Edite Estrela (S&D). - Senhor Presidente, dizia eu que um pouco de calma e de respeito pela opinião dos outros não lhes ficava nada mal. Permitam-me umas breves palavras: na passada sessão plenária, ouvimos e aplaudimos Malala, a jovem que se tornou um símbolo da luta das mulheres pelo direito à educação. Hoje, no dia dos direitos humanos, o Parlamento Europeu tem a oportunidade de apoiar o direito das mulheres à saúde sexual e reprodutiva.
O meu relatório, no respeito da subsidiariedade, recomenda aos Estados-Membros que adotem boas práticas nesta matéria. Termino, caros colegas, apelando a que rejeitem as resoluções alternativas para permitirem que o meu relatório seja votado.
Bruno Gollnisch (NI). - Monsieur le Président, chers collègues, je m'en tiendrai à une question de pure procédure fondée sur les articles 172, 175, 159, 46 ou 47 de notre règlement.
La dernière fois, par une très large majorité, l'assemblée de ce Parlement a décidé de renvoyer le rapport en commission. Ceci supposait naturellement, dans l'esprit et même dans la lettre, que soit rouverte la discussion en commission, que soit rouvert le droit de présenter des amendements et qu'un nouveau débat ait lieu en plénière pour précéder le vote. Sinon, le renvoi en commission est absolument de pure forme.
C'est malheureusement ce qui nous est imposé ici et je souhaitais protester contre cette violation de la majorité du Parlement. J'espère qu'il en sera tenu compte au moment des votes.
Le Président. - Monsieur Gollnisch, la question que vous venez d'évoquer a été examinée par le Président. Il a décidé que le vote pouvait avoir lieu et cette position a été soutenue par la Conférence des présidents.
- Después de la votación:
Edite Estrela (S&D). - Senhor Presidente, lamento que, por poucos votos, a hipocrisia e o obscurantismo se tenham sobreposto, que a hipocrisia e o obscurantismo se tenham sobreposto aos legítimos direitos das mulheres. Podem gritar que eu não me calarei, não me intimidam, não me intimidam, não tenho medo e tenho razão. Lamento que, em 2013, o Parlamento Europeu tenha uma posição mais conservadora do que teve em 2002 ao aprovar o relatório Van Lancker. Lamento que os movimentos mais extremistas e fundamentalistas se tenham imposto à vontade dos deputados. Quando os cidadãos pedem mais Europa, a resposta que o Parlamento Europeu lhes dá é esta. Pobre União Europeia.
Peço, Senhor Presidente, que, em resultado da votação ocorrida, o meu nome seja retirado da resolução agora aprovada. Estou certa, estou certa que em 2014, nas próximas eleições, os eleitores europeus não deixarão de se recordar desta vergonhosa votação.
Nuno Melo (PPE). - Senhor Presidente, em democracia, ganha-se e perde-se e um verdadeiro democrata aceita e conforma-se com as votações dos plenários quando é derrotado, tal qual fica satisfeito quando é vencedor, e eu não aceito nem admito à deputada Edite Estrela que, pelo facto de ter perdido uma eleição, contados os votos de mais de metade dos parlamentares europeus, nos insulte de hipócritas ou mais que passe pela sua cabeça.
A deputada Edite Estrela, Senhor Presidente, tem direito à sua opinião, tal qual eu tenho direito à minha opinião e eu não insulto a deputada Edite Estrela por causa da sua opinião, por muito que a considere radical, tal qual não lhe admito que me insulte porque penso diferente dela, e termino, Senhor Presidente, dizendo que, com esta última declaração, a Senhora deputada Edite Estrela mostrou-se uma democrata de circunstância e na forma, não uma democrata em circunstância da substância porque, Senhor Presidente, termino, um democrata em substância aceita a opinião dos outros. As palavras da deputada Edite Estrela envergonham a deputada e deviam envergonhar os socialistas europeus.
El Presidente. − Señorías, a la luz del debate, la señora Estrela ha expresado su opinión como ponente, y tiene todo el derecho a hacerlo.
Hemos oído una intervención por parte de otra parte de la Cámara y voy a poner fin aquí a la cuestión porque, si no, esto puede prolongarse y, además, no se trataría de cuestiones de orden.