenho ou às características de segurança devem, em qualquer circunstância, levar a uma classificação do artigo como um novo dispositivo médico.

Alteração  32

Proposta de regulamento

Artigo 19 – n.º 2

Texto da Comissão

Alteração

2. Um artigo especificamente destinado a substituir uma parte ou um componente de um dispositivo e que altere significativamente o desempenho ou as características de segurança do dispositivo deve ser considerado como um dispositivo.

2. Um artigo especificamente destinado a substituir uma parte ou um componente de um dispositivo e que altere o desempenho ou as características de segurança do dispositivo deve ser considerado como um dispositivo e cumprir os requisitos estabelecidos no presente regulamento.

Justificação

O termo «significativamente» pode levar a interpretações divergentes dos factos e, devido à sua natureza indeterminada, a uma aplicação incoerente dos requisitos. As alterações ao desempenho ou às características de segurança devem, em qualquer circunstância, levar a uma classificação do artigo como um novo dispositivo médico.

Alteração  33

Proposta de regulamento

Artigo 22 – parágrafo 8 – alínea b)

Texto da Comissão

Alteração

(b) O interesse legítimo de proteção de informações comerciais sensíveis;

(b) O interesse legítimo de proteção de informações comerciais sensíveis, na medida em que não prejudique a proteção da saúde pública;

Alteração  34

Proposta de regulamento

Artigo 22 – parágrafo 8 – alínea e-A) (nova)

Texto da Comissão

Alteração

 

(e-A) A compatibilidade com sistemas de identificação de dispositivos médicos que já se encontrem presentes no mercado.

Justificação

A fim de assegurar um bom funcionamento, importa que os sistemas de rastreabilidade sejam compatíveis do ponto de vista técnico.

Alteração  35

Proposta de regulamento

Artigo 22 – n.º 8 – alínea e-B) (nova)

Texto da Comissão

Alteração

 

(e-B) A compatibilidade com outros sistemas de rastreabilidade utilizados pelos operadores responsáveis pelos dispositivos médicos;

Alteração  36

Proposta de regulamento

Artigo 24 – n.º 1

Texto da Comissão

Alteração

1. No caso dos dispositivos classificados nas classes C e D, à exceção dos dispositivos para avaliação do desempenho, o fabricante deve elaborar um resumo da segurança e do desempenho. Este resumo deve ser redigido de forma clara para o utilizador previsto. O projeto do resumo deve fazer parte da documentação a apresentar ao organismo notificado que participa na avaliação da conformidade de acordo com o disposto no artigo 40.º e deve ser validado por esse organismo.

1. No caso dos dispositivos classificados nas classes C e D, à exceção dos dispositivos para avaliação do desempenho, o fabricante deve elaborar um resumo da segurança e do desempenho. Este resumo deve ser tornado público, redigido de forma clara para o utilizador previsto e na língua do país onde o dispositivo é colocado no mercado. Além disso, deve ser acompanhado do conjunto de dados coligidos durante a investigação clínica e o acompanhamento clínico pós-comercialização. O projeto do resumo deve fazer parte da documentação a apresentar ao organismo notificado que participa na avaliação da conformidade de acordo com o disposto no artigo 40.º e deve ser validado por esse organismo.

Justificação

Este documento deve estar disponível ao público e escrito numa língua facilmente compreensível pelos utilizadores, pelos profissionais de saúde e pelos doentes.

Alteração  37

Proposta de regulamento

Artigo 26 – n.º 7

Texto da Comissão

Alteração

7. Os Estados-Membros devem fornecer à Comissão e aos outros Estados-Membros informações sobre os respetivos procedimentos de avaliação, designação e notificação dos organismos de avaliação da conformidade e de monitorização dos organismos notificados, e sobre qualquer alteração nessa matéria.

7. Os Estados-Membros devem fornecer à Comissão e aos outros Estados-Membros informações sobre os respetivos procedimentos de avaliação, designação e notificação dos organismos de avaliação da conformidade e de monitorização dos organismos notificados, e sobre qualquer alteração nessa matéria. Com base neste intercâmbio de informação e nas melhores práticas estabelecidas nos Estados-Membros, a Comissão deve definir, no prazo de dois anos após a entrada em vigor do presente regulamento, diretrizes relativas aos procedimentos para avaliação, designação e notificação dos organismos de avaliação da conformidade, bem como para a monitorização dos organismos notificados, a realizar pelas autoridades nacionais em causa.

Alteração  38

Proposta de regulamento

Artigo 27 – n.º 1

Texto da Comissão

Alteração

1. Os organismos notificados devem satisfazer os requisitos organizativos e gerais, bem como os requisitos em matéria de gestão da qualidade, recursos e processos que sejam necessários para cumprirem as tarefas para as quais são designados em conformidade com o presente regulamento. Os requisitos mínimos a satisfazer pelos organismos notificados são estabelecidos no anexo VI.

1. Os organismos notificados devem satisfazer os requisitos organizativos e gerais, bem como os requisitos em matéria de gestão da qualidade, recursos e processos que sejam necessários para cumprirem as tarefas para as quais são designados em conformidade com o presente regulamento. Os requisitos a satisfazer pelos organismos notificados são estabelecidos no anexo VI.

Justificação

Para estabelecer requisitos iguais para os órgãos notificados em todos os Estados-Membros e assegurar condições equitativas e uniformes deve suprimir-se o termo «mínimos».

Alteração  39

Proposta de regulamento

Artigo 27 – n.º 2

Texto da Comissão

Alteração

2. A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados em conformidade com o artigo 85.º a fim de alterar ou completar os requisitos mínimos previstos no anexo VI à luz do progresso técnico e atendendo aos requisitos mínimos necessários para a avaliação de dispositivos específicos, ou de categorias ou grupos de dispositivos.

2. A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados em conformidade com o artigo 85.º a fim de alterar ou completar os requisitos previstos no anexo VI à luz do progresso técnico e atendendo aos requisitos necessários para a avaliação de dispositivos específicos, ou de categorias ou grupos de dispositivos.

Justificação

Para estabelecer requisitos iguais para os órgãos notificados em todos os Estados-Membros e assegurar condições equitativas e uniformes deve suprimir-se o termo «mínimos».

Alteração  40

Proposta de regulamento

Artigo 28 – n.º 1-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

1-A. A subcontratação deve estar limitada apenas a funções específicas ligadas à avaliação da conformidade e a sua necessidade deve ser devidamente justificada junto da autoridade nacional.

Alteração  41

Proposta de regulamento

Artigo 29 – n.º 1-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

1-A. Eventuais filiais do organismo de avaliação da conformidade requerente, nomeadamente as localizadas em países terceiros, que venham a participar no processo de avaliação de conformidade ficam sujeitas ao mecanismo de pedido de notificação e da sua avaliação, tal como descrito no Artigo 30.º.

Alteração  42

Proposta de regulamento

Artigo 31 – n.º 4 – parágrafo 1

Texto da Comissão

Alteração

A notificação deve especificar claramente o âmbito da designação, indicando as atividades de avaliação da conformidade, os procedimentos de avaliação da conformidade e o tipo de dispositivos que o organismo notificado está autorizado a avaliar.

A notificação deve especificar claramente o âmbito da designação, indicando as atividades de avaliação da conformidade, os procedimentos de avaliação da conformidade, a classe de risco e o tipo de dispositivos que o organismo notificado está autorizado a avaliar.

Justificação

A notificação deve, se necessário, especificar qual é a classe de dispositivos que os órgãos notificados têm autorização para avaliar. Alguns dispositivos de alto risco apenas devem ser avaliados por órgãos notificados que cumpram os requisitos específicos estabelecidos pela CE através de atos de execução.

Alteração  43

Proposta de regulamento

Artigo 31 – n.º 4 – parágrafo 2

Texto da Comissão

Alteração

A Comissão pode estabelecer, por meio de atos de execução, uma lista de códigos e os correspondentes tipos de dispositivos, a indicar pelos Estados-Membros nas suas notificações, a fim de definir o âmbito da designação de organismos notificados. Esses atos de execução devem ser adotados pelo procedimento consultivo a que se refere o artigo 84.º, n.º 2.

A Comissão pode estabelecer, por meio de atos de execução, uma lista de códigos e os correspondentes tipos de dispositivos e classes de risco, a indicar pelos Estados-Membros nas suas notificações, a fim de definir o âmbito da designação de organismos notificados. Esses atos de execução devem ser adotados pelo procedimento consultivo a que se refere o artigo 84.º, n.º 2.

Alteração  44

Proposta de regulamento

Artigo 35 – n.º 1

Texto da Comissão

Alteração

1. A Comissão deve investigar todos os casos em relação aos quais lhe sejam comunicadas dúvidas quanto ao cumprimento permanente, por parte de um organismo notificado, dos requisitos estabelecidos no anexo VI ou das obrigações que lhe estão cometidas. Pode igualmente iniciar tais investigações por sua própria iniciativa.

1. A Comissão deve investigar todos os casos em relação aos quais lhe sejam comunicadas dúvidas quanto ao cumprimento permanente, por parte de um organismo notificado, dos requisitos estabelecidos no anexo VI ou das obrigações que lhe estão cometidas. Pode igualmente iniciar tais investigações por sua própria iniciativa, incluindo a visita não anunciada ao organismo notificado por uma equipa de avaliação conjunta cuja composição respeite o estipulado no Artigo 30.º, n.º.3.

Alteração  45

Proposta de regulamento

Artigo 39 – n.º 2 – parágrafo 2

Texto da Comissão

Alteração

Pelo menos 14 dias antes de tomar qualquer decisão, a autoridade competente deve notificar o GCDM e a Comissão da decisão que pretende tomar.

Pelo menos 14 dias antes de tomar qualquer decisão, a autoridade competente deve notificar o GCDM e a Comissão da decisão que pretende tomar. Essa decisão deve ser disponibilizada ao público no Banco de Dados Europeu.

Justificação

Para criar práticas harmonizadas em toda a Europa esta decisão deve ser acessível.

Alteração  46

Proposta de regulamento

Artigo 39 – n.º 3 – parágrafo 1

Texto da Comissão

Alteração

A Comissão pode, a pedido de um Estado-Membro ou por sua própria iniciativa, por meio de atos de execução, decidir da aplicação dos critérios de classificação estabelecidos no anexo VII a um determinado dispositivo, ou a uma categoria ou grupo de dispositivos, a fim de determinar a sua classificação.

A Comissão pode, por sua própria iniciativa ou a pedido de um Estado-Membro, por meio de atos de execução, decidir da aplicação dos critérios de classificação estabelecidos no anexo VII a um determinado dispositivo, ou a uma categoria ou grupo de dispositivos, a fim de determinar a sua classificação. Uma tal decisão deve ser tomada, em particular, para resolver decisões divergentes entre Estados-Membros relativas à classificação de dispositivos.

Justificação

A versão atual do artigo 39.º não contém um procedimento claro para casos de avaliação divergente de dispositivos por autoridades competentes distintas. Nesses casos, a Comissão deve decidir acerca da aplicação de uma regra específica relacionada com um dado dispositivo para assegurar uma aplicação uniforme a nível europeu.

Alteração  47

Proposta de regulamento

Artigo 40 – n.º 9 – parágrafo 1 – parte introdutória

Texto da Comissão

Alteração

A Comissão pode especificar, por meio de atos de execução, as modalidades e os elementos processuais destinados a garantir uma aplicação harmonizada dos procedimentos de avaliação da conformidade pelos organismos notificados relativamente a qualquer dos seguintes aspetos:

A Comissão deve especificar, por meio de atos de execução, as modalidades e os elementos processuais destinados a garantir uma aplicação harmonizada dos procedimentos de avaliação da conformidade pelos organismos notificados relativamente a qualquer dos seguintes aspetos:

Alteração  48

Proposta de regulamento

Artigo 40 – n.º 9 – travessão 2

Texto da Comissão

Alteração

- frequência mínima das inspeções não anunciadas às fábricas e do controlo de amostras a efetuar pelos organismos notificados em conformidade com o anexo VIII, secção 4.4, atendendo à classe de risco e ao tipo de dispositivo,

Suprimido

Justificação

O número de inspeções não anunciadas no anexo VIII, secção 4.4, tem de ser claramente definido de modo a reforçar os controlos necessários e a garantir inspeções não anunciadas ao mesmo nível e frequência em todos os Estados-Membros. Por conseguinte, as inspeções não anunciadas devem ser realizadas pelo menos uma vez num ciclo de certificação e para cada fabricante e grupo genérico de dispositivos. Devido à importância vital deste instrumento, o âmbito e os procedimentos das inspeções não anunciadas deveriam ser enunciados no próprio regulamento e não em regras a jusante, como um ato de execução.

Alteração  49

Proposta de regulamento

Artigo 41 – n.º 1

Texto da Comissão

Alteração

1. Sempre que o procedimento de avaliação da conformidade implicar a intervenção de um organismo notificado, o fabricante pode apresentar um pedido a um organismo notificado da sua escolha, desde que este tenha sido notificado para as atividades de avaliação da conformidade, os procedimentos de avaliação da conformidade e os dispositivos em causa. Não podem ser apresentados paralelamente a mais de um organismo notificado pedidos relativos à mesma atividade de avaliação da conformidade.

1. Sempre que o procedimento de avaliação da conformidade implicar a intervenção de um organismo notificado, o fabricante pode apresentar um pedido a um organismo notificado da sua escolha, desde que este tenha sido notificado para as atividades de avaliação da conformidade, os procedimentos de avaliação da conformidade e os dispositivos em causa. Não devem ser apresentados paralelamente a mais de um organismo notificado pedidos relativos à mesma atividade de avaliação da conformidade.

Justificação

Esta disposição deve ser clarificada para evitar interpretações divergentes.

Alteração  50

Proposta de regulamento

Artigo 47 – n.º 4

Texto da Comissão

Alteração

4. Sempre que a demonstração da conformidade com os requisitos gerais de segurança e desempenho baseada em dados de desempenho clínico ou numa parte desses dados não for considerada adequada, deve justificar-se devidamente essa exceção, com base em resultados da gestão dos riscos efetuada pelo fabricante e tendo em consideração as características do dispositivo e, em especial, a(s) sua(s) finalidade(s), o desempenho pretendido e as alegações do fabricante. A adequação da demonstração da conformidade com os requisitos gerais de segurança e desempenho apenas com base nos resultados da avaliação do desempenho analítico deve ser devidamente justificada na documentação técnica referida no anexo II.

4. Sempre que a demonstração da conformidade com os requisitos gerais de segurança e desempenho baseada em dados de desempenho clínico ou numa parte desses dados não for considerada adequada, deve justificar-se devidamente essa exceção, com base em resultados da gestão dos riscos efetuada pelo fabricante e tendo em consideração as características do dispositivo e, em especial, a(s) sua(s) finalidade(s), o desempenho pretendido e as alegações do fabricante. A adequação da demonstração da conformidade com os requisitos gerais de segurança e desempenho apenas com base nos resultados da avaliação do desempenho analítico deve ser devidamente justificada na documentação técnica referida no anexo II.

 

A isenção de demonstração da conformidade com os requisitos gerais de segurança e desempenho, com base em dados clínicos nos termos do primeiro parágrafo, está sujeita a aprovação prévia por parte da autoridade competente.

Alteração  51

Proposta de regulamento

Artigo 47 – n.º 5

Texto da Comissão

Alteração

5. Os dados relativos à validade científica e ao desempenho analítico, bem como, se aplicável, os dados relativos ao desempenho clínico, devem ser resumidos como parte do relatório de provas clínicas referido no anexo XII, parte A, secção 3. O relatório de provas clínicas deve ser incluído ou referenciado na íntegra na documentação técnica referida no anexo II relativa ao dispositivo em causa.

5. Os dados relativos à validade científica e ao desempenho analítico, bem como, se aplicável, os dados relativos ao desempenho clínico, devem ser resumidos como parte do relatório de provas clínicas referido no anexo XII, parte A, secção 3. O relatório de provas clínicas deve ser incluído na documentação técnica referida no anexo II relativa ao dispositivo em causa.

Alteração  52

Proposta de regulamento

Artigo 48 – n.º 4

Texto da Comissão

Alteração

4. Todos os estudos de desempenho clínico devem ser concebidos e realizados de modo a assegurar a proteção dos direitos, da segurança e do bem-estar dos sujeitos que participam nesses estudos e a garantir a fiabilidade e robustez dos dados clínicos neles produzidos.

4. Todos os estudos de desempenho clínico devem ser concebidos e realizados de modo a assegurar a proteção dos direitos, da segurança e do bem-estar dos sujeitos que participam nesses estudos e a garantir a fiabilidade e robustez dos dados clínicos neles produzidos. A realização dos estudos intervencionais de desempenho clínico está sujeita a exame do comité de ética responsável.

Alteração  53

Proposta de regulamento

Artigo 49 – n.º 6 – parágrafo 2

Texto da Comissão

Alteração

Os Estados-Membros devem assegurar que a avaliação é feita conjuntamente por um número razoável de pessoas que possuam coletivamente as qualificações e a experiência necessárias. Na avaliação deve ser tomado em conta o ponto de vista de pelo menos uma pessoa cuja principal área de interesse não seja científica. Deve igualmente ser tomado em conta o ponto de vista de pelo menos um doente.

Os Estados-Membros devem assegurar que a avaliação é feita conjuntamente por um número razoável de pessoas que possuam coletivamente as qualificações e a experiência necessárias. Na avaliação deve ser tomado em conta o ponto de vista de pelo menos uma pessoa cuja principal área de interesse não seja científica. Deve igualmente ser tomado em conta o ponto de vista de pelo menos um doente. A realização dos estudos intervencionais de desempenho clínico está sujeita a exame do comité de ética responsável.

Alteração  54

Proposta de regulamento

Artigo 51 – n.º 2

Texto da Comissão

Alteração

2. Ao estabelecer o sistema eletrónico referido no n.º 1, a Comissão deve assegurar a sua interoperabilidade com a base de dados da UE para os ensaios clínicos de medicamentos para uso humano criada em conformidade com o artigo […] do Regulamento (UE) n.º [referência do futuro regulamento relativo aos ensaios clínicos]. À exceção das informações referidas no artigo 50.º, as informações coligidas e tratadas no sistema eletrónico devem estar acessíveis unicamente aos Estados-Membros e à Comissão.

2. Ao estabelecer o sistema eletrónico referido no n.º 1, a Comissão deve assegurar a sua interoperabilidade com a base de dados da UE para os ensaios clínicos de medicamentos para uso humano criada em conformidade com o artigo […] do Regulamento (UE) n.º [referência do futuro regulamento relativo aos ensaios clínicos]. À exceção das informações referidas no artigo 50.º, e no artigo 51.º, alínea d), que devem ser acessíveis ao público, as informações coligidas e tratadas no sistema eletrónico devem estar acessíveis unicamente aos Estados-Membros e à Comissão. Os dados clínicos obtidos durante os estudos referidos no anexo XII, ponto (2.3.3.) devem ser acessíveis, mediante pedido e no prazo de 20 dias, aos profissionais de saúde e às sociedades médicas independentes. Pode ser pedido um acordo de não divulgação que abranja os dados clínicos.

Justificação

Por motivos de transparência e de saúde pública. Não há porque impedir o acesso de académicos independentes a dados sobre o desempenho clínico e acontecimentos adversos.

Alteração  55

Proposta de regulamento

Artigo 51 – n.º 3

Texto da Comissão

Alteração

3. A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados em conformidade com o artigo 85.º a fim de determinar que outras informações relativas a estudos de desempenho clínico coligidas e tratadas no sistema eletrónico devem estar acessíveis publicamente a fim de permitir a interoperabilidade com a base de dados da UE para ensaios clínicos de medicamentos para uso humano criada pelo Regulamento (UE) n.º [referência do futuro regulamento relativo aos ensaios clínicos]. É aplicável o disposto no artigo 50.º, n.os 3 e 4.

3. A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados em conformidade com o artigo 85.º a fim de determinar os requisitos e parâmetros técnicos que permitam a interoperabilidade com a base de dados da UE para ensaios clínicos de medicamentos para uso humano criada pelo Regulamento (UE) n.º [referência do futuro regulamento relativo aos ensaios clínicos].

Alteração  56

Proposta de regulamento

Artigo 53 – n.º 1

Texto da Comissão

Alteração

1. Se um promotor introduzir alterações a um estudo de desempenho clínico que sejam suscetíveis de ter um impacto substancial ao nível da segurança ou dos direitos dos sujeitos ou da fiabilidade ou robustez dos dados clínicos produzidos no estudo, deve notificar o Estado-Membro ou Estados-Membros em causa dos motivos e do conteúdo de tais alterações. A notificação deve ser acompanhada de uma versão atualizada da documentação relevante referida no anexo XIII.

1. Se um promotor introduzir alterações a um estudo de desempenho clínico que sejam suscetíveis de ter um impacto substancial ao nível da segurança ou dos direitos dos sujeitos ou da fiabilidade ou robustez dos dados clínicos produzidos no estudo, deve notificar o Estado-Membro ou Estados-Membros e o comité de ética em causa dos motivos e do conteúdo de tais alterações. A notificação deve ser acompanhada de uma versão atualizada da documentação relevante referida no anexo XIII.

Alteração  57

Proposta de regulamento

Artigo 53 – n.º 2

Texto da Comissão

Alteração

2. O promotor pode aplicar as alterações referidas no n.º 1 decorridos no mínimo 30 dias após a notificação, salvo se o Estado-Membro em causa tiver notificado o promotor da sua recusa com base em motivos de saúde pública, de segurança dos doentes ou de ordem pública.

2. O promotor pode aplicar as alterações referidas no n.º 1 decorridos no mínimo 30 dias após a notificação, salvo se o Estado-Membro em causa tiver notificado o promotor da sua recusa devidamente justificada.

Justificação

A restrição de motivos atendíveis proposta no texto original, por exemplo exclui indevidamente aspetos de falta de relevância ou de robustez dos dados a obter ou de outras considerações de natureza ética. As alterações às investigações clínicas propostas pelos promotores não devem permitir a diminuição dos padrões científicos ou éticos em virtude de interesses comerciais.

Alteração  58

Proposta de regulamento

Artigo 54 – n.º 1

Texto da Comissão

Alteração

1. Sempre que um Estado-Membro tenha recusado, suspenso ou posto termo a um estudo de desempenho clínico, tenha solicitado uma alteração substancial ou interrupção temporária de um estudo de desempenho clínico, ou tenha sido notificado pelo promotor da conclusão antecipada de um estudo de desempenho clínico por razões de segurança, esse Estado-Membro deve comunicar a sua decisão e os respetivos motivos a todos os Estados-Membros e à Comissão através do sistema eletrónico referido no artigo 51.º

1. Sempre que um Estado-Membro tenha recusado, suspenso ou posto termo a um estudo de desempenho clínico, tenha solicitado uma alteração substancial ou interrupção temporária de um estudo de desempenho clínico, ou tenha sido notificado pelo promotor da conclusão antecipada de um estudo de desempenho clínico por razões de segurança, esse Estado-Membro deve comunicar esses factos, bem como a sua decisão e os respetivos motivos, a todos os Estados-Membros e à Comissão através do sistema eletrónico referido no artigo 51.º.

Alteração  59

Proposta de regulamento

Artigo 55 – n.º 3

Texto da Comissão

Alteração

3. No prazo de um ano a contar da conclusão do estudo de desempenho clínico, o promotor deve apresentar aos Estados-Membros em causa um resumo dos resultados do estudo sob a forma de um relatório do estudo de desempenho clínico, como referido no anexo XII, parte A, secção 2.3.3. Quando, por motivos científicos, não for possível apresentar o relatório do estudo de desempenho clínico no prazo de um ano, esse relatório deve ser apresentado assim que estiver disponível. Nesse caso, o protocolo do estudo de desempenho clínico referido no anexo XII, parte A, secção 2.3.2, deve especificar em que momento os resultados do estudo serão apresentados, juntamente com uma explicação.

3. No prazo de um ano a contar da conclusão do estudo de desempenho clínico, o promotor deve apresentar aos Estados-Membros em causa um resumo dos resultados do estudo sob a forma de um relatório do estudo de desempenho clínico, como referido no anexo XII, parte A, secção 2.3.3, juntamente com todos os dados coligidos durante o estudo de desempenho clínico, incluindo constatações desfavoráveis. Quando, por motivos científicos, não for possível apresentar o relatório do estudo de desempenho clínico no prazo de um ano, esse relatório deve ser apresentado assim que estiver disponível. Nesse caso, o protocolo do estudo de desempenho clínico referido no anexo XII, parte A, secção 2.3.2, deve especificar em que momento os resultados do estudo serão apresentados, juntamente com uma explicação.

Justificação

Estes dados já se encontram disponíveis para o promotor e devem ser comunicados ao Estado-Membro para que seja efetuada a análise estatística adequada.

Alteração  60

Proposta de regulamento

Artigo 56 – n.º 2

Texto da Comissão

Alteração

2. No pedido único, o promotor deve propor um dos Estados-Membros em causa como Estado-Membro coordenador. Se esse Estado-Membro não quiser desempenhar essa função, deve, no prazo de seis dias a contar da apresentação do pedido único, chegar a acordo com outro Estado-Membro em causa para que seja este o Estado-Membro coordenador. Se nenhum outro Estado-Membro aceitar ser Estado-Membro coordenador, o Estado-Membro coordenador será o Estado-Membro que tiver sido proposto pelo promotor. Se a função de Estado-Membro coordenador for assumida por um Estado-Membro diferente do proposto pelo promotor, o prazo referido no artigo 49.º, n.º 2, começa a contar no dia seguinte ao da aceitação.

2. Os Estados-Membros em causa devem, no prazo de seis dias a contar da apresentação do pedido único, chegar a acordo quanto ao Estado-Membro coordenador. Os Estados-Membros e a Comissão devem chegar a acordo, no âmbito das atribuições do Grupo de Coordenação dos Dispositivos Médicos, relativamente a regras claras para a nomeação do Estado-Membro coordenador.

Justificação

A solução proposta pelo texto da Comissão permite que os promotores selecionem as autoridades competentes que apliquem normas menos rigorosas, que possuam menos recursos ou se encontrem sobrecarregadas com um número elevado de pedidos, o que agrava a proposta de aprovação tácita das investigações clínicas. Pode ser criado um quadro para a decisão sobre o Estado-Membro coordenador pelo GCDM já proposto, em conformidade com as funções descritas no artigo 80.º.

Alteração  61

Proposta de regulamento

Artigo 57 – n.º 2 – parágrafo 1 – alínea a)

Texto da Comissão

Alteração

(a) Um acontecimento adverso grave que tenha uma relação causal com o dispositivo para avaliação do desempenho, o comparador ou o procedimento do estudo ou em que tal relação causal seja razoavelmente possível;

(a) Qualquer acontecimento adverso que tenha uma relação causal com o dispositivo para avaliação do desempenho, o comparador ou o procedimento do estudo ou em que tal relação causal seja razoavelmente possível;

Alteração  62

Proposta de regulamento

Artigo 57 – n.º 4 – parágrafo 1

Texto da Comissão

Alteração

No caso de um estudo de desempenho clínico para o qual o promotor tenha apresentado um pedido único como previsto no artigo 56.º, o promotor deve notificar quaisquer acontecimentos referidos no n.º 2 através do sistema eletrónico referido no artigo 51.º. Após receção, essa notificação será transmitida eletronicamente a todos os Estados-Membros em causa.

No caso de uma investigação clínica para a qual o promotor tenha apresentado um pedido único como previsto no artigo 56.º, o promotor deve notificar quaisquer acontecimentos referidos nos n.ºs 1 e 2 através do sistema eletrónico referido no artigo 51.º. Após receção, essa notificação será transmitida eletronicamente a todos os Estados-Membros em causa.

Alteração  63

Proposta de regulamento

Artigo 59 – n.º 1 – alínea a)

Texto da Comissão

Alteração

(a) Qualquer incidente grave relativo a dispositivos disponibilizados no mercado da União;

(a) Qualquer incidente relativo a dispositivos disponibilizados no mercado da União;

Justificação

A notificação de incidentes e as ações corretivas de segurança devem não só mencionar incidentes graves mas todos os incidentes e, por extensão da definição de incidente constante do artigo 2.º, ponto 43, incluir efeitos secundários indesejáveis.

Alteração  64

Proposta de regulamento

Artigo 59 – n.º 3 – parágrafo 1

Texto da Comissão

Alteração

Os Estados-Membros devem tomar todas as medidas adequadas para incentivar os profissionais de saúde, os utilizadores e os doentes a notificar às autoridades competentes os casos de suspeita de incidentes graves referidos na alínea a) do n.º 1. Os Estados-Membros devem registar essas notificações centralmente a nível nacional. Sempre que uma autoridade competente de um Estado-Membro receba notificações dessa natureza, deve tomar as medidas necessárias para assegurar que o fabricante do dispositivo em causa é informado do incidente. O fabricante deve assegurar o acompanhamento adequado.

Os Estados-Membros devem tomar todas as medidas adequadas para incentivar os profissionais de saúde, incluindo os farmacêuticos, os utilizadores e os doentes a notificar às autoridades competentes os casos de suspeita de incidentes graves referidos na alínea a) do n.º 1. Os Estados-Membros devem registar essas notificações centralmente a nível nacional. Sempre que uma autoridade competente de um Estado-Membro receba notificações dessa natureza, deve tomar as medidas necessárias para assegurar que o fabricante do dispositivo em causa é informado do incidente. O fabricante deve assegurar o acompanhamento adequado.

Alteração  65

Proposta de regulamento

Artigo 59 – n.º 3 – parágrafo 2

Texto da Comissão

Alteração

Os Estados-Membros devem coordenar entre si o desenvolvimento de formulários estruturados normalizados, baseados na Internet, para a notificação de incidentes graves pelos profissionais de saúde, utilizadores e doentes.

Os Estados-Membros devem coordenar entre si o desenvolvimento de formulários estruturados normalizados, baseados na Internet, para a notificação de incidentes graves pelos profissionais de saúde, utilizadores e doentes. Os Estados-Membros também devem disponibilizar aos profissionais de saúde, aos utilizadores e aos doentes outras formas de notificação de incidentes suspeitos às autoridades nacionais competentes.

Justificação

Deste modo, poderia criar-se uma restrição a certos utilizadores que podem não ter acesso à Internet ou a experiência necessária de utilização dessas ferramentas. Por esse motivo, as autoridades nacionais deveriam possuir um outro formato de notificação.

Alteração  66

Proposta de regulamento

Artigo 59 – n.º 3-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

3-A. Os Estados-Membros e a Comissão devem desenvolver e garantir a interoperabilidade entre os registos nacionais e o sistema eletrónico relativo à vigilância referido no artigo 60.º, por forma a assegurar a exportação automatizada de dados para o sistema, evitando simultaneamente a duplicação de registos.

Justificação

Registos de elevada qualidade para populações alargadas evitarão a fragmentação dos registos e proporcionarão uma imagem mais adequada da segurança e eficácia dos dispositivos médicos.

Alteração  67

Proposta de regulamento

Artigo 60 – n.º 2

Texto da Comissão

Alteração

2. As informações coligidas e tratadas no sistema eletrónico devem estar acessíveis às autoridades competentes dos Estados-Membros, à Comissão e aos organismos notificados.

2. As informações coligidas e tratadas no sistema eletrónico devem estar acessíveis às autoridades competentes dos Estados-Membros, à Comissão e, sem prejuízo da preservação da propriedade intelectual e da informação comercialmente sensível, aos organismos notificados, aos profissionais de saúde e às sociedades médicas independentes. Os dados referidos nas alíneas a) a e) do artigo 60.º, n.º 1, não devem ser considerados informações comerciais confidenciais, salvo opinião em contrário emitida pelo GCDM.

Justificação

O acesso a dados clínicos é essencial para a preservação da transparência do sistema e para a análise por parte de académicos independentes e organizações de profissionais de saúde. Não está implicada nestes dados clínicos qualquer propriedade intelectual ou informações comerciais sensíveis.

Alteração  68

Proposta de regulamento

Artigo 60 – n.º 5-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

5-A. Os relatórios e as informações mencionados no artigo 60.º, n.º 5, também devem ser automaticamente transmitidos no que diz respeito ao dispositivo em questão, através do sistema eletrónico, ao órgão notificado que emitiu o certificado, em conformidade com o artigo 43.º.

Justificação

A integração dos órgãos notificados na troca de informações das autoridades de vigilância do mercado deve ser alargada e claramente definida. Em particular, os órgãos notificados – no quadro de procedimentos automatizados e harmonizados de comunicação – precisam de informação consolidada para reconhecer os desenvolvimentos, ter em conta imediatamente a nova informação e reagir pronta e adequadamente às ocorrências e incidentes.

Alteração  69

Proposta de regulamento

Artigo 61 – n.º 1 – parágrafo 2

Texto da Comissão

Alteração

No caso de notificações recebidas em conformidade com o artigo 59.º, n.º 3, se a autoridade competente verificar que as notificações se referem a um incidente grave, deve comunicá-las sem demora através do sistema eletrónico referido no artigo 60.º, salvo se o fabricante já tiver comunicado o mesmo incidente.

No caso de notificações recebidas em conformidade com o artigo 59.º, n.º 3, se a autoridade competente verificar que as notificações se referem a um incidente, deve comunicá-las sem demora através do sistema eletrónico referido no artigo 60.º.

Justificação

Os relatórios devem ser notificados ao sistema eletrónico em qualquer caso, principalmente para assegurar a circulação de toda a informação

Alteração  70

Proposta de regulamento

Artigo 65 – n.º 1

Texto da Comissão

Alteração

1. As autoridades competentes devem realizar inspeções adequadas das características e do desempenho dos produtos, incluindo, se for o caso, o exame da documentação e inspeções físicas e laboratoriais com base em amostras adequadas. Ao fazê-lo, devem ter em conta os princípios estabelecidos de avaliação e gestão dos riscos, os dados de vigilância e as reclamações. As autoridades competentes podem exigir aos operadores económicos a apresentação de documentação e informação necessárias para o exercício das suas funções e, sempre que necessário e justificado, o acesso às instalações dos operadores económicos em causa e recolha das amostras de dispositivos que sejam necessárias. Caso considerem necessário, podem destruir ou inutilizar por outro meio os dispositivos que apresentem um risco grave.

1. As autoridades competentes devem realizar inspeções adequadas das características e do desempenho dos produtos, incluindo, se for o caso, o exame da documentação e inspeções físicas e laboratoriais com base em amostras adequadas. Ao fazê-lo, devem ter em conta os princípios estabelecidos de avaliação e gestão dos riscos, os dados de vigilância e as reclamações. As autoridades competentes podem exigir aos operadores económicos a apresentação de documentação e informação necessárias para o exercício das suas funções e o acesso às instalações dos operadores económicos em causa e recolha das amostras de dispositivos que sejam necessárias para análise por um laboratório oficial. Caso considerem necessário, podem destruir ou inutilizar por outro meio os dispositivos que apresentem um risco grave.

Justificação

As autoridades competentes não devem ter de justificar qualquer inspeção.

Alteração  71

Proposta de regulamento

Artigo 65 – n.º 1-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

1-A. As autoridades competentes devem designar inspetores habilitados para realizar as inspeções mencionadas no n.º 1. Esses inspetores podem ser assistidos por peritos nomeados pelas autoridades competentes. As inspeções devem ser realizadas pelos inspetores do Estado-Membro em que o operador económico se encontra.

Justificação

As autoridades competentes devem designar inspetores para realizar as atividades de inspeção.

Alteração  72

Proposta de regulamento

Artigo 65 – n.º 5-A (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

5-A. Sem prejuízo de quaisquer acordos internacionais celebrados entre a União e países terceiros, as inspeções referidas no n.º 1 também podem ser realizadas nas instalações de um operador económico localizado num país terceiro se o dispositivo for destinado à colocação no mercado da União.

Justificação

As autoridades competentes dos Estados-Membros devem poder realizar inspeções em instalações estabelecidas em países terceiros que coloquem dispositivos no mercado da UE.

Alteração  73

Proposta de regulamento

Artigo 65 – n.º 5-B (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

5-B. Após cada inspeção, tal como mencionado no n.º 1, a autoridade competente em causa deve informar o operador económico inspecionado acerca do nível de conformidade com o presente regulamento. Antes de adotar o relatório, a autoridade competente deve dar ao operador económico inspecionado a possibilidade de apresentar observações.

Justificação

É importante que a entidade inspecionada seja informada sobre as conclusões da inspeção e tenha a possibilidade de apresentar observações.

Alteração  74

Proposta de regulamento

Artigo 65 – n.º 5-C (novo)

Texto da Comissão

Alteração

 

5-C. A Comissão deve definir linhas orientadoras pormenorizadas acerca dos princípios para a realização das inspeções mencionadas no presente artigo, nomeadamente acerca das qualificações dos inspetores, assim como do sistema de inspeção e do acesso a dados e informações detidos pelos operadores económicos.

Justificação

A definição de linhas orientadoras deve criar uma abordagem harmonizada às atividades de controlo na União.

Alteração  75

Proposta de regulamento

Artigo 83 – n.º 1

Texto da Comissão

Alteração

Os Estados-Membros devem estabelecer o regime de sanções aplicável às violações do disposto no presente regulamento e tomar todas as medidas necessárias para garantir a sua aplicação. As sanções previstas devem ser efetivas, proporcionadas e dissuasivas. Os Estados-Membros devem notificar esse regime à Comissão até [3 meses antes da data de aplicação do presente regulamento] e qualquer alteração posterior do mesmo no mais breve prazo possível.

Os Estados-Membros devem estabelecer o regime de sanções aplicável às violações do disposto no presente regulamento e tomar todas as medidas necessárias para garantir a sua aplicação e que são suficientemente dissuasivas. As sanções previstas devem ser efetivas, proporcionadas e dissuasivas. Os Estados-Membros devem notificar esse regime à Comissão até [3 meses antes da data de aplicação do presente regulamento] e qualquer alteração posterior do mesmo no mais breve prazo possível.

Alteração  76

Proposta de regulamento

Artigo 90 – n.º 2

Texto da Comissão

Alteração

2. É aplicável a partir de [cinco anos a contar da sua entrada em vigor].

2. É aplicável a partir de [três anos a contar da sua entrada em vigor].

Justificação

Para assegurar a coerência com a proposta relativa aos dispositivos médicos.

Alteração  77

Proposta de regulamento

Anexo I – secção 17.2 – alínea a-A) (nova)

Texto da Comissão

Alteração

 

(a-A) A menção «Este produto é um dispositivo médico para diagnóstico in vitro».

Justificação

A natureza do dispositivo deve ser claramente identificada no rótulo.

Alteração  78

Proposta de regulamento

Anexo V – Secção 1 – parágrafo 1 – ponto 15

Texto da Comissão

Alteração

15. no caso de dispositivos classificados nas classes C ou D, o resumo da segurança e do desempenho clínico,

15. no caso de dispositivos classificados nas classes C ou D, o resumo da segurança e do desempenho clínico, bem como todo o conjunto de dados coligidos no decorrer do estudo clínico e do acompanhamento clínico pós-comercialização.

Alteração  79

Proposta de regulamento

Anexo VI – título

Texto da Comissão

Alteração

REQUISITOS MÍNIMOS A CUMPRIR PELOS ORGANISMOS NOTIFICADOS

REQUISITOS A CUMPRIR PELOS ORGANISMOS NOTIFICADOS

Alteração  80

Proposta de regulamento

Anexo VII – Secção 2.3 – alínea f) – alínea iii-A) (nova)

Texto da Comissão

Alteração

 

iii-A) dispositivos a usar para prognóstico,

Justificação

O prognóstico de doença é uma aplicação cada vez mais comum no setor do diagnóstico molecular, exemplificado por testes como o “Mammaprint” da Agendia e o “Oncotype Dx” da Genomic Health, ambos utilizados para dar pontuações de prognóstico da probabilidade de recorrência do cancro da mama em doentes após cirurgia.

Alteração  81

Proposta de regulamento

Anexo VIII – secção 3.2 – alínea d) – travessão 2

Texto da Comissão

Alteração

- os processos de identificação do produto, elaborados e atualizados com base em desenhos, especificações ou outros documentos pertinentes no decurso de todas as fases do fabrico;

- os processos de identificação e rastreabilidade do produto, elaborados e atualizados com base em desenhos, especificações ou outros documentos pertinentes no decurso de todas as fases do fabrico;

Justificação

A rastreabilidade do produto e das suas peças ou componentes no processo de desenvolvimento e produção faz parte integrante do funcionamento do sistema de garantia de qualidade e, consequentemente, da sua avaliação.

Alteração  82

Proposta de regulamento

Anexo VIII – Secção 4.4 – parágrafo 1

Texto da Comissão

Alteração

O organismo notificado deve efetuar visitas de inspeção aleatórias não anunciadas às instalações do fabricante e, se for caso disso, às dos fornecedores e/ou subcontratantes do fabricante, que podem ser combinadas com a avaliação periódica de vigilância referida na secção 4.3. ou realizadas em complemento desta avaliação de vigilância. O organismo notificado estabelece um plano para as visitas de inspeção não anunciadas, que não deve ser divulgado ao fabricante.

O organismo notificado deve efetuar visitas de inspeção aleatórias não anunciadas, pelo menos, uma vez de cinco em cinco anos e a cada fabricante e grupo genérico de dispositivos, às fábricas relevantes e, se for caso disso, às dos fornecedores e/ou subcontratantes do fabricante. O organismo notificado estabelece um plano para as visitas de inspeção não anunciadas, que não deve ser divulgado ao fabricante. Aquando dessas inspeções, o organismo notificado deve efetuar ou mandar efetuar ensaios de verificação do bom funcionamento do sistema de gestão da qualidade. Deve fornecer ao fabricante um relatório da inspeção e um relatório do ensaio de verificação.

Justificação

O número de inspeções não anunciadas na secção 4.4 tem de ser claramente definido, de modo a reforçar os controlos necessários e a garantir inspeções não anunciadas ao mesmo nível e frequência em todos os Estados-Membros. Por conseguinte, as inspeções não anunciadas devem ser realizadas pelo menos uma vez num ciclo de certificação e a cada fabricante e grupo genérico de dispositivos. Devido à importância vital deste instrumento, o âmbito e os procedimentos das inspeções não anunciadas deveriam ser enunciados no próprio regulamento e não em regras a jusante, como um ato de execução.

Alteração  83

Proposta de regulamento

Anexo VIII – Secção 5.3 – parágrafo 1

Texto da Comissão

Alteração

O organismo notificado deve examinar o pedido recorrendo a pessoal que disponha de conhecimentos e experiência comprovados na tecnologia em causa. O organismo notificado pode exigir que o pedido seja completado por ensaios ou elementos de prova suplementares que permitam avaliar a conformidade com os requisitos do presente regulamento. O organismo notificado deve realizar ensaios físicos e laboratoriais adequados ao dispositivo ou solicitar ao fabricante que realize esses ensaios.

O organismo notificado deve examinar o pedido recorrendo a pessoal que disponha de conhecimentos e experiência comprovados na tecnologia em causa. O organismo notificado deve assegurar que a aplicação do fabricante descreve adequadamente a conceção, o fabrico e o desempenho do dispositivo, permitindo avaliar se o produto está em conformidade com os requisitos previstos no presente regulamento. Os organismos notificados devem apresentar observações a respeito da conformidade:

 

- da descrição genérica do produto,

 

- das especificações de conceção, incluindo uma descrição das soluções adotadas para preencher os requisitos essenciais,

 

- dos procedimentos sistemáticos utilizados para o processo de conceção e das técnicas utilizadas para controlar, vigiar e verificar a conceção do dispositivo.

 

O organismo notificado pode exigir que o pedido seja completado por ensaios ou elementos de prova suplementares que permitam avaliar a conformidade com os requisitos do presente regulamento. O organismo notificado deve realizar ensaios físicos e laboratoriais adequados ao dispositivo ou solicitar ao fabricante que realize esses ensaios.

Justificação

Os requisitos em matéria de avaliação da conformidade com base no exame do dossier de conceção devem ser concretizados e alterados, sobrepondo-se aos requisitos existentes a respeito da avaliação da aplicação pelo fabricante descritos no código de conduta voluntário dos organismos notificados.

Alteração  84

Proposta de regulamento

Anexo VIII – secção 2 – ponto 6 – subponto 6.2 – alínea e)

Texto da Comissão

Alteração

(e) Ao tomar a sua decisão, o organismo notificado deve tomar em devida consideração, se for caso disso, o parecer da autoridade competente em matéria de medicamentos ou da EMA. A sua decisão final deve ser transmitida à respetiva autoridade competente em matéria de medicamentos ou à EMA. O certificado de exame UE de conceção deve ser emitido em conformidade com a alínea d) da secção 6.1.

(e) Ao tomar a sua decisão, o organismo notificado deve tomar em devida consideração, se for caso disso, o parecer da autoridade competente em matéria de medicamentos ou da EMA. Caso o organismo decida agir de forma contrária a esse parecer, a sua decisão final deve ser justificada à respetiva autoridade competente em matéria de medicamentos ou à EMA. Se não for alcançado um compromisso, o assunto é remetido para o GCDM. O certificado de exame UE de conceção deve ser emitido em conformidade com a alínea d) da secção 6.1.

Justificação

A proposta refere que o organismo notificado deve tomar em «devida consideração» o parecer emitido pela EMA (anexo VIII, ponto 6.2, alínea e)). Esta situação deixa ampla margem para interpretação e, embora o organismo notificado não seja obrigado a seguir o parecer da EMA, parece bastante improvável que o ignore. Por conseguinte, necessitamos de uma definição do que acontece caso as avaliações da EMA e do organismo notificado sejam contraditórias.

Alteração  85

Proposta de regulamento

Anexo XII – secção 1 – ponto 1 – alínea 1.2.1 – subalínea 1.2.1.4

Texto da Comissão

Alteração

1.2.1.4 Os dados de desempenho analítico devem ser resumidos como parte do relatório de provas clínicas.

1.2.1.4 Todo o conjunto de dados de desempenho analítico deve acompanhar o relatório de provas clínicas e pode ser resumido como parte do mesmo.

Justificação

Para uma análise adequada; o conjunto de dados já existe e não constitui qualquer encargo adicional.

Alteração  86

Proposta de regulamento

Anexo XII – secção 1 – ponto 1 – alínea 1.2.2 – subalínea 1.2.2.5

Texto da Comissão

Alteração

1.2.2.5 Os dados de desempenho clínico devem ser resumidos como parte do relatório de provas clínicas.

1.2.2.5 Todo o conjunto de dados de desempenho clínico deve acompanhar o relatório de provas clínicas e pode ser resumido como parte do mesmo.

Justificação

Para uma análise adequada; o conjunto de dados já existe e não constitui qualquer encargo adicional.

Alteração  87

Proposta de regulamento

Anexo XII – secção 1 – ponto 1 – alínea 1.2.2 – subalínea 1.2.2.6 – travessão 2

Texto da Comissão

Alteração

– para os dispositivos classificados na classe C de acordo com as regras fixadas no anexo VII, o relatório do estudo de desempenho clínico deve incluir o método de análise dos dados, as conclusões do estudo e os detalhes relevantes do protocolo do estudo,

– para os dispositivos classificados na classe C de acordo com as regras fixadas no anexo VII, o relatório do estudo de desempenho clínico deve incluir o método de análise dos dados, as conclusões do estudo e os detalhes relevantes do protocolo do estudo, bem como todo o conjunto de dados,

Alteração  88

Proposta de regulamento

Anexo XII – secção 1 – ponto 1 – alínea 1.2.2 – subalínea 1.2.2.6 – travessão 3

Texto da Comissão

Alteração

– para os dispositivos classificados na classe D de acordo com as regras fixadas no anexo VII, o relatório do estudo de desempenho clínico deve incluir o método de análise dos dados, as conclusões do estudo, os detalhes relevantes do protocolo do estudo e os dados individuais obtidos.

– para os dispositivos classificados na classe D de acordo com as regras fixadas no anexo VII, o relatório do estudo de desempenho clínico deve incluir o método de análise dos dados, as conclusões do estudo, os detalhes relevantes do protocolo do estudo e todo o conjunto de dados.

Alteração  89

Proposta de regulamento

Anexo XII – secção 1 – ponto 2 – subponto 2.2 – parágrafo 1

Texto da Comissão

Alteração

Todas as etapas do estudo de desempenho clínico, desde a primeira consideração da necessidade e justificação do estudo até à publicação dos resultados, devem ser efetuadas em conformidade com princípios éticos reconhecidos, por exemplo os estabelecidos na Declaração de Helsínquia da Associação Médica Mundial sobre «Princípios éticos aplicáveis à investigação médica em seres humanos», aprovada pela 18.ª Assembleia Geral da Associação Médica Mundial, em Helsínquia, na Finlândia, em 1964, com a última redação que lhe foi dada pela 59.ª Assembleia Geral da Associação Médica Mundial em Seul, na Coreia, em 2008.

Todas as etapas do estudo de desempenho clínico, desde a primeira consideração da necessidade e justificação do estudo até à publicação dos resultados, devem ser efetuadas em conformidade com princípios éticos reconhecidos, por exemplo os estabelecidos na Declaração de Helsínquia da Associação Médica Mundial sobre «Princípios éticos aplicáveis à investigação médica em seres humanos», aprovada pela 18.ª Assembleia Geral da Associação Médica Mundial, em Helsínquia, na Finlândia, em 1964, com a última redação que lhe foi dada pela 59.ª Assembleia Geral da Associação Médica Mundial em Seul, na Coreia, em 2008. Deve ser garantida a conformidade com os princípios supracitados após um exame efetuado pelo comité de ética competente.

Alteração  90

Proposta de regulamento

Anexo XII – secção 1 – ponto 2 – subponto 2.3.3 – parágrafo 1

Texto da Comissão

Alteração

Um «relatório do estudo de desempenho clínico», assinado por um médico ou outra pessoa autorizada responsável, deve incluir informações documentadas sobre o protocolo do estudo de desempenho clínico, os resultados e as conclusões desse estudo, incluindo as constatações desfavoráveis. Os resultados e as conclusões devem ser transparentes, isentos de enviesamento e clinicamente relevantes. O relatório deve conter informações suficientes para que um terceiro independente o possa compreender sem recorrer a outros documentos. Deve incluir igualmente, quando adequado, as alterações ou desvios ao protocolo, bem como as exclusões de dados, com a devida fundamentação.

Um «relatório do estudo de desempenho clínico», assinado por um médico ou outra pessoa autorizada responsável, deve incluir informações documentadas sobre o protocolo do estudo de desempenho clínico, os resultados e as conclusões desse estudo, incluindo as constatações desfavoráveis. Os resultados e as conclusões devem ser transparentes, isentos de enviesamento e clinicamente relevantes. O relatório deve conter informações suficientes para que um terceiro independente o possa compreender sem recorrer a outros documentos. Deve incluir igualmente, quando adequado, as alterações ou desvios ao protocolo, bem como as exclusões de dados, com a devida fundamentação. O relatório deve ser acompanhado pelo relatório de provas clínicas, conforme referido no ponto 3.1, e estar acessível por via do sistema eletrónico referido no artigo 51.º.

Alteração  91

Proposta de regulamento

Anexo XII – Secção 1 – ponto 3 – subponto 3.3

Texto da Comissão

Alteração

3.3 As provas clínicas e a respetiva documentação devem ser atualizadas ao longo do ciclo de vida do dispositivo em questão com dados obtidos a partir da aplicação do plano de vigilância pós-comercialização do fabricante referido no artigo 8.º, n.º 5, que deve incluir um plano de acompanhamento pós-comercialização do dispositivo em conformidade com a parte B do presente anexo.

3.3 Os dados das provas clínicas e a respetiva documentação devem ser atualizados ao longo do ciclo de vida do dispositivo em questão com dados obtidos a partir da aplicação do plano de vigilância pós-comercialização do fabricante referido no artigo 8.º, n.º 5, que deve incluir um plano de acompanhamento pós-comercialização do dispositivo em conformidade com a parte B do presente anexo. Os dados das provas clínicas e suas atualizações subsequentes decorrentes de um acompanhamento pós-comercialização devem estar acessíveis por via dos sistemas eletrónicos referidos nos artigos 51.º e 60.º.

PROCESSO

Título

Dispositivos médicos para diagnóstico in vitro

Referências

COM(2012)0541 – C7-0317/2012 – 2012/0267(COD)

Comissão competente quanto ao fundo

       Data de comunicação em sessão

ENVI

22.10.2012

 

 

 

Parecer emitido por

       Data de comunicação em sessão

IMCO

22.10.2012

Relator(a) de parecer

       Data de designação

Nora Berra

10.10.2012

Exame em comissão

20.3.2013

25.4.2013

29.5.2013

 

Data de aprovação

18.6.2013

 

 

 

Resultado da votação final

+:

–:

0:

31

0

4

Deputados presentes no momento da votação final

Claudette Abela Baldacchino, Pablo Arias Echeverría, Preslav Borissov, Jorgo Chatzimarkakis, Sergio Gaetano Cofferati, Birgit Collin-Langen, Lara Comi, Anna Maria Corazza Bildt, António Fernando Correia de Campos, Christian Engström, Evelyne Gebhardt, Małgorzata Handzlik, Malcolm Harbour, Toine Manders, Sirpa Pietikäinen, Phil Prendergast, Zuzana Roithová, Heide Rühle, Matteo Salvini, Christel Schaldemose, Andreas Schwab, Catherine Stihler, Róża Gräfin von Thun und Hohenstein, Gino Trematerra, Emilie Turunen, Bernadette Vergnaud, Barbara Weiler

Suplente(s) presente(s) no momento da votação final

Raffaele Baldassarre, Nora Berra, Jürgen Creutzmann, María Irigoyen Pérez, Roberta Metsola, Olle Schmidt, Marc Tarabella, Sabine Verheyen

PROCESSO

Título

Dispositivos médicos para diagnóstico in vitro

Referências

COM(2012) 0541 – C7-0317/2012 – 2012/0267(COD).

Data de apresentação ao PE

26.9.2012

 

 

 

Comissão competente quanto ao fundo

       Data de comunicação em sessão

BUDG

22.10.2012

 

 

 

Comissões encarregadas de emitir parecer

       Data de comunicação em sessão

INTA

22.10.2012

EMPL

22.11.2012

ITRE

22.10.2012

IMCO

22.10.2012

Comissões que não emitiram parecer

       Data da decisão

INTA

10.10.2012

ITRE

9.10.2012

 

 

Relator(es)

       Data de designação

Peter Liese

24.10.2012

 

 

 

Exame em comissão

20.3.2013

24.4.2013

29.5.2013

 

Data de aprovação

25.9.2013

 

 

 

Resultado da votação final

+:

–:

0:

57

0

7

Deputados presentes no momento da votação final

Elena Oana Antonescu, Sophie Auconie, Pilar Ayuso, Paolo Bartolozzi, Sergio Berlato, Lajos Bokros, Franco Bonanini, Biljana Borzan, Milan Cabrnoch, Martin Callanan, Spyros Danellis, Chris Davies, Jill Evans, Karl-Heinz Florenz, Elisabetta Gardini, Matthias Groote, Satu Hassi, Jolanta Emilia Hibner, Karin Kadenbach, Christa Klaß, Eija-Riitta Korhola, Holger Krahmer, Jo Leinen, Corinne Lepage, Peter Liese, Kartika Tamara Liotard, Zofija Mazej Kukovič, Linda McAvan, Radvilė Morkūnaitė-Mikulėnienė, Miroslav Ouzký, Vladko Todorov Panayotov, Gilles Pargneaux, Antonyia Parvanova, Andrés Perelló Rodríguez, Mario Pirillo, Pavel Poc, Frédérique Ries, Oreste Rossi, Dagmar Roth-Behrendt, Carl Schlyter, Horst Schnellhardt, Richard Seeber, Dubravka Šuica, Claudiu Ciprian Tănăsescu, Salvatore Tatarella, Thomas Ulmer, Sabine Wils, Marina Yannakoudakis

Suplente(s) presente(s) no momento da votação final

Margrete Auken, Mark Demesmaeker, Jutta Haug, Marusya Lyubcheva, Miroslav Mikolášik, Vittorio Prodi, Renate Sommer, Bart Staes, Rebecca Taylor, Vladimir Urutchev, Anna Záborská, Andrea Zanoni

Suplente(s) (nº 2 do art. 187º) presente(s) no momento da votação final

Ioan Enciu, Julie Girling, Kerstin Westphal, Kārlis Šadurskis

Data de entrega

10.10.2013