Quinta-feira, 13 de Fevereiro de 2020 - Estrasburgo
Edição revista
Estratégia «do prado ao prato»: o papel-chave dos agricultores e das zonas rurais (debate)
Álvaro Amaro (PPE). – Senhor Presidente, Senhor Comissário, o senhor comissário falou-nos hoje aqui de umas preocupações, muito importantes, como tem referido, e eu queria também, no meu grupo político, dar-lhe essa força.
Nós precisamos de evitar o despovoamento das zonas rurais, precisamos de ter segurança alimentar e, por isso, precisamos, de facto, de um orçamento mais elevado para a PAC. Mas, Senhor Comissário, quando estamos a discutir esta estratégia “do prado ao prato”, há uma coisa que, desde o início, me tem deixado muito preocupado, porque até é injusto para os agricultores. Parece que, de um momento para o outro, a Europa acorda e diz: os agricultores são os responsáveis por tudo o que está mal nos nossos países. Isto é uma injustiça para os agricultores. Porque, Senhor Comissário, o senhor sabe, nós sabemos, todos sabemos, que só vencerá uma boa estratégia “do prado ao prato” se houver prado, porque se não houver prado e se só houver pratos, bom, essa estratégia morreu.
De maneira que, em primeiro lugar, nós temos que dar força aos agricultores, e dar força, Senhor Comissário, é recordar que nós temos que, a par dessa estratégia, ter instrumentos. Nós sabemos que, em termos estratégicos, não há nada que vença sem instrumentos capazes. E o instrumento financeiro é, a par da justiça aos agricultores europeus, uma questão essencial. É para essa força que nós estamos aqui, para lhe dar, para vencermos esses obstáculos.