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Relato integral dos debates
Quarta-feira, 14 de Janeiro de 2009 - Estrasburgo Edição JO

Situação em Gaza (debate)
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  Gay Mitchell (PPE-DE). - (EN) Senhor Presidente, o Hamas espalhou o terror entre os cidadãos de Israel e provocou retaliação. À distância, e por mais horrível e inconcebível que isto pareça aos olhos das pessoas de pensamento recto, fica-se com a sensação de que alguns deles se deleitam com os novos mártires civis - entre os quais crianças - e com a publicidade que isso dá à sua causa.

Nunca apoiei o terrorismo, nem sou crítico de Israel, que tem direito a uma coexistência pacífica na região, mas só se fossemos totalmente insensíveis é que não ficaríamos emocionalmente perturbados e moralmente envergonhados com o que presentemente se está a passar na Faixa de Gaza. A reacção israelita é totalmente desproporcionada e a morte de crianças de tenra idade é particularmente intolerável.

Não me opus, até à data, ao novo acordo UE-Israel. Acredito nos conselhos que o mês passado o Dalai Lama transmitiu aqui, no Parlamento, quando afirmou que a melhor forma de influenciar a China em relação ao Tibete é mantendo boas relações com eles. Penso que o mesmo se aplica às relações entre a UE e Israel. Mas como captar a sua atenção para lhes exprimir o nível de repulsa que aqui sentimos pela amplitude do que está a acontecer?

Aproveito para dizer que ontem foi distribuída entre os que participámos na reunião conjunta da Comissão dos Assuntos Externos e da Comissão do Desenvolvimento uma nota informativa sobre as necessidades humanitárias na região. Exorto a Comissão e o Conselho a assegurar a pronta disponibilização de um pacote de ajuda humanitária totalmente abrangente, de modo a que, na primeira oportunidade, possamos ali entrar e ajudar a população em sofrimento.

 
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