Desinformação: como reconhecer e combater os mitos relativos à COVID-19

Na sequência do surto do coronavírus, a desinformação dificulta os esforços para controlar a pandemia. Saiba o que pode fazer.

Regista-se uma grande circulação de notícias falsas sobre a Covid-19

Desde a afirmação inicial de que o vírus se espalhou através da sopa de morcego até à luta por equipamento médico, as alegações são várias e contraprodutivas.


A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou que as falsas alegações «estão a espalhar-se mais depressa do que o vírus» e já as classificou como uma «infodemia de proporções planetárias». As plataformas em linha mais importantes já estão a atuar para limitar o alcance destas alegações.


Como pode reconhecer a desinformação e ajudar a impedir a sua propagação? Que medidas está a UE a tomar quanto a esta questão? Encontre as respostas na nossa secção P&R.

Com o stress devido ao coronavírus é fácil ser enganado por notícias falsas sobre COVID-19. Verifique antes de partilhar! ©Mirko/Adobe Stock
Com o stress devido ao coronavírus é fácil ser enganado por notícias falsas sobre COVID-19. Verifique antes de partilhar! ©Mirko/Adobe Stock

Que medidas está a UE a tomar para combater a desinformação?

 


Para apoiar informação factual e fiável, existe uma página comum da UE sobre a resposta da Europa à crise do coronavírus que, em breve, incluirá informações especiais para a correção de mitos comuns associados ao surto.


Além disso, peritos e políticos da UE e dos seus Estados-Membros realizam, regularmente, videoconferências para debater a desinformação e partilhar métodos de informação do público sobre os riscos e a forma de os enfrentar. Exerce-se igualmente pressão sobre as plataformas em linha no sentido de serem tomadas medidas contra as burlas em linha.

Por que razão as pessoas fornecem intencionalmente informações falsas?



Algumas fazem-no por uma questão de lucro. Poderá ser para venderem produtos que não funcionam ou atrair mais visitantes às suas páginas web, aumentando o seu rendimento através de anúncios.


Segundo um relatório da equipa especial contra a desinformação da UE, algumas alegações falsas provieram de forças políticas específicas,  entre as quais se encontram a China e a Rússia. Nestes casos, o objetivo é político, no sentido de comprometer a União Europeia ou de criar mudanças políticas.


No entanto, muitas pessoas que espalham desinformação fazem-no porque acreditam nela, sem qualquer intenção prejudicial.


Descubra a verdade por trás de muitos mitos populares sobre o coronavírus neste blogue



A desinformação sobre a COVID-19 é realmente perigosa?

 

Numa altura em que muitas pessoas estão preocupadas e recebem notícias chocantes, é mais difícil manter a calma e verificar os factos, como é necessário.


No passado, a desinformação sobre as vacinas levou os pais a optarem por não vacinar os seus filhos contra o sarampo e outras doenças perigosas, conduzindo a uma explosão de novos casos de sarampo.


Mesmo que as pessoas não acreditem na desinformação, esta pode pôr em causa os conceitos de verdade e conhecimento especializado, de modo que um tuíte espontâneo de uma pessoa desinformada seja tão valorizado como uma análise aprofundada de um perito.



Que posso fazer para impedir a propagação da desinformação?

 

A desinformação depende das pessoas que acreditam nela e a partilham. E é fácil ser enganado. Para garantir que não propaga desinformação, tenha um cuidado adicional aquando da partilha de notícias que provoquem uma reação forte ou que pareçam demasiado boas ou demasiado más para serem verdadeiras. Um primeiro controlo fácil é a pesquisa na Internet para ver se existe mais do que uma fonte fiável que transmita a mesma informação.


Se não tiver a certeza, existem muitos guias de verificação de factos.



Que posso fazer se vir ou ouvir alguém a partilhar desinformação?

 

Pode comunicar a existência de desinformação à plataforma da rede social onde a encontrou. Muitas empresas de redes sociais comprometeram-se a lutar contra a desinformação relativa ao coronavírus.


Pode igualmente falar com a pessoa que está a propagar desinformação. Foi provavelmente um ato não intencional. Os investigadores afirmam que a melhor forma de convencer as pessoas que acreditam em teorias da conspiração é mostrar empatia, apelar ao seu espírito crítico e evitar a ridicularização.

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