Repensar a Educação (A7-0314/2013 - Katarína Neveďalová)
João Ferreira (GUE/NGL), por escrito. − O relatório conclui que a crise e as medidas ditas de austeridade reduzem as possibilidades de acesso à educação (devido aos cortes orçamentais) e aumentam o desemprego de quem termina os estudos. Apesar disso, insiste em aprofundar o mesmo caminho e as mesmas políticas. O relatório acolhe a visão e propostas da Comissão Europeia sobre o tema. Educação em linha, cursos online, redução do número de professores, redução dos custos da educação, empréstimos estudantis (para evitar o abandono escolar, diz-se com total desfaçatez) são algumas das ideias aqui alinhadas. O relatório aponta para a revisão dos sistemas educativos, defendendo a sua adaptação às necessidades e interesses do mercado, incentivando as parcerias público-privadas, com o desenvolvimento da cooperação entre empresas e universidades, incluindo o planeamento curricular e a definição de orientações para a educação. Enfim, um chorrilho das atoardas da vulgar cartilha neoliberal. Nada sobre a formação integral do indivíduo, nada sobre a necessidade de um ensino público, gratuito e de qualidade. O que neste relatório se defende é, pelo contrário, um ensino acorrentado ao processo de Bolonha, à estratégia UE 2020, aos interesses do mercado. Evidentemente, votámos contra.