João Ferreira (GUE/NGL), por escrito. - Apresentámos várias propostas de alteração a este relatório, sempre na perspetiva de defesa do direito do consumidor a ser informado sobre a presença de pólen de organismos geneticamente modificados (OGM) no mel. Defendemos a obrigatoriedade de mencionar o país (ou países) de origem do mel. Na defesa dos pequenos apicultores, atendendo à necessidade de proceder à análise do produto previamente à sua rotulagem e ao custo acrescido que esta medida poderia significar, propusemos que o custo destas análises não fossem imputados ao apicultor e que a UE compensasse os apicultores afetados com perda de rendimentos devido à contaminação do mel com OGM. Como medida de fundo, propusemos o impedimento da utilização de OGM nas zonas de produção tradicional de mel, garantindo um perímetro mínimo de segurança livre de OGM que evite a sua contaminação. O resultado das negociações não cobre nenhuma destas preocupações, continuando os consumidores a não ser devidamente informados e os pequenos produtores sujeitos à contaminação do seu mel com pólen transgénico. Razões para o nosso voto contra. Reconhecemos a dificuldade de lidar com este dossiê num quadro em que é permitida a libertação e o cultivo em grande escala de OGM na Natureza, como sucede na UE – situação que urge alterar.