Preferências comerciais autónomas para a Moldávia (A7-0422/2013 - Iuliu Winkler)
João Ferreira (GUE/NGL), por escrito. − Devido a dificuldades a nível das suas exportações de vinho para alguns dos mercados tradicionais, o que compromete a sua recuperação económica e o processo de reforma vigorosamente aplicado pelo governo moldavo, a Comissão Europeia propõe que se liberalize completamente e sem demora a importação de vinho da Moldávia para a UE, mediante a alteração do Regulamento (CE) n.º 55/2008 do Conselho, eliminando o vinho no quadro 1 do anexo I deste último. A UE concluiu, em junho de 2013, as negociações com a Moldávia sobre um novo acordo de associação, que inclui a criação de uma nova zona de comércio livre abrangente e aprofundada (ZCLAA) e este acordo prevê a liberalização total do comércio bilateral de vinho. O relator introduz alterações à proposta da Comissão, nomeadamente: estabelecer que as preferências comerciais autónomas sejam aplicadas de forma ininterrupta até à data fixada pelo Regulamento (CE) n.º 55/2008 do Conselho para a sua expiração. É a lógica de expansão da UE e da sua influência a leste, usando para isso dos mecanismos conhecidos e habituais – sendo o livre comércio um deles. Ademais, a proposta não isenta de prejuízos os produtores europeus e designadamente os países, como Portugal, onde esta produção tem um peso preponderante. Votámos contra.