Hannes Swoboda (S&D). - (EN) Senhora Presidente, se não conseguirmos obter uma maioria, quero solicitar à Assembleia que adie a votação para a próxima reunião em Estrasburgo.
Tivemos ontem uma discussão muito aberta e muitos de nós manifestaram a sua preocupação com alguns dos acontecimentos na Ucrânia.
Teremos um debate com o Ministro dos Negócios Estrangeiros na próxima semana. Vamos ter uma missão de observação das eleições. Teremos a reunião da Comissão de Queixas contra a Imprensa em Kiev e em Odessa no início do próximo mês. Seria justo, portanto, que votássemos a resolução imediatamente após essa visita, na sessão plenária em Bruxelas.
Espero que os senhores deputados possam concordar com esta ideia e apoiá-la.
Presidente. − Obrigada, Senhor Deputado Swoboda. Darei a palavra a outro orador favorável a este pedido, caso exista.
Michał Tomasz Kamiński (ECR). – (PL) Senhora Presidente, gostaria de apoiar a proposta do senhor deputado Swoboda. Penso que será, da nossa parte – da parte do Parlamento – sensato adiar a avaliação da situação na Ucrânia, que discutimos ontem, para a próxima sessão plenária do Parlamento. A sessão decorrerá depois de acontecimentos importantes na Ucrânia e a nossa perspectiva será significativamente mais ampla. Teremos à nossa disposição o relatório dos nossos colegas que irão acompanhar as eleições na Ucrânia, e parece-me que o Parlamento seria sensato se adiasse a votação.
Presidente. − Obrigada, Senhor Deputado Kamiński. Penso que temos um orador contra este pedido, o senhor deputado Gahler. É assim?
Michael Gahler (PPE). - (EN) Senhora Presidente, peço aos meus colegas que votem contra o adiamento. Temos de nos manifestar antes das eleições, e por isso precisamos de o fazer agora.
Trata-se de uma questão sobre eleições justas num país europeu e esse não pode ser um tema partidário. No último acto eleitoral, apenas nos pudemos expressar depois das eleições falseadas e estivemos unidos.
Desta vez, existem antecipadamente indicações claras de interferência dos serviços de segurança e de uma prática maciça de rejeição ou de falsas listas partidárias locais para confundir os eleitores.
Devemos, pois, estar unidos a bem da democracia. Penso que a enorme pressão das embaixadas ucranianas em toda a Europa contra esta resolução é a prova de que temos razão em manifestar-nos agora.
Presidente. − Submeto agora à votação a proposta do senhor deputado Swoboda para que a votação seja adiada.
Francesco Enrico Speroni (EFD). – (IT) Senhora Presidente, pode por favor clarificar se o pedido se refere a Bruxelas ou a Estrasburgo, tendo em conta que ouvi as duas versões?
Presidente. − Parece ser Bruxelas: todos os senhores deputados sabem que a proposta se refere a Bruxelas? Assim sendo, submeto a proposta a votação.
(O Parlamento aprova o pedido de adiamento da votação)