Projeto de orçamento geral da União Europeia - exercício de 2014ЍЍ
João Ferreira (GUE/NGL), por escrito. − As alterações agora introduzidas pela maioria à proposta de orçamento para 2014 não foram muito além do restabelecimento dos montantes inicialmente propostos pela Comissão Europeia. As (más) prioridades políticas são confirmadas. Veja-se o exemplo do combate ao desemprego entre os jovens. A maioria do Parlamento afirmava e afirma, demagogicamente, que se trata de uma prioridade. Os deputados do PCP apresentaram uma proposta de alteração à Iniciativa para o Emprego dos Jovens, no âmbito do Fundo Social Europeu (FSE), defendendo o aumento desta rubrica em mais de 1 500 milhões de euros. A proposta definia como objetivo central o financiamento específico da criação de emprego com direitos para os jovens e que estas verbas não poderiam em caso algum financiar empresas públicas ou privadas, ou mesmo serviços públicos, no estabelecimento de contratos precários, estágios não remunerados e a substituição de trabalhadores com vínculo permanente por outros com vínculo precário ou por estágios profissionais. A maioria votou contra. Na retórica, defendem o combate ao desemprego juvenil mas, na prática, rejeitam a mobilização de mais fundos para atenuar a verdadeira chaga social que é hoje o desemprego dos jovens.