Problema relacionado com um defeito de fabrico em seringas descartáveis, levantado na Petição n.º 637/2008
17.12.2009
PERGUNTA ESCRITA E-6633/09
apresentada por Konrad Szymański (ECR)
à Comissão
Em 2006, dois médicos de Poznan constataram a existência de um defeito no fabrico e nas instruções de utilização de seringas descartáveis de uso corrente em medicina. Informaram ainda as autoridades sobre o perigo que tal defeito comporta. Tendo em conta a dimensão desse risco, apresentaram igualmente, em Abril de 2008, uma petição à Comissão de Petições do Parlamento Europeu (Petição n.º 637/2008), acompanhada de trabalhos científicos e de uma apresentação multimédia onde explicavam em que consiste o defeito de fabrico e das instruções de utilização das seringas descartáveis. Ao mesmo tempo, os médicos apresentavam soluções para o problema, incluindo protótipos para o fabrico de novas seringas.
Da resposta da Comissão de Petições, a qual inclui também a resposta escrita da Comissão Europeia, conclui-se que os peritos da Comissão Europeia analisaram um problema diferente e muito menos relevante do que o indicado na petição (provavelmente devido a um erro de tradução), de contaminação através do êmbolo (em inglês: piston seal), uma ocorrência extremamente rara.
O problema indicado pelos médicos refere-se à ocorrência muito mais provável de contaminações através do pistão da seringa (em inglês: plunger rod). Tais contaminações podem ocorrer mesmo quando as seringas são utilizadas de acordo com os procedimentos médicos, nomeadamente quando se verifica uma manipulação correcta do pistão ao longo de toda a escala da seringa. O problema foi descrito em pormenor no texto da petição e nos artigos científicos anexos.
O problema do defeito indicado é grave devido ao grande risco epidemiológico que envolve. À luz do exposto, gostaria de perguntar:
- 1.Tenciona a Comissão analisar o problema do risco de contaminações através do pistão (em inglês: plunger rod)?
- 2.Tenciona a Comissão considerar as possíveis soluções, actualmente propostas por estes médicos, para o defeito de fabrico nas seringas descartáveis?
JO C 10 E de 14/01/2011