Missão diplomática da UE na Venezuela com vista a eventuais eleições (debate)
Sandra Pereira (GUE/NGL). – Senhor Presidente, apesar das ameaças e das chantagens, das pressões e da desestabilização, dos bloqueios e das sanções, tudo à margem do direito internacional, a República bolivariana da Venezuela está a organizar um processo eleitoral no quadro da sua Constituição para o próximo dia 6 de dezembro para eleições presidenciais e parlamentares.
Lamentavelmente, uma vez mais a União Europeia, ao recusar participar como observador das eleições prefere ficar do lado daqueles que arquitetam golpes e orquestram farsas para promover um presidente autodesignado que não foi escolhido pelo povo, mas sim pela administração Trump.
O que se impõe neste momento é que a União Europeia exija respeito pelo funcionamento das instituições democráticas venezuelanas e não alinhe em golpes que diariamente agridem os direitos e as condições de vida do povo venezuelano e da comunidade lusa venezuelana. O que se impõe é o fim do bloqueio que tantas provações tem ditado àquele povo, designadamente em tempos de COVID-19, dificultando o acesso a bens de primeira necessidade e a medicamentos, ou seja, o direito à vida e à saúde.