Planeamento prospetivo das políticas: incidência orçamental no reforço de capacidades (A7-0265/2013 - James Elles)
João Ferreira (GUE/NGL), por escrito. − Não negamos a importância das atividades de planeamento e de prospetiva, da identificação de tendências a longo prazo, sobretudo se inseridas na definição de políticas tendentes a promover o desenvolvimento e o progresso social. Para intervir sobre a realidade, transformando-a, é necessário, antes de mais, conhecê-la. É bem distinto, porém, o contexto em que estas atividades são aqui discutidas. O que não pode deixar de pesar na nossa apreciação a este relatório. Está em curso na UE um processo de retrocesso civilizacional. Manter as atuais políticas, como este relatório defende – objetivo maior ao qual se subordina, naturalmente, as atividades de planeamento prospetivo – conduzir-nos-á a mais e mais graves explosões de crise, de que os trabalhadores e os povos continuarão a ser as maiores vítimas. A mais ataques à democracia e à efetiva participação dos cidadãos, à desvalorização do papel das instituições de soberania nacional. Assinalamos a rejeição das emendas que apresentámos na comissão dos orçamentos, relativas à defesa da democracia, à valorização das instituições de soberania nacionais, designadamente os parlamentos nacionais, à necessidade de um orçamento da UE reforçado, entre outras.