Projeto de orçamento geral da União Europeia para o exercício de 2014 - todas as secções (A7-0328/2013 - Monika Hohlmeier, Anne E. Jensen)
João Ferreira (GUE/NGL), por escrito. − A crise dá razão aos que, como nós, têm afirmado que a solidariedade é um conceito estranho à UE. A demonstrá-lo aqui está o processo do orçamento da UE. Apresentámos uma proposta para aumentar as rubricas do orçamento destinadas à coesão económica e social – no mínimo, a sua duplicação relativamente aos valores atuais. As contribuições para este aumento deviam resultar do aumento das comparticipações dos Estados-Membros com maior RNB e maior rendimento per capita. A maioria rejeitou esta proposta. Defendemos que o aumento do orçamento deveria promover o fortalecimento e a modernização dos sistemas produtivos dos Estados-Membros, em particular dos que enfrentam maiores dificuldades económicas, como é o caso do nosso país, prestando um apoio especial às micro, pequenas e médias empresas, ao setor cooperativo e aos programas das autoridades locais. E que estes programas deveriam combater o desemprego e criar empregos com direitos, garantindo a manutenção dos empregos existentes, promovendo a educação e a formação, o reforço dos serviços públicos e das infraestruturas essenciais para os países em geral. A maioria votou contra. Defendemos ainda a urgência de lançar as bases de um programa global da UE para apoiar a economia dos países com maiores dificuldades económicas. Mais uma vez, a maioria votou contra.