Estatísticas sobre as trocas comerciais de bens entre Estados-Membros (A7-0457/2013 - Hans-Peter Martin)
João Ferreira (GUE/NGL), por escrito. − A existência de estatísticas é fundamental para se conhecer melhor a realidade e para, em função da informação recolhida, tomar decisões políticas. Conceder atos delegados e/ou atos de execução à Comissão Europeia para definir a base para a produção de estatísticas poderá revelar-se neste caso – como na maior parte dos casos – desadequado e sem qualquer controlo democrático. A definição da base para a produção estatística está ligada aos seus objetivos e a Comissão tem demonstrado que os seus objetivos, as medidas propostas e definidas visam proceder ao aprofundamento do mercado único da UE, ou seja, favorecer os grandes monopólios que o dominam e as grandes potências, e não países e povos que enfrentam situações económicas verdadeiramente dramáticas como Portugal. Não se trata aqui, com efeito, de mera produção estatística, cuja preparação e organização seria um processo supostamente neutro. Para além do mais, a proposta hierarquiza os sistemas estatísticos, colocando no topo o Comité Estatístico Europeu (CSEE). Abstivemo-nos.