Estratégia «do prado ao prato» e alimentação à base de plantas
19.2.2020
Pergunta prioritária com pedido de resposta escrita P-000978/2020
à Comissão
Artigo 138.º do Regimento
Francisco Guerreiro (Verts/ALE)
O Painel Intergovernamental sobre as Alterações Climáticas da ONU publicou um relatório que analisou o impacto que as práticas de uso do solo tiveram no planeta e concluiu que a agricultura estava a ameaçar a capacidade do mundo de limitar o aumento da temperatura mundial a 1,5 ° C – o objetivo do Acordo de Paris de 2015 sobre as alterações climáticas.
O relatório concluiu que os regimes alimentares à base de plantas [e os alimentos de origem animal produzidos de forma sustentável] representam grandes oportunidades de adaptação e atenuação, gerando simultaneamente benefícios conexos significativos em termos de saúde humana.
- 1.Na estratégia «do prado ao prato» irá a Comissão abordar os regimes alimentares à base de plantas e fazê-lo diretamente, evitando termos pouco claros – como «regimes alimentares mais sustentáveis» ou «fontes de proteínas alternativas» – que dificultam o reconhecimento do setor, discriminam e confundem os consumidores e apenas contribuem para continuar a capacitar injustificadamente as indústrias alimentares de origem animal altamente poluentes?
- 2.Tendo em conta o impacto ambiental significativamente reduzido dos alimentos à base de plantas em comparação com os de origem animal e o aumento da procura por parte dos consumidores, irá a Comissão ter em atenção as conclusões da comunidade científica, apelando expressamente a uma redução do consumo de carne?
- 3.Na estratégia «do prado ao prato» irá a Comissão apresentar uma ação com vista a incentivar a transição dos agricultores para a produção de proteínas vegetais? E irá apoiar a promoção e comercialização de alimentos à base de plantas na UE?