Dobesedni zapisi razprav

Sreda, 15. november 2006 - Strasbourg

20. Ženske v mednarodni politiki (razprava)

  Die Präsidentin. Als nächster Punkt folgt der Bericht von Ana Maria Gomes im Namen des Ausschusses für die Rechte der Frau und die Gleichstellung der Geschlechter über Frauen in der internationalen Politik (2006/2057(INI) (A6-0362/2006).

  Ana Maria Gomes (PSE), relatora. – Senhora Presidente, caras e caros Colegas, quero agradecer as importantes contribuições que recebi de todos os grupos políticos pela elaboração deste relatório, que o melhoraram substancialmente. A presença das mulheres na vida política internacional tem aumentado. Basta lembrar a Chanceler Angela Merkel, a Presidente Michelle Bachelet, a Presidente Ellen Johnson-Sirleaf e as Primeiras-Ministras Han Myeong-Sook da Coreia do Sul e Luísa Diogo em Moçambique. A própria União Europeia é hoje presidida por uma mulher, a finlandesa Tarja Halonen, mas um olhar atento revela que a representação política feminina é ainda insatisfatória, tanto a nível global como europeu e em cada Estado-Membro, e recolher os números para elaborar este relatório não foi fácil, o que encerra em si um sombrio significado.

Ao nível global, apesar da declaração e da plataforma de acção de Pequim, apesar dos objectivos de desenvolvimento do Milénio, os 191 países membros das Nações Unidas têm hoje apenas 10 mulheres como Chefes de Estado ou de Governo e só 16% dos parlamentares de todo o mundo são mulheres. Na ONU contam-se apenas 9 mulheres entre 91 enviados ou representantes do Secretário-Geral.

Apesar da Resolução 1325 do Conselho de Segurança, aprovada já há 6 anos, a desigualdade continua a marcar a composição dos órgãos e das missões internacionais envolvidas na prevenção e resolução dos conflitos. Há três semanas, o Conselho de Segurança organizou um debate sobre mulheres, paz e segurança, para medir o progresso na aplicação da Resolução 1325. Todos concordaram que ainda muito está por fazer para transformar boas intenções e retórica em realidade. Do debate resultaram recomendações para integrar mais mulheres em missões de paz e assim melhorar a eficácia e operacionalidade dessas missões. Foi também defendida uma urgente mudança cultural no gabinete do próprio Secretário-Geral-Adjunto, responsável pelas operações de manutenção da paz. Este nosso relatório contém recomendações que vão nessa mesma direcção.

Passemos ao nível europeu. Apesar da Resolução 2025 e outras deste Parlamento, e da Estratégia de Lisboa, não temos ainda uma Comissão Europeia com composição paritária e temos apenas 7 mulheres entre os actuais 107 chefes de delegação da Comissão Europeia pelo mundo fora. No Conselho, há apenas uma mulher entre 14 representantes pessoais do Alto Representante da União Europeia para a Política Externa e de Segurança Comum. No entanto, mulheres qualificadas, experientes, competentes, abundam nos Estados-Membros e nas instituições europeias.

Em praticamente todos os níveis de decisão, excepto no topo, há sinais que os tectos de vidro começam a ceder, mas ainda não foram quebrados, porque é de facto apenas no topo dos escalões, no poder, na Europa que as mulheres continuam a estar escandalosamente sub-representadas. Quanto ao nível nacional, é de salientar como exemplo pioneiro, o Governo paritário de José Luis Zapatero, em Espanha. Num mundo em que a engenharia política tendeu historicamente a obstruir a participação das mulheres nos centros do poder político e económico, este é um exemplo modelar. Demonstra que a democracia paritária é possível e muito depende da liderança política esclarecida.

As conclusões deste relatório são simples; desigualdades de oportunidades ao nível global europeu e nacional exigem acção em todas essas esferas. Em primeiro lugar a ONU e o seu Secretário-Geral, através de uma política de recursos humanos que deveria servir de exemplo a nível mundial, em segundo lugar a União Europeia através do apoio a redes europeias internacionais de mulheres e de políticas de recursos humanos que assegurem a presença equilibrada de homens e de mulheres nos centros de decisão política e económica.

Neste sentido, é positivo que o Conselho acabe de enviar um questionário aos Estados-Membros para averiguar como têm aplicado a Resolução 1325. Em terceiro lugar, os governos devem incentivar e apresentar mais candidaturas de mulheres a posições políticas a nível nacional, europeu e internacional, devem assegurar que os sistemas eleitorais produzam instituições democráticas, com representação equilibrada, nenhuma instituição democrática deveria ter uma composição com menos de 40% ou mais de 60% de qualquer sexo. Quotas e outros mecanismos equilibrantes, hoje necessários para as mulheres, poderão amanhã ser necessários para os homens. Sem representação paritária, a democracia está incompleta e não funciona adequadamente. Nesse sentido é também decisivo o impacto de leis e medidas que permitam a homens e mulheres melhor conciliação e repartição das responsabilidades familiares e profissionais.

Finalmente, os partidos políticos deviam promover a participação das mulheres através da criação de quotas ou outros mecanismos de correcção do desequilíbrio, incluindo a formação específica para mulheres fazerem carreira política. Da qualidade da liderança política partidária depende o impulso para a mudança. Por exemplo no meu país, Portugal, certas carreiras só foram abertas às mulheres após a queda da ditadura, em 1974, é o caso da magistratura, da diplomacia e das Forças Armadas e de segurança, profissões que poderiam fornecer muito mais candidatos e candidatas para todo o tipo de missões e cargos europeus ou internacionais. Desde 1974, a presença de mulheres nestas carreiras progrediu extraordinariamente, mas o avanço não se reproduz nos cargos de topo dessas carreiras, tal como nos centros de decisão governamentais ou partidários. Os tectos de vidro são evidentes, apesar da esmagadora presença de mulheres qualificadas na universidade, na administração pública e no mundo laboral, em geral. Uma lei da paridade com impacto nas listas eleitorais dos partidos políticos foi recentemente aprovada e esperam-se resultados práticos. Há de facto um caminho a percorrer e nesse caminho é preciso não nos centrarmos apenas nos números, é preciso reconhecermos e destacarmos a diferença qualitativa que a representação das mulheres na política faz na definição das agendas governativas, na resolução dos conflitos na transparência e prestação de contas, em suma, no reforço do Estado de direito e da democracia.

  Franco Frattini, Vice-President of the Commission. Madam President, I would like to start by congratulating the honourable rapporteur for this excellent report. The Commission works hard to promote gender equality both within and outside the European Union and in this regard the European Parliament’s sustained commitment to these issues is vital.

The world needs women leaders at all levels, be it in local communities or in international politics. Women and men must participate on equal terms in the drafting of agendas that affect us all and in the development of solutions to the problems we are facing.

However, if we look around us, what do we see? Men still make most of the decisions. The main examples given in your report clearly demonstrate that the picture is not ideal even for our European democracies and, as you correctly point out, further efforts are needed even inside our respective institutions, the Commission and the Council, to achieve a better gender balance.

Stereotypes and discrimination persist, biased recruitment and promotion systems are rampant, labour market and educational segregation hinder women in achieving their full potential.

One of the core factors remains the imbalanced division of work and family responsibilities. While the competence to act in this field remains at national level, I am convinced that the Commission can bring real added value by promoting awareness-raising, information gathering, research and analysis, networking and dissemination of best practice. This role of the Commission is clearly reflected in our March 2006 Communication ‘Roadmap to Gender Equality’. The future European Institute for Gender Equality will also help keep the issue high on the European agenda, collect and analyse data, conduct research and disseminate good practice.

One priority of the roadmap is promotion of the participation of women and men in decision-making processes. Considering that negative gender stereotypes are strongly related to the unequal representation of women, we have chosen their elimination as another key objective for our programme.

Amongst the Commission’s strategic actions for the next five years, the establishment of a European network of women in economic and political decision-making can be highlighted, as well as awareness-raising campaigns, data collection, analysis and exchange of good practices involving all stakeholders to combat gender stereotypes.

The roadmap also includes the promotion of gender equality outside the European Union. As an example of our action in the external policy field, I would like to mention the Five-Year Action Plan on Gender Equality being signed today in Istanbul by Ministers from the 35 countries of the Euro-Mediterranean Partnership. Women’s political participation is one of the key pillars of today’s Action Plan that will be supported by a regional project starting in 2007.

Through the European Initiative on Democracy and Human Rights, we fund several projects promoted women’s empowerment. As examples I would like to mention the regional project in West Africa aiming at enhancing women’s participation in five countries of the region, the regional project in Latin America, seeking to enhance the democratic participation of young people, particularly girls, and the projects undertaken in Egypt, Jordan, Nigeria, Morocco and Kyrgyzstan to empower women to actively participate in political life.

It is useful that a reference to elections is included in the report. In that context, the Commission has already incorporated the gender perspective into the election observation methodology and women’s participation is systematically monitored throughout the Election Observation Missions. A good example of this can be seen in the European mission recently deployed to Yemen.

As you know, the Commission has a strong and long-standing commitment to mainstream gender across the board in our external relations. Since 2001, the ‘Programme of Action for Mainstreaming Gender Equality in Community Development Cooperation’ has given us a framework within which we have implemented an extensive training programme and developed political tools. In 2007, in cooperation with the United Nations and the International Labour Organisation, we shall be launching a new capacity-building programme, this time directed principally at our partner governments, civil society and other programme-implementing partners in third countries. A specific thematic focus of this programme will be the promotion of women’s participation in peace building, along the lines of United Nations Security Council Resolution 1325.

Finally, it is clear to me that, although progress has been made, tremendous efforts are still needed to progress towards gender equality and women’s effective participation in the political sphere. In that respect, the Commission is committed to continuing to mobilise all the instruments available. Pressing issues include the following: first, we need a stronger gender focus in electoral, constitutional, legal and judicial matters. We need to enhance our support of women’s active involvement in defining and implementing policies at national level. Secondly, companies need more women at board level to ensure that the widest possible range of thinking, perspectives, experience and abilities is brought to bear on high-level decision-making. Third, overcoming gender stereotypes in education, training, the labour market and in the media remains an important challenge in all countries.

Finally, to achieve gender balance in decision-making, men must be mobilised and fully involved if we want to move ahead. Family-friendly policies for women and men, such as more flexible working arrangements and quality childcare facilities, can be of much help.

  Μαρία Παναγιωτοπούλου-Κασσιώτου, εξ ονόματος της ομάδας PPE-DE. – Κυρία Πρόεδρε, η πρωτοβουλία της κ. Gomes να συντάξει έκθεση για τις γυναίκες στη διεθνή πολιτική είναι αξιέπαινη, γιατί, όπως επιτυχημένα παρατήρησε και ο κύριος Επίτροπος, οι συγκρίσεις των αριθμών και τα στοιχεία που παρουσιάζει -από τους βραβευθέντες με Νόμπελ, έως τον αριθμό των γυναικών που ανήλθαν σε θέσεις κλειδιά της διεθνούς πολιτικής στα κράτη ή τους διεθνείς οργανισμούς- προκύπτει έλλειμμα γυναικείας συμμετοχής.

Είναι αναμφισβήτητο ότι μια δημοκρατική κοινωνία πρέπει να εκπροσωπείται αξιοκρατικά, τόσο από άνδρες όσο και από γυναίκες και η ίση συμμετοχή θα πρέπει να αρχίζει με την κατάρτιση και την πρώιμη μύηση στα μυστικά της πολιτικής σε άνδρες και γυναίκες, χωρίς διακρίσεις φύλου, καθώς και με ανοικτή τη δυνατότητα σύνδεσης επαγγελματικής απασχόλησης στη διεθνή εξωτερική πολιτική και οικογενειακή ζωή.

Παράλληλα με την πλούσια δράση και τον ελπιδοφόρο σχεδιασμό της Ευρωπαϊκής Ένωσης, η έκθεση Gomes θα διατηρούσε την αξία της και τον διαχρονικό της χαρακτήρα, αν δεν περιλάμβανε αναφορές σε συγκεκριμένες κυβερνήσεις κρατών και αν δεν παρουσίαζε καταλόγους χωρών που έλαβαν μέτρα τα οποία δεν μπορούν, μόνο με την αναφορά τους, να αξιολογηθούν.

Η συμμετοχή των γυναικών ως απλή φυσική παρουσία στη διεθνή πολιτική σκηνή δεν είναι αρκετή. Αντίθετα, πρέπει να οφείλεται σε προσόντα και ικανότητες που αξιολογήθηκαν ανεξάρτητα από το φύλο τους. Τα Συντάγματα και οι νομοθεσίες των κρατών μελών πρέπει να στηρίζουν την αρχή της ίσης μεταχείρισης και τα κόμματα να προωθούν χωρίς διακρίσεις άξιους άνδρες και γυναίκες. Αυτό όμως δεν είναι θέμα επικουρικότητας; Μπορούμε να υπαγορεύσουμε εμείς τη σύνθεση του ΟΗΕ; Δεν θα στηρίξουμε λοιπόν τα συγκεκριμένα σημεία της έκθεσης.

Συγχαίρω, βέβαια, την Ευρωπαϊκή Επιτροπή για τις προτάσεις της, το δε Ευρωπαϊκό Κοινοβούλιο θα πρέπει κατά τη σύνθεση των διευθύνσεων των αντιπροσωπειών των αποστολών του να στηρίζεται στην αρχή της ισότητας και να προωθεί τον ανάλογο αριθμό.

Θα στηρίξουμε μόνο τα συγκεκριμένα σημεία της έκθεσης που ανέφερα.

  Zita Gurmai, a PSE képviselőcsoport nevében. – Tisztelt Elnök Asszony! A nők arányos részvétele a döntéshozatalban az esélyegyenlőségi politika egyik legfontosabb kihívása. Megjelenik ez a következő időszak esélyegyenlőségi programjában is. Minden téren érvényesíteni kell ezt a törekvést, csak egyet említve a külpolitikában is. Az esélyegyenlőséget ugyanis nem lehet leszűkíteni az Unió területére. A világ minden régiójában ösztönözni kell a nők jelenlétét a politikai életben.

Az elképzelések pusztába kiáltott szavak maradnak, ha nem kíséri őket megfelelő politikai akarat. Ezért fontos, hogy hat miniszterelnök, a cseh, a dán, a finn, francia, a magyar és a svéd a márciusi csúcson elfogadta az európai esélyegyenlőségi paktumot, amely kiterjeszti a nemek közötti esélyegyenlőség szempontjait a Bizottsággal való együttműködésre is. Ez remélhetőleg további lehetőségeket is nyújt, úgymint a nők jobb munkaerőpiaci érvényesülése, vagy a családi és szakmai élet egyensúlyának megteremtése. Képviselőtársam kiváló munkát végzett, elfogadásra javaslom a jelentést.

  Anna Záborská (PPE-DE). – Rozumiem, prečo pani Gomes ako bývalý diplomat a žena, ktorá je dlhé roky v politike, navrhla túto tému. Ja jej gratulujem.

Plne podporujem, aby rovnaká a plná účasť žien v politickom procese a pri rozhodovaní plne odrážala skutočné zloženie spoločnosti. Táto participácia je dôležitá pre budúce generácie a pre dobré fungovanie demokratických systémov. Je nepochybné, že rovnosť dôstojnosti a zodpovednosti medzi mužom a ženou plne odôvodňuje vstup žien do verejných funkcií. Skutočné podporovanie žien v politike vyžaduje, aby bola jasne uznaná ich hodnota matky a úloha v rodine, a to vo vzťahu k všetkým ostatným verejným funkciám a povolaniam.

Okrem toho je potrebné, aby tieto funkcie a povolania boli navzájom medzi sebou úzko prepojené, ak chceme, aby spoločenský a kultúrny vývoj bol skutočne a plne humánny. Buďme poctiví. Ženy sú vždy angažované v ťažkých chvíľach života, keďže sú vynikajúcimi tvorcami pokoja a mediátormi par excellence. Určite musíme tiež veľa urobiť, aby podmienky žien a matiek nespôsobovali žiadnu diskrimináciu vo svete politiky. V budúcnosti budú ženy stále viac zapájané do vážnych, aktuálne diskutovaných problémov. Vo všetkých oblastiach sa silná sociálna prítomnosť žien ukazuje ako veľká vzácnosť, lebo ženy oponujú spoločnosti organizovanej len na kritériách efektívnosti a produktivity a trvajú na tom, aby boli tieto systémy predefinované v prospech ich poľudštenia.

Rada by som na záver popriala všetkým ženám angažovaným v politike, aby sa stali hlásateľkami nového feminizmu, ktorý bez toho, žeby upadol do pokušenia napodobňovať modely našich mužských kolegov, vedel uznať a vyjadriť skutočný ženský talent vo všetkých prejavoch života spoločnosti. Talent zameraný na prekonanie akejkoľvek diskriminácie v rámci verejnej administratívy a v politických stranách.

  Pia Elda Locatelli (PSE). – Signor Presidente, Commissario, onorevoli colleghi, cinque giorni fa le Nazioni Unite hanno celebrato il 60° Anniversario dell'istituzione della Commissione ONU sulla condizione delle donne. In tale occasione Kofi Annan ha dichiarato che il mondo comincia finalmente ad afferrare che lo strumento più efficace per promuovere lo sviluppo è l'empowerment delle donne e delle bambine, empowerment, dice Annan, che aumenta la produttività economica, riduce la mortalità materna ed infantile, migliora la nutrizione e promuove la salute.

Il concetto di empowerment, sviluppato per prima dall'Unione europea, è stato lanciato con forza dalla IV Conferenza mondiale sulle donne delle Nazioni Unite, la Conferenza di Pechino, ben undici anni fa. È tempo di rilanciare l'empowerment, organizzando una nuova conferenza mondiale. Con questa relazione ci rivolgiamo ancora una volta alla Nazioni Unite perché convochino la Quinta Conferenza mondiale e lo facciamo con una voce sola, la voce europea, in rappresentanza di 25, e a breve, 27 membri delle Nazioni Unite su 191, una massa d'urto notevole. Questo è uno dei follow-up che chiediamo con il voto a questa esaustiva ed equilibrata relazione, per il quale ci congratuliamo con la relatrice.

  Ρόδη Κράτσα-Τσαγκαροπούλου (PPE-DE). – Κυρία Πρόεδρε, από τις παρεμβάσεις που προηγήθηκαν έγινε σαφές το έλλειμμα συμμετοχής των γυναικών στην άσκηση της διεθνούς πολιτικής, ένα έλλειμμα ρεκόρ θα μπορούσε να πει κανείς σε σύγκριση με άλλους τομείς της πολιτικής.

Ευχαριστώ λοιπόν την κυρία Gomes, που μας έδωσε την ευκαιρία να συζητήσουμε για άλλη μια φορά το θέμα αυτό. Πρώτον, γιατί είναι ένα θέμα πολύ σημαντικό για την ισορροπία και τη δημοκρατία στον σύγχρονο κόσμο και αποτελεί μια ιδιαίτερη διάσταση της προσπάθειας για ισότητα και δικαιοσύνη και σαφώς ευημερία, όπως ήδη ειπώθηκε.

Ο δεύτερος λόγος είναι γιατί συνήθως η διάσταση αυτή δεν περιλαμβάνεται στις στρατηγικές για την ισότητα που εφαρμόζουν τα κράτη μέλη, η δε Ευρωπαϊκή Ένωση δεν έχει φυσικά την αρμοδιότητα να το επιβάλει, αλλά θα μπορούσε να το προωθήσει πιο δεσμευτικά και πιο αποτελεσματικά.

Η σημερινή κατάσταση δεν είναι ικανοποιητική -όπως ειπώθηκε- αλλά και οι προβλέψεις δεν είναι αισιόδοξες, αφού, σύμφωνα με έρευνες, μετά το 2040 θα μπορέσουμε να ξεπεράσουμε παγκόσμια το ποσοστό του 30% στη συμμετοχή των γυναικών μόνο στα εθνικά κοινοβούλια. Άρα πρέπει να κάνουμε την αυτοκριτική μας και τον ειλικρινή καταμερισμό ευθυνών, να αναγνωρίσουμε ότι απλές αλήθειες και θεμελιώδεις αξίες δεν εφαρμόζονται στην πράξη από έλλειψη ευαισθητοποίησης και ενημέρωσης της κοινωνίας και φυσικά έλλειψη πολιτικής βούλησης από όλους τους φορείς -στο μερίδιο που τους αναλογεί- όπως αναφέρεται στην έκθεση και στις τροπολογίες που η πολιτική μου ομάδα έχει καταθέσει.

Τελειώνοντας, κυρία Πρόεδρε, κύριε Επίτροπε, κυρίες και κύριοι συνάδελφοι, θα ήθελα να αναφερθώ στις δικές μας ευθύνες, στα όργανα της Ευρωπαϊκής Ένωσης. Τόσο η Ευρωπαϊκή Επιτροπή, όσο και το Ευρωπαϊκό Κοινοβούλιο, θα πρέπει στις εξωτερικές τους σχέσεις σταθερά να συμπεριλαμβάνουν τη διάσταση των θεμάτων που απασχολούν τις γυναίκες και την αναζήτηση ισόρροπης συμμετοχής, τόσο στους συνομιλητές τους στις εξωτερικές σχέσεις, όσο και στη σύνθεση των δικών τους αντιπροσωπειών.

  Edite Estrela (PSE). – Começo por felicitar a relatora pelo excelente relatório que trata de um tema muito actual e pertinente, porque as mulheres continuam sub-representadas na vida política nacional e europeia, como acontece, aliás, no próprio Parlamento Europeu.

Não se compreende que as mulheres estejam em maior número nas universidades, que haja cada vez mais mulheres com mestrado e doutoramento e só muito dificilmente cheguem às instâncias de decisão política ou de poder económico. A partir de um determinado nível, há sempre um tecto de vidro que as impede de progredir.

A paridade é uma exigência da própria democracia. A experiência prova que só um sistema de quotas tem conduzido a uma sociedade mais paritária, logo mais justa e harmoniosa. É necessário que os Estados-Membros aprovem leis que garantam a paridade.

Termino, Senhora Presidente, com uma pergunta retórica: quão diferente seria o mundo se fosse governado por uma maioria de mulheres? E a Europa também não seria diferente?

  Anna Hedh (PSE). – Fru talman! Jag skulle vilja börja med att tacka Ana Maria Gomes för ett alldeles utmärkt betänkande. Denna fråga är synnerligen viktig, både ur ett jämställdhetsperspektiv och ur ett demokratiskt perspektiv. Mer än halva Europa består av kvinnor. Då är det ju också ur demokratisk synvinkel viktigt att kvinnor är lika delaktiga i den politiska beslutsprocessen som män.

Den europeiska jämställdhetspolitiken har sin bas i välfärden, en välfärd som vi måste vara rädda om och bygga vidare på. Nu finns det nämligen stora luckor i både jämställdheten och välfärden. Det handlar om att kunna förena privatliv och yrkesliv. Det handlar om den ojämna fördelningen av familjeansvaret och diskrimineringen inom sysselsättnings- och yrkesutbildning. Vi måste hjälpas åt, så att kvinnorna också får förutsättningar att delta i den politiska processen. Det är ingen jämställd välfärdsstat där makten inte delas lika mellan män och kvinnor. På lång sikt är en jämställd välfärdsstad bra för män, men på kort sikt måste männen kanske vika undan lite och låta kvinnorna ta lite mer plats.

Trots politiska uttalanden, rekommendationer, handlingsprogram och särskilda lagstiftningar på nationell nivå är kvinnor fortfarande underrepresenterade i politiken. Vad behövs för att vi skall bli jämställda? Jag tror tyvärr att den enda lösningen är kvotering och lagstiftning. Det borde inte behövas. Mäns deltagande i jämställdhetsarbetet skulle kunna lösa detta stora problem.

  Teresa Riera Madurell (PSE). – Señora Presidenta, sabemos que los conflictos internacionales afectan de una manera especial a las mujeres: refugiados y desplazados, por ejemplo, son mayoritariamente mujeres.

Pero tenemos también que ser conscientes de que no fueron mujeres quienes tomaron las decisiones que las llevaron a tal situación porque, como muy bien evidencia el interesantísimo informe de la señora Gomes, donde se toman las decisiones en política internacional no hay prácticamente mujeres, a pesar de las recomendaciones de la Plataforma de Acción de Beijing y de la Resolución 1325 del Consejo de Seguridad de las Naciones Unidas, y a pesar de que, según los expertos, las mujeres estamos especialmente dotadas para negociar y pactar.

Paradójicamente, la mayoría de ONG que desempeñan un papel activo en las negociaciones de paz y en los procesos posconflicto están formadas por mujeres. Mujeres a las que, como reconoce el informe, debemos apoyar desde las instituciones.

Es urgente tomar todas las medidas necesarias para asegurar una presencia equilibrada de hombres y mujeres en todas las áreas donde se toman decisiones que afectan a nuestro destino colectivo. Porque la ausencia de mujeres evidencia un déficit democrático.

Las medidas que, en este sentido, propone el informe me parecen muy valientes e interesantes y muy en línea con las que está tomando el Gobierno de mi país, España.

¡Enhorabuena, señora Gomes!

  Lidia Joanna Geringer de Oedenberg (PSE). – Pani Przewodnicząca! "Kobiety reprezentują połowę potencjału talentów i umiejętności ludzkości i ich niewystarczająca liczba na szczeblu decyzyjnym pozostaje ze szkodą dla całego społeczeństwa". To cytat z ateńskiej deklaracji ministrów sprzed 14 lat. Pomimo wielu podobnych deklaracji politycznych, specjalnych programów działania oraz odpowiedniego ustawodawstwa zjawisko dyskryminacji ze względu na płeć nie znika.

Spośród blisko 44 tysięcy parlamentarzystów na świecie jedynie 16% stanowią kobiety, spośród 191 państw będących obecnie członkami ONZ, jedynie w siedmiu kobieta sprawuje najwyższy urząd głowy państwa, a w ośmiu jest szefem rządu. Brak kobiet w procesie politycznym i podejmowaniu decyzji bywa związany z trudnościami w godzeniu życia społecznego, rodzinnego i zawodowego, a często jest także wynikiem dyskryminacji w zatrudnieniu i kształceniu zawodowym.

Unia Europejska powinna być przykładem dla świata w promocji równouprawnienia i demokracji, ale nawet tutaj w Parlamencie Europejskim, kobiety stanowią zaledwie 30% posłów. Są kraje takie jak Cypr czy Malta, których nie reprezentuje żadna kobieta. Państwa członkowskie i partie polityczne w całej Europie powinny dążyć do tak zwanego "przedziału równowagi": od 40 do 60% przedstawicieli każdej płci na listach wyborczych. Wtedy reprezentacja społeczeństwa byłaby rzeczywiście adekwatna.

Gratuluję pani Gomes świetnego sprawozdania, które, miejmy nadzieję, przyczyni się do zmian w sytuacji kobiet w życiu politycznym.

  Die Präsidentin. Die Aussprache ist geschlossen.

Die Abstimmung findet morgen statt.