Katerina Batzeli, relatora. − (EL) Senhor Presidente, seria muito interessante se pudéssemos comparar a votação do relatório da Comissão da Agricultura e do Desenvolvimento Rural e a das propostas de resolução alternativas apresentadas por 40 deputados e pelo Grupo da Aliança dos Democratas e Liberais pela Europa. Descobriríamos o seguinte:
- em primeiro lugar, que no total foram alteradas 15 propostas sem que essas alterações emitam qualquer tipo de mensagem;
- em segundo lugar, que muito para além da questão quantitativa há também a questão política, sendo que a proposta alternativa elimina todas as referências ao papel e à responsabilidade das grandes cadeias de comércio retalhista e grossista;
- em terceiro lugar, que a declaração escrita do Parlamento Europeu, com as suas 439 assinaturas de deputados que querem que as filiais sejam controladas e funcionem devidamente, se auto-anula; e
- em quarto lugar, que toda a política de concorrência desleal foi suprimida ou embelezada, e que se chega mesmo ao ponto de rejeitar a recomendação relativa à criação de uma base de dados à escala europeia sobre os preços no produtor e no consumidor que seja acessível a todos os cidadãos e consumidores.
O objectivo da Comissão da Agricultura e do Grupo de Alto Nível é examinar as práticas da concorrência e a transparência do mercado interno no sector alimentar. Hoje estamos todos a ser julgados.
Astrid Lulling (PPE-DE). – (FR) Senhor Presidente, apesar de tudo é espantosa, esta declaração.
Eu queria apenas dizer aos meus colegas que sou um dos autores da resolução alternativa. Estamos na União Europeia, não estamos na União Soviética.
(Aplausos)
Presidente. – Tenho a certeza, Senhora Deputada Lulling, de que esse pormenor não escapou aos membros desta Assembleia, mas dei a palavra à nossa relatora porque ela não teve a oportunidade de intervir durante o debate. Como sabe, ela tem direito a dois minutos; são dois minutos durante os quais o relator goza de liberdade total. Essa liberdade foi respeitada.