João Ferreira (GUE/NGL), por escrito. − Generocídio refere o assassínio em massa, sistemático, deliberado e seletivo em função do género, de pessoas de determinado sexo. Apesar da legislação contra as práticas de seleção do sexo, as raparigas são, em grau desproporcionado, objeto de impiedosa discriminação sexual. Estima-se que, desde o início da década de 1990, haja mais de 100 milhões de mulheres em falta na população mundial devido ao generocídio. De acordo com estimativas recentes, este número aumentou para quase 200 milhões.

O generocídio é uma questão que suscita preocupações a nível mundial, não só na Ásia. A prática do generocídio encontra-se profundamente enraizada em culturas nas quais existe uma preferência por filhos do sexo masculino; a ideia da preferência de filhos do sexo masculino está profundamente enraizada e faz parte de uma tradição de longa data que diz respeito a questões como a herança de bens, a dependência dos pais idosos em relação aos filhos por razões de apoio económico e segurança, entre outras.

Evidentemente, a emancipação das mulheres, o desenvolvimento e o progresso social contribuirão para a promoção da mudança social e de comportamentos necessária para erradicar, a longo prazo, as práticas de seleção do sexo. O relatório avança com recomendações, em geral positivas e adequadas, para ajudar a combater este fenómeno. Votámos favoravelmente.