Relatório de acompanhamento de 2012 relativo à Islândia e perspetivas pós-eleitorais (B7-0005/2014)
João Ferreira (GUE/NGL), por escrito. − Perante a suspensão unilateral pela Islândia do processo de negociações de adesão à UE, a maioria do Parlamento Europeu modera a linguagem. A prudência é, neste momento, aconselhável e o que melhor serve os interesses da UE. A moderação da linguagem e da abordagem da UE e da maioria do parlamento em relação à Islândia, diferentemente do que faz relativamente a outros países, está ligada à resistência e à afirmação soberana do povo islandês, consciente do que são as ferramentas fundamentais para defender os seus interesses e aspirações. Face à resolução de há um ano, esta resolução abdica das suas exigências da aplicação de reformas económicas pelas autoridades islandesas, da supressão do controlo de capitais, da abertura da indústria da energia, dos transportes aéreos e das pescas, rejeitando qualquer medida de proteção da sua economia e dos trabalhadores. Convém lembrar que a Islândia é membro – e um dos seus fundadores - da NATO, um país com um posicionamento geoestratégico importante devido à sua proximidade com o Ártico e à disputa em torno da soberania sobre os inexplorados recursos naturais da região, particularmente o petróleo e o gás. Pelo meio, agitam-se supostas sondagens que indicam o apoio do povo irlandês à concretização das negociações de adesão. Veremos...