Política Europeia de Vizinhança: rumo a uma parceria reforçada - A posição do PE sobre os relatórios intercalares de 2012 (B7-0484/2013)
João Ferreira (GUE/NGL), por escrito. − Esta resolução deixa patente a acentuação do carácter imperialista da União Europeia. Na esteira de outras resoluções sobre Política Europeia de Vizinhança, afirma-se uma postura de aberta ingerência nos assuntos internos dos países soberanos, a promoção e celebração dos chamados Acordos de Associação e de Tratados de Livre Comércio. Pressiona-se estes países para aceitarem os interesses das grandes potências da UE e dos seus monopólios, abdicando dos instrumentos de soberania sobre a sua economia, os seus recursos e a promoção do interesse dos seus povos. Do texto fazem parte princípios como o mais por mais ou o menos por menos que visam, como o próprio texto deixa claro, o estabelecimento de relações que nada têm que ver com os interesses específicos e mútuos dos países visados e do conjunto dos países da UE. Trata-se de estender o engodo da possível abertura do mercado da UE, para depois criar uma relação de dependência e posteriormente de domínio por parte do polo mais forte – a UE. Para atingir os objetivos visados não faltam orientações e mecanismos. Apoiar-se-ão partidos políticos e a sociedade civil (os que promoverem as políticas que defendam os interesses da UE e dos monopólios desses países) para que estes promovam a bondade das políticas da UE.