Segunda-feira, 9 de Dezembro de 2013 - Estrasburgo
Edição revista
Intervenções de um minuto (artigo 150.º do Regimento)
João Ferreira (GUE/NGL). - Sob os auspícios da União Europeia e do FMI prossegue o programa de destruição e de saque dos recursos nacionais em curso em Portugal. Prossegue a privatização de empresas públicas estratégicas e rentáveis. Depois da EDP, da REN e da ANA chegou agora a vez dos CTT, os Correios de Portugal.
De um dia para o outro uma empresa pública que levou centenas de anos a construir foi alienada em 70%, mais de 40% ao capital estrangeiro. O Estado vê-se assim privado de instrumentos estratégicos para a promoção do desenvolvimento económico e da justiça social, para além de lucros e dividendos futuros a troco de uma receita que não ultrapassa os 2% do montante global da dívida pública, uma dívida que não cessa de aumentar. Mas este roubo ao país e ao seu povo rende muito a alguns, poucos.
Num país empurrado para o empobrecimento coletivo, as 25 maiores empresas, as 25 maiores fortunas, digo, aumentaram 16% num ano e já valem 10% do produto interno bruto. É este o resultado de uma política que semeia a pobreza, destrói a riqueza, mas cria ricos. É a este caminho que temos que pôr fim o quanto antes.