João Ferreira (GUE/NGL), por escrito. − Vítor Constâncio foi, ao longo dos anos enquanto Governador do Banco de Portugal, um seguidor fiel das orientações impostas pelo Banco Central Europeu aos Estados-Membros da União Europeia. Orientações profundamente lesivas para o interesse e a soberania nacionais e atentatórias dos direitos dos trabalhadores e do povo português.
São bem conhecidos os seus apelos constantes à moderação salarial num país em que abundam os baixos salários e que apresenta gritantes desigualdades sociais, fruto também de uma injusta repartição dos rendimentos, penalizadora do trabalho em favor do capital. Como conhecidas são também as suas falhas ao nível do desempenho das funções de supervisão do sistema bancário que lhe estavam acometidas.
A defesa dos critérios irracionais do Pacto de Estabilidade, das orientações relativas a políticas cambiais e de outras orientações macroeconómicas, a desvalorização da produção e do trabalho - de que Vítor Constâncio tem sido protagonista - continuarão, como até aqui, a contar com a nossa mais firme e viva oposição.