Eurodeputados debatem com Ursula von der Leyen antes de votarem recondução
Ursula von der Leyen apresentou no Parlamento Europeu as suas prioridades para um novo mandato, caso seja reeleita presidente da Comissão, seguindo-se um debate com os eurodeputados.
A candidata a um novo mandato para presidente da Comissão Europeia apresentou a sua visão para uma Europa mais forte e próspera. As principais iniciativas incluem um novo Pacto Ecológico Industrial, para impulsionar a descarbonização e o crescimento industrial, e um Fundo Europeu para a Competitividade, para impulsionar a inovação. Ursula von der Leyen anunciou que iria reforçar a segurança, duplicando os funcionários da Europol e triplicando o número de guardas costeiros e de fronteira europeus, para 30 000. Propôs ainda um Escudo Europeu para a Democracia, para combater a manipulação da informação e a ingerência por parte de agentes estrangeiros, e um Plano Europeu de Habitação a Preços Acessíveis.
Ursula von der Leyen sugeriu igualmente um plano para a agricultura, a fim de dar resposta à necessidade de adaptação às alterações climáticas, e um roteiro para os direitos das mulheres. Afirmando que «devemos permitir que os jovens tirem o máximo partido das liberdades da Europa», salientou a importância do programa Erasmus+, da saúde mental e da resolução de questões relacionadas com o tempo de ecrã e as redes sociais, incluindo as práticas de dependência entre os jovens e o cyberbullying.
À área da defesa foi dada particular importância, com a proposta de criar o cargo de comissário da Defesa, com a missão de impulsionar a União Europeia da Defesa. No hemiciclo, Ursula von der Leyen defendeu a necessidade de a UE ter um sistema de defesa aérea abrangente – um escudo aéreo europeu – para proteger o espaço aéreo e «como um forte símbolo da unidade europeia em matéria de defesa».
A nomeada pelo Conselho Europeu para liderar a Comissão nos próximos cinco anos reiterou o apoio inabalável da UE à Ucrânia, reafirmando que «a Europa estará ao lado da Ucrânia pelo tempo que for necessário».
Entre as novas pastas de comissário anunciadas contam-se: Habitação, para fazer face à crise da habitação no continente; Mediterrâneo, a fim de promover a estabilidade e cooperação regionais; e Equidade Intergeracional, a fim de assegurar que as políticas tenham em conta as necessidades das gerações futuras.
Reação dos eurodeputados
Em resposta ao discurso, os eurodeputados salientaram a importância de perceber os argumentos dos trabalhadores, dos agricultores e da indústria. Saudaram a nova orientação política para a habitação e salientaram a necessidade de uma concorrência internacional leal, de um forte apoio à Ucrânia, do fim da guerra em Gaza e de um melhor controlo da migração.
Vários eurodeputados apelaram à continuação dos esforços para combater a ascensão da política de extrema-direita e promover a justiça social, a ação climática e a igualdade de género. Outros defenderam maior atenção à luta contra a pobreza, ao desemprego e a uma Europa solidária. Também notaram a necessidade de ouvir os pedidos dos cidadãos para maior proteção, identidade e soberania, rejeitando a regulamentação excessiva e a imigração em massa e apelando simultaneamente à autonomia estratégica. Alguns condenaram as atuais políticas económicas e agrícolas, defendendo, em vez disso, uma Europa de nações livres e soberanas.
Veja o discurso de Ursula von der Leyen e as reações dos eurodeputados.
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